As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 19
Décimo Sétimo - Bônus


Notas iniciais do capítulo

Bom, olá pessoal...
Aqui está o primeiro capítulo bônus que eu havia prometido e ele é na visão do Percy, bom esse é o primeiro capítulo que eu faço na visão dele, então eu espero que tenha acertado e que vocês gostem.

Queria pedir desculpas pela demora, mas é que eu só entrei de férias agora, e estava tendo a Feira Cultural na minha escola e eu estava metida no meio só para conseguir nota.

Sem contar que minha mãe, que já está muito melhor, GRAÇAS A DEUS, inventou uma coisa RIDÍCULA aqui em casa, infelizmente a minha irmã achou um jogo no Facebook bem legal, Criminal Case, e agora ela quer jogar toda hora, mas eu também quero usar o computador e em um desses embates para ver quem usava minha mãe decidiu controlar o tempo de cada uma no PC, e agora quando uma disser que vai usar a outra tem uma hora, no máximo, para sair.

Está bem, todas tem direito a usar, mas caracas de uma em uma hora ficamos revezando o computador e isso é chato demais, ainda mais para mim que tenho que escrever e isso acaba cortando legal a minha linha de raciocínio. Tipo assim, eu estou toda empolgada escrevendo algo e quando dou uma olhadinha no relógio vejo que meu tempo acabou e só vou poder usar uma hora depois, isso acaba com as minhas ideias. TANTO É QUE ESTOU PROCURANDO UM APP QUE ME PERMITA ESCREVER PELO CELULAR, algo que eu odeio, mas vale tudo para escrever para vocês.

Bom, depois desse meu desabafo, eu queria agradecer a Mariana Oliveira e a May Grace por terem recomendado a fic, sério, eu AMEI a recomendação de vocês. Por isso, dedico esse capítulo à vocês. Espero do fundo do coração que gostem.

Boa Leitura.



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Bônus – POV Percy

Remexi-me na cama desconfortável com um maldito feixe de luz que fazia questão de me atingir no rosto, impedindo-me assim de continuar a dormir. E isso era algo que eu não entendia, já que eu sempre dormia de costas para a janela a fim de evitar situações como aquela, ainda mais depois de que eu passei a sonhar, todas as noites, com ela.

E eu simplesmente odiava quando algo inútil, como por exemplo, a luz do sol na minha cara, me tirava dos meus sonhos, ainda por cima quando estes eram sobre uma certa garota loira, que ainda habitava minha mente e meu coração.

Rolei na cama por mais alguns minutos tentando voltar ao meu precioso sono, e quando me dei conta de que não voltaria a dormir e muito menos teria o mesmo sonho que o da noite anterior, deitei-me de barriga para cima e com os olhos ainda fechados, tentei me lembrar com o que eu sonhara, algo que não acontecia com muita frequência, eu apenas acordava feliz e tinha a certeza absoluta de que o sonho tinha algo relacionado a ela. Era sempre assim.

Forcei a minha mente, ainda sonolenta, a resgatar algo que me fizesse lembrar com o que eu tinha sonhado, e ver seus cabelos dourados presos em um coque e seus lábios sussurrando o meu nome em descrença, já fizera com que um sorriso bobo tomasse conta dos meus lábios, aqueles que ela beijara durante o sonho de forma tão real que meu coração chegou a pensar que ela, realmente, estivera ao meu lado trocando caricias e declarações de amor durante a noite toda.

Neguei com a cabeça, tentando fazer com que o meu coração, e minha mente, percebessem que aquilo não tinha passado de um sonho, que ainda não tínhamos ela ao nosso lado de verdade, mas que um dia ela voltaria para o lugar de onde nunca deveria ter saído, este que por coincidência, era exatamente do meu lado. Pura ironia do destino, meus caros.

Respirei fundo antes de abrir os olhos e me dar conta de que eu não me encontrava no meu quarto. O que me assustou um pouco, já que eu não tinha a mínima ideia de aonde eu estava. As paredes não eram pintadas no tom de azul que eu estava acostumado desde os meus quatorze anos de idade, na parede em frente à minha cama não tinha o rosto dela velando o meu sono, e muito menos os meus trabalhos da faculdade espalhados pela escrivaninha ao lado da porta.

Ao invés de tudo isso, havia paredes em um tom de azul mais escuro, uma parede de vidro, que posteriormente descobri ser portas que davam para uma enorme sacada. Uma cama em que o meu corpo só de cueca jazia, isso era outra coisa que eu precisava descobrir como aconteceu, tinha os lençóis todos bagunçados e algumas pétalas de rosa estavam espalhadas pelo seu comprimento e ao redor dela, no chão. Tinha também três portas brancas, acho eu que uma dava em algum banheiro, outra para o corredor e pelo visto a terceira seria para um closet. Sem contar que o quarto em que eu me encontrava dava três ou quatro do meu.

Eu só torcia para que a garota com quem eu dormira fosse um pouco masculina, senão eu estaria muito, muito ferrado.

Antes que eu pudesse levantar e averiguar o local, a porta que dava para o corredor se abriu, mostrando algo que me deixou sem palavras e enevoou os meus pensamentos.

Era ela. ERA ELA.

De repente meu coração acelerou de uma forma louca, minha mente começou a trabalhar a mil por hora se lembrando de todos, exatamente todos, os detalhes da noite anterior. Aquilo era bom demais para ser verdade.

– Você já está acordado? – ela questionou retórica e com a expressão tristonha. E eu não entendi o porquê daquela reação ao me ver.

Ela terminou de empurrar a porta com o quadril, já que as mãos estavam ocupadas com uma bandeja de café da manhã. Se meus olhos acharam que iam pregar-me outra pegadinha, algo que eles fizeram milhares de vezes durante esse tempo que ela estava longe de mim, sinto muito decepcioná-los, mas dessa vez eu estava disposto a não cair. Por isso, da forma mais débil do mundo, perguntei:

– É você mesmo, Sabidinha?

Annabeth me encarou por alguns segundos, deixou a bandeja no criado mudo ao lado da cama e se voltou na minha direção com um leve sorriso nos lábios.

– Você também não acredita? - ela questionou e eu neguei com a cabeça. - Eu também não acreditei quando acordei e vi que você, realmente, estava ao meu lado.- ela abriu um sorriso e se sentou ao meu lado, me abraçando pela cintura, e aconchegando sua cabeça no meu peito.

Aquela simples ação dela fez com que o meu coração sambasse dentro do meu corpo, me deixando extasiado. Passei um dos meus braços, envolta de seus ombros e ela pareceu sorrir contra o meu peito.

– E agora o que faremos? - ela questionou, mas eu ainda não queria definir o nosso futuro, queria apenas curtir o momento que nos fora dado.

– Primeiro tomaremos o nosso delicioso café da manhã e depois, bem depois, decidiremos o que iremos fazer. Combinado? - perguntei e ela se sentou novamente abrindo um lindo sorriso e assentindo com a cabeça, depois pegou a bandeja ao lado da cama, e a colocou na minha frente.

– Você fez tudo isso sozinha? - questionei olhando para a bandeja que tinha duas pilhas de panquecas com calda, dois omeletes e alguns bacons fritos em pratos separados. Também tinha um bule com leite e um pequeno recipiente com achocolatado em pó, e duas xícaras com detalhes bem trabalhados. A loira assentiu com a cabeça - Desde quando você cozinha? - talvez a incredulidade no meu tom de voz fez com que ela se sentisse ofendida, ou ela só estava brincando quando colocou a mão sob o peito fazendo cara de indignada.

– Eu sempre cozinhei. - ela contrapôs com um tom altivo, e eu ergui a sobrancelha em desafio.

– Quem te ouve falar assim acredita que é verdade. - eu disse passando o dedo pela calda das minhas panquecas. - Com aquele tanto de empregada, eu duvido que você chegasse na cozinha.

Me senti culpado ao ver ela corar, mas quando ela mostrou-me a língua, sorri e disse:

– Quem mostra a língua pede beijo. - ela sorriu marota e lambeu o dedo indicador que estava sujo com calda de panquecas.

– E quem disse que eu não quero um? - Annabeth me encarou nos olhos e eu sorri me debruçando sobre a bandeja, para só assim alcançar seus lábios, estes que já estavam à minha espera.

A beijei com toda a paixão e amor que havia dentro de mim, agradecendo aos céus por tê-la novamente ao meu lado.

Só Deus sabia o quanto eu tinha sofrido quando ela se foi, além da dor física, a emocional também estava presente, e era muito pior do que a anterior.

Quando ela se foi, passei mais duas semanas no hospital em observação, as visitas de Luke e Silena eram constantes, meus amigos também me visitavam todos os dias o que era um alívio saber que estavam ao meu lado sempre que eu precisasse, eles eram a única família, além da minha mãe, que eu tinha.

Também cheguei a receber a visita dos tios dela, Artémis, Apolo e Afrodite, eles se desculparam pelos atos de Frederick e Atena, e embora eu soubesse que nenhum deles tinha algo relacionado com o que me acontecera, aceitei as desculpas.

Depois de sair do hospital, tentei descobrir para onde ela tinha ido, ou melhor, levada. Arrancar informações da Silena e do Luke era algo quase que impossível, tanto é que só fiquei sabendo que Annabeth estava grávida, quando discuti com Luke em busca de informações e ele acabou soltando, sem querer, essa bomba em cima de mim. Brigamos feio naquele dia e desde então não nos falamos.

Perdi o contato com a família dela, só assim resolvi seguir com a minha vida, e embora eu tentasse me convencer de que aquele súbito desejo de seguir em frente era algo totalmente meu, eu sabia que no fundo ela estava ali me motivando a ser o melhor. Eu queria ser o melhor para ela, para que quando nos encontrássemos de novo, ninguém tentasse me diminuir ou mostrar motivos de que ao meu lado ela não seria feliz ao meu lado.

Eu estava levando bem essa nova fase da minha vida, passar na faculdade não foi difícil e manter as notas também não, até porque eu estava fazendo algo que eu realmente amava.

De repente o tempo passou, e eu me vi preso nessa rotina, faculdade de manhã, estágio à tarde, e algumas festas e casos esporádicos durante a noite, nada muito relevante. Até que Thalia apareceu dizendo que sabia quem era meu pai, e minha vida voltou a ser a bagunça que eu estava acostumado. E graças a essa reviravolta eu estava ali ao lado dela novamente, eu tinha de agradecer aos céus por permitirem que eu voltasse a estar com a minha Sabidinha.

– Pensando em quê? - minha loira me tirou dos meus devaneios com um discreto sorriso nos lábios. Sorri de volta e dei uma mordida em uma das minhas panquecas, aumentando assim a curiosidade dela. - Me responda, Percy. - pressionou me fazer soltar uma pequena risada.

– Dá para ver que você continua bem curiosa. - enrolei, fazendo-a me olhar irritada.

– Vai continuar enrolando? - a loira questionou fazendo o biquinho que desde os tempos em que namorávamos eu nunca consegui resistir.

– Eu só estava pensando no quanto a minha vida mudou depois que você saiu dela. - respondi como se estivesse comentando sobre o tempo, e Annabeth fez uma careta enquanto balançava a cabeça em negativa.

– Bom, espero que você esteja pronto para mais uma mudança, mas agora eu voltarei e farei morada definitiva na sua vida. - ela murmurou, enquanto comia sua panqueca com um sorriso matreiro nos lábios.

Franzi o cenho confuso com a mensagem que ela queria me passar nas entrelinhas.

– Isso quer dizer que..? - deixei a frase no ar para que ela me explicasse direito.

– Isso quer dizer que eu me mudarei para Nova Iorque assim que me formar daqui seis meses. - Annabeth respondeu sorridente e em questão de segundos eu não estava muito diferente, já que um sorriso rasgava meu rosto de um lado ao outro. Eu deveria estar parecendo um idiota apaixonado.

– Mas e a sua vida aqui? - perguntei querendo saber se nada a impediria de, realmente, voltar para casa.

– Gosto da vida que levo aqui, mas eu estou com saudades de Nova Iorque e de toda aquela bagunça organizada que só encontramos lá. - Annabeth respondeu sorridente e eu ri com o que ela tinha dito.

– Bagunça organizada? - perguntei rindo e ela assentiu com a cabeça.

– Ou vai me dizer que lá não é uma bagunça? – a loira questionou e eu assenti rindo.

– E do que mais você está com saudades?

– Dos meus primos, da minha tia, da agitação, do Central Park... Ah, e até mesmo daquele mar de táxis amarelos. – ela disse com um sorriso matreiro e eu fechei a cara, mesmo sabendo que ela estava apenas brincando.

– Não sentiu falta... Como posso dizer? – olhei para cima e ela riu baixinho à minha frente. – De algo mais importante?

– Tipo? – ela questionou dando um gole em seu leite, e me olhando atravessado por cima da caneca.

– Tipo... Alguém muito importante? – dei de ombros e ela fingiu pensar.

Enquanto, ela se fazia de boba, eu tirei a bandeja do centro da cama colocando-a de volta no criado mudo, e quando Annabeth voltou a me olhar, negou com a cabeça concluindo:

– Não, ninguém importante.

– Nem mesmo um certo moreno de olhos verdes por que você é apaixonada? – perguntei me ajoelhando sobre o colchão, fazendo a loira me olhar com um brilho brincalhão nos olhos.

– Eu? Apaixonada? Nunca! – ela disse altiva e eu ri. Enquanto eu me aproximava ela ia para trás com um sorrisinho nos lábios.

– Sério? – fiz-me de surpreso e ela assentiu com a cabeça. – Estranho. Falaram que você amava um cara que morava lá. – dei de ombros e quando percebi que ela cairia da cama se fosse um pouco mais para trás, ataquei. Agarrei-a pela cintura puxando-a para cima de mim, fazendo com que ela deitasse sobre o meu peito, enquanto soltava um grito assustada.

– Percy, seu louco! – ela deu um tapa no meu braço entre uma risada e outra, e eu a acompanhei.

– Só estava te salvando de uma queda iminente.

– Iminente? – ela perguntou e eu assenti olhando-a nos olhos. – Desde quando você usa palavras difíceis, Cabeça de Algas?

– Desde que minha mãe me fez engolir um dicionário, minha adorável Sabidinha. – disse debochado fazendo-a rir.

– Explique-me direito. – ela pediu se ajeitando no meu colo, deitando a cabeça no exato lugar onde meu coração batia e entrelaçando nossas pernas no final da cama.

– Os livros da minha mãe têm tantas palavras difíceis, que quando eu estava lendo um deles toda hora perguntava o que tal palavra significava, depois de um tempo ela ficou tão brava, mas tão brava com as minhas perguntas que tacou um dicionário na minha direção, que sem querer, bateu na minha boca. – Annabeth já morria de rir no meu colo, e eu tinha um pequeno sorriso no canto dos lábios lembrando-me que quase perdera um dente com a brutalidade da Dona Sally.

Continuamos a conversar e a rir sobre algumas experiências que tivemos ao longo do tempo, quando meu celular começou a tocar no bolso da minha calça.

– Deixa que eu atendo. – Annabeth disse saindo de perto de mim e se esticando toda para alcançar minha calça sem sair da cama. Posso garantir que aquela cena era algo divino. – Thalia. Surpreso? – neguei com a cabeça me sentando – Eu também não. - ela riu concordando comigo.

A loira atendeu o celular e o colocou no viva voz:

– Alô? – Annabeth disse segurando o aparelho entre nós dois.

– Ah, eu sabia. Não falei que ela estava com ele? – ela perguntou para alguém que estava com ela e logo a voz de Nico também soou pelo pequeno aparelho.

– Oh deuses, Salve Thalia Grace a garota da obviedade. – o Di Ângelo disse debochado, fazendo com que Annabeth e eu gargalhássemos. – Até o Pato Donald saberia que ela estava com ele e vice-versa, Thalia querida. – o moreno continuou sarcástico e sua prima bufou, fazendo-nos gargalhar mais uma vez.

– Thalia fala logo o que você tinha para dizer. – era possível perceber pelo tom de voz que a minha outra prima, a Bianca, estava entediada com a pequena troca de farpas entre Nico e Thalia.

– Claro, Srtª Eu Sou o Mal Humor em Pessoa. – a Grace resmungou e depois voltou a falar com a gente – Bom, liguei só para avisar que o Tio Poseidon gostaria de que vocês se juntassem a nós para o almoço de Natal, já que não ficaram para a ceia de ontem.

Annabeth me olhou esperando que eu dissesse alguma coisa.

– Você quer ir? – questionei e a loira olhou em volta como se não quisesse sair dali, algo que eu também não queria. – Ou podemos ficar aqui e...

– Seus pervertidos, eu não preciso saber o que farão. – Thalia gritou ao celular, fazendo-nos soltar pequenas risadas.

Annabeth me olhou com os olhos pidões e eu logo soube o que ela preferia.

– Thals, fala para Poseidon que almoçaremos por aqui mesmo e quem sabe mais tarde não passamos por aí. Okay? – falei olhando para Annabeth que abriu um sorrisinho e assentiu com a cabeça.

– Okay. Eu falo para o seu pai que virão mais tarde, e é melhor vocês virem, ou ficarão sem presentes. Entenderam, né? – ela perguntou ríspida e dando ênfase no fato de que Poseidon era meu pai, mas é que eu ainda não estava acostumado em ter um pai, então preferia chama-lo apenas de Poseidon. Annabeth e eu apenas emitimos sons de concordância. – E, Annabeth, acha o seu celular porque eu quase me matei de ligar para você.

– Me ame menos Thals. – a loira disse, e Thalia soltou uma risada seca, como se discordasse do que a minha Sabidinha havia tido.

– Bom, tchau para vocês e cuidado com o que fazem. São muito novos para serem pais. – Thalia disse, e antes que ela desligasse, pudemos ouvir Nico gritar.

– É. Usem camisinhas. – e Annabeth desligou corada.

– Por que você está parecendo um tomate? – perguntei brincalhão, e ela me deu um tapa no braço.

– Você sabe muito bem o porquê, seu idiota. – ela resmungou fazendo bico.

– Não, eu não sei. Conta?

– Eles sabem o que nós vamos fazer. – ela sussurrou totalmente vermelha, e eu abri um sorriso malicioso.

– Ah, então quer dizer que vamos passar a tarde fazendo isso? – se possível, Annabeth corou mais um pouco, me divertindo ainda mais.

– Percy! – ela exclamou, e me bateu. – Vai me dizer agora que naquela hora você não ia sugerir que fizemos isso?

– Eu? – me fiz de desentendido. Annabeth assentiu parecendo uma pimenta. – Eu só ia sugerir que passássemos o tempo juntos, tipo... Assistir algum filme, ou... Sei lá. Só sei que não era exatamente isso que a sua cabecinha está pensando.

– Uou, então está me dizendo que você não quer? É isso mesmo Perseu? – Pronto. O feitiço virou contra o feiticeiro.

– Não é isto o que eu estou dizendo.

– Não? É exatamente isso que você está dizendo! – ela abriu um sorriso desafiador, e como eu sou muito maduro lhe mostrei a língua.

– Quem mostra língua pede beijo. – ela disse o que eu havia dito antes.

– E quem imita é papagaio. – devolvi rapidamente e ela me encarou por alguns segundos, antes de gargalhar escandalosamente. – Do que você está rindo?

Ela não parou de rir, apenas ficou se contorcendo em cima da cama igual a uma retardada. Uma retardada muito linda, para deixar claro.

– Quantos anos você tem, Percy? – ela questionou segurando a barriga, e eu apenas ergui minhas sobrancelhas confuso com a pergunta.

– Vinte e três. Por quê?

Ela riu mais um pouco antes de me responder:

– Sério, parecia que você tinha sete anos agora. Você fez uma cara tão fofa, mas tão fofa que até deu vontade de te apertar. – ela falou tudo entre uma risada e outra, o que me fez rir um pouquinho, confesso.

