As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 10
Nono.


Notas iniciais do capítulo

Oie...
Desculpem a demora, muita coisa para fazer.
Espero que gostem do capitulo, e tudo mais.
Também queria agradecer ao reviews que eu recebi no capitulo anterior. Muito Obrigada. Ah... Eu responderei a todos, sem exceção, só falta eu achar tempo.
Mais uma vez. ESPERO QUE GOSTEM.



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Tinham se passado três dias desde que meus primos, Luke e Silena, meu namorado e eu servimos de guia turístico para os Murray, e infelizmente não podemos aprofundar a amizade que estava para nascer, já que no dia seguinte, eles estavam dentro de um avião de volta para a Inglaterra.

Depois do final de semana, tive que voltar para a escola, a Goode High School uma das maiores e melhores escolas da elite nova-iorquina, afinal minhas férias tinham acabado, e com isso eu tinha menos tempo para ver Percy.

Meu namorado também não andava com o seu tempo sobrando, já que ele estava estudando para tentar uma vaga na faculdade de Nova York pela segunda vez, já que na primeira ele perdeu a prova e consequentemente não foi aceito na NYU.

- Alô? – disse quando atendi meu celular, esse que devia estar tocando a tempos, e eu não tinha percebido.

- Annabeth? – a voz da minha mãe me saudou do outro lado da linha. – Só liguei para avisar que seu pai e eu estamos indo viajar, parece que houve alguns problemas com os contratos no Canadá, e teremos que ir mais cedo. Não se importa de ficar alguns dias sozinha, não é mesmo?

Eu nunca me importei, por que começaria agora? – foi o que eu tive vontade de responder, no entanto, segurei a minha língua e devolvi:

- Não, mamãe. Não tem problema nenhum.

- Ótimo. Tome cuidado, e os empregados estarão a sua disposição. – Atena disse, e desligou, sem nenhum tchau, ou eu te amo.

- Tchau para você também, mamãe. – retruquei irônica ao ouvir o característico tu, tu de quando alguém desliga.

- Falando sozinha, querida Annabeth? – uma voz extremamente fina e irritante disse ao meu lado.

- Se estou ou não falando sozinha, Kelli, não te diz respeito. – respondi amarga, e me voltei para o meu armário.

Kelli Miles, a líder de torcida mais fútil e egoísta que já deve ter pisado na face da Terra. E é óbvio que eu a odeio.

- Nossa, Annabeth. Isso é jeito de falar com sua colega? – ela perguntou fingindo-se de ofendida.

Respirei fundo, e quando fui responde-la de forma malcriada, meu celular vibrou em minha mãos.

Oie.

Como está? Espero que bem.

Encontre o Luke, ele tem algo para lhe dar.

Beijos. P.

Sorri com a mensagem, o que deve ter deixado aquela cobra maldita curiosa, pois a mesma se inclinou para frente, a fim de ver o motivo de meu sorriso.

- O que você acha que está fazendo? – perguntei trazendo meu celular para mais perto de mim, e a loira de farmácia sorriu sarcástica.

- Não está óbvio? – ela questionou me rodeado, com suas cadelas de estimação em seu encalço. – Estava falando com o namorado, Chase? – ela perguntou, e suas amigas riram. – Ah é, me esqueci. Você é ridícula demais para encontrar alguém que queira namorá-la.

Confesso, que a minha vontade naquele momento era de esfregar Percy na cara dela, e depois beijá-lo como se não houvesse amanhã, no entanto eu sabia que se ela soubesse da existência do Percy, ela tentaria de tudo para tirá-lo, ou fazer com que brigássemos, além de que eu não sou burra de mostrar o quanto o meu namorado é perfeito. Afinal, isso só atrai putas oferecidas. Tipo ela.

- E você Kelli, já deu para quantos achando que eles assumiriam um relacionamento sério com você? – perguntei com o veneno transbordando em minhas palavras, e sorri internamente quando o sorriso da garota vacilou. – Ah é, quase me esqueci que você já dormiu com toda a população masculina desse colégio.

- Chase, escuta bem o que eu estou te falando, você vai se arrepender do que falou. Entendeu? – Kelli perguntou me encurralando entre os armários, e seu corpo esquelético coberto pela minúscula saia e o top do uniforme das líderes.

