O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 11
Bem Vindo, Rory!


Notas iniciais do capítulo

Oi, sei que demorei, mas... Minha situação nas minhas casas está cada vez pior. Meus pais ainda continuam separados. Pai Blaine assumiu um relacionamento imaturo e ridículo com um tal de Eli. Papai Kurt trouxe Adam e sempre me deixa sozinho com ele dizendo: "Vou deixar vocês à sós para ter uma conversinha." Qualquer dias desses, vou fazer igual minha tia Santana e dar um tapa nesses ordinários. Pedir que eles voltem é pedir demais?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329895/chapter/11

– Obrigado. – Blaine se jogou sentando em cima da cadeira onde estava Julia.

– De nada. É pelo meu neto e genro. – A mulher encarava o sangue subindo pelo cano.

– Agora eles são da sua família? – Blaine estava tão estressado, que não estava se importando com mais nada.

– Blaine... Por favor não comece, não é momento e nem tenho disposição pra isso. – Pediu a mulher sem olhar nos olhos do filho.

– Não, agora que estamos a sós, eu realmente queria saber. Porque está fazendo isso? Kurt nunca foi seu genro na minha adolescência. Mas agora ele é. Você nunca gostou de nós estarmos juntos, mas agora considera o meu filho, seu neto. Por quê? Por que só agora? – Pediu Blaine virado para ele. Julia se manteve em silêncio. – Responde! – Blaine bateu o punho no braço da cadeira assustando Julia.

– Por que? Você quer saber disso agora? Porque eu fui imatura, não soube lidar com aquilo. Deixei que seu pai mantivesse o controle de tudo, mas ele teve péssimas decisões. Eu tentei te trazer de volta. – A mulher chorava. – Eu tentei mais do que tudo, mas seu pai disse que ou era a mim ou você. Você tinha Kurt, eu não tinha ninguém. Nenhum parente, nem um amigo. Cooper precisava viver a vida dele. Mas ai eu pensei em comprar uma casa e foi o que eu fiz, juntei o dinheiro e quando estava para fechar o negócio, seu pai descobriu. Aquele dia ele me bateu pela primeira vez. Me senti péssima, sem chão. E eu não tinha ninguém, pois o monstro havia colocado meu filho pra fora. Eu tentei te procurar, mas tive medo. Só criei coragem quando você já tinha vindo para cá e Burt não disse o número da casa e nem o telefone, e como não sei mexer em computadores, não consegui te encontrar por redes sociais. Mas... Mas eu te procurei tanto Blaine... Tanto. – Julia havia desabado em lágrimas e cobria o rosto com as mãos.

– Você ainda mora com ele. – Blaine se mantinha forte e olhava para ela por cima, só desviava o olhar quando ela olhava nos olhos dele.

– Ele nos ameaçou de morte. Mas não só eu, você e seu irmão, mas Kurt. – Ela cuspiu as palavras para ele.

Blaine se sentiu fraco e com o estomago embrulhado. Martin era um monstro. Ele havia feito Cooper sofrer antes de ir para Los Angeles, Blaine sofrer, Julia sofrer e mesmo assim ainda queria mais. Blaine se tocou de tudo o que estava fazendo com sua mãe.

– Me desculpe. E-eu agi errado. Me desculpe. – Disse Blaine com lágrimas nos olhos encarando vazio.

– Eu só não queria mexer nisso. Ainda é uma feriada aberta. - Julia conseguia olhar somente o perfil do rosto de Blaine. Com uma barba crescendo, olhos com lágrimas, os braços e o corpo fracos. Blaine havia se tornando um homem, agora era pai. Julia tinha orgulho de Blaine ter se tornado um grande homem sozinho.

– E-eu precisava disso. Mas não imaginei que iria doer tanto. Martin é um monstro. Mas o pior é meu filho estar na incubadora, meu marido está –

– Senhor Hummel-Anderson? – Novamente a enfermeira do cabelo vermelho. Blaine precisava descobrir o nome dela.

– Sim? – Blaine se ergueu na cadeira.

– Preciso te dar uma notícia. Kurt acaba de entrar em coma. – A mulher nem havia preparado o moreno.

Blaine sentiu uma forte pontada na cabeça. O moreno colocou os pés em cima da cadeira e tampou os olhos com as palmas das mãos. Quando Julia menos esperava, o moreno começou a chorar.

– Blaine, venha cá. – A mulher puxou Blaine para que ele pudesse chorar em seu peito, e foi o que o moreno fez. - Vai ficar tudo bem, Kurt e Rory vão sair dessa. - Blaine agarrava a blusa dela e se escondia nela. Julia só pensou em cantarolar a música de ninar que cantava para Blaine. Julia cantava a linda melodia fazendo Blaine se acalmar, enquanto acariciava o cabelo de seu menino. Depois que os soluços pararam, Blaine havia dormido. – Eu te amo, meu menino. – Julia beijou os cachos de Blaine e voltou olhar para o nada, enquanto continuava a doar o seu sangue.

[...]

Blaine abriu os olhos, olhou em volta e viu pequena sala onde estava com Julia, que já não estava mais lá. Blaine se arrumou e foi à sala de espera. O moreno passava pelos corredores, observando algumas pessoas na ala da maternidade, todas felizes olhando seus parentes pelo vidro. Ele queria estar feliz assim.

