Leah E Benjamin: Amor Ou Impressão? escrita por DragonFly


Capítulo 22
Dor que Desatina sem Doer


Notas iniciais do capítulo

Oiiiss, surpresas virão!

Espero que gostem!

Mas deixem reviews, ta?

xoxo



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Abro os olhos para um dia nublado e úmido. O outono decidiu partir mais cedo e o inverno parece criar força a cada segundo. Antes que possa me mexer, um beijo estalado, mas sem o barulhinho típico da saliva, é plantado no topo de minha cabeça. Mãos massageiam meu couro cabeludo, enquanto procuro a posição ideal para me apoiar em meus cotovelos antes que o sonho termine.

Encontro os olhos gentis e cintilantes que me iluminam nos últimos dias. Ele está mesmo aqui. Não é um sonho.

- Bom dia, Princesa Leah.

- Dia? Parece mais o fim de uma tarde! - Sim, o quarto está quase escuro demais para uma manhã.

- Deve ser porque é fim de tarde.

- Como? Me deixou dormir até agora? Onde estão os outros. - Nervosa, levanto-me num salto, mas a tontura me desequilibra o suficiente para me fazer sentar de novo. Ben segura um de meus pulsos.

- Ei, ei, ei. Calma. Ninguém vai a lugar algum sem você. - Ele me puxa novamente para seu abraço. Ah, que droga! Isso é tão gostoso! - Paul achou que você merecia dormir, já que perdeu a noite passada. Eles estão por aí, discutindo ou fazendo qualquer outra coisa que costumam fazer.

- Anh, então poderemos sair assim que eu levantar? Souberam de algo novo?

- Não. Sim.

- O que?

- Não poderemos sair assim que você se levantar porque, antes, você vai comer e tomar um bom banho. Sim, soubemos de algo novo, mas só vou contar quando você estiver com o estômago satisfeito.

- Bem, não posso reclamar.

Após um banho delicioso, na medida do possível, já que estou num banheiro público do hotel, sinto-me humana e limpa de novo. Saio em direção ao quarto onde Ben me espera com coisas comestíveis que certamente não foram encontradas aqui. Onde ele arranjou uma torta de maçã tão fresca e gostosa? Prefiro nem perguntar. Não duvidaria se ele tivesse ido a New York. Quando estou satisfeita, junto meus poucos pertences e sigo Ben para fora do quarto.

Paul e Suhen estão parados na passagem da estrada que leva para a cidade mais próxima. Percebo a tensão no ar, mas ignoro. Suhen parece estar espumando, enquanto Paul o segura pelo braço. Não é suficiente para impedi-lo de falar.

- Eu não sabia que a intenção de vocês era comemorar uma lua de mel, mas vejo que estão se divertindo, não?

Benjamin faz um gesto, mas eu o corto antes que piore as coisas. Não devo explicações a Suhen, mas posso deixar as coisas em pratos limpos.

- Gostaria que me respeitasse, Suhen. Sabe muito bem o que estou fazendo aqui, encarando a SUA missão. Não esqueça disso.

Ele me olha com raiva, mas logo fica sem graça e desvia o olhar. Paul está entre nós, oscilando o olhar entre os três parceiros na empreitada mais bizarra que já vi. Suhen está com ciúmes, isso é óbvio. Só não sei quando lhe dei o direito de achar que poderia sentir ciúmes de mim. Será que não fui clara o suficiente?

- Nós deveríamos deixar as questões pessoais para depois e seguir viagem. Não temos tempo a perder, lembram? - Paul amadureceu tanto nos últimos meses que, às vezes, nem o reconheço. Ele está absolutamente certo. Não podemos deixar essas coisas nos tirarem o foco.

- Sim. Deveríamos e faremos. - Eu digo, caminhando apressada pelo caminho que tomaremos.

Logo, Suhen passa minha frente e anda como se estivesse na liderança ou algo assim. Que mala! Paul está quieto ao meu lado, mas aposto que é por causa de Benjamin, que está do outro lado. Queria parar e conversar com ele. Explicar o que está havendo. Como meu amigo lhe devo isso. Mