O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 15
Aprendendo A Ser Pai


Notas iniciais do capítulo

Hey, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329895/chapter/15

Com o passar do dia, assim chegou a noite e, sobre muita insistência de Blaine, Kurt colocou Rory para dormir. Assim que o bebê chegou ao berço, caiu em um profundo sono, já que ele havia passado o dia todo brincando com Kurt, nem uma soneca Kurt deixou o filho tirar. Kurt deu um beijo na testa da criança, sussurrou “Boa Noite” e saiu do quarto.

Kurt foi para o quarto, tomou um banho e colocou seu pijama de seda. O castanho havia se arrumado todo: tomou banho, passou cremes, se perfumou, colocou se melhor e menor pijama, até deixou de passar as máscaras noturnas, mas Blaine parecia exausto e já estava na cama quase dormindo. O moreno tinha bochecha sobre o braço, onde babava, e estava piscando, mas mesmo assim queria esperar para cair no sono só quando Kurt estivesse na cama.

O castanho foi até a cama, levantou as cobertas e entrou no lado direito da cama, apagou o abajur da mesa e ligou a babá eletrônica.

– Boa noite, querido. – Kurt disse se virando para Blaine para conseguir sucesso em suas intenções. O moreno virou para abraçar Kurt e puxou o castanho.

– Boa noi... – Blaine havia pegado no sono. Kurt bufou e foi dormir.

[...]

De madrugada, Blaine sentiu que ao invés de abraçar o torço do marido, ele abraça a cintura. Kurt estava sentado na cama.

– Kurt, o que... O que você está fazendo? – Blaine bocejou e tinha só um dos olhos abertos, e tentava achar o marido no meio da escuridão do quarto.

– Nada. – Kurt respondeu rápido e escondendo alguma coisa. Blaine olhou para a mesa do lado do castanho e viu que faltava alguma coisa.

– Kurt, guarde a babá eletrônica e vamos dormir. – Blaine puxou o marido para ficarem mais perto e encostou a cabeça no travesseiro.

– Ok... – Kurt olhou para o marido para ter certeza que o moreno havia voltado a dormir. – Vamos Roy, acorde, seja um bebê normal e acorde. Vamos... – Kurt sussurrava com a babá eletrônica esperando ouvir o choro do filho.

– Kurt, vai dormir, ou vem dormir. Deve ser duas da manhã, não pergunte como devo falar.

Mas eu nem falei nada. – Pensou o castanho se sentindo injustiçado. - Ok... – Kurt colocou o aparelho em cima da mesinha, mas assim que fez, Rory começou a chorar. – Minha vez! – Kurt tirou o braço de Blaine e as cobertas de cima dele e saiu correndo para o quarto do filho.

– Não vou ousar me intrometer, mas quero ver como vai ser daqui alguns dias... – Blaine sussurrou para o travesseiro e abraçou o mesmo.

Quando Kurt chegou ao quarto, acendeu a luz do abajur de bichinhos e viu o filho com os bracinhos e pernas para o alto, notavelmente chorando. Kurt foi até o berço e pegou o menino.

– Ei, meu príncipe. Sou eu, seu papai, você já pode parar de chorar. – Como o garoto tinha mamado antes de dormir, Kurt conferiu para ver se o choro era porque a fralda precisava ser trocada. Não era. Kurt imaginava que fome não era, e pelo o que tinha estudado em alguns livros, aquilo não era choro de cólica.

O pai alisava a cabeça da criança imaginando um jeito de acalmar o filho, mas nunca achava uma solução para o choro: tentou brinquedos, caretas, dancinhas, mas nada parava com o choro do pequeno menino de olhos azuis. Kurt fez a primeira coisa que veio a sua mente:

Hey Jude, don’t make it bad
Take a sad song and make it better
Remember, to let her into your heart
Then you can start to make it better

Kurt achou que cantar para o filho seria a melhor opção. E foi. O menino havia parado de forçar os pequenos olhos à ficarem fechados e mostrar como sua garganta era potente como a do Anderson. Agora Rory mantinha total atenção no pai.

Hey Jude, don’t be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better

Blaine notou que o marido estava demorando para voltar para cama e decidiu verificar se estava tudo bem. Quando o moreno chegou a porta, escutou a voz de Kurt, mas o castanho não estava conversando e sim cantando. Blaine colocou apenas a cabeça dentro do quarto. Apesar de só pegar a música pela metade, Blaine já se sentia emocionado e com os olhos marejados por ver seu marido cantando uma de suas músicas favoritas. O moreno deu alguns passos, envolveu os braços na cintura do marido, o queixo no ombro. Blaine acompanhou a próxima estrofe da música, recebendo metade da atenção dos pequenos olhos curiosos do filho.

