As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 11
Décimo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o Nyah voltou. Glória Senhor!!!!!
Vamos lá...
Como vocês estão? Espero que bem, pois eu estou mais o menos.
Estou ótima, porque na semana passada foi a minha viagem de formatura, esta que me impediu de postar nas minhas fics na semana passada, e é claro também teve a manutenção do Nyah, esta que quase me fez ter filhos pela boca.
E eu estou mal porque minha mãe não quer me levar par assistir Em Chamas. Tem mais alguém que quer assistir?
Espero que gostem do capítulo, especialmente o Phobos, ele que me deu uma linda recomendação. Valeu.



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Acredito eu, que toda garota que quer um relacionamento sério, sonha com o dia em que vai poder apresentar o seu namorado aos pais. No entanto, essa apresentação tem todo um processo de preparação, como por exemplo, pedir que o pai não mate o garoto, ou que sua mãe não conte histórias constrangedoras sobre você.

E eu como toda garota normal, já cheguei a imaginar o dia que eu apresentaria Percy para os meus pais, e eles nos deixariam namorar, porém eu sempre deixei um detalhe passar despercebido: eu não sou uma garota normal. Tanto é que a sorte nunca esteve do meu lado, nenhuma vez sequer.

– Daremos cinco minutos para que vocês se recomponham, e estejam na sala. Os dois. – meu pai disse com sua imponente voz, ele não parecia surpreso com a revelação de que Percy era meu namorado, e isso me deixou em alerta.

A única coisa que Percy e eu pudemos fazer naquele momento, foi assentir com a cabeça.

Minha mãe nos analisava, ou melhor, analisava Percy com seus olhos cinzas gélidos, e eu percebi que aquilo estava incomodando meu namorado já que ele não parava de se mexer atrás de mim.

– Cinco minutos. – Atena enfatizou a fala do meu pai, e nós assentimos, vendo os dois sumirem pela porta que conectava a cozinha e a sala de estar.

– Eles vão me matar! – Percy disse em um tom desesperado, e eu teria rido, se não estivesse tão apavorada quanto ele.

– Hey, hey. Calma. Tudo vai dar certo? – era para ser uma afirmação, mas minha voz me traiu quando deixou que aquelas palavras saíssem da minha boca em um tom duvidoso.

Percy respirou fundo, e vestiu sua camiseta, antes de me olhar nos olhos.

– Sim, Annie. Vai dar tudo certo. – ele disse escovando minha bochecha com o seu polegar.

– Eu não vou me separar de você! – afirmei convicta, quando a ideia de ter que deixá-lo assombrou os meus pensamentos.

– Nem eu, Sabidinha. Nem eu. – ele disse e me deu um selinho, depois me entregou a minha camisa social, e eu a vesti rapidamente, colocando o moletom dele por cima dela. – Eu te amo. – ele disse quando terminei de arrumar o meu cabelo, e eu sorri olhando-o em seu olhos verde-mar.

– Eu também te amo. – eu disse, e meus olhos marejaram, pois eu sabia que meus pais nunca seriam complacentes com aquele relacionamento, e ao olhar nos olhos de Percy, eu soube que ele também tinha a certeza de que não poderíamos mais ficar juntos. – Eu não posso te perder, Percy. – o agarrei em um abraço, desesperada.

– Você não vai me perder, Sabidinha. Nós vamos enfrentar os dois juntos. Você e eu. Está bem? – ele perguntou, e eu me afastei dele para olhá-lo nos olhos. – Annie, contanto que estejamos juntos, conseguiremos enfrentar qualquer coisa. Eu te prometo.

– Desde que fiquemos juntos? – perguntei e ele assentiu entrelaçando seus dedos ao meus.

– Agora vamos, antes que eles achem que eu ainda não me acalmei. – Percy disse e olhou para baixo, fazendo-me corar com o seu comentário.

– Você é um idiota. – eu disse rindo ao socar seu braço.

– Você fica bem melhor assim. – ele disse massageando o braço em que foi acertado, e eu franzi o cenho.

– Assim como? – perguntei alheia a mudança de assuntou, e Percy rindo me roubou um selinho.

– Sorrindo. – ele devolveu simplesmente, e eu sorri de novo.

Percy era, com toda certeza, o cara mais incrível que eu já conheci, além de ser o único que não pirou com o fato de ter que ser apresentado ao pais da namorada, depois de um flagrante tão comprometedor, quanto o nosso, também conseguia me fazer sorrir, em um momento tão sério quanto aquele.

– Só espero que ele não tente me capar. – Percy disse como se estivesse lendo os meus pensamentos, e eu ri abertamente.

– Prometo que não deixarei, afinal quero ter filhos com vocês. – respondi e Percy me puxou para um beijo de tirar o fôlego.

– Vou te cobrar. E só para constar o nome da menina será Nina. – Percy devolveu e me puxou para o corredor que nos separava dos meus pais.

– Estão dois minutos atrasados. – meu pai disse olhando seu Rolex, e eu tive vontade de revirar os olhos, já que ele não me dera tempo de imaginar o quanto seria perfeita uma filha minha e de Percy. – Sentem-se.

Frederick e Atena estavam sentados lado a lado em um sofá branco de dois lugares, enquanto o de três estava disposto de frente para os meus pais.

Percy e eu nos sentamos, e ele apertou a minha mão mais forte, mas eu não sei se foi para me acalmar ou para se manter calmo, por isso retribui o aperto.

– Como é mesmo o seu nome rapaz? – meu pai foi direto, não se apresentou, nem fez algo parecido.

– Perseu Jackson, Sr. Chase. – o Cabeça de Algas respondeu, e engoliu em seco, quando terminou de falar.

– Quantos anos, Perseu? – Percy se remexeu desconfortável ao meu lado, ele odiava que o chamasse pelo seu verdadeiro nome. Segundo ele, era muito intimidador.

– Dezoito. – respondeu, e meu pai o analisou de baixo à cima.

– Estuda o que? – minha mãe tomou a dianteira, e foi a minha vez de me remexer desconfortável. – Suponho eu que está na faculdade, não é mesmo? – ela questionou com seus olhos cinza brilhando em desafio.

– Na verdade, Sra. Chase, não estou, pois perdi a prova de admissão no ano passado. – Percy respondeu com firmeza, e aquilo me agradou, ao mesmo tempo que me deixou em alerta, já que minha mãe odiava quando batiam de frente com ela.

– Posso saber o motivo? – meu pai perguntou, e Percy assentiu com a cabeça, para logo em seguida rebater.

– Minha mãe acordou passando mal, e como eu sou filho único tive que levá-la ao hospital, quando dei por mim já tinha perdido a hora da prova.

– Filho único? Por que seu pai não a levou? – minha mãe questionou, e parecia se divertir ao ver Percy desconfortável.

– Sim, sou filho único. E meu pai não a levou, porque nos abandonou quando eu nasci.

– Abandonou? Ou sua mãe não sabe quem é o seu pai? – minha mãe questionou com um segunda intenção na voz, e Percy esmagou a minha mão.

– Sally é uma mulher maravilhosa, que se desdobrou em mais de duas para cuidar de Percy sozinha, e acreditem ela é mais presente na vida dele, do que vocês dois na minha. Então, não admitirei que falem mal dela, na minha ou na frente do filho dela. Entenderam? – defendi minha sogra elevando em algumas oitavas o meu tom de voz. Quem eles achavam que eram para falar mal dela?

– Não pedimos a sua opinião, Annabeth. – meu pai me repreendeu e eu o olhei cética.

– Não foi a minha opinião pai, eu só estou defendendo alguém que não está aqui para fazer isso sozinha, ainda mais de acusações descabíveis com essa que a mamãe acabou de fazer. – rebati e minha mãe me olhou de forma repreendedora, mas eu não abaixei a cabeça, e retribui o olhar.

– Desculpe-me pela insinuação, Perseu. Não foi a minha intenção. – Atena se desculpou, o que fez com que minha expressão de durona vacilasse, me deixando com o pé atrás. Desde quando minha mãe, Atena Chase, pede desculpas?

– Tudo bem, Sra. Chase. – Percy disse e me repreendeu ao apertar a minha mão pela terceira vez.

– Mas então, Percy, este é o seu apelido, não é mesmo? – meu pai perguntou, começando a tomar uma posição mais confortável, e Percy assentiu, deixando-o continuar – Onde mora?

– No Brooklyn. – meu namorado respondeu, e mais uma vez, meu pais não pareciam surpresos. Ai tinha coisa, e eu ia descobrir.

– Não que eu esteja sendo preconceituoso, nem nada, mas como conheceu a minha filha? Afinal, nem em Manhattan mora. – Frederick perguntou e sorriu no final.

– Tínhamos alguns amigos em comum, além de que eu trabalho aqui, em Manhattan. – Percy respondeu omitindo que era esse amigo em comum, depois eu teria de lembrar ao meu primo, Luke, que ele estava nos devendo uma.

