Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 29
Capítulo 28 - Solteira


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos! o/ Tudo bem com vocês nesse domingo ensolarado?
Eu já fui a feira hoje, já comi pastel e agora pretendo passar a tarde toda vendo minhas séries, pq também sou filha de Zeus, digo, de Deus! kkkkk...
Espero que gostem do capítulo!
Boa leitura ;)
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ps: recentemente li o livro "Diários do Semideus" e não pude deixar de encontrar uma outra semelhança com a minha fic. Na história que tem lá de Percabeth, quando eles falam doo "aniversário" de namoro, que um dos dois esquece (no caso do livro foi o Percy que esqueceu, na minha fic foi a Anna rs). Enfim, eu adoro achar essas coincidências :P



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Definitivamente não havia vantagem alguma em ter ficado com o apartamento. Além de eu me sentir extremamente solitária morando sozinha, cada centímetro daquele lugar me lembrava Percy. E lembrar dele era última coisa que eu queria! Logo, passava o máximo de tempo possível na rua. Nem estava mais voltando para almoçar em casa. Não tinha mais ninguém pra cozinhar para mim e eu também não sentia a mínima vontade de fazer comida. Então, além das horas que já passava nas aulas da faculdade, eu comecei a ficar na biblioteca para estudar, ou simplesmente enrolava até dar a hora de almoçar, o que eu normalmente fazia em algum restaurante no centro de Manhattan.

Pensei seriamente em largar o trabalho no Sally’s Café. Dinheiro já não era problema agora que eu tinha o contrato com a agência de modelos. Também pensei em quebrar o contrato, mas a multa que eu teria que pagar não valia a pena. E já que eu não tinha mais de quem esconder nada, achei melhor mantê-lo. O fato é que eu só não sai do meu emprego de atendente porque precisava manter minha mente ocupada. E ficar o mais longe possível do meu apartamento também, é claro. A Sra. Sally havia contratado uma outra garota pra ficar no lugar de Hanna. Eu nem pude acreditar quando me apresentaram a nova funcionária. Era nada menos do que Emily, a menina que trabalhava com Percy no posto, que eu havia conhecido dias atrás.

De cara eu já previ que não seria fácil olhar pra cara dela todos os dias. Só me faria lembrar do quanto fui idiota ao suspeitar que Percy podia estar tendo um caso com ela, quando na verdade ele estava era preparando uma surpresa pra mim. De qualquer forma aquilo já não importava, pois no final das contas Percy fora capaz de fazer algo muito pior, que me machucou muito mais. E qualquer coisa era melhor do que estar em casa, por isso tentei não dar atenção a garota. O que era extremamente difícil, pois ela adorava conversar, especialmente comigo. Logo de cara ele me perguntou por Percy e ficou bem surpresa e chateada quando eu disse que havíamos terminado. Obviamente não contei o motivo, isso ela teria que perguntar a Percy, se é que ele ainda estivesse indo trabalhar a noite no posto.

Eu estava longe de ser uma funcionária modelo, mas por algum motivo minha chefe nem parecia estar cogitando a possibilidade de me mandar embora. Não que eu quisesse que ela o fizesse, mas é que eu não estava no meu estado normal. Ficava no mundo da lua a maior parte do tempo e demorava mais que o necessário para atender os pedidos dos fregueses. Se não fosse pela agilidade e eficiência de Emily que compensava meu desleixo, alguém já teria notado. Felizmente ela sabia e entendia o porquê de eu estar agindo daquela maneira. Por mais que eu não quisesse admitir pra mim mesma, o término do meu namoro havia me deixado extremamente abalada. Eu precisava urgentemente de algo para tirar minha mente um pouco da realidade e meus queridos amigos da faculdade deram um jeito nisso.

Sam e Tasha, como sempre, eram os que tentavam me por pra cima, não importava o quão deprimente fosse a minha situação. E quando eu estava com eles era impossível não ficar ao menos um pouco contagiada com a vibração positiva que os dois transmitiam. Desde que eu lhes contara sobre o fim do meu relacionamento, eles haviam me dado toda força e apoio do mundo. E claro, também haviam me chamado para todas as festas, bares e clubes possíveis. Segundo eles a melhor coisa que eu podia fazer para curar a minha “foça” seria “cair na gandaia”, palavras de Sam. Tasha havia tirado sarro da cara dele por três dias seguidos por causa dessa expressão tão velha e antiquada. Quando a semana estava chegando ao fim, eles simplesmente se recusaram a continuar recebendo “não” como resposta.

