O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy
Notas iniciais do capítulo
Eu estou a ponto de começar a chamar meu pai só de Blaine como um modo de protesto. Ele quer que, eu, ele e Eli façamos uma viagem de Natal. Ele perdeu completamente a cabeça e a sanidade que ainda restava.
Para Blaine foi estranho voltar para casa sem Kurt. Principalmente quando ele pôde trazer Rory para casa. O que eles tinham combinado por um longo tempo. Mas era necessário para a saúde de Rory e para o psicológico de Blaine. Então o moreno resolveu voltar para casa quando o filho havia recebido alta. Mas Kurt continuava na mesma.
Então quando o garoto recebeu alta, Blaine pegou todas as coisas dele, pediu para as enfermeiras colocarem a roupa que Kurt havia planejado para o menino. Enquanto Rory estava tomando banho, Blaine foi fazer uma visita ao corpo de Kurt. Desceu até o andar que o marido se encontrava, andou alguns corredores e depois chegou à porta. Na primeira vez, Blaine saiu correndo, mas agora já tinha se acostumado a “visitar” o marido. Blaine odiava ter tido esse costume.
Blaine foi lento e silencioso para a cama de Kurt e sentou na cadeira ao lado dele.
– Oi, Kurt. – Disse o moreno segurando a mão imóvel do marido. – Hoje... Hoje Rory e eu iremos para casa. Eu sei que... Que deveria ir conosco, mas... Enfim... – Blaine não chorava por um par de semanas. Ele não sabia o que estava acontecendo com ele. Ele não chorava, só ficava fraco e triste. – Eu espero que muito em breve volte para mim e nosso bebê. Porque você não imagina a dor que se instalou no meu coração. A imensa saudade de você, meu amor. Kurt volta, eu não aguento mais. Eu não consigo mais. – Blaine apertava a mão do marido em suplica. Mas ele só escutava a respiração e a máquina que indicava que o coração dele ainda batia. Mas sem vida.
[...]
Depois de se recompor com o marido, Blaine foi pegar Rory. James carregava as coisas do menino. Blaine foi até a recepção, assinou a saída de Rory, colocou os óculos escuros, pegou Rory do colo de uma enfermeira, cobriu o rosto da criança e saiu para os paparazzi que aguardavam o grande herdeiro Hummel-Anderson.
James guardou as coisas no porta malas, abriu a porta para Blaine, que entrou. Mas não quis colocar Rory na cadeirinha. Quando estavam na avenida que ficava em frente ao hospital, Blaine olhou para a janela, que imaginou ser do quarto do marido, e mandou um beijo.
– Fique bem, Kurt... - Blaine pensou antes de voltar a atenção ao filho.
[...]
Quando chegaram em casa, Blaine se sentiu estranho. Ele não vinha para casa há um mês. Apenas dormia no hotel em frente ao hospital e James trazia o que era necessário para ele. Burt e Carole haviam ido embora, porque ficar em Nova Iorque estava fazendo mal a Burt.
Mesmo que fosse a saída de Rory do hospital. Blaine pediu para que não tivesse nenhuma festa de boas-vindas. Afinal, a família não estava completa. Mas assim que a grande porta branca da casa dos Hummel-Anderson foi aberta, letras unidas por um cordão, formando: “Bem-Vindo, Rory” formava um arco no meio do hall. Blaine deu um singelo sorriso para o gesto de seus amigos.
– Obrigado, pessoal. – Agradeceu mentalmente sabendo que não havia ninguém ali.
Blaine olhou para os lados. A casa quase continuava a mesma. Só faltava alguém...
O moreno foi subindo as grandes e largas escadas de madeira branca para o quarto do filho, que dormia em seus braços. Blaine entrou no quarto verde de Rory, sentindo cheirinho de bebe. Blaine foi até a cadeira e se sentou com Rory em seu colo. Blaine percebeu que o sono do menino estava um pouco perturbado, então resolveu cantar uma música.
[...]
Depois de três meses, Blaine havia se tornado um pai perfeito. Cuidava de Rory sozinho. Não deixava ninguém dar banho ou alimentar a criança. Ele queria ter o maior contado possível com seu filho, já que Kurt ainda continuava em uma cama de hospital...
