— Huuuuuum...  Que beijo hein... He, He... — Falou Cana.

— C-cana!  O-oi! — Falou Lucy surpresa e depois olhou para seu amado desmaiado ao seu lado. — Ei, Natsu! Natsu! — Ela chacoalhou o de cabelos rosa.

Desacordado. Ele estava desacordado e ela não podia fazer nada... Então esse era seu futuro namorado? Quão ridículo poderia ser o namoro desses dois...

— E eu que pensei que eles estavam brigando... — Comentou Jellal aparecendo ali.

— É o que eu diga... — Acrescentou Erza também surgindo naquele lugar.

— Agora é sua vez, Jellal... — Murmurou Natsu inconscientemente para o azulado.

“Ele está desmaiado e mesmo assim não se esquece de me lembrar disso?! Sério mesmo?! Ah, que seja...”, pensou o Fernandez.

— Certo... — Suspirou ele. — Ei, Erza...

— Sim?

— Eu... — Começou ele.

— Ah, espere um pouco! Não diga nada! — Interrompeu Scarlet. — Por que você pediu para ficar mais uma noite aqui na guilda? É algo... Grave? — Perguntou preocupada. — Me desculpe, mas... Eu não pude simplesmente não pensar nisso.

— Ah, não... Não se preocupe. — Acalmou Jellal. — É que eu... — O azulado olhou ao seu redor. Eles estavam sendo observados. — P-podemos conversar em outro lugar? — Ele estendeu a mão.

Erza olhou para Lucy, Cana e o Natsu “morto”.

— C-certo... — Respondeu Erza pegando a mão de Jellal e saindo dali.

Logo após os dois partirem, Cana deu meia-volta e Lucy alertou:

— Ei, Cana! Não vai me ajudar?! — Perguntou apontando para o Natsu desmaiado.

— Eu? — Ela riu. — Tenho um “gato” para cuidar. — Falou ela piscando para Lucy e entrando dentro da guilda.

— Aaah... Isso é sério mesmo? — Suspirou ela observando Jellal e Erza rindo á alguns metros dali. —Enquanto a Erza e até mesmo a Cana ficam com os cavalheiros... Eu fico com esse baka desmaiado? — Indagou ela a si mesma com uma gota na cabeça.

Natsu sorri “dormindo”. Lucy ri.

— Não adianta tentar contrariar... Eu amo esse baka. — Diz ela sorrindo.

O Dragonslayer logo acorda do desmaio e limpa os olhos com a manga da blusa como se tivesse dado “uma pausa para a soneca”.

— Lucy... — Chama ele sonolento e completamente fofo, no ponto de vista da Heartfilia.

— Hã? — Pergunta ela esperançosa, esperando que palavras fofas saíssem da boca de Natsu.

— Eu estou com fome. — Fala ele com uma expressão idiota.

— Fome?! Eu aqui pensando que depois do beijo que aconteceu aqui você finalmente iria dizer algo que presta! Mas nããão...! Acho que esperei muito de você mesmo! — Falou Lucy revirando os olhos.

— AAH, eu estou com fome! O que você quer que eu diga? Por acaso seria “Lucy, faça-me o favor e me b-b-b”— Tentou caçoar usando aquela palavra de novo, mas aquilo ainda soava muito maduro para ele.

— Você quis por acaso dizer “beije”?! — Exclamou a loira caçoando.

— É-é! I-isso aí mesmo! — Fez birra corado. — “Lucy, faça-me o favor e me b-b-b-be—

 — Beije, beije, beije! — Caçoou ela repetindo aquela palavra, várias e várias vezes, fazendo o pobre Natsu rosar cada vez mais quando a coisa era repetida. —Eu não acredito que eu me apaixonei por um garoto que nem consegue dizer a palavra “beijo”! — Falou Lucy bufando.

— E-e-e daí?! E-eu sou bonitinho e é isso que conta de verdade para você, não é? — Ele cruzou os braços feito criança.

Lucy corou.

— O-o quê?! N-não acredito que você acha que eu... G-gosto de você porque você é bonitinho... — Especulou a Maga Celestial também cruzando os braços infantilmente e com um pequeno tom acriançado na voz.

— Não acredito que me apaixonei por uma garota que não sabe dizer a palavra “gostar”... — Birrou Natsu.

— E você não sabe dizer “beijar”! — Retrucou.

— E você “gostar”!

— Beijar, beijar, beijar!

— Gostar, gostar, gostar!

— Beijar, beijar, beijar!

— Gostar, gostar, gostar!

— Beijar, beijar, beijaaaaaaaar! — Fechou os olhos com raiva ao gritar com o rosto corado ao tom escarlate.

— Gostar, gostar, gost-t-taaaaaaaar! — Balbuciou fechando os olhos também, com o rosto também da cor do cabelo de Erza.

— AAAAAAAH! — Gritaram os dois juntos e depois suspiraram.

Lucy riu.

— Nem sei como a gente pode ser um casal desse jeito... — Comentou entre risinhos.

Natsu soltou um curto riso abafado.

— Também não sei... — Completou.

Dentro da guilda...

— Akihikooo! Te achei! — Falou ela levantando a toalha de uma mesa e olhando por de baixo da mesma.

— Oh... Droga. — Lamentou o garoto de olhos azuis saindo dali. Quando se levantou foi empurrado para trás pela bêbada, ficando praticamente sentado na mesa com o corpo um pouco inclinado e com o rosto todo rosado. — E-ei, C-c-cana...

— Huum? O que foi, ‘garotinho? Resolveu ceder ás tentações da Tia Cana? — Falou ela com mais um sorriso malicioso, e depois deu uma pequena apalpada no bumbum do Sasato, o que fez o mesmo dar um leve pulinho.

Akihiko tirou a mão da Alberona de seus glúteos e propôs:

— E-eu só vou t-tocar esses seus lábios com minha própria vontade própria se... Se você estiver sóbria, ok?!  — Avisou.

— Hãã? Cana Alberona... Sóbria? — Indagaram os da guilda e depois gargalharam.

— Sóbria? — Checou ela se era isso que tinha escutado mesmo.

— É-é! S-sóbria! Se não, você não vai lembrar disso depois e-e...

— Eu? Sóbria? — Indagou ela novamente, agora com as mãos na cintura.

O pessoal da Fairy Tail ainda soltava gargalhadas. “Cana sóbria? Só se for em seus sonhos!”, alguém comentou.

— Sim! Isso mesmo! Se quiser me beijar... — Começou ele.

— AAH, queria eu que isso fosse comigo... — Suspirou Levy baixinho com a mão apoiando seu queixo.

Realmente, se fosse com a baixinha isso se tornaria muito mais fácil. Gajeel observou a sua nanica.

 — Levy? Você está dormindo de olhos abertos? — Falou aparecendo no meio da linha  conectora Akihiko->Levy imaginária. A pequena saiu do transe.

— A-ah! Acho que eu estava! Me desculpe, Gajeel-kun! — Desculpou-se Levy entre risinhos e uma mão na cabeça.

— Huum... — Murmurou o filho de Metallicana receoso.

— Vai ter que ficar sóbria. Vai ter que ficar sóbria se... Quiser me beijar. — Completou o Sasato.

— Hum... Sóbria, né? — A filha de Guildarts pensou com seus indicador no queixo e olhar levemente erguido. — Ok.

— Ok?! — Certificou-se Akihiko corado.

— Ei, Wendy! Venha curar minha bebedeira! — Chamou a garota-vinho.

— E-eu? — Disse a pequena Marvel se virando para a direção de Cana e deixando de lado uma boa conversa que acontecia entre ela e Romeo no momento. — E-está bem!