– Escuta aqui loirinha! - o tom de Tasha era sério e autoritário, mas eu sabia que ela só estava fazendo pose - Não estamos perguntando se quer ir conosco. Estamos apenas te informando que você vai e pronto! Passaremos na sua casa as 22h pra te pegar. Esteja pronta e fim de papo.

– Eu não discordaria dela se fosse você - me aconselhou Sam, que tinha uma experiência bem mais extensa do que a minha quando se tratava de lidar com a morena.

– Está bem, não irei discordar. Pode ser que vocês tenham razão, afinal. Acho que preciso sair um pouco dessa rotina tão maçante que está acabando comigo! - me rendi enfim.

– Claro que temos razão! - afirmou Tasha sem um pingo de humildade - E você não vai apenas sair da rotina amiga. Vai dançar, beber e principalmente conhecer gente nova!

– Por favor Tasha, se está pensando em me arrumar um novo namorado, pode esquecer! - tratei de alertar a garota antes que ela começasse a se animar com a ideia - A última coisa que eu quero agora é entrar em outro relacionamento…

– E quem é que falou em relacionamento? - disse ela fazendo pouco caso - Conhecer gente nova e quem sabe até arrumar um novo “flerte” não tem mal nenhum. Não é pra você arrumar alguém pra casar, Annie, é só pra se divertir. Sabe, pode até ajudar a esquecer de um certo alguém…

– Ok! Você venceu! - me dei por vencida logo porque com Tasha era quase impossível sair com razão de alguma conversa - Talvez seja bom eu ver gente diferente pra variar. Ainda que eu ache bem difícil eu me interessar por alguém…

– Você acabou de dizer “flerte”? - perguntou Sam franzindo a testa - Há, depois sou eu o “antiquado” que usa expressões velhas e fora e moda né?

Pela cara que a morena de cabelos cacheados fez, achei que não sobraria nenhum vestígio de Sam para contar a história. Porém, alguns minutos depois estávamos todos rindo novamente. Eu não imaginava, nem em um milhão de anos, que uma semana após terminar com Percy, eu poderia estar em uma roda de amigos rindo e falando besteiras daquele jeito. Meus dois amigos certamente tinham um dom especial e eu os amava muito por isso. Ainda não achava que aquela ideia de sair para “conhecer gente nova” fosse uma boa, afinal eu não estava mesmo com vontade de me envolver com ninguém no momento. Não por que eu sabia que lá no fundo ainda amava Percy, era mais por mim mesmo. Não me sentia nenhum pouco no clima de “paquerar” naquela noite. Ainda assim seria bom passar um tempo com meus amigos fora do campus da faculdade em um clima mais descontraído, só pra variar.

***

Achei que seria mais fácil escolher uma roupa para sair, uma vez que eu não estava tão empolgada para “arrasar na balada” como Tasha havia me dito ao telefone há alguns minutos atrás quando eu liguei pra ela pedindo ajuda. Desconsiderei suas dicas de moda assim que ela começou a falar em salto alto e mini saia. Eu não tinha mais ninguém em mente para recorrer, então resolvi confiar no meu bom senso. Peguei um vestido liso preto, o mais básico que eu tinha, não era muito curto nem muito decotado. Coloquei uma sandália também preta, com um salto bem baixo, no pé e peguei uma bolsa pequena. Pensei em fazer uma trança embutida no cabelo, mas no fim das contar acabei deixando-o solto. Assim combinava mais com a roupa que havia escolhido.

Desci para o hall do prédio para esperar a minha carona. Quando meus amigos haviam dito que passariam para me pegar eu jamais imaginaria que eles iriam alugar uma limusine com motorista e tudo! Fiquei de queixo caído quando Tasha abaixou o vidro e começou a acenar pra mim. Sai pelo portão de pedestres e fui caminhando devagar até a porta do luxuoso carro. Antes que eu me desse conta o motorista já havia descido e estava segurando a porta para mim. Ele até segurou minha mão sorridente para me ajudar a entrar. Devolvi um sorriso amarelo pra ele ainda insegura e incomodada com todo aquele glamour. Eu não havia me preparado para aquilo. Aqueles dois me deviam uma explicação!

– Ok, quanto é que vocês andam cobrando de cachê pelos seus shows? - perguntei ao ver a cara de expectativa com que Sam e Tasha me olhavam. Com certeza eles esperavam outra reação de minha parte pois imediatamente suas caras murcharam - Sério gente, acho que vou querer entrar nesse ramo também. Pra estarem podendo bancar uma limusine, devem estar montados na grana.