– Ei, Bud. – Burt foi até Blaine. – Eu sei que não está bem, mas se sente melhor?

– Menos cansado, eu suponho. – Burt havia abraçado Blaine com um dos braços e eles caminhavam para as cadeiras. Blaine tinha a cabeça baixa. – Por quanto tempo eu dormi?

– Cinco horas. – Respondeu Burt.

– Rory? – Perguntou Blaine brincando com os dedos das mãos.

– Está se recuperando.

– ...K-kurt? – Ele havia fechado os olhos por medo.

– Já recebeu a doação... Mas ainda está em coma, não sabemos por quanto tempo...

Blaine olhou para o lado contrário e apertou os lábios para não chorar.

– E os outros? – Burt conseguia a voz de choro do rapaz.

– Foram embora uma hora atrás. Precisavam descansar e ficar no hospital não é bom para as crianças e nem as grávidas.

– Entendo. Julia?

– Lanchonete. Blaine, eu estou acabado, com a situação do meu neto, meu filho, você, minha viagem, então... – Blaine olhou para o sogro. – Eu... Eu posso ir para sua casa?

– Claro, claro. Só pedir minha chave na recepção, tive que tirar para colocar o jaleco. Mas podem ir, a casa é de vocês.

– Você irá ficar bem? – Perguntou Carole entrando na conversa.

– Espero que em breve. – Blaine encarava o chão.

– Ok, nós estamos indo. Qualquer coisa nos telefone. – Disse Burt levantando.

Blaine concordou com a cabeça. O moreno fingiu não ver Burt caindo em lágrimas quando foi embora. Ele estava sozinho agora.

[...]

– Senhor? Senhor? – Alguém balançava os ombros de Blaine. Ele havia cochilado.

– Uh... Pois não? – Blaine se ajeitava na cadeira e os cabelos.

– Blaine? Blaine Hummel-Anderson? – Perguntou outra enfermeira.

– Sim... – Blaine olhou em volta e viu que não era um pesadelo.

– Queira me acompanhar, por favor. – A moça deu as costas para Blaine.

– Para onde vamos? – Perguntou ele levantando rapidamente. O Blaine estava com um pouco de medo e com o coração acelerado; e aquilo não era nada bom pra quem havia acabo de acordar.

– Ver seu filho. – Disse ela olhando para trás e mandando um sorriso. Blaine respirou mais aliviado. Depois de entrarem no elevador, subir alguns andares e andar por mais alguns corredores, chegaram a uma porta. – Vá aquele banheiro e lave as mãos por favor. – Ela apontou e Blaine foi. Blaine se olhou no espelho e se viu péssimo. Barba de três dias, olheiras, olhos vermelhos, roupas amassadas. Kurt odiaria ver ele daquele jeito. Blaine aproveitou e lavou o rosto e mãos. Depois saiu e foi de encontro a enfermeira. – Agora vista isso. – Ela entrou um jaleco. Blaine vestiu e eles entraram. Blaine um pouco receoso de entrar.

– Ele está acordado?

– Sim. Me acompanhe por favor. – Os dois caminharam entre uma sala cheia de pequenas criancinhas em incubadoras. Blaine olhava para todas, tanto do lado direito quanto do esquerdo. Eles estavam chegando ao fundo da sala. – É esse.

Um lindo menino de olhos claros, um pouco de cabelo, que eram castanhos e lisos; isso havia deixado Blaine mais calmo. Tinha a pele avermelhada mas notavelmente branca igual de Kurt. Os olhos curiosos. Mexia os braços e pernas freneticamente.

– Ele é lindo... – Blaine se abaixou ao nível da incubadora e encarou o filho que seguiu os olhos castanhos de Blaine. – Ei, amor. – A criança não parava de encarar o pai. Blaine colocou a mão no vidro e abaixou a cabeça para chorar.

– Uh... Gostaria de segura-lo?

– Eu posso? – Blaine olhou esperançoso para a mulher.

– Se me prometer cuidado...

– Eu prometo. – Disse Blaine. - Qual era o problema dela? Ele é meu filho, é claro que eu vou ter cuidado. – Pensou o moreno.

Ela com cuidado foi levantando a tampa. Pegou o bebe no colo e deu para Blaine.

– Cuidado com a cabeça e as costas do bebe. Coloque seus braços nessa posição. – Ela mostrou para Blaine, que imitou. Gentilmente ela colocou Rory nos braços de Blaine. – Pronto.

– Ele... Ele é incrível...

– Eu vou deixar vocês sozinhos por um momento. – Disse a enfermeira caminhando para o corredor.

– Ei meu príncipe. Você é lindo, sabia? Parece muito com o seu... – Blaine voltou a chorar. Blaine alisava a cabeça de Rory. – Eu queria tanto estar com você e seu papai agora, tanto, mais tanto. – Blaine sentia pontadas no coração. Blaine deu beijinho de esquimó em Rory. O menino colocou a mãozinha em cima da bochecha de Blaine, que abriu os olhos. - Eu te amo tanto, Roy e te prometo que tudo vai ficar bem. Que as coisas vão voltar ao normal, que Kurt também vai cuidar de você e logo. Porque você não pode ficar sem um papai... - Blaine olhou para a janela do berçário. - E eu sem meu marido...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Isso não é justo.