- Estou morrendo de medo. – disse e a empurrei para abrir caminho.

A ouvi bufar atrás de mim, porém ela não foi burra ao ponto de me seguir, por isso segui o meu caminho até a sala de Química, está que seria a minha primeira aula do dia.

Quando cheguei na sala encontrei Silena e Charles sentados em dupla, e a morena fazia carinho na cabeça do namorado, esse que parecia estar dormindo.

- Bom dia! – gritei no ouvido do grandão, e ele se sobressaltou com os olhos esbugalhados.

- Caramba, Annabeth! – Beckendorf disse coçando os olhos. – Não se pode acordar alguém assim.

- Isso não é hora de dormi, Charles. – disse, e ele revirou os olhos, voltando a se deitar e a receber o carinho da namorada.

- Parece que alguém está de bom humor. – Silena disse como quem não quer nada, e eu sorri para a morena.

- Talvez, seja porque meus pais vão viajar, e quem sabe assim eu consiga passar um tempo com o meu namorado.

Silena riu jogando a cabeça para trás, e eu me sentei atrás dela.

- Cadê o Luke? – perguntei, e a morena deu de ombros antes de responder:

- Deve estar se atracando com alguma líder de torcida sem cérebro. – Silena respondeu e eu arqueei a sobrancelha. – Querida, eu sou uma exceção à regra.

Silena também era uma líder de torcida, e eu não podia imaginá-la fazendo outra coisa naquela escola, tanto é que a minha querida patricinha vivia o seu pequeno clichê com Charles, este que era jogador de futebol americano.

Antes que eu pudesse começar a zoar com ela ou coisa parecida, meu primo entrou na sala com a boca vermelha, e um sorriso idiota estampado no rosto.

- Bom dia! – ele disse ao se sentar no meu lado, e Charles levantou a cabeça.

- Cara, com que você estava agarrado? Com uma garota ou um hidrante vermelho berrante?

O comentário do Beckendorf fez com que Silena e eu déssemos risada.

- Amigo, eu estava agarrado com uma novata do terceiro, que... Meu Deus. – o idiota se abanou como se estivesse com calor, e como eu adoro deixar certas pessoas desconfortáveis, disse:

- E a Thalia? Como ela fica? – Luke fechou a cara e se remexeu desconfortável na cadeira ao meu lado.

- O que tem ela? – ele perguntou me olhando com os olhos azuis feito gelo.

- Achei que estivesse gostando dela. – apontei, e o loiro jogou a cabeça para trás sorrindo de forma fingida.

- Annabeth, você conhece a frase “Pegue e não se apegue”? – assentiu com a cabeça, e ele complementou – Então, esse é o meu lema. Thalia foi coisa de uma noite só.

- Não foi o que me pareceu no dia seguinte. – retruquei e vi que Silena e Charles acompanhavam o nosso pequeno debate como se assiste uma partida de ping-pong.

Antes que Luke pudesse responder a professora entrou na sala, mandando todos calar a boca, e começou a aula.

- Não é para tocar nesse assunto. Entendeu? – Luke perguntou grunhindo, e eu lhe direcionei um sorriso sarcástico, deixando claro que ele não se livraria de mim tão cedo.

...

Na hora do intervalo, me sentei com meus primos e alguns dos jogadores de futebol, e confesso que não estava prestando atenção em nada, já que Percy e eu estávamos trocando mensagens.

Então, já pegou sua encomenda com o Luke? – Percy perguntou de repente, e só então me lembrei que Luke tinha algo pra mim.

Ainda não. Rapidinho.

Voltei-me para Luke, e o puxei pela camisa social que éramos obrigados a usar.

- Oi? – ele disse me olhando.

- Você tem algo pra mim? – perguntei e sua expressão se acedeu como se tivesse lembrado de algo.

- Tenho, vamos lá no meu armário. – ele disse se levantando e fazendo um toque estranho com os outros garotos, e beijando as meninas. – Percy pediu que eu te entregasse uma coisa. – Luke falou aleatoriamente, e eu assenti seguindo-o de perto.

Chegamos rapidamente ao seu armário, e eu me surpreendi quando ele tirou um moletom cinza de dentro do pequeno espaço e me entregou.