– Não viaja Anna - falou Sam com diversão na voz - Claro que não estamos “montados na grana”. Tasha tem um amigo que trabalha numa dessas empresas que alugam carros, e ele devia um favor a ela, só isso…

– Caramba Sam! Mas você tem que entregar o jogo assim? - pelo jeito ela não planejava contar essa parte da história - Nem pra deixar eu me vangloriar um pouco?

Se vangloriar era algo comum da garota, e sei que ela faria isso com ou sem limusine. E por incrível que pareça, essa atitude lhe caída muito bem. E com aquele estilo Rock-hippie e aquela pele negra reluzente, ela iria arrasar de qualquer forma. Chegava até a me sentir um pouco apagada perto dela. Como a minha intenção naquele dia não era chamar atenção, eu estava até achando bom. Quando chegamos na porta da boate, todos que estavam na fila pararam e ficaram olhando em nossa direção. Não os culpo, eu teria feito a mesma coisa no lugar deles. Mesmo assim fiquei um pouco acanhada enquanto saia da limusine e ia até a porta do estabelecimento.

– Deixa eu adivinhar - disse aos sussurros para Sam quando vi que Tasha ia direto falar com um dos seguranças da casa ao invés de entrar na fila - Outro amigo que deve favores a Tasha?

O garoto riu e nós seguimos nossa amiga que em menos de um minuto conseguiu nos colocar pra dentro de uma das casas noturnas mais badaladas da cidade. O ambiente lá dentro era redondo, escuro e exageradamente ornamentado. A imensa pista de dança ficava sob um teto repleto de tecidos coloridos pendurados de forma aleatória. No final da pista, numa plataforma elevada a cerca de um metro do chão estava a mesa do DJ, ainda vazia, porém já toda enfeitada com objetos, gliter e neon. Dos dois lados havia uma área um pouco mais iluminada onde ficavam algumas mesas altas com bancos. Depois delas havia um imenso bar que pegava quase toda a extensão das paredes laterais.

Preferi deixar meus dois amigos estilosos irem na frente enquanto eu os seguia de perto. Além de serem mais familiarizados com o lugar, eles pareciam estar bem mais vontade do que eu ali. A cada três passos um dos dois cumprimentava uma pessoa que cruzava nosso caminho. Ao chegar ao bar, de cara Tasha pediu três doses de tequila. Arregalei os olhos na hora e perguntei se ela estava ficando louca. Eu nunca tinha bebido algo tão forte antes. Infelizmente meus argumentos não valeram nada, a morena alegou que para tudo na vida havia uma primeira vez e que já era uma tradição começar a noite assim. Não tive outra opção se não tomar a tal da tequila. Depois que virei a dose, achei que não ia aguentar o gosto e iria cuspir tudo, porém depois que chupei o limão e senti a bebida descendo queimando minhas entranhas, até que não foi tão ruim. E algo me dizia que gostar de tequila não seria uma boa ideia.

Por sorte, os dois não quiseram pedir mais nada no momento. Fomos até uma das mesas e nos sentamos. Não sei por que fui fazer a burrada de olhar em volta para dar uma conferida no local e, claro, nas pessoas que estavam à nossa volta. Bem na mesa ao nosso lado estava ninguém menos que Nathan Scott. Como se já não fosse azar suficiente encontrá-lo ali, ele ainda estava me olhando bem na hora que olhei pra ele. Não tive nem como fingir que não o tinha visto, então dei um leve aceno de cabeça e sorri. Ele respondeu da mesma forma, só que com um sorriso bem maior. Minha amiga Tasha, sempre muito ligada em tudo ao seu redor, logo percebeu o que estava acontecendo. Não tive tempo de dizer para ela não olhar na direção de Nathan. Ela o fez e enquanto ele ainda olhava para nossa mesa. Quis cavar um buraco no chão e me enfiar lá dentro, principalmente depois que a garota começou a me dar cotoveladas e olhares sugestivos, indicando Nathan com a cabeça.

Fiquei tão sem graça que comecei a procurar um motivo para sair daquela mesa o mais rápido possível. Quando percebi que uma música mais agitada começou a tocar e que algumas pessoas estavam indo para a pista de dança, levantei e puxei os dois comigo. Eles obviamente ficaram impressionados com a minha atitude. Eu super animada para ir dançar não era algo que eles esperavam, nem mesmo eu. Mas para não dar tanto na cara de que só fizera aquilo para fugir de Nathan, comecei a dançar, fingindo que estava curtindo muito o som. Mesmo desconfiados, Sam e Tasha começaram a dançar comigo. Não sei se era a Tequila que já estava fazendo efeito, mas achei que estava começando a gostar daquilo.

