A aula passou rápida e sem mais conversas, apenas Orihime que uma hora e outra dava umas olhadinhas para Ichigo que também fazia o mesmo para ela, mas coincidentemente seus olhares não se encontravam, sempre olhavam um para o outro no momento em que o outro estava com a atenção voltada ou para o caderno ou para a professora. Logo o sinal toca e todos se dirigem a saída, e quando Ichigo ia saindo esbarra em alguém.

_ Foi mal... – Ichigo vê que é o jovem que com quem se encontrou assim que chegou – Ah, seu nome é Ishida, não é? Nem tinha visto que tinha ficado na mesma sala que você, prazer em revê-lo.

Ishida apenas se recuperou do esbarrão, arrumou seus óculos, deu-lhe um olhar que mostrava um pouco de raiva e saiu sem falar nada.

_ O que deu nessa cara? – Pensou alto.

_ O Ishida-kun sempre foi tão gentil, também não entendi nada. – Comentou Orihime que chegava perto dele junto com suas amigas.

_ Então Ichigo, onde você mora? – Disse Rukia mudando o assunto.

_ Na verdade eu ainda não sei direito, eu vou ficar em uma casa que meus tios têm aqui, eles só me deram a chave e o endereço, não especificaram bem. Ela fica na parte leste da cidade.

_ Orihime também mora na parte leste, não é Orihime? – Tatsuki disse soltando um sorriso maroto para Orihime que corou e acenou positivamente com a cabeça.

_ Então podemos ir juntos se você quiser Inoue. – Falou timidamente.

_ Eu... Eu... Eu adoraria, mas eu prometi que iria ajudar na enfermaria hoje.

_ Então fica para a próxima. Ah é, Kuchiki aquele horário que você tinha me falado, quando pode ser?

_ Pode ser agora se você quiser. Dificilmente alguém fica depois da aula lá, então provavelmente está fazia.

Orihime foi para a enfermaria acompanhada por Tatsuki enquanto Ichigo e Rukia foram para a sala de informática.

_ Aí está, como eu disse ninguém na sala. Pode usar qualquer computador que quiser. – Ichigo se sentou em um dos computadores do canto e Rukia o seguiu – Então, sobre o que você queria pesquiz... – Ele a interrompe.

_  Eita, acho que esqueci meu caderno na sala você poderia pegar para mim por favor?

_ Tudo bem. – Disse indo fazer o favor para seu novo colega e olhando para o computador curiosa.

Ichigo esperou que ela saísse e então “pôs a mão na massa” e rapidamente se infiltrou no computador da diretoria, conectou seu celular (que ele tinha feitos algumas modificações e era praticamente um Computador da Nasa  portátil) e começou a baixar todas informações para ele. Alguns poucos minutos depois, segundos antes de Rukia entrar pela porta, Ichigo termina tudo e desconecta o celular.

_ Não tinha nenhum caderno na sala. – Disse olhando para Ichigo que desligava o computador.

_ Bem, eu acho que... – Ela o interrompeu.

_ Se você queria usar o computador para algum tipo de diversão era só ter me falado, embora seja contra as regras eu não iria te excomungar por isso não.

_ Está certo. – Respirou aliviado – Valeu.

Ichigo saiu sem falar mais nada e Rukia foi para a enfermaria conversar com suas amigas já que não tinha mais nada para fazer ali.

_ Rukia-chan, já por aqui?

_ Sim, é impressionante como a sala de informática fica lotada antes das aulas e no intervalo, e fazia depois das aulas. Parece que somos as únicas que gostamos de ficar na escola.

_ Diga por você, eu só estou aqui por causa da Orihime, mas em meia saio para o meu treino de caratê.

_ Eu acho que vou com você então. – Disse Rukia – E você Orihime?

_ Ah, daqui a pouco vai tem um jogo no campo da escola e Unohana-sama pediu para que eu ficasse para ajudá-la caso aconteça algo, e eu já disse que sim.

_ Nossa, você não sabe falar não? – Disse Rukia se lembrando de algo. – Por falar em “falar”, você disse antes da aula que iria me falar algo, o que era?

_ Bem, eu... Eu... – Olhou nervosa para Tatsuki.

_ Se você não falar eu falo Orihime.

_ Está bem eu conto tudo.

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Ichigo caminhava tranqüilo para sua nova casa olhando para seu celular que agora continha todas as informações presentes nos computadores da escola.

_ “Droga. Até agora só tem informações sobre os alunos. E pensando melhor, é muito difícil que eu ache informações nela, eu deveria ir para as empresas, mas tenho que ir com cautela, não posso me expor.” – Pensou.

Mais a frente na sua caminhada ele parou em frente a uma loja com a TV ligada para observar a notícia que passava.

_ A onda de crimes em Karakura continua crescendo drasticamente. Cada vez mais os bandidos parecem mais despreocupados e muitas vezes até zombam da nossa segurança pública. – O repórter respirou fundo e continuou. – Eu não sei onde iremos parar desse jeito. Acho que a única solução para nossa situação seria o aparecimento de um Herói.

Com Ichigo distraído com a reportagem um garoto pega o celular da mão dele e sai correndo a toda velocidade e logo entra em um beco, continua correndo por mais alguns metros e então olha para trás para ver se não está sendo seguido e logo abre um sorriso por não ver ninguém, mas de repente esbarra em alguém e se espanta ao ver que era a pessoa de quem tinha roubado o celular.

_ Acho que você está com algo que me pertence. – Disse tomando o celular de volta.