Blaine estava com o menino no quarto, em sua cama, com vários brinquedos espalhados. Rory ficava com as costas em meio a travesseiros, Blaine em sua frente com brinquedinhos de cores e formas diferentes, alguns tinham luzes e faziam barulhos e no fundo passava “O Rei Leão”. Filme preferido do bebê.
– E veio um avião e foi direto na barriga do bebê gigante. – Blaine segurava um aviãozinho azul com amarelo e levou com cuidado a barriga de Rory, o garoto babava de tanto rir. Depois Rory voltava olhar para a TV. – Vai trocar o seu papai por um desenho bobo? Ah, não vai mesmo. – Blaine levantou os dois braços de Rory e começou a morder de leve a barriga por cima da roupa do menino. Rory não se aguentava e ria feito um louco. Babava, chutava Blaine com as perninhas, gritava. Blaine parava para o menino rir às vezes. – Ok, irei parar porque quero ser um bom pai, mas isso ainda não acabou mocinho.
Blaine pegou Rory no colo, colocou a chupeta e se ajeitou entre as cobertas para ficar com o menino assistindo o filme. Rory tinha os olhos fixos na tela e a mãozinha no peito de Blaine. Até que cenas foram se passando e Blaine começou a piscar, até que dormiu.
[...]
Blaine lentamente abriu os olhos e percebeu que o filho não estava em seus braços. Blaine levantou da cama desesperado. Procurou o menino entre os lençóis e não achou, olhou no chão, mas o menino também não estava lá.
– Mas que tipo de pai de merda eu sou? – Dizia o homem correndo para o quarto do menino com esperança de ter colocado a criança lá. Blaine invadiu o quarto e correu para o berço. Blaine começou a ficar tonto, mas mesmo assim desceu as escadas. – Peter! Peter! – Blaine havia voltado a sentir o que eram lágrimas. – Alguém pelo o amor de Deus! – Blaine foi correndo para a sala quando parou no meio do caminho e viu Julia com Rory no chão da sala brincando. – Rory! – Blaine foi até o chão e abraçou o filho.
– Eu fui ao quarto dele, mas estava vazio. Então fui ao seu, como ninguém respondeu as batidas, eu entrei. Vocês estavam dormindo e seu braço estava meio mole e cansado.
– Oh, obrigado. – Disse Blaine olhando para ela ainda abraçando o menino. – E-eu estava desesperado. – Disse Blaine entregando o menino a Julia e deitando de costas no chão tentando se recompor. – Ele comeu? – Perguntou com o antebraço em frente aos olhos.
– Comeu, arrotou e tomou banho. Tudo ok. – Disse a avó do menino brincando com ele com um grande brinquedo.
– Ok, obrigado novamente. – Disse Blaine ainda imóvel.
– Blaine, não me leve a mal, mas precisa de alguém para te ajudar. Eu posso fazer isso. Você anda muito cansado. – Disse a mulher se preocupando com o filho e neto.
– Sim, eu preciso. Preciso do meu marido. – Disse Blaine se levantando e voltando para o quarto. Um fluxo de lágrimas se aproximava. Quando ele pisou no primeiro degrau, o telefone tocou. Ele olhou no relógio e eram onze horas da noite em um domingo. Ele foi até o telefone na cozinha e atendeu. – Alô? – Disse com uma mão no telefone e a outra no quadril.
– Alô, senhor Hummel-Anderson? – Disse a voz feminina do outro lado.
– Sou eu mesmo. Quem é? – Blaine manteve a cabeça baixa, prestando atenção nas palavras.
– É do hospital onde Kurt Hummel-Anderson está internado.
– Algum problema com meu marido? – Blaine tinha a respiração ofegante agora.
– De modo algum. Estamos te ligando para falar que Kurt acordou. Kurt saiu do coma.
Era como se uma bola de luz tivesse atingido Blaine em cheio. Aquilo era a vida voltando a correr pelas veias sanguíneas do rapaz, fazendo-o pensar, se sentir feliz. O encher de amor e alegria. Blaine não conseguia manter o sorriso e as lágrimas de felicidade.
Seu marido havia voltado. Sua família estava completa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu não quero viajar. Sério.
Até depois.