– Amigos em comum? Interessante. – minha mãe disse, e depois voltou seu olhar para Percy – Você trabalha? – meu namorado assentiu, e ela deu um meio sorriso – Isso é bom. Com o que trabalha?

Percy coçou a nuca sabendo que meus pais não aprovariam seu emprego.

– Sou garçom, em um restaurante grego. – quando Percy terminou de falar, minha mãe soltou um risinho debochado, mas logo se conteve ao ver que eu a encarava.

– Pelo menos é honesto, não é mesmo? – meu pai disse, e também vestia uma expressão debochada em seu rosto. – Já percebi que você é um rapaz de bem, Perseu. – meu pai comentou escorregando para a ponta do sofá, e como se constasse um segredo, continuou em um tom mais baixo – Mas o que eu quero mesmo saber, é quais são as suas reais intenções para com a minha filha. – Frederick terminou e fez uma falsa carranca, esta que fez com que Percy relaxasse ao meu lado.

– Sr. Chase, as minha intenções com a sua filha são as melhores possíveis. Eu a amo.

– O sentimento é reciproco. – disse, interrompendo-o, e ele sorriu pra mim.

– Amor? Não acham que é um sentimento complexo demais? – minha mãe perguntou cheia de sarcasmo. - Ainda mais para vocês dois, que ainda são jovens, e não viram quase nada da vida.

– Eu só tenho a certeza, de que Percy e eu nascemos um para o outro. – devolvi e minha mãe ficou quieta, como se buscasse um contra-argumento.

– Acreditarei em você, Percy. – meu pai disse tomando a dianteira, e voltou a se encostar no sofá. – Uma última pergunta. Há quanto tempo estão juntos, e em qual nível está a relação de vocês? – quando Frederick terminou sua frase, uma queimação acompanhada da coloração vermelha, tomaram conta das minha bochechas, e a vergonha resolveu se fazer presente.

Percy que ainda estava com os dedos entrelaçados nos meus, também corou, e tossiu para fazer com que sua voz saísse em falhas.

– Nós estamos namorando há um ano. – e pela primeira vez, vi meus pais se abalarem com alguma resposta que demos.

– Como conseguiram esconder por tanto tempo? – minha mãe perguntou desconcertada, pelo visto, ela achava que era coisas de meses.

– Não é como se vocês estivessem aqui o tempo todo, não é mesmo. – rebati, e vi o olhar de minha mãe vacilar para culpa. Tanto o dela, quanto o do meu pai.

– Parece que demos prioridade para as coisas erradas, Atena. – Frederick disse entrelaçando os dedos dele aos da minha mãe. – Desculpe-nos, filha.

Agora era definitivo, tinha algo muito errado ali, e eu iria descobrir. Custe o que custar.

– Não é como se isso ainda me afetasse. – respondi ácida, a fim de ver até onde eles levariam aquele teatro.

– Annabeth! – Percy me repreendeu, e eu ergui as sobrancelhas em uma pergunta muda. – Não complique as coisas. – ele disse, e eu assenti, voltando-me aos meus pais.

– Eu os desculpo. – respondi, mesmo sabendo que na primeira oportunidade, me deixariam em casa e viajariam para fechar um grande negócio. Afinal, não era sempre assim?

Frederick sorriu e minha mãe o acompanhou, mas logo sua expressão se fechou, e ele voltou a questionar:

– Ainda não me responderam em que etapa estão do relacionamento.

– Como assim... Etapa? – Percy perguntou se fazendo de lerdo.

– Beijos quentes, mãos bobas, preliminares ou nos... – meu pai engasgou e me olhou de forma cautelosa – Finalmente.

Aquela frase me fez corar mais do que um pimentão, e Percy se moveu desconfortável ao meu lado.

– E não me digam que ainda estão nos beijos quentes, pois não foi isso que parecia na cozinha.

E pronto! Agora eu poderia se facilmente confundida com um tomate perfeito para a colheita.

Percy não respondeu, o que deixou claro que era a minha vez de falar alguma coisa.

– Nós... – eu, definitivamente, não sabia o que responder, e acreditem, agradeci mentalmente, quando minha mãe me cortou.

– Acho que não precisamos saber o quanto a nossa menina está crescida, no entanto eu espero que caso tenham chegado aos finalmente tenham ao menos se protegido. – Atena disse, e eu corei.

De repente um silêncio incômodo tomou conta do sala, e Percy pigarreou ao se levantar.

– Foi um prazer conhecê-los, Sr. E Sra. Chase. – meu namorado disse e apertou a mão do meu pai, este que tinha acabado de se levantar – Eu preciso ir. – Percy complementou quando viu o cenho franzido de Frederick.

– Espero vê-lo mais vezes, Perseu. – meu pai disse e meu namorado sorriu assentindo.

– Digo o mesmo, Sr.

– Vejo que minha filha soube escolher bem. – minha mãe elogiou ao dar um beijo na bochecha de Percy, e aquilo foi uma confirmação de que tudo aquilo estava muito errado. Eu conhecia os meus pais, e sabia muito bem que eles nunca aceitariam esse relacionamento, muito menos concordariam que eu tinha feito uma boa escolha, portanto algo grande vinha por ai, e eu odiava não saber o que era.

– Eu te acompanho até lá embaixo. – eu disse quando Percy começou a caminhar em direção a porta.

Assim que eu fechei a porta atrás de mim, abracei Percy, e ele devolveu o afago. Em silêncio caminhamos até o elevador, e descemos assim, sem falar nada, só curtimos a presença um do outro.

Já no saguão do meu prédio, Percy passou a mão sob os meu ombros, me abraçando de lado, e eu passei o meu braço sob a sua cintura, mantendo-o perto de mim.

– Senhorita Chase! – Bob exclamou da portaria, e este parecia aliviado.

– Hey, Bob. – cumprimentei pela segunda vez andando até ele, e levando Percy comigo.

– Eu tentei avisar. Eu juro. – Bob disse e parecia que se sentia culpado. – Mas eu liguei para o seu apartamento, só que você não me atendeu.

– Do que você está falando, Bob? – perguntei franzindo o cenho, no entanto não foi preciso que ele terminasse, já que logo me lembrei dos meus pais – A culpa não foi sua Bob, eu só queria saber o que eles estavam fazendo aqui. Não era para eles estarem no Canadá? – perguntei para ninguém especifico, e Percy apertou seu braço contra os meus ombros.

– O importante é que eu ainda estou vivo, e que eles pareceram aceitar o nosso namoro. – meu moreno disse, e meu subconsciente teve vontade de negar tudo o que saiu de sua boca.

O fato era que meus pais encenaram toda aquela aceitação, e eu tinha certeza que eles não deixariam aquilo barato. Simples assim.

– Eu sabia que ele não era só um colega de escola. – Bob disse, e a frase me fez corar, já que eu mentira para ele. – Vocês formam um casal bonito. – meu porteiro elogiou e eu ri.

– São seus olhos, Bob. – brinquei e os dois me acompanharam na risada.

– Agora eu preciso ir, daqui a pouco eu tenho que estar em casa. – Percy disse, e eu assenti dando um leve aceno de cabeça para Bob, este que retribuiu e se despediu do Cabeça de Algas.

– Cuide bem dela, garoto. – meu porteiro favorito disse quando estávamos quase saindo do meu prédio, e Percy riu assentindo com a cabeça.

Ainda em silêncio caminhamos até o seu carro, e somente quando chegamos ao Camaro 78 de Sally, foi que Percy se pronunciou pela primeira vez:

– Você parece tensa. – ele constatou e eu tentei lhe direcionar um sorriso confiante, coisa que eu não consegui.

– É que aconteceu tudo de uma forma tão confusa, que eu ainda estou tentado assimilar algumas coisas. – respondi e ele me abraçou, fazendo com que minha cabeça ficasse abaixo de sua cabeça, e seu queixo se apoiasse em meus cabelos.

– Eu também estou tentando me acostumar com o fato de que, finalmente, eu conheci os pais da minha namorada. – Percy disse em um tom brincalhão. – Eu juro que achei que sua mãe me mataria com o olhar que ela estava me mandando. – o Cabeça de Algas completou e eu tive que rir. – Vocês são muito parecidas, Sabidinha.

Eu ri, e Percy se afastou um pouco para me olhar nos olhos.

– Eu estou falando sério, se a Sra. Chase fosse mais nova, eu afirmaria que vocês eram irmãs gêmeas.

– Sério? – perguntei e ele assentiu com a cabeça. – E qual é a mais bonita?

O idiota ainda fingiu pensar, antes de me responder.

– Acho que você é a mais bonitinha.

– Bonitinha, Perseu? – perguntei e dei um soco em seu peitoral.

– Não é como se você fosse a garota mais feia do mundo, mas também não é a mais bonita. Não é mesmo?

