O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 13
De Volta À Vida


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas. Eu, Rory, voltei. Havia demorado para atualizar meu diário por conta de coisas desnecessárias que acontecem na minha vida. Mas enfim...



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Blaine nem quis mais ouvir o que a enfermeira tinha para falar, apenas desligou o celular e correu de volta para a sala.

– Mãe! Kurt acordou! Mãe, Kurt acordou! – Blaine pulava feito uma criança de felicidade.

– Rory, seu papai acordou. Papai acordou! – Blaine se jogou de joelhos na frente do filho e de sua mãe. – Eu tenho minha família de volta. – Blaine não se aguentava e abraçava a mãe e o bebê com toda a força. Rory só matinha um sorriso bobo no rosto sem entender absolutamente nada.

– Oh, Blaine, isso é maravilhoso! – O homem se afastou do abraço e olhou para a mãe. - Vá lá em cima, tome um banho, se arrume e vá ver seu marido. Eu preparo alguma coisa para você levar para ele. – Blaine ia dizer algo quando foi interrompido. – Não, eles vão deixar você entrar. Primeiro porque você é Blaine Hummel-Anderson, segundo porque você é marido de Kurt Hummel-Anderson. Então você vai conseguir vê-lo mesmo já tendo passado o horário de visita. – Julia completou e Blaine deu um grande sorriso.

– Ok! – Blaine beijou Rory na bochecha gorda e saiu da sala.

[...]

Depois de tomar um banho rápido, colocar uma das melhores roupas e o melhor dos perfumes, Blaine desceu as escadas.

Quando chegou ao hall, virou para olhar para esquerda e a grande sala branca estava vazia, olhou para direita e viu sua mãe na cozinha. Blaine entrou na cozinha, viu sua mãe mexendo com algumas flores que ele não fazia ideia de onde tinham saído e Rory batia as mãozinhas no cadeirão.

– Da onde são essas flores? - Blaine perguntou vendo algumas flores azuis e brancas.

– Eu comprei hoje para por em um vaso na sala, mas acho que Kurt irá gostar mais delas. – Ela terminou de amarrar os caules com uma fita azul e deu para o filho.

– Como estou? – Blaine perguntou como se estivesse indo à um jantar com o futuro namorado.

– Maravilhoso. Agora vá, antes que fique muito tarde. – Era meia noite e meia. O moreno teria que correr para pegar Kurt acordado.

Blaine deu um beijo na bochecha da mãe e fez barulho de pum na de Rory e saiu pela porta da frente em direção a garagem.

– É, Roy... Blaine nem percebeu que voltou a me chamar de “mãe”. – A senhora sorria feito boba para o neto. Julia pegou Rory no colo e subiu as escadas para levar o bebê até o quarto.

[...]

O que irei falar? Será que vão me deixar entrar? Será que Kurt está com saudades de mim? Será que ele vai gostar das flores? – Blaine pensava em mil coisas enquanto diria o carro. – Calma Blaine, vai tudo sair nos conformes.

Blaine chegou até o estacionamento do hospital, parou o carro, pegou as flores e saiu. Quando Blaine chegou na recepção teve alguns problemas por já ser de madrugada e o horário de visita ter acabado, mas como a mãe dele havia dito, ele era Blaine Hummel-Anderson e conseguiu ver seu marido. Por sorte o médico de Kurt estava de plantão e ajudou o moreno.

Blaine tremia enquanto caminhava pelo corredor branco. Havia algumas pessoas nos corredores, a TV da sala de espera ligada em um filme velho e a recepcionista mais dormindo do que acordada. Um hospital como outro, porém com um preço salgado como nenhum outro. Era como se Blaine fosse reconhecer um corpo, mas era apenas seu marido que depois de quatro meses em coma havia acordado. Apenas. Blaine era uma mistura de felicidade, curiosidade e medo. Só se escutava os passos do moreno pelo corredor. Blaine chegou em frente a porta que o foi indicada. Blaine respirou fundo e fechou os olhos. O moreno chegou a hesitar em tocar na maçaneta, mas assim fez, as mãos tremiam como nunca, com outra respiração funda, Blaine girou.

Blaine entrou no quarto e viu Kurt com o rosto virado para o outro lado, achando que o castanho estava dormindo, até que Kurt se voltou para Blaine.