And anything you feel the pain
Hey, Jude, refrain
Don’t carry the world upon your shoulders
For well you know that it’s a fool
Who plays it cool
By making his world a little colder
Na na na na na na na na

Os dois balançavam de um lado para o outro, enquanto cantavam bem baixinho. Rory encostou a cabeça no peito do pai e dormiu como um anjo em uma nuvem.

– Acho que temos mais um fã de nossos duetos... – Kurt disse colocando o bebê no berço e dando passos para trás, ainda encarando o sono da criança. Quando o castanho se virou, viu que Blaine lhe encarava e chorava. – Ei, porque você está chorando?

– Eu te amo. Você me faz feliz a cada dia que passa. Eu não consigo e nem quero imaginar o que seria de mim se você não tivesse na Dalton para nos espiar. Apesar de todos esses anos, você ainda mexe comigo, Kurt. Você é o amor da minha vida e nunca vou querer perder isso que nós temos. Nunca vou querer perder nossa família. – Blaine se aproximou do marido, segurando a cintura do mesmo e selou os próprios lábios com os lábios rosados de Kurt. Quando se separaram do selinho, Kurt disse:

– O efeito “The Beatles” nunca falha. – Kurt e Blaine se lembram da apresentação de “Blackbird” de Kurt. O moreno abaixou a cabeça rindo e limpando as lágrimas. – Bom, outro ataque de choro resolvido graças a Kurt Hummel-Anderson. – Kurt sussurrava e tinha os punhos fechados nos quadris.

– Vamos, Super-KHA, você também precisa dormir. – Blaine sorriu e foi para a porta, segurou a maçaneta e apagou o abajur. Quando Blaine esperou Kurt passar pela porta, acabou sentindo um cheiro bom de perfume e seguiu o olhar reparando nos shorts que Kurt usava. O rapaz desviou o olhar e encarou o pé da cômoda de Rory, uma lâmpada acendeu em cima da cabeça de Blaine e um sorriso brotou no rosto do moreno. – Ah, Kurt Hummel... – Pensou o moreno enquanto fechava a porta, ainda sorrindo.

[...]

Quando amanheceu, Kurt e Blaine resolveram, como na madrugada passada, “economizar” água. Quando os dois estavam prontos, decidiram que dariam banho em Rory antes de tomar o café-do-almoço, já que era muito tarde. Com a volta de Kurt, Blaine já sentia a volta das coisas consequentemente.

Os dois chegaram ao quarto do filho e Blaine foi pegando algumas coisas do armário para preparar o banho, enquanto Kurt tentava acordar o bebê. Depois de um tempo, Blaine voltou e encontrou o marido e o filho brincando no tapete com alguns brinquedos.

– Vamos, um certo porquinho precisa tomar banho. – Disse Blaine se abaixando na frente dos dois. Kurt pegou Rory no colo e deixou o menino cara a cara com o pai.

– Eu não sou um “pouquinho”. – Kurt imitava voz de criança.

– Exatamente, até porque eu disse “Porquinho”. Vamos lá, garotão. – Blaine tomou Rory do colo de Kurt e se dirigiu ao banheiro.

– Eu preciso pegar uma coisa ainda. – Kurt disse caminhando até o guarda-roupa de Rory. Depois de alguns minutos que Rory já estava sem roupa, Blaine chamou Kurt:

– Kurt, vamos. Rory não pode ficar muito tempo com o peito de fora. – Gritou Blaine dentro do banheiro de Rory, segurando o bebê e com a banheira quente esperando para o primeiro banho que Kurt daria no filho.

– Ok, estou chegando; estou chegando. – Quando Blaine se virou, viu Kurt com um avental escrito “Hora do Banho do Neném”. Blaine arqueou a sobrancelha para os dizeres e depois subiu o olhar para Kurt. – Não fui eu, foi Jeff. Ele me fez prometer que usaria isso no primeiro banho.

– Ok... Ele é todo seu. – Blaine passou Rory para Kurt, o castanho segurou o filho pelos ombros.

– Como prometido – Kurt se virou para Blaine que estava atrás dele. – Acho que estou prometendo coisas demais... – O moreno revirou os olhos e Kurt se voltou ao filho. – Não irei falar com você como se você tivesse alguma dificuldade mental, mas não garanto nada, ok? Porque não tive sucesso com o “Pouquinho” .– Rory encarava o pai, obviamente sem entender nada. – Vou encarar isso como um “Sim”.

Kurt fechou a tampa da banheira e deitou Rory no trocador, o garoto precisava remover a fralda. Kurt tirou os adesivos das laterais e fez uma bolinha com de fralda.

– Blaine, jogue pra mim no lixo, por favor. Obrigado. – Kurt passou a fralda usada para o marido e se voltou para Rory. – Pron- - Rory começou a fazer xixi no peito de Kurt. – Eu vou agradecer ao Jeff até resto dos meus dias. – Kurt girou um pouco o rosto e colocou as mãos da frente do rosto para que nada respingasse em seu rosto. Blaine apenas gargalhava.