Olhei para o moletom e depois para o meu primo, e voltei a intercalar meu olhar, até rir e perguntar:

- O que é isso?

- Um moletom. – ele respondeu, e deu de ombros.

- Por que me deu isso? – voltei a questionar e Luke voltou a dar de ombros.

- Percy pediu que eu lhe entregasse isso. E se você, que é a namorada dele, não sabe o que ele quis dizer com isso, sinto muito porque eu também não entendi nada, sem contar que eu não sou psicólogo, muito menos psiquiatra para entender a mente do seu namorado. – o loiro disse me fazendo rir.

- Obrigada do mesmo jeito. – disse e Luke deu de ombros pela terceira vez, e isso estava começando a me irritar.

Antes que eu pudesse dizer o quanto aquele comportamento dele estava e irritando, o sinal tocou e ele logo sumiu de vista com a desculpa de ter que chegar logo em sua sala. Como eu não estava com pressa, caminhei calmamente até a sala de Inglês, e enquanto andava digitava em meu celular.

Um moletom? – perguntei e Percy logo respondeu.

­Você vai saber para que serve na hora as saída. Agora tchau. E eu te amo. – Percy respondeu, e eu lhe mandei outras mensagens tentando extrair alguma pista dele, só que ele não me respondeu mais.

Acho que pelo fato de eu estar curiosa, o tempo demorou mais que o esperado para passar, por isso, assim que o último sinal tocou, eu fui a primeira a guardar o meu material, e me mandar daquela sala de aula.

No caminho encontrei Silena e Charles se atracando, gritei um tchau e os dois se separaram para me responder:

- Passe lá em casa mais tarde. – Silena gritou e eu voltei-me para ela assentindo, e meio segundo depois os dois já estavam se beijando como se estivessem entre quatro paredes.

Revirei os olhos e voltei a correr até a saída da minha escola, e quando cheguei as duas portas duplas que davam para o estacionamento, e consequentemente para rua, vislumbrei um rapaz de olhos verdes e cabelos negros. Cerrei meus punhos com raiva. Óbvio que meu estado de espirito não vinha do fato do meu namorado ter feito uma surpresa para mim, mas sim da garota que se esfregava nele sem pudor.

Contei até dez antes que eu pulasse no pescoço de Kelli. Fiquei a encarar os dois, e percebi que Percy tentava se afastar da garota sem ser rude, no entanto isso não estava funcionando.

Em um dado momento, aquela líder de torcida oferecida sussurrou algo no ouvido do meu namorado, ele a segurou pelos pulsos e a afastou pela oitava vez, e sim eu contei. A garota tentou se aproximar de novo e Percy revirou os olhos mantendo-a afastada. E parece que ao revirar os olhos ele me notou, já que sorriu e começou a me encarar.

Apesar de ver que ele não estava dando bola para aquela oferecida fechei a cara, cruzei os braços e eu aposto que a minha expressão não estava das melhores.

Antes que Kelli pudesse olhar na direção que Percy encarava e me ver com a pior das minhas expressões, Jake se colocou na minha frente e disse:

- Annie, você esqueceu o seu caderno.

Jake Mason, era um cara legal, tentamos ter alguma coisa quando éramos mais novos, e é óbvio que não deu certo, no entanto, eu vi o momento perfeito para fazer ciúmes em Percy.

Olhei por cima do ombros de Jake, e percebi que o Jackson olhava em nossa direção esperando que a cabeça de Jake explodisse, ou ele se transformasse em um E.T.

- Ah. Valeu, Jake. – disse e dei um beijo na bochecha dele, seguido de um abraço, este que o Mason correspondeu imediatamente.

Olhei na direção do meu namorado e percebi que ele estava com os punhos cerrados ao lado do corpo. Jake se afastou e disse:

- Annie, eu estava pensando se você... – o Mason se enrolou e coçou a nuca, o que o deixou extremamente fofo.

- Você estava pensando se eu...? – disse incentivando-o a continuar.

- Sabe a sua prima, a Silena? – ele perguntou e eu assenti sem saber aonde ele queria chegar. – Então, ela é super amiga da Jane, não é? – ele questionou e eu assenti.

Jane era uma das líderes de torcida decentes, e sempre estava com Silena.