– Kurt... – Blaine tinha lágrimas olhando para o marido. Fazia meses que ele não encontrava aqueles olhos tão azuis, mas que hoje estavam uma mistura de verde com azul. Maravilhoso.

– Quem é você? - Blaine preferia ter tomado um tiro, preferia a morte, mas jamais queria escutar aquilo saindo da boca do marido. Era como se tudo o que Blaine soubesse, tivesse sumido como pó, como se tudo que ele tinha, houvesse evaporado como água. O sorriso que havia se formado quando viu aqueles olhos, havia sumido tão rápido e novamente vinha a dor que o invadiu por meses. – Vai ficar me olhando? Ou vai vir me abraçar... Blaine. – Kurt estendeu os braços e tinha os olhos marejados, já deixando algumas lágrimas escaparem.

Blaine como um raio correu para os braços do marido. Blaine tinha os braços envoltos da cintura do castanho e Kurt tinha os braços sob o pescoço do moreno. Blaine e Kurt choravam como se fossem recém-nascidos. Kurt chorava por medo e Blaine chorava por alivio e felicidade, mas Blaine conseguia gritar em meio aos soluços. Kurt tentou olhar para o rosto do marido depois de cinco minutos de choro, mas Blaine ainda continuava segurando o tronco do rapaz. Blaine chorava desesperadamente, Kurt tinha até ficado assustado. Blaine gritava como louco ao peito de Kurt.

– Por favor, não me solte. – Blaine conseguiu dizer em meio ao choro. – Por favor...

– Eu nunca faria isso, amor. Agora deixe me ver o rosto do meu esposo. – Kurt disse segurando com suas mãos delicadas os dois lados das mandíbulas de Blaine, que havia uma barba rala, Kurt não se importou porque ele amava aquilo. Enquanto Blaine segurava a mão do marido beijando as palmas das mesmas, Kurt limpava os olhos do marido com os polegares. – Ei, ei. Pode parar de chorar, estou aqui agora e bem. Ok? – Kurt esperou Blaine parar de chorar um pouco mais. Depois de dois minutos o moreno se recompôs e olhou para Kurt. – Oi.

– Oi... – Blaine disse e os dois riram. Blaine não aguentou e beijou o marido. Era muita saudade. Blaine tinha a mão no rosto de Kurt. O beijo era intenso e bom. As línguas se aproveitam como nunca, era como se eles não se beijassem há dez anos, mas nunca se pode se medir a dor da saudade. Kurt também beijava com vontade os lábios do marido, mesmo em coma, de uma forma ou outra, quando acordou, sentiu uma necessidade mais do que intensa de ver o marido. Quando ficaram sem folego, se separaram com alguns daqueles selinhos barulhentos. Blaine colocou a outra mão na outra bochecha de Kurt e juntou as testas. Ele absorvia todo o sabor que um dia perdeu. Blaine fungou um pouco antes de falar com o marido novamente. – Você vem sempre aqui?

– Anh... Tenho permanecido aqui por uns meses pelo o que as senhoritas de branco me contaram. – Kurt disse tirando as duas mãos de Blaine de seu rosto e abaixando-as. Os dois estavam sentados na cama do castanho.

– Kurt... Eu... E-eu estou tão feliz, mas tão feliz que você esteja acordado, que você não pode imaginar o quanto quero te beijar a cada segundo, te abraçar a cada momento e te amar como se o amanhã nunca fosse chegar. Acho que minha felicidade está tão acumulada que talvez eu exploda, espalhando luz por toda essa sala. – Blaine disse e recebeu um afago do polegar de Kurt na bochecha.

– Pare de ser gay, Blaine. – Os dois riram alto. Era bom estar na companhia de Kurt novamente. – Eu imagino que sim. É... Como... Como anda nosso menino? Ele está bem, não está? – Kurt tinha uma leve preocupação em seu tom de voz.

– Claro que está! Cuidei muito bem do nosso menino. Ele se parece muito com você em mais um detalhe além da aparência. – Blaine disse.

– É mesmo? E o que o pequeno Hummel tem de tão parecido comigo? – Kurt fez cara de deboche para o marido.

– Ele troca de roupa cinco vezes por dia, assim como o papai dele. E ainda ele é quem escolhe, se eu escolho, ele fica bravo e acaba sujando ela com algo. – Blaine recebeu um tapa no braço vindo de Kurt.

