Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 11
Capítulo 10 – Mistério


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos, tudo bem?
Esse capítulo é dedicado a Leon Arian e Brubru-Masen pelas recomendações! Muito obrigada mesmo! *-* O que mais me motiva a continuar escrevendo é ver que tem gente lendo e gostando :D
Espero que gostem desse capítulo, boa leitura ;)



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Graças ao encantamento que proporcionava um tempo agradável durante todo o ano no acampamento, pudemos aproveitar o dia todo na cachoeira. Eu não entendi como aquele lugar ainda continuava incógnito depois de todo aquele tempo. Será que realmente nenhum outro semideus o havia encontrado? Será que ainda era seguro para nós dois poder disfrutar do nosso paraíso do amor sem risco de sermos vistos por alguém? Confesso que fiquei um pouco insegura a princípio, como da primeira vez que Percy me trouxe aqui. Mas no final acabei me deixando levar pelo excesso de confiança do meu namorado. Sempre tão tranquilo e despreocupado que era impossível continuar com qualquer paranoia perto dele.

Já era quase meio dia e o sol já estava a pino. Mesmo assim eu sabia que a água devia estar extremamente fria como de costume. Infelizmente eu sabia que não havia escapatória para mim. Se Percy havia me trazido até ali, ele me faria entrar na água de um jeito ou de outro. Depois de mandar Black Jack voltar ao estábulo, Percy começou a tirar a roupa. Não me surpreendi nenhum pouco ao constatar que ele não havia trazido nenhum traje de banho e pretendia nadar como veio ao mundo. Um pouco antes de terminar de se despir, com o corpo um pouco arqueado ao desamarrar os tênis, ele me olhou. Eu estava parada de braços cruzados observando-o. Percy então fez um gesto para me incentivar a imitá-lo. Revirei os olhos e depois de alguns resmungos acabei dando o braço a torcer. Tirei algumas peças de roupa até estar apenas de roupa íntima. Parei por ai e encarei a água cristalina.

– O que foi? Não vai me dizer que está com vergonha de ficar nua? – disse Percy à minha direita. Quando voltei meu olhar para ele vi que já estava completamente a vontade.

– Não é isso – respondi enquanto ele se aproximava e me abraçava por trás – Já faz muito tempo que estivemos aqui da última vez, como sabe que somos os únicos que conhecemos esse lugar? Pode ser que outros semideuses já o tenham encontrado. E se formos descobertos? – não pude esconder o receio em minha voz.

– Eu poderia apostar que nós ainda somos os únicos que sabemos da existência dessa cachoeira – argumentou Percy despreocupadamente – E mesmo que alguém saiba daqui, duvido que apareçam agora. O acampamento está funcionando normalmente nessa época do ano. Fora a festa de ontem, os semideuses ainda estão em treinamento.

– Percy, hoje é domingo. A não ser que Quíron tenha mudado algo, hoje é dia de descanso para todos...

Não consegui terminar minha réplica porque Percy começou a me beijar e a terminar de me despir. Quando me dei conta já estávamos dentro da cachoeira. Só consegui aguentar a temperatura da água pelo calor que nossos corpos colados me proporcionava. Me enrosquei nele e fui levada para um local escondido em meio as pedras. Afundamos na água e Percy me segurou lá em baixo até que uma enorme bolha de ar se formou ao nosso redor. Retomei o folego enquanto a bolha que nos envolvia nos levava até o fundo da cachoeira. Percy sentou-se no chão de pedra e me puxou consigo, fazendo com que minhas pernas o envolvessem. A visão que eu tinha ali embaixo era maravilhosa. Podia ver toda a extensão de água que nos rodeava e todas as criaturas aquáticas que viviam ali. Segurei firmemente nos braços de Percy enquanto movíamos nossos corpos de encontro um ao outro.