Quanto mais alto a música tocava mais eu me empolgava na minha dança estranha. Não devia estar nenhum pouco sexy ou atraente, mas não estava ligando muito pra isso. Sem querer acabei esbarrando em alguém que dançava perto de mim. Mas não tinha sido só uma esbarrada de leve, eu dera uma cotovelada bem forte na pobre pessoa, então me virei para pedir desculpas. Por que diabos eu havia decidido ter bons modos justo naquela hora? Era Nathan a pobre pessoa que eu havia atingido. Ele parecia achar divertido o constrangimento em meu rosto. Nem consegui emitir as simples palavras “me desculpe”, muito menos voltar a dançar como se nada tivesse acontecido. Simplesmente fiquei lá parada encarando o garoto com os olhos arregalados. Sam e Tasha perceberam o que acontecera e estavam quase me tirando dali quando Nathan segurou minha mão e me puxou para dançar com ele.

À princípio fiquei tão chocada com a atitude dele que não sabia o que fazer. Muito menos quando ele colocou a mão em minha cintura e veio mais para perto. Só com uma olhada na direção de Tasha eu percebi que estava pagando o maior mico então voltei a dançar, dessa vez de forma mais sutil e menos empolgada. Alguns segundos depois, como se estivéssemos num filme, a música agitada parou e no lugar dela começou a tocar uma bem mais lenta. Não tive escapatória, Nathan colocou seus braços em volta de mim e começou a me conduzir no ritmo da música. Hesitei um pouco mas depois segurei em seus ombros e apoiei a cabeça levemente na dele. Por incrível que pareça, eu estava começando a gostar daquilo. Envolvi o pescoço dele com os braços e me deixei levar pelo envolvente momento.

Quando dei por mim Nathan e eu estávamos colados um no outro. A música lenta já havia acabado e nós éramos os únicos que seguíamos dançando daquele jeito. O rosto do garoto estava enterrado em meus cabelos e suas mãos deslizavam por minhas costas. Em um súbito momento de sensatez, me soltei dos braços dele e sai andando rápido. Não vi se Sam e Tasha ainda estava perto de mim quando sai, apenas me afastei o mais rápido possível, sem saber direito o que estava fazendo. Consegui chegar até o bar e resolvi pedir algo para tomar. Eu não podia ficar mais confusa do que já estava! Bebi quase metade do drink de uma só vez. Como eu temia, Nathan veio atrás de mim e parou bem ao meu lado. Eu não virei em sua direção, continuei encarando as diversas garrafas de bebidas alcóolicas a minha frente.

– Annabeth, o que houve? Por que saiu de lá daquele jeito? - perguntou o garoto colocando a mão em meu braço. Não me atrevi a olhar a expressão que ele fazia. Estava me sentindo extremamente atraída por aquele garoto e isso parecia errado de todas as formas possíveis e imagináveis.

– Não estava me sentindo muito bem Nathan, só isso - respondi tentando soar o mais natural e desinteressada possível. Torci para que ele acreditasse, mas nem eu mesma me convenci.

– Quer que eu te leve pra casa? - olhei desconfiada então ele logo se explicou - Digo, quer uma carona ou algo assim?

– Não não, já estou melhor, obrigada - recusei e agradeci. Ele sendo atencioso e gentil daquela maneira não estava ajudando muito. Olhar seu lindo rosto e perceber seu olhar confortante muito menos - Acho que é melhor eu ir procurar meus amigos...

– Ei espere - me segurou Nathan quando fiz menção de sair - Não fuja de mim. Olha eu acho que te devo uma explicação pelo modo como me comportei. Não pretendia dançar com você daquele jeito nem ficar tão próximo, mas não pude evitar. Você mexe demais com minha cabeça. Acho que perco o juízo quando estou perto de você sei lá… Mas sei que não devo me aproveitar que está desacompanhada. Mesmo Percy não sendo mais meu amigo, eu tenho que respeitá-lo e…

– Percy e eu não estamos mais juntos… - não sei porque disse aquilo. Era a desculpa perfeita para eu me livrar do garoto. Como posso ser tão estúpida?

– Como? - perguntou Nathan como se tivesse ouvido mal por causa do som alto da música. Porém eu desconfiei que ele apenas queria confirmar aquela grande revelação.