Eu me afastei dele, e quando o idiota tentou me abraçar de novo, desviei e fiquei encarando-o seriamente.

– Acho que se eu subir agora e disser para os meus pais que eu não namoro mais, eles ficarão bem felizes, e você o que acha? – perguntei e Percy engoliu em seco.

– Você não teria coragem. – ele disse, e eu ergui a sobrancelha em desafio.

– Está duvidando da minha palavra, Perseu?

– Claro que não Sabidinha. – ele disse, e pelo visto ele estava acreditando que eu estava, realmente, brava com ele.

– Ótimo. Agora você já pode ir. – disse e comecei a me afastar.

– Hey, Annabeth. Volte aqui. – ele gritou quando lhe dei as costas, e eu sorri quando senti algo apertar o meu pulso, para logo em seguida meu corpo bater contra algo sólido.

– Você é muito teimosa. E não sabe brincar. – ele disse, e antes que eu pudesse retrucar ele me beijou.

Um simples tocar de lábios foi o suficiente para que o calor que eu senti quando estávamos na minha cozinha, começasse a se fazer presente. Passei minhas mãos pelo seu pescoço, fazendo com que os meus dedos se enroscassem em seus cabelos.

Percy me apertou contra si, e passou sua língua pelo meu lábio inferior, me provocando. Nossa línguas batalhavam fervorosamente, e nós sabíamos que nosso fôlego acabariam antes que uma das duas fosse a vencedora. Dito e feito.

– Acho que chegou a minha hora de ir, senão serei obrigado a te levar em algum lugar mais reservado e seus pais me matariam. – ele disse perto da minha orelha, com aquela voz rouca e sexy, que somente ele tem, e antes de se afastar mordeu o lóbulo da mesma me fazendo estremecer.

– Também acho que isso é o mais sensato. – concordei deixando que ele se afastasse, e caminhasse até o carro de sua mãe.

– Ah, Sabidinha. Agora que seus pais já sabem de tudo, acho que não vamos precisar nos ver só quando eles viajarem, por isso queria saber o que você acha de um cinema na sexta? – ele perguntou e eu sorri com o que ele disse. Finalmente, acabariam os longos e intermináveis dias que eu teria de esperar para vê-lo novamente.

– Eu acho perfeito! – respondi e ele sorriu. Me aproximei dele e o beijei de novo, só que dessa vez foi algo mais calmo, um beijo de despedida.

– Até mais, Cabeça de Algas.

– Até, minha Sabidinha. – ele disse e entrou no carro. – Te amo.

– Eu também te amo. – respondi e ele abriu aquele lindo sorriso que só ele tinha, e era totalmente meu.

Percy acenou uma última vez e logo eu já não conseguia mais ver seu carro. Meu coração se apertou, como em um sinal de presságio, todavia não dei muita atenção aquela sensação. Com isso respirei fundo antes de começar a andar de volta para o meu prédio. Preparando-me mentalmente para o embate que eu teria com os meus pais, agora que eu estava sozinha.

Com a cabeça baixa andei até o elevador, sem prestar atenção nas pessoas que me rodeavam, e isso pareceu fazer com que a maldita caixa metálica que me levaria até o meu andar, andasse mais rápido que o normal, fazendo com que eu chegasse em tempo recorde na minha cobertura.

Antes de abrir a porta respirei fundo três vezes, e antes de expirar pela quarta abri a porta, encontrando os meus pais no meio de uma discussão. Os dois pareciam transtornados com alguma coisa, e algo me dizia que essa coisa chamava-se Percy Jackson.

– Eu não vou admitir que... – foi a única coisa que eu escutei Atena dizer, antes dos dois se interromperem. – Annabeth! – minha mãe disse caminhando até mim. – Acho que precisamos conversar.

Agora sim, o meu inferno teria início.


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Notas finais do capítulo

Então pessoinhas? O que acharam?
Eu, achei que ficou faltando alguma coisa e vocês?
Quem acredita nessa aceitação dos pais da Annie levanta a mão e deixa a opinião. E quem acha que é paranoia da Sabidinha levanta a mão e deixa a opinião.
E agora, meus deuses, o que vai acontecer? Opiniões?
Bom galera, espero que tenham gostado desse capitulo, eu dei o meu máximo para faze-lo, no entanto eu acho que ainda não está bom o suficiente.
Leiam a minha nova One-shot? They Don't Know About Us
http://fanfiction.com.br/historia/434557/They_Dont_Know_About_Us/

Beijos e até mais.
P.S.: Que tal recomendar ALAYLM?