– Deixe meu filho em paz. Aposto que ele tem bom gosto desde pequeno. – Kurt se garantia em relação ao mais novo integrante da família.

– Ah claro, se você acha que um casaco vermelho, com calças amarelas e botas azuis combinam, quem sou eu para julgar? – Blaine sorriu se lembrando quando colocou algumas peças de roupa na frente do filho.

– Eu tenho que rever algumas edições da Vogue que perdi, mas aposto que ele acertou na escolha. Creio que cores primárias estejam em alta para bebes como ele. – Kurt sorriu pensando no filho com a roupa descrita. – Como anda todos?

– Bem, creio eu. Não tive muito contado depois que Rory e eu voltamos para casa, mas quando você ficou internado, quatro meses atrás, nossos amigos foram embora com horas depois do parto, mas não sei com quanto tempo saíram de Nova Iorque. Já seu pai e Carole foram algumas semanas depois que Rory nasceu, Burt não aguentava mais ficar aqui nos vendo desse jeito: você em coma, Rory na incubadora e eu quase entrando em uma depressão profunda nesse hospital. – Disse Blaine se lembrando dos piores dias da sua vida. Kurt parecia ter ficado um pouco triste pelos acontecimentos que tinha causado, mas preferiu ficar quieto. - Minha mãe está bem, está em casa cuidando de Rory. – Blaine se lembrou das flores. – Ah! E ela mandou eu trazer isso aqui para você. – Blaine pegou as flores no criado mudo e deu para o marido.

– Obrigado, são lindas. – Kurt cheirou as flores bem arrumadas. – Vejo que bastante coisa mudou quando estive em meu sono de beleza, uma delas foi você ter voltado a chamar Julia de “mãe”.

Quando Kurt disse aquilo Blaine se tocou que havia mesmo voltado a chamar Julia de “mãe”.

– É emoção do momento. Não é todo dia que seu marido acorda de um coma. E ela que te ajudou quando precisou de sangue, coisa que fez ganhar muitos pontos comigo, e tivemos uma conversa bem honesta e colocamos os pingos nos “i”s – Disse Blaine com um sorriso meio torto.

– Conte mais sobre o que aconteceu quando estive de retirada pós parto. – Pediu Kurt se ajeitando na cama.

[...]

– Acordei e já quero dormir de novo. – Kurt bocejou depois de ter conversado sobre mil e uma coisa com Blaine. – Quero dormir. Tire os sapatos, apague a luz e se deite aqui. – Kurt indicou o outro lado da cama.

Blaine obedecendo o marido, fez tudo o que lhe foi dito. Blaine puxou as cobertas e Kurt se deitou no peito do marido, que o abraçava forte. Depois de dez minutos que permaneceram em silêncio e deitados, Kurt chamou Blaine.

– Blaine?

– Hm?

– Você... Você tem alguma foto de Rory em seu celular? – Pediu Kurt. Ele havia se esquecido do mais importante.

– Claro, tenho sim. – Blaine colocou a mão no bolso da calça e desbloqueou o celular e colocou na melhor foto que achou do filho. – Essa foi a nossa arte. – Blaine mostrou o celular para Kurt.

Kurt sentiu uma emoção enorme vendo o filho. Era como se algo tivesse trazendo ele realmente de volta à vida. Kurt queria como louco sair daquele hospital e ver o bebe com quem tanto sonhava. Kurt ficou segurando o celular admirando o filho, enquanto Blaine fazia cafuné na cabeça do amante.

– Kurt... – Blaine chamou no meio da escuridão depois de um tempo.

– Hm? – Kurt levantou o rosto para ver o de Blaine. A luz do visor ajudava a ver melhor o rosto do marido.

– Amanhã, por favor... Acorde. Prometa que vai acordar e me dar um belo “bom dia”, você e seu lindo par de olhos. – Blaine tinha a voz quebra pela medo.

– É claro que eu vou. Nunca mais irei te abandonar Blaine... – Com isso Kurt esticou o pescoço e deu um selinho em Blaine.

Blaine dormiu sorrindo e Kurt ficou encarando o celular, se imaginando como seria ver o filho e como seria a nova vida de pai.


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Notas finais do capítulo

Logo irei escrever aqui de novo (:



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