O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 12
Oi, Kurt


Notas iniciais do capítulo

Eu estou a ponto de começar a chamar meu pai só de Blaine como um modo de protesto. Ele quer que, eu, ele e Eli façamos uma viagem de Natal. Ele perdeu completamente a cabeça e a sanidade que ainda restava.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329895/chapter/12

Para Blaine foi estranho voltar para casa sem Kurt. Principalmente quando ele pôde trazer Rory para casa. O que eles tinham combinado por um longo tempo. Mas era necessário para a saúde de Rory e para o psicológico de Blaine. Então o moreno resolveu voltar para casa quando o filho havia recebido alta. Mas Kurt continuava na mesma.

Então quando o garoto recebeu alta, Blaine pegou todas as coisas dele, pediu para as enfermeiras colocarem a roupa que Kurt havia planejado para o menino. Enquanto Rory estava tomando banho, Blaine foi fazer uma visita ao corpo de Kurt. Desceu até o andar que o marido se encontrava, andou alguns corredores e depois chegou à porta. Na primeira vez, Blaine saiu correndo, mas agora já tinha se acostumado a “visitar” o marido. Blaine odiava ter tido esse costume.

Blaine foi lento e silencioso para a cama de Kurt e sentou na cadeira ao lado dele.

– Oi, Kurt. – Disse o moreno segurando a mão imóvel do marido. – Hoje... Hoje Rory e eu iremos para casa. Eu sei que... Que deveria ir conosco, mas... Enfim... – Blaine não chorava por um par de semanas. Ele não sabia o que estava acontecendo com ele. Ele não chorava, só ficava fraco e triste. – Eu espero que muito em breve volte para mim e nosso bebê. Porque você não imagina a dor que se instalou no meu coração. A imensa saudade de você, meu amor. Kurt volta, eu não aguento mais. Eu não consigo mais. – Blaine apertava a mão do marido em suplica. Mas ele só escutava a respiração e a máquina que indicava que o coração dele ainda batia. Mas sem vida.

[...]

Depois de se recompor com o marido, Blaine foi pegar Rory. James carregava as coisas do menino. Blaine foi até a recepção, assinou a saída de Rory, colocou os óculos escuros, pegou Rory do colo de uma enfermeira, cobriu o rosto da criança e saiu para os paparazzi que aguardavam o grande herdeiro Hummel-Anderson.

James guardou as coisas no porta malas, abriu a porta para Blaine, que entrou. Mas não quis colocar Rory na cadeirinha. Quando estavam na avenida que ficava em frente ao hospital, Blaine olhou para a janela, que imaginou ser do quarto do marido, e mandou um beijo.

Fique bem, Kurt... - Blaine pensou antes de voltar a atenção ao filho.

[...]

Quando chegaram em casa, Blaine se sentiu estranho. Ele não vinha para casa há um mês. Apenas dormia no hotel em frente ao hospital e James trazia o que era necessário para ele. Burt e Carole haviam ido embora, porque ficar em Nova Iorque estava fazendo mal a Burt.

Mesmo que fosse a saída de Rory do hospital. Blaine pediu para que não tivesse nenhuma festa de boas-vindas. Afinal, a família não estava completa. Mas assim que a grande porta branca da casa dos Hummel-Anderson foi aberta, letras unidas por um cordão, formando: “Bem-Vindo, Rory” formava um arco no meio do hall. Blaine deu um singelo sorriso para o gesto de seus amigos.

– Obrigado, pessoal. – Agradeceu mentalmente sabendo que não havia ninguém ali.

Blaine olhou para os lados. A casa quase continuava a mesma. Só faltava alguém...

O moreno foi subindo as grandes e largas escadas de madeira branca para o quarto do filho, que dormia em seus braços. Blaine entrou no quarto verde de Rory, sentindo cheirinho de bebe. Blaine foi até a cadeira e se sentou com Rory em seu colo. Blaine percebeu que o sono do menino estava um pouco perturbado, então resolveu cantar uma música.

[...]

Depois de três meses, Blaine havia se tornado um pai perfeito. Cuidava de Rory sozinho. Não deixava ninguém dar banho ou alimentar a criança. Ele queria ter o maior contado possível com seu filho, já que Kurt ainda continuava em uma cama de hospital...