– No primeiro banho que fui dar, eu não tive tanta sorte.

– Ele também fez isso? – Kurt se afastou um pouco da poça que havia sido formada envolta dos seus pés. – Eca.

– Sim, ele foi menos caridoso e mirou um pouco mais alto... – Disse o moreno pegando um rodo para limpar a urina.

– Ele... Credo! – Kurt se virou para Rory, segurou-o de volta, levantando a tampa da banheira e colocando o filho dentro. – Ai meu Deus!

– O que foi? – Blaine perguntou preocupado olhando para a banheira. Rory estava no colo de Kurt.

– Essa água... Ela está ardendo! Não quero cozinhar meu filho. – Blaine foi consultar a temperatura. O moreno colocou a mão dentro da água e encarou Kurt.

– Kurt...

– Quê? – Kurt parou de encarar a água e olhou para o marido.

– Água está ótima. – Blaine abaixou as pálpebras até o meio dos olhos e também os ombros. – Pare de ser um pai tão fissurado... – Blaine deu uma mistura de risada com suspiro e voltou a limpar o chão.

– Eu não sou fissurado, sou preocupado. – Kurt deu um leve tapa na cabeça do moreno. Blaine abaixou a cabeça por reflexo e se virou com uma cara nada amigável. – Estou com o bebê, estou com o bebê. – Kurt colocou o filho na frente do rosto. – Não queira machucar o herdeiro Hummel-Anderson, a mídia e os parentes irão querer sua cabeça em uma bandeja, sem contar o pai Blaine dele, ele te esquartejaria. – Rory riu e bateu as palminhas dão mão.

– Só vou liberar porque não quero encontrar com esse tal Blaine, porque além de parecer inrresitível, ele deve ser uma fera alucinante. – Disse Blaine voltando a limpar o chão.

– Sim, ele é inrresistivel e alucinante. – Kurt deu risada e o moreno entendeu o trocadilho, e encarou Kurt com um sorriso. Kurt colocou o filho na banheira. – Ok, lá vou eu...

O banho acabou sendo dado pelos dois pais. Blaine tinha auxiliado Kurt em muitas coisas.

[...]

A família desceu e foram recebidos por Susan com o café da manhã posto e o café especial do Rory.

– Bom dia, Blaine. Bom dia e bem vindo de volta, Kurt. – A mulher ruiva sorria para o patrão.

– Ei, e eu? – Kurt continuou fazendo voz de criança. Blaine olhou para ele.

– Bom dia, coisa mais linda desse planeta. – Disse Susan enquanto pegava Rory do colo de Blaine. A mulher colocou o menino na cadeirinha. Blaine puxou a cadeira da direita para Kurt, o castanho se sentou e o olhou para Rory que estava ao seu lado, Blaine foi para seu lugar na ponta da mesa. – Vou dar a mamadeira do Rory. – Disse a mulher pegando a tigela do menino com algumas frutas amaçadas.

Não! – Kurt acabou gritando, recebendo a atenção do bebê e da empregada. Blaine que tinha a cabeça abaixada e focada no pão, apenas levantou os olhos enquanto mantinha as mãos no pão. – Desculpa.

– Susan, você pode se retirar. – Disse Blaine dando um sorriso sem dentes e com os olhos fechados. A mulher saiu e Blaine encarou Kurt. – Você nem parece o mesmo...

– Desculpa, é que eu quero tentar recuperar o tempo que eu perdi. Me desculpa. – Kurt abaixou a cabeça e manteve as mãos no colo.

– Rory está com fome...

– Ah, é verdade! – Kurt pegou a tigela e começou a alimentar o filho. – Acho que preciso me acalmar um pouco com essa coisa de ser pai...

– Kurt...

– Tudo bem, Blaine, já entendi... – Kurt agora encarava o marido.

– Kurt...

– Eu vou tentar ser mais calmo, vou me dedicar ao máximo sem ser afobado ou –

Kurt! – Gritou Blaine.

– O que foi, Blaine? – Kurt soltou a colher com força. O castanho estava notavelmente com raiva. Blaine ficou encarando o marido. – E então?

– Eu tinha que parar você. Rory está com a boca cheia de fruta, quase colocando tudo pra fora. – Blaine tinha um sorriso bobo no rosto e as mãos cruzadas embaixo do queixo.

Kurt olhou para Rory e o garoto tinha as bochechas cheias de pedaços de frutas, chegava até parecer um esquilo. O menino encava o castanho sem entender nada, só ficava lá, piscando e com a boca cheia. Kurt deu um sorriso torto para Blaine.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Nunca vou querer perder nossa família." - Quando meu pai me disse essa parte, não sabia se chorava ou ria.
NOTÍCIA BOA/MARAVILHOSA: MEU PAI TERMINOU COM O ELI. Agora só falta o papai e Adam :3

Música: http://letras.mus.br/the-beatles/88/traducao.html

Bye.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Diário de Rory" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.