Tivemos quer voltar rapidamente a superfície logo que terminamos, pois eu estava começando a ficar sem ar lá embaixo. Agora que eu já havia me acostumado com a temperatura da água, nem fiz questão de ir embora logo. Já que já estávamos ali, porque não aproveitar mais um pouco? Fomos em direção a cortina de água que caia de mais de dez metros de altura e ficamos encobertos por ela. Nunca havíamos ido até ali antes. Havia uma espécie de caverna. Um grande buraco na pedra onde podíamos entrar e ainda continuar dentro da água, só que bem mais rasa. Deitamos ali e ficamos contemplando o efeito que a luz do sol fazia ao se refletir na água e ir parar no teto da caverna. Mas apenas por alguns segundos, porque logo a mão de Percy já estava percorrendo meu corpo novamente enquanto eu me arqueava de prazer. Para nossa sorte, ninguém apareceu para nos atrapalhar. Mas uma hora eu tive que convencer Percy de que precisávamos ir embora.

Depois de ficarmos um pouco no sol para nos secar, colocamos as roupas e voltamos para o acampamento. No chalé de Poseidon, pegamos nossas coisas e arrumamos tudo para partir. Procuramos Quíron e o resto do pessoal para podermos nos despedir. Eles insistiram pra que ficássemos mais, porém não pudemos aceitar. Tínhamos toda uma vida nos esperando em Manhattan agora. Mas prometemos a eles que viríamos visita-los com mais frequência. Só naquele momento eu reparei que não havíamos visto Rachel em momento algum. Resolvi não mencionar nada, afinal ela não me fazia falta alguma. Se Percy não havia notado sua ausência, eu é que não ia lembra-lo. Deixamos o acampamento meio sangue para trás quando ainda era dia. Com certeza chegaríamos em casa com o céu ainda claro. O que me deixava satisfeita já que no dia seguinte nossa rotina começaria novamente. Evidentemente que senti uma pequena dorzinha no coração por saber que provavelmente demoraria para voltarmos para lá. Entretanto, eu não também não via a hora de chegar em casa.

***

A aula de história da arquitetura parecia ficar mais maçante a cada minuto que passava. Eu já pedira para ir ao banheiro há vinte minutos e agora só me restava esperar dar a hora do intervalo para poder sair do meu suplício. Havia sido extremamente difícil acordar cedo naquela segunda-feira. Depois de um fim de semana intenso, com “balada” na sexta, festa no sábado e cachoeira no domingo, eu me sentia esgotada. Com a nossa atual rotina, deveríamos usar os fins de semana para descansar e não para nos cansar ainda mais. Ok, um dia eu iria aprender. Só estava no começo daquela missão de viver uma vida normal. E a cada dia eu percebia que não seria nem de longe fácil. Salva pelo gongo, eu assinei a lista de chamada e fui uma das primeiras a sair da sala de aula para o intervalo. Nem havia dado muita atenção a Sam e Tasha naquela manhã. Fui rapidamente para a parte externa do campus dar uma volta. Precisava me movimentar e estar ao ar livre um pouco.

Depois de alguns minutos resolvi me sentar num dos diversos bancos espalhados por todo o terreno da faculdade. Peguei uma barrinha de cereal que tinha levado na mochila e comecei a comê-la. Olhei a minha esquerda e por um momento achei que meu cérebro estava me pregando uma peça. Em meio a vários jovens estudantes que passavam de lá para cá eu avistei o senhor do sobretudo bege. Aquele que eu tinha visto algumas vezes me encarando no Café. Dessa vez ele estava de óculos escuros, mas eu tinha certeza que era a mesma pessoa. Meu celular apitou e eu desviei o olhar para pega-lo de meu bolso. Um segundo depois quando voltei a olhar para o local onde o homem estava, ele havia desaparecido. Se aquele sujeito estava tentando me assustar, ele havia conseguido. Como ele sabia onde eu estudava? Por que estava me perseguindo também ali na faculdade? E o mais importante: o que ele queria comigo? Decidi que era hora de buscar ajuda. Então peguei o celular para checar a mensagem que eu recebera. Era Percy perguntando se estava tudo bem. É claro que não estava, tinha um doido muito esquisito atrás de mim!

“Percy, você pode vir almoçar em casa hoje? Estou com um problema e preciso de sua ajuda! Beijos. Sua Ann.”