Blaine estava com o menino no quarto, em sua cama, com vários brinquedos espalhados. Rory ficava com as costas em meio a travesseiros, Blaine em sua frente com brinquedinhos de cores e formas diferentes, alguns tinham luzes e faziam barulhos e no fundo passava “O Rei Leão”. Filme preferido do bebê.

– E veio um avião e foi direto na barriga do bebê gigante. – Blaine segurava um aviãozinho azul com amarelo e levou com cuidado a barriga de Rory, o garoto babava de tanto rir. Depois Rory voltava olhar para a TV. – Vai trocar o seu papai por um desenho bobo? Ah, não vai mesmo. – Blaine levantou os dois braços de Rory e começou a morder de leve a barriga por cima da roupa do menino. Rory não se aguentava e ria feito um louco. Babava, chutava Blaine com as perninhas, gritava. Blaine parava para o menino rir às vezes. – Ok, irei parar porque quero ser um bom pai, mas isso ainda não acabou mocinho.

Blaine pegou Rory no colo, colocou a chupeta e se ajeitou entre as cobertas para ficar com o menino assistindo o filme. Rory tinha os olhos fixos na tela e a mãozinha no peito de Blaine. Até que cenas foram se passando e Blaine começou a piscar, até que dormiu.

[...]

Blaine lentamente abriu os olhos e percebeu que o filho não estava em seus braços. Blaine levantou da cama desesperado. Procurou o menino entre os lençóis e não achou, olhou no chão, mas o menino também não estava lá.

– Mas que tipo de pai de merda eu sou? – Dizia o homem correndo para o quarto do menino com esperança de ter colocado a criança lá. Blaine invadiu o quarto e correu para o berço. Blaine começou a ficar tonto, mas mesmo assim desceu as escadas. – Peter! Peter! – Blaine havia voltado a sentir o que eram lágrimas. – Alguém pelo o amor de Deus! – Blaine foi correndo para a sala quando parou no meio do caminho e viu Julia com Rory no chão da sala brincando. – Rory! – Blaine foi até o chão e abraçou o filho.

– Eu fui ao quarto dele, mas estava vazio. Então fui ao seu, como ninguém respondeu as batidas, eu entrei. Vocês estavam dormindo e seu braço estava meio mole e cansado.

– Oh, obrigado. – Disse Blaine olhando para ela ainda abraçando o menino. – E-eu estava desesperado. – Disse Blaine entregando o menino a Julia e deitando de costas no chão tentando se recompor. – Ele comeu? – Perguntou com o antebraço em frente aos olhos.

– Comeu, arrotou e tomou banho. Tudo ok. – Disse a avó do menino brincando com ele com um grande brinquedo.

– Ok, obrigado novamente. – Disse Blaine ainda imóvel.

– Blaine, não me leve a mal, mas precisa de alguém para te ajudar. Eu posso fazer isso. Você anda muito cansado. – Disse a mulher se preocupando com o filho e neto.

– Sim, eu preciso. Preciso do meu marido. – Disse Blaine se levantando e voltando para o quarto. Um fluxo de lágrimas se aproximava. Quando ele pisou no primeiro degrau, o telefone tocou. Ele olhou no relógio e eram onze horas da noite em um domingo. Ele foi até o telefone na cozinha e atendeu. – Alô? – Disse com uma mão no telefone e a outra no quadril.

Alô, senhor Hummel-Anderson? – Disse a voz feminina do outro lado.

– Sou eu mesmo. Quem é? – Blaine manteve a cabeça baixa, prestando atenção nas palavras.

É do hospital onde Kurt Hummel-Anderson está internado.

– Algum problema com meu marido? – Blaine tinha a respiração ofegante agora.

De modo algum. Estamos te ligando para falar que Kurt acordou. Kurt saiu do coma.

Era como se uma bola de luz tivesse atingido Blaine em cheio. Aquilo era a vida voltando a correr pelas veias sanguíneas do rapaz, fazendo-o pensar, se sentir feliz. O encher de amor e alegria. Blaine não conseguia manter o sorriso e as lágrimas de felicidade.

Seu marido havia voltado. Sua família estava completa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não quero viajar. Sério.
Até depois.