– Deu vontade de me apertar? – ela concordou – Como? Assim? – perguntei pulando em cima dela, começando a apertá-la entre os meus braços, e logo depois iniciei as cócegas.

– Para, Percy. Para. – ela pediu em meios as risadas e eu me divertia vendo-a tão leve.

– Só paro se você disser... Disser que eu sou o cara mais importante da sua vida. – disse fazendo-lhe cócegas e ela franziu o nariz em uma careta de desgosto.

– Então terei de mentir? – ela me questionou entre risadas, e eu intensifiquei sua tortura. – Okay! Okay, eu falo.

– Vamos diga. – mandei com as mãos ainda em ação.

– Você é o cara mais importante da minha vida! – ela gritou a última palavra, já que eu ainda não tinha parado de lhe fazer cócegas.

– Nada a acrescentar? – perguntei sentando em cima dela, mas é claro que sem colocar todo o meu peso sobre ela.

– Sim. – deixei que ela continuasse – Só é o mais importante porque acidentalmente me apaixonei por você.

– Acidentalmente? – questionei e ela assentiu – Resposta errada, Sabidinha. Resposta errada. – neguei com a cabeça voltando a lhe fazer cócegas.

Finalmente, tudo estava em seu lugar novamente. Graças aos deuses.

Naquele dia de Natal, Annabeth e eu passamos o dia revezando entre assistir filmes na cama e nos beijarmos até perder o fôlego. Também fizemos pipoca e chocolate quente para aproveitar o frio de Londres debaixo das cobertas. No final da tarde aparecemos na casa do meu pai, e até que ganhamos muitos presentes.

E embora eu gostasse da minha nova família, não foi muito confortável interagir abertamente com todos, com o olhar da esposa de Poseidon, Anfitrite, queimando sob a minha pele, mas esse tipo de coisa a gente releva e guarda somente aquelas que foram realmente boas. Como, por exemplo, o fato de Annabeth meio que ter se mudado para o apartamento que meu pai me emprestara por uma semana, já que as aulas na faculdade voltariam depois do recesso de inverno e consequentemente eu teria de voltar para Nova Iorque e ela ir para Oxford concluir o curso de Arquitetura, decidimos que passar todo o tempo possível juntos era uma boa ideia.

– Eu não acredito que você já vai embora. – Annabeth disse, enquanto me ajudava a arrumar as minhas malas.

– Eu também não acredito. – resmunguei dobrando umas das minhas jaquetas. – Mas pense pelo lado positivo, agora falta uma semana a menos para você se mudar para Nova Iorque, não é mesmo?

Ela sorriu e assentiu com a cabeça, deixando uma das minhas camisetas sobre um monte de roupas e vindo até mim.

– Seis meses é muito tempo, você não acha? – ela questionou e eu assenti, deixando que ela passasse seus braços sobre os meus ombros, e eu a abraçasse pela cintura.

– Sim, é muito tempo, mas para quem já esperou cinco anos, seis meses passará rapidinho. – respondi roçando nos lábios e ela sorriu diante o carinho. – Sem contar que a empresa aérea saberá de cor todos os meus dados de tantas viagens que eu farei sempre que possível.

– Eu te amo, Percy. – ela murmurou antes de aprofundar o beijo.

Eu também a amava muito e seria uma questão de tempo até que ela estivesse definitivamente na minha vida, e a partir do momento que esse dia chegasse eu nunca mais a deixaria ir embora.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bom, espero que tenham gostado.
O próximo será o Epílogo, e talvez eu não demore muito a postá-lo, só dependerá da boa vontade da minha irmã em me deixar no computador por mais de uma hora.

Também prometo responder os reviews, eu até respondi alguns essa semana e na próxima eu tenho respondido a todos. Tenham paciência, por favor.

Beijos e até o próximo.

P.S: Em breve postarei em TCOL... Okay?

Mais uma vez obrigada por terem dado uma chance a fic.


PARTIU TORCER PELO BRASIL!!!!!!!!!!!!
VAMOS DAR TCHAU PARA ALEMANHA KKKKKK



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