- Você poderia pedir para sua prima me ajudar a falar com ela? – ele disse e corou em seguida, e coçou a nuca demostrando o quanto estava encabulado.

- Ount. Que fofo. – eu disse e apertei a bochecha dele, fazendo-o corar ainda mais. – Pode deixar que eu falarei com a minha prima, e eu tenho certeza que ela adorará ser cupido.

Jake sorriu e me abraçou agradecendo, e de novo eu vi Percy com os punhos cerrados, e a expressão homicida.

- Valeu, Annie. Você é demais. – o Mason disse e me deu outro beijo na bochecha e foi para o seu carro.

Esperei que Jake chegasse em seu carro, para só então me virar para Percy que ainda me olhava esperando uma explicação. Direcionei-lhe um sorriso de escárnio, e andei até o meu carro deixando-o na porta da escola.

Enquanto, colocava a minha bolsa no banco do passageiro, senti que algo vibrou dentro dela, e eu logo deduziu que era o meu celular. Saquei-o da bolso, e sorri ao ver que era uma mensagem do Percy.

Quem era aquele garoto?

Ninguém que lhe interesse, afinal você prefere as líderes de torcida. Não é mesmo? – Respondi sarcástica e Percy não demorou em devolver a resposta.

Ela que estava se jogando para cima de mim.

Não me interessa que estava dando em cima de quem. O importante é que você não a despachou logo. – respondi joguei o celular ao lado da minha bolsa.

Vi que meu celular estava a vibrar com as milhares de mensagens que Percy mandava, no entanto eu não li, e muito menos respondi a nenhuma, afinal queria dar um sustinho nele.

Liguei o rádio, e esperei alguns longos minutos até ligar o carro, e sair da escola.

Sorri ao ver que Percy ainda estava plantado na frente do portão do meu colégio, e eu acenei discretamente para ele, antes de acelerar, no entanto parei no semáforo que tinha na esquina da minha escola, e pelo retrovisor pude ver Percy sorriso sarcástico ao levar o celular até o ouvido.

Meu celular tocou ao meu lado e eu atendi já sabendo quem era.

- Vá até o café da esquina e vista o moletom, deixe o seu carro longe e me encontre lá. – a voz rouca de Percy ordenou, e eu não me atrevi a retrucar apenas desliguei o celular e virei a esquina me dirigindo para o café.

Estacionei o carro a duas quadras do café ao qual Percy se referira, peguei o moletom e achei uma sacola qualquer para colocá-lo dentro dela, já que assim não teria que usar a mochila. Ao fuçar meu carro atrás da sacola, encontrei um short jeans que Silena tinha me dado de aniversário, e também o peguei, dessa forma não ficaria com a saia vermelha berrante da Goode.

Sai do meu carro e o fechei. Andei com a cabeça baixa até o café, entrei e me dirigi rapidamente para o banheiro, fazendo um espécie de cortina com o meu cabelo.

Quando cheguei ao final do pequeno e aconchegante café, entrei no banheiro e fui para um dos box.

- Só o Percy para inventar essas coisas. – murmurei, enquanto colocava o moletom dele por cima da camisa social e da gravata, este que tinha o cheiro único e exclusivamente dele, maresia.

Depois disso tirei a saia e coloquei o shorts.

Quando terminei, sai do box, e me olhei no espelho. E para ser sincera não estava tão ruim, agora era só prender o cabelo e, talvez, ninguém me reconheceria. Contudo, e por precaução, coloquei a touca do moletom, e sai do banheiro.

Vasculhei o lugar, e encontrei Percy sentando em uma mesa para dois, e o meu lugar era virado para dentro do café, dessa forma ficaria de costas para a enorme vidraçaria do local.

- E então, o que você queria falar comigo? – perguntei de repente e isso acabou assustando-o já que ele deu um pequeno pulo e depois abriu um sorriso.

- Não posso mais querer passar um tempo de qualidade com a minha namorada? –

- Tempo de qualidade, hum? Interessante. – respondi sentando-me de frente para o meu moreno. Percy sorriu e se aproximou para me beijar, só que no último segundo, eu virei o rosto e completei – No entanto, não era isso que parecia há minutos atrás.

- Ciúmes, Sabidinha? – ele perguntou se afastando com um sorriso sarcástico enfeitando-lhe os lábios.

- Deveria? – perguntei e uma mulher de meia idade entregou dois cappuccinos em nossa mesa.

- Achei que você soubesse que eu só tenho olhos para você. – Percy respondeu assim que a mulher se afastou – E quem era aquele garoto? – o moreno perguntou mudando drasticamente de expressão.

- Ciúmes, Cabeça de Algas? – perguntei sorrindo, e ele arqueou a sobrancelha.

- Não, só não estou muito acostumado com o fato de querer fazer uma surpresa para a minha namorada, e encontrá-la abraçada com um cara qualquer.

- Jake não é um cara qualquer. – respondi a fim de provocá-lo.

- Não, é? – Percy bebericou seu café erguendo a sobrancelha.

- Hum. – confirmei e beberiquei mais um pouco do meu café – Ele só é um ex-namorado.

Me segurei muito para não rir da cara que Percy fez, quando eu terminei de falar.

- O-o que? – ele perguntou gaguejando e eu não me aguentei, já que ri em seguida.

- Isso que você ouviu, Perseu. – disse e endireitei a coluna.

- O que ele queria com você? – o Cabeça de Algas perguntou com os punhos cerrados em cima da mesa.

- Nada de mais, ele só queria que eu... – me parei, como se fosse algo que não deveria ser contado, e isso só atiçou a curiosidade do meu namorado.

- Ele queria que você...? – Percy disse me incentivando a continuar.

- Se eu poderia falar com a minha prima, para que ela o ajudasse a conquistar uma garota.

Percy que devia ter pensado em milhões de besteiras, me encarou com incerteza no olhar e perguntou:

- Certeza?

- Absoluta. – respondi abrindo um sorriso, este que ele fez questão de devolver. – Mas... O que aquela vadia queria com você? Porque pelo que eu saiba ela não costuma procurar afeto em classes mais baixas que ela.

Percy me olhou de forma penetrante e eu me arrependi do que falei, mas ele logo abriu um sorriso tímido, e respondeu:

- O que mais ela gostaria de ter comigo? – ele perguntou sorrindo de forma convencida, e eu dei de ombros. – Claro que ela queria uma noite de sexo selvagem, ainda mais com um gostosão como eu.

Joguei a minha cabeça para trás rindo, e ele me acompanhou, mas eu logo parei e fiquei séria. Percy parou de rir quando eu comecei a encará-lo, e com a voz pausada eu disse:

- Eu espero que essa possibilidade não tenha se passado pela sua cabeça, Perseu.

Percy riu e me olhou com aqueles lindos olhos verdes.

- Como eu não sou de mentir, eu vou te confessar uma coisa... – eu o encarei e esperei que ele terminasse antes de pular no pescoço dele – Eu até pensei em ter uma noite de sexo selvagem, mas com certeza, não era ela que estava na minha cama.

Quando ele disse aquilo, eu acredito que tenha ficado mais vermelha do que uma pimenta malagueta pronta para o uso, e até o tomate mais maduro e bonito de um pomar ficaria com inveja da minha pessoa. No entanto, apesar de toda a vergonha que senti, também confesso que aquilo me fez esquentar em menos de um segundo.

- Você pensou mesmo nisso? – perguntei engolindo a minha timidez, e indo um pouco mais para frente.

Acredito que Percy tenha dito aquilo na base da brincadeira, e não contava que eu levasse aquilo à sério, já que ele engoliu em seco quando eu mordi o meu lábio inferior.

- Annabeth, você está brincando com fogo! – ele me advertiu, e eu sorri sarcástica.

- Não foi eu quem começou com a brincadeira. – respondi encarando-o, olho no olho. Verde no Cinza. – Mas já que você não quer falar sobre isso, podemos falar do porque você está aqui. Pensei que estaria trabalhando à essa hora.

- Bom, eu consegui uma folga hoje, terça não temos muito movimento. – ele disse se mexendo desconfortável na cadeira. – Mas é uma pena que não possamos passar mais tempo aqui, não é mesmo? – ele perguntou e fez cara de cachorro que caiu da mudança.

- Por que não? – perguntei estampando a minha dúvida, afinal o que nos impedia de estra ali? Conversando?

- Você não tem que voltar para casa? Afinal, seus pais ainda não foram pro Canadá. Não é mesmo? – ele perguntou e eu abri um sorriso imenso.

- Se eu te contar que meus pais, por acaso, viajaram hoje. Você acreditaria? – ele me olhou e me analisou, talvez estivesse atrás de algum resquício que eu estava brincando com ele, e ao perceber que eu não estava mentindo ele abriu um enorme sorriso.

- Isso é sério? – ele perguntou e eu assenti rindo da sua felicidade. – Então a gente vai poder ficar a tarde inteira juntos? – questionou como se não acreditasse, e eu sorri assentindo.

- Então, o que estamos esperando para ir para o Central Park, ou sei lá, algum museu? – ele perguntou se levantando e me puxando pela mão, ri de sua afobação e o segui até o balcão, para que ele pagasse a conta.

Percy pagou a conta rapidamente, e logo estava me arrastando para o carro da sua mãe, este que estava estacionado poucos carros antes do meu.

Quando chegamos ao Camaro 78 o empurrei contra a lataria, e antes de me aproximar de seu ouvido, pude vislumbrar de sua expressão confusa.

- Sabe, Percy, eu tive uma ideia melhor. – eu disse com a voz baixa, e no meu ponto de vista provocante. E apesar de ser conhecido com lerdo, Percy entendeu rapidamente o que eu queria, e nos rodou, fazendo com que eu ficasse entre o carro e seu corpo musculoso.

- E qual seria a sua ideia? – perguntou ele, beijando discretamente a pele do meu pescoço, o que fez com que eu me arrepiasse todinha.

- Sabe, quando meus pais viajam eles costumam dispensar os empregados, afinal eu não sou muito bagunceira, e na maioria das vezes, eu nem fico em casa. Então, o apartamento fica sozinho, só que dessa vez eu não pretendo ficar na casa do Luke ou da Silena, mas eu também não quero ficar sozinha, o que você acha de ficar lá comigo? – perguntei fingido falsa inocência, e Percy se afastou para me encarar.

- Eu não conhecia esse lado seu, Sabidinha. – ele constatou com um sorriso pra lá de malicioso nos lábios.

- Bom, se você quiser conhecê-lo melhor, eu te aconselho a estar na minha casa em meia hora. – eu disse e o empurrei abrindo caminho, e antes que ele pudesse voltar a me segurar eu já estava correndo até o meu carro.

Entrei no carro rindo, e não acreditando que eu tinha feito aquele papel de sedutora, algo que eu definitivamente não sou.

Como eu ainda tinha um pouco de razão em minha mente, mandei uma mensagem para Percy pedindo que ele esperasse um pouco, dessa forma poderia ver se o apartamento e falaria para o porteiro que um colega de escola chegaria a qualquer momento para fazer um trabalho.

Ele logo me respondeu de forma simples e com um final quente – Espero que esteja, já que não sei se aguentarei mais um dia longe de você, sem contar que seus olhos me contaram tudo que você pretende fazer comigo, e se eu estiver certo, só com a metade eu já serei o homem mais feliz desse mundo.

Sorri com a mensagem, que a meu ver era perfeita, e liguei o carro, passando perto do automóvel do meu namorado em seguida, este que me seguiu até chegarmos ao imponente prédio em que eu morava.

Como eu tinha vaga na garagem do prédio, não vi Percy quando desci, por isso subi até recepção, e conversei com o porteiro do turno da tarde.

- Hey, Bob. – saudei o porteiro e este me devolveu um sorriso.

- Boa tarde, senhorita Chase! – Bob respondeu. Ele era um homem de cinquenta e poucos anos que trabalhava ali desde que eu me entendia por gente, e costumava ser o porteiro que eu mais gostava de conversar já que o do turno da noite, implicara com Percy uma vez.

- Pode me chamar de Annabeth, Bob. Afinal você me conhece desde pequenina. – eu disse, e o homem sorriu, fazendo com que algumas rugas aparecessem em seu rosto.

- Tudo bem, Senho... Annabeth. – ele se corrigiu ante o meu olhar desafiador.

- Bob, eu só queria saber se meus pais já saíram. – falei, e ele olhou para um dos faxineiros, e depois o chamou rapidamente.

- Você sabe se o Senhor e a Senhora Chase já saíram? – Bob perguntou, e o rapaz assentiu olhando-me pelo canto do olhos.

- Eles saíram cedo, e estavam com malas. Acho que foram viajar.

- E quando eles não vão, não é mesmo? – deixei escapar, e quase tive vontade de me matar, já que a frase saíra carregada de melancolia.

O faxineiro, que aparentemente era novo no prédio, e Bob me olharam com pena, e eu logo tratei de mudar de assunto.

- Então, Bob, eu só queria avisar que talvez daqui algumas horas, ou sei lá, um colega meu, da Goode, vai vir fazer um trabalho comigo, não tem problema em deixa-lo subir direto tudo bem? – perguntei e Bob assentiu. – Então eu vou subindo para adiantar algumas coisas, e mande um beijo para sua esposa, a Lili, e para as suas filhas a Nicole e a Megan. Fala também que eu estou com saudades. – disse e me afastei acenando, e pela expressão dele eu posso dizer que o deixei impressionado por saber o nome de sua esposa e filhas.

Entrei no elevador e mordi o lábios antes de sacar o celular do bolso do moletom, e pedir que Percy subisse em vinte minutos, e é claro, fingisse ser algum colega meu da Goode.

Quando cheguei na minha cobertura, abri a porta e chamei pelos meus pais, vai saber não é mesmo, e pelas empregadas, a Maria e a Marta, estas que também não responderam. Depois vasculhei por todo o apartamento, e respirei aliviada ao chegar na cozinha e ter certeza que não tinha ninguém em casa.

Ao chegar na cozinha meu estomago resolveu se manifestar, fazendo-me lembrar que não tinha comido nada.

Abri a geladeira e tirei de lá a primeira coisa que eu achei: um pote de chocolate sueco. Presente da última viagem dos meus pais. Peguei uma colher e me sentei no balcão, abri o pote e mergulhei a minha colher ali, sem me lembrar que a qualquer momento Percy bateria na minha porta.

Fechei os olhos para apreciar o doce dançando pela minha língua, e as cegas enchia colher de novo para colocar na minha boca, no entanto, minha mão fora interceptada por uma outra mais forte, e com os susto abri os olhos me deparando com o verde-mar dos olhos de Percy segundos antes do mesmo fechar as pálpebras e apreciar do meu chocolate.

- Hey, isso é meu. – ralhei puxando a colher de sua boca, ele no entanto somente fechou os olhos com mais força e fez um barulho estranho, que parecia ser um gemido de aprovação.

- Isso é muito bom. – Percy disse com os olhos ainda cerrados. – Da onde é isso?

- Suécia. E eu sei que ele é muito bom, e que é meu. – disse e puxei o pote pra mais perto. – E, afinal, como você entrou aqui? – eu não me lembrava de ter deixado a porta da frente aberta.

- Não sabia? A porta da área de serviço sempre está aberta. – ele disse dando de ombros, e enfiando o dedo no meu chocolate.

- Hey. – protestei quando ele lambeu o dedo.

- Sabe isso é muito bom, mas eu acho que tem uma coisa que é ainda melhor. – ele disse e eu ergui aminha sobrancelha em um claro desafio.

- E o que seria Cabeça de Algas? – perguntei sarcástica, e ele mergulhou, pela segunda vez, o dedo no pote, para em seguida passar na minha boca. E antes que eu pudesse protestar seu lábios já estavam grudados no meu.

Eu entendi o que ele quis dizer com a sua frase anterior, e infelizmente ou não, eu era obrigada a concordar. O chocolate com o sabor dos lábios de Percy era uma droga viciante, e talvez, eu já não poderia viver sem aquela deliciosa combinação.

- Seus lábios tem sabor de morango. – ele disse quando nos separamos por faltar de ar, e eu sorri me aproximando dele. – E chocolate com morango é a combinação perfeita. – ele murmurou antes de segurar as minhas coxas, enquanto me beijava e me colocar em cima do balcão da cozinha.

O beijo tornou-se mais quente, e Percy me apertou ainda mais contra seu corpo, e eu pude senti-lo. Quando acabou nosso fôlego, me afastei de Percy fazendo com que minha mãos serpenteassem em seu corpo másculo, parar na barra da camiseta que ele usava.