Enviei a mensagem e resolvi voltar para a classe, mesmo que ainda não tivesse dado o horário do intervalo. Torci para não ver mais o tal homem misterioso de novo. Infelizmente, aquele não era o meu dia de sorte. Quando eu estava no metro, indo de volta para casa, eu o vi novamente. Ele estava no mesmo vagão que eu, porém a alguns metros de distância. Quando eu o olhei, seu olhar se cruzou com o meu e eu percebi que ele ficara um pouco desconfortável por ter sido notado. No instante seguinte o senhor do sobretudo deu meia volta e foi caminhando em direção ao vagão seguinte. A ideia de que ele estivesse fugindo para não ser visto me fez tomar coragem para ir atrás dele. Afinal o que aquele homem poderia me fazer em plena luz do dia, num lugar público e lotado de pessoas? Se eu conseguisse alcança-lo, poderia descobrir de uma vez quem ele era e o que queria. Então apertei o passo e o segui.

Ele andava calmamente entre as pessoas. Não parecia estar realmente fugindo. Fui conseguindo chegar mais perto. Porém quando ele se virou ligeiramente e viu que eu estava atrás dele, começou a andar mais rápido. O Metro parou em uma estação e o movimento das pessoas entrando e saindo fez com que eu o perdesse de vista por alguns instantes. Fui ficando cada vez mais para trás depois que o volume de pessoas nos vagões aumentou consideravelmente. Ergui a cabeça para olhar mais a frente, mas não avistava mais o senhor misterioso. As portas do metrô se fecharam e ele voltou a andar. Nesse instante, através da janela eu o vi novamente, parado de costas sobre a plataforma. Ele havia conseguido escapar! Amaldiçoei em grego antigo e voltei para o vagão em que estava, procurando um lugar para me sentar.

Quando cheguei em casa Percy já estava lá me esperando. Ele parecia apreensivo e muito preocupado. Logo que abri a porta do apartamento ele veio em minha direção, segurou meu braço e então começou a falar descontroladamente.

– O que aconteceu? Você está bem? Não consegui pensar em mais nada desde a hora que você me mandou aquela mensagem! Tentei te ligar logo em seguida, mas acho que seu celular estava fora de área ou algo assim, pois só caía na caixa postal. Fiquei super preocupado aqui te esperando e...

– Percy, respira fundo! – o interrompi antes que ele continuasse com o seu ataque – Já estou aqui. Está tudo bem comigo, calma. – então eu o abracei para tranquiliza-lo.

– Acho que foi um mau pressentimento que eu tive, sei lá – disse ele agora bem mais calmamente ainda em meus braços - Bom, mas sobre o que queria falar comigo então?

– É o seguinte, desde semana passada eu venho reparando que um homem misterioso ficava me encarando lá no trabalho – comecei a contar a história – A princípio achei que era apenas paranoia da minha cabeça, mas hoje eu o vi na faculdade também. E no metro enquanto estava voltando para casa. Foi ai que comecei a me preocupar. Hoje acho que ele percebeu que reparei nele, e quando tentei ir atrás dele o homem fugiu de mim...

– Você tentou ir atrás de um doido varrido que está te perseguindo? – perguntou Percy indignado – O que é que você tem na cabeça?

– Com certeza algo além de algas! – retruquei fechando a cara para ele. Ele achava que eu era alguma desmiolada e não sabia o que estava fazendo? – Mas o ponto não é esse. Quero descobrir de uma vez quem é esse sujeito e o que ele quer comigo. Não vou ficar esperando para que ele decida vir até mim e fazer o que quer que seja.

– E o que a senhorita sabe tudo tem em mente? – continuou ele com as provocações – Porque acha que dessa vez irá conseguir chegar até ele?

– Por que você irá me ajudar! – afirmei com segurança e não havia nenhum rastro de interrogação na frase, logo ele sabia que não teria escolha. Teria que me ajudar.

Almoçamos e Percy tirou o resto do dia de folga para poder me acompanhar até o serviço. Claro que tomamos a precaução de que ninguém percebesse que estávamos indo juntos. Se o tal homem do sobretudo visse que eu estava acompanhada jamais iria tentar se aproximar. Decidimos então que era melhor Percy ir na frente. Eu saí de casa uns dez minutos depois e me encaminhei ao Sally’s Café como se fosse um dia de trabalho comum. Ao chegar lá fui diretamente para trás do balcão, era melhor eu nem saber onde Percy estava. Se eu ficasse olhando para ele daria muito na cara. Fiz o máximo possível para agir normalmente enquanto trabalhava. Obviamente que uma hora eu acabei vendo onde meu namorado estava. Ele havia sentado numa das primeiras mesas, bem próximo a porta. De lá ele tinha uma visão privilegiada de todo o estabelecimento e ainda podia ver quem entrava e saia sem precisar ser indiscreto. Por sorte nenhum dos meus colegas de trabalho conhecia Percy ainda, então ele conseguiu passar por um cliente comum.

Logo no final do expediente, quando eu já tinha perdido as esperanças de que o homem misterioso apareceria por lá, alguém me chamou no balcão. Eu estava abaixada pegando alguma coisa no freezer e não vi quem era logo de cara. Mas assim que levantei e botei os olhos no cliente que aguardava ser atendido, congelei. Era ele! O tal homem do sobretudo. Ao contrário do que eu imaginava, ele não tentou me matar nem nada disso, apenas fez um pedido como outro freguês qualquer. Eu tive que pedir para ele repetir umas três vezes até entender. Meu cérebro ainda processava a informação de que de repente o homem que vinha me perseguindo estava agindo normalmente. Quando me virei para preparar o café pude dar uma olhada na direção de Percy. Ele estava em estado de alerta, nenhum pouco discreto, encarando o tal homem. Pronto para entrar em ação a qualquer momento se fosse preciso. No entanto, eu entreguei o pedido do homem e ele foi se sentar lá no fundo, na mesa mais afastada, onde eu o tinha visto das outras vezes.

Cheguei a pensar que por um momento eu havia me deixado levas pela minha imaginação fértil. Que eu havia exagerado a coisa toda e que o homem do sobretudo não era mais do que uma pessoa comum que vinha frequentemente ao Café. Mas é claro que eu não podia deixar de lado o fato de que o vira na minha universidade, e no metro. Era coincidência demais para o meu gosto. Eu não ia baixar a guarda. Ainda tinha cachorro naquele mato! Eu ia descobrir do que se tratava, agora era questão de honra! Sutilmente eu fiz um sinal com a cabeça para que Percy viesse falar comigo. Então fui até os toaletes parando perto da porta, num lugar onde não podia ser vista por ninguém que estivesse no Café. Logo Percy apareceu e muito sabiamente ele abriu a porta do banheiro masculino e voltou a fechá-la. Só para fingir que ele havia entrado. Depois começamos a falar aos sussurros.

– Então é esse o cara do sobretudo? Ele não me parece ameaçador – comentou Percy – Ele te disse algo suspeito?

– Não, aparentemente ele é inofensivo. Mas como você explica o fato de eu tê-lo visto na faculdade e no metrô? – insisti.

– Ok, vamos tirar essa história a limpo. Acho que tenho um plano...

Percy me contou o que tinha em mente. Confesso que não era o melhor plano que eu já ouvira. Não era nem de longe a nossa melhor opção. Mas por hora era o que tínhamos, então resolvi concordar. Voltei para o balcão e logo depois fui atender as mesas como se nada tivesse acontecido. Cerca de meio minuto depois Percy voltou a sua mesa, terminou de comer o que tinha pedido, pagou e foi embora. Respirei fundo ao vê-lo sair. Agora era hora de botar em prática a minha parte. Por enquanto só o que eu tinha que fazer era agir normalmente e torcer para que o senhor misterioso não fosse embora antes do meu horário de saída, que era dali a poucos minutos. O ponteiro do relógio parecia que não andava, mas depois de muito sofrimento, enfim eram sete horas da noite. Tirei o avental e o deixei pendurado. Fui até os fundos pegar minhas coisas. Discretamente me certifiquei de que o homem do sobretudo seguia sentado em sua mesa, então deixei o Café tranquilamente sem olhar para trás.