– Nós terminamos - repeti, e não gostei nada de perceber que falar daquilo ainda me doía.

– Espera - disse o veterano parando um momento para analisar o que eu dissera - Então quer dizer que você não namora mais ninguém? Que está solteira e disponível?

– Bem, não sei se eu colocaria dessa forma mas, sim. Estou solteira - qualquer um que me visse dizendo aquilo teria certeza de que eu estava dando mole para Nathan. Entretanto eu estava apenas sendo sincera. Por algum motivo eu queria que ele soubesse a verdade por mim.

– Sei que provavelmente vou para o inferno por fazer isso, mas…

Nathan me beijou. Não tive tempo de reagir nem de me dar conta do que estava acontecendo. Quando vi ele já estava com os lábios colados nos meus. Fiquei ainda mais surpresa quando percebi que eu estava correspondendo ao beijo. Não tinha a mínima vontade de repelir o garoto muito menos de tentar fazê-lo parar. Ao contrário, eu queria mais. Não sabia se era realmente só a atração que sentia por Nathan ou se também era para dar o troco em Percy pelo que ele fizera no acampamento. Só sabia que eu estava me sentindo bem ao fazer aquilo, ainda que soubesse que era muito errado. Era bom poder provar o gosto de outros lábios pra variar. Era a primeira vez que eu ficava com alguém além de Percy. Havia beijado Dean uma vez, mas não contava, porque não havia sido intencional. Eu estava ali beijando Nathan porque eu queria, do contrário o garoto já estaria nocauteado no chão.

– OK, pode me bater agora se quiser - disse Nate fazendo uma careta e se encolhendo, esperando mesmo que eu lhe daria um golpe. Não pude evitar dar risada. A cara confusa que ele fez foi ainda mais engraçada depois que viu que eu estava rindo.

– Não vou bater em você, Nate - respondi ainda rindo - Até porque eu também te beijei.

– Certo - murmurou ele ainda inseguro - Quer dizer que se por acaso eu quiser te beijar de novo você não vai se importar?

– Eu não diria que não vou me importar - resolvi não dar uma resposta direta. Ver a confusão no rosto do garoto era divertido. Fora que ele ficava uma graça daquele jeito - Na verdade eu diria que vou me importar muito.

– Er… Acho que não entendi…

Pra deixar minhas intenções bem claras beijei Nathan outra vez. Mesmo que eu estivesse gostando daquele jogo de palavras e da incerteza na cara dele. Queria seguir o conselho de Tasha e aproveitar ao máximo naquela noite. E nada melhor do que fazer isso ao lado de um “deus grego” daqueles, com o perdão do trocadilho. Nathan chegou a se oferecer para me pagar mais drinks, mas resolvi não aceitar. Preferi ficar sóbria para fazer o que estava fazendo. Não queria extrapolar e acabar me arrependendo depois. Por enquanto não havia nada que me fizesse sentir culpada. Eu era uma garota solteira como qualquer outra aproveitando a vida. Tinha certeza que Percy não devia estar muito diferente de mim já que nem esperou o nosso término ser oficial para ficar com outra garota.

A única coisa que me preocupava era a possibilidade de ser vista por alguém. Não queria ninguém fofocando sobre minha vida por ai. Se isso chegasse aos ouvidos de Percy dessa forma seria péssimo. Não pelo que ele pudesse pensar de mim, não estava dando a mínima pra isso. Mas mesmo depois de tudo o que acontecera eu não queria pensar que ele poderia estar sofrendo. Era muito mais fácil pensar que ele já havia superado nosso término que poderia até já estar com outra pessoa, do que imaginar ele triste e deprimido.

Pelo resto da noite tentei me focar em Nathan e não pensar em mais nada. Eu tinha que saber se conseguiria viver minha vida se Percy e eu nunca voltássemos a ficar juntos. Tinha que saber como era estar com outro garoto. Tinha que saber se conseguiria me apaixonar de novo, se conseguiria amar alguém da mesma forma ou pelo menos perto da forma que amei Percy. Logo, não pensei duas vezes em aceitar quando Nathan me chamou para ir à sua casa.


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Notas finais do capítulo

Esse é mais um capítulo que vai fazer vocês me odiarem MUITO! Mas, como sempre, eu peço paciência a todos, juro que vai valer a pena! E lembrem-se, Annabeth e Percy nunca foram santos. Fora o fato de serem semideuses, são como qualquer pessoa comum que comete erros ;)
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beijos ;*
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