- Pelo visto você está animado, não é mesmo? – perguntei no pé de seu ouvido, enquanto subia sua camiseta.

- É isso que acontece quando fico longe de você. – ele disse me puxando para si, a fim de me fazer senti-lo de novo. Suspirei alto.

- Isso é carência. – eu disse, e ele sorriu malicioso, antes de atacar o meu pescoço.

A primeira vez que Percy e eu chegamos aos finalmente, foi perfeita, e isso é fato, porém dessa vez não tínhamos medo de ultrapassar limites que antes tínhamos, tanto é que Percy me apertava contra si, e suas mãos pareciam estar em todos os lugares do meu corpo. E essa era uma sensação maravilhosa.

Percy beijou o meu pescoço, e depois sugou a pele sensível atrás da orelha, para em seguida assoprar, fazendo eu me arrepiar todinha.

- Acho, que eu achei seu povo fraco. – ele murmurou e eu joguei a cabeça para trás, para que assim ele tivesse livre acesso aquele pedaço do meu corpo.

Diferentemente, da nossa primeira vez, Percy não estava tão cuidadoso com os seus movimentos, e eu estava adorando isso, por isso não me limitei a segurar seus ombros, e descia as minhas unhas até a base da sua coluna arranhando suas costas e isso o arrepiou, fazendo-o para de beijar o meu pescoço e supirar, mas não por muito tempo.

Percy tirou as suas mãos da minhas coxas, estas que ele apertava ocasionalmente, e as direcionou para a barra do moletom cinza que eu usava.

Interrompemos nosso beijo, para que ele pudesse passar o moletom pela minha cabeça, e assim eu pude analisa-lo com calma. Seus olhos estavam em um tom de verde musgo onde trasbordava luxúria, desejo, e com certeza muito amor. Percy sorriu e deu um beijo na minha testa, seguido de um na ponta do meu nariz e outro, singelo, na minha boca, este que eu fiz questão de aprofundar ao colocar as mãos em sua nuca, e trazê-lo para mim.

Dessa vez a pressa se aliou ao nosso desejo, e logo estávamos nos agarrando como se não houvesse amanhã. As mãos de Percy começaram a desabotoar os botões da minha camisa da escola, e a tirou, deixando-me com um sutiã branco, a gravata vermelha, e o short jeans.

- Eu já mencionei que essa gravata é muita tentação? – Percy perguntou descendo seus beijos para o meu colo. Eu ri, e neguei com a cabeça, fazendo-o complementar – Pois ela é.

Entrelacei minha pernas em volta do quadril do meu namorado, e murmurei em seu ouvido.

- Que tal irmos para o meu quarto? – questionei, e Percy riu assentindo, no entanto, ao se virar para a porta que ligava a cozinha a sala de estar, Percy estacou no lugar e me largou, fazendo-me cair no chão. – Ficou lou... – e eu preferia que ele tivesse louco, se eu soubesse quem estava atrás de mim.

- Alguém pode nos explicar o que está acontecendo aqui? - uma voz grossa questionou, e infelizmente eu reconhecia aquela voz.

Eu me levantei rapidamente, e puxei o moletom cinza para cobrir o meu corpo, Percy que estava em uma situação pior que a minha pegou sua camiseta no chão e ficou atrás de mim.

Eu tentei ajeitar meu cabelo, que devia estar uma bagunça, pigarrei e disse:

- Mãe, Pai, esse é meu namorado, Percy Jackson.


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Notas finais do capítulo

E então o eu acharam???? Gostaram? Odiaram? Nenhum dos dois?
Enfim, deixem as opiniões de vcs.
E eu acho que deu pra vcs perceberam que eu não sou boa com cenas quentes, então me perdoem pelo o que vcs acabaram de ler.
Que tal chegarmos aos 100 reviews com esse capítulo? Hein, Hein?
Seria muito legal, e eu ficaria muito feliz. E COM CERTEZA VOLTARIA MAIS RÁPIDO. Então pensem bem antes de fechar a janela e não deixar um review, ou recomendação, estas que fazem tempo que eu não recebo.
Beijos e até mais.

P.S.: Leiam as minha outras fics, The Choices Of Life... e The Broters Of My Girfriend, as duas são PERCABETH.

Até mais.



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