Ao sair para a calçada parei apenas o tempo suficiente para olhar em volta. Percy não estava a vista em lugar nenhum, ótimo. Então comecei a caminhar a passos lentos em direção ao apartamento. Já havia escurecido e as ruas já estavam menos movimentadas. Parei para olhar uma vitrine fingindo que havia algo que me interessava muito ali. Nisso tentei ver através de minha visão periférica se havia alguém me seguindo. Bingo! Aquele sobretudo bege se destacava mesmo a alguns metros de distância no meio da calçada. Dei mais uma boa conferida na vitrine para só então voltar a retomar meu caminho. Aos poucos ia aumentando aquela sensação de que havia alguém atrás de mim. Eu não podia vê-lo, mas tinha certeza de que o senhor misterioso se aproximava cada vez mais. Estava começando a sentir arrepios com todo aquele suspense. Eu não sabia o que ele ia fazer, mas estávamos preparados.

Alguns metros a frente virei em um beco sem saída, fingindo estar distraída olhando meu celular. Menos de dois passos depois ouvi um baque que significava que alguém havia sido derrubado no chão. Olhei para trás e vi Percy jogado em cima do homem que estava me seguindo, ele tentava imobilizar o sujeito que, apavorado, tentava inutilmente se desvencilhar. Ele realmente não tinha cara de maníaco nem jeito de sequestrador. O que diabos aquele maluco queria comigo afinal? Depois de perceber que não tinha chances contra Percy o homem resolveu parar de lutar e ergueu as mãos em sinal de rendição.

– Está bem, pode levar o que quiser! Só não me machuque! – exclamou o senhor com a voz tremula. Agora que eu reparara melhor via que ele devia ter em torno de quarenta anos.

– Não vou levar nada, o bandido aqui é você, esqueceu? – disse Percy fazendo o homem se levantar enquanto mantinha seus braços imobilizados as costas.

– Espere Percy – intervi – Ainda não sabemos se ele é realmente um bandido.

– Claro que é! – insistiu ele torcendo o braço do sujeito que gemia de dor e choramingava – Ele te seguiu até aqui sem nem mesmo disfarçar, e estava estendendo a mão em sua direção bem no momento em que eu o derrubei.

– Eu não ia fazer mal a garota, por deus! Deixem-me explicar, por favor? Isso tudo não passa de um completo mal entendido! – implorou o homem do sobretudo de forma desesperada – Eu estava atrás dela sim, mas não era para assalta-la nem nada disso que vocês estão pensando...

– Que outro motivo um velhote como você teria para andar atrás de moças assim tão novas? – Percy ainda segurava os braços do homem e falava em tom ameaçador – Não vai me dizer que achou que teria alguma chance com ela?

– Percy, pare com isso – o repreendi – Deixe o homem falar, por Zeus!

– Se puderem soltar minhas mãos, eu poderia lhes mostrar que falo a verdade...

– Nada disso! – cortou logo Percy – Quem me garante que você não vai sacar uma arma e tentar nos matar?

– Certo – se deu por vencido o sujeito misterioso – Então algum de vocês poderia pegar um papel que está no bolso do meu casaco?

Hesitei um pouco, mas resolvi colocar a mão no bolso do casaco e pegar o que havia ali. Analisei o papel por um minuto e vi que se tratava de um panfleto de uma agência de modelos. Aquilo não explicava absolutamente nada. Então olhei para Percy e depois para o homem que continuava sem poder se mexer, com cara de dúvida.

– Eu trabalho ai – explicou ele – Sou um olheiro. Sabem o que é isso não é? Eu procuro pessoas com potencial para ingressar no mundo da moda. E você moça, chamou muito a minha atenção.

Meus ouvidos deviam estar seriamente comprometidos. Devia ser o efeito depois de passar tanto tempo no fundo da cachoeira. Só podia ser isso. Afinal eu só podia ter ouvido errado. Aquele homem não estava mesmo dizendo que eu poderia trabalhar como modelo. Estava?


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Notas finais do capítulo

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