_ Co... Como você...? – O trombadinha o olhava assustado, quando Ichigo deu mais um passo em sua direção ele sai correndo de novo.

_ Essa cidade está um caos. – Falou para si mesmo e pensado no que poderia fazer para melhorar isso.

Seu objetivo principal era a vingança, mas não poderia ficar parado sem fazer nada com cidade naquele estado. Sua conduta sempre foi baseada em frases que sua mãe o dizia. Uma delas era: “Se você vê algo errado e sabe que poder fazer algo para melhorar isso, não fique só observando, faça algo.”

Foi procurar a casa com esse pensamento na cabeça.

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_ Então quer dizer que a minha amiga que eu já estava desconfiando que fosse lésbica, é completamente apaixonada por aquele ruivinho desde que tinha apenas nove anos? – Disse Rukia incrédula ao término da explicação de Orihime.

_ Por favor Rukia-chan, não fale nada para ele.

_ Claro que não, você que tem que falar com ele.

_ E se ele não gostar de mim?

_ Ele é meio esquisito, mas pelo que você me falou não acho isso possível, mas eu não vou te forçar a nada.

_ Nossa, olha à hora. Tenho que ir para o meu treino, você vem Rukia?

_ Sim. – Tatsuki e Rukia vão embora e Orihime continua arrumando as coisas na enfermaria.

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Ichigo achou facilmente a casa e para sua surpresa era bem parecida com a casa que morava com seus pais, e ao abrir o armário para guardar suas coisas relances da sua fatídica noite lhe vieram em mente. Então ele se lembrou de como ele e seu pai escaparam para um laboratório secreto. “Será que aqui também tem” pensou enquanto apalpava a parede e logo achou um botão escondido e o mesmo aconteceu. Uma passagem secreta se abriu.

Ele entrou e três coisas lhe chamaram a atenção por não parecer parte do laboratório. Uma túnica negra com detalhes brancos (N/A: como sabem que sou péssimo em descrição de roupas, é a roupa da nova bankai de Ichigo), uma espada completamente negra na parede e uma mascara que era a única coisa que fugia do normal por completo, ao observá-la por dentro vê que ela é uma espécie de mascara de gás com um formato “inovador”. Ao pegar a espada embora claramente feita de algum metal, ela era muito leve. Tirando essas coisas, o resto era apenas equipamentos típicos de laboratórios.

Ele sai do laboratório e liga a TV.

_ Três assaltantes continuam mantendo três funcionários e dez clientes como reféns no Banco Central de Karakura e a polícia não consegue fazer nada. Qual será a solução para esse caso?

Ichigo se lembra da reportagem de mais cedo. “Acho que a única solução para nossa situação seria o aparecimento de um Herói.” Então decide que é isso que ele tem que fazer. Ele entra no laboratório pega a túnica, espada e a mascara, os coloca, sai da casa e da um salto em direção ao centro da cidade. (N/A: Diferente da mascara do anime/mangá essa esconde o cabelo dele inteiro e o salto dele é tipo o do Hulk só que menos destrutivo e mais ágil)

Rapidamente Ichigo chega ao banco e “pousa” a frente da barreira que os policias tinham feito para se defenderem dos tiros dos bandidos. Ele caminha calmamente em direção aos bandidos que estão terminando de limpar o cofre e fala.

_ Soltem os reféns e se entreguem agora mesmo. – sua voz saiu estranha, como se fosse duas vozes demoníacas falando ao mesmo tempo. “Então quer dizer que além de mascara de gás isso também modifica a voz. Saiu bem melhor que a encomenda” pensou.

_ Quem você pensa que é palhaço? – Disse um dos bandidos ao ver Ichigo, chamando assim a atenção dos outros dois.

_ Sabe que eu não tinha pensado nisso ainda. – disse se virando para o lado e colocando uma mão no queixo enquanto a outra segurava a espada.

_ Matem esse idiota. – Disse o líder deles e os outros dois começaram a atirar nele.

Ichigo repeliu cada bala, uma por uma com a sua espada, o que deixou os bandidos assustados.

_ Que falta de educação, atirar em mim enquanto estou pensando. – Começou a andar em direção a eles.

_ Vo... Você é um fantasma? – Falou um dos bandidos apavorado.

_ Não, mas isso me deu uma idéia. Podem me chamar de “O Shinigami”. – Logo em seguida nocauteou os três bandidos e os levou para fora do banco. Cena que surpreende os policiais.

_ Quem é você? – Disse um policial apontando a arma para Ichigo.

_ Não precisa agradecer, eu só fiz o meu trabalho.

_ E quem falou em agradecer? Eu vou é te prender.

_ Tsc, era só o que me faltava. – Ao falar isso ele pulou sobre os prédios e saio da vista de todos.

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Orihime caminhava para sua casa por uma rua escura, já estava tarde por isso resolveu pegar esse atalho.

_ Esse jogo demorou mais do que eu esperava, mas que bom que ninguém se machucou. Tomara que eu chegue a tempo de assistir “A hora de riso”. – Disse consigo mesma enquanto caminhava.

_ O que faz uma garotinha ta bonita como você andando por uma rua como essa? – Disse um homem alto e que parecia bêbado com um tom de voz pervertido.

_ Oh... Nada. – Apressou o passo com medo, mas ele a seguiu.

_ Espere não gostaria de se divertir um pouco. – Segurou o braço dela.

_ Não! Por favor, me solte. – Ele a puxou mais para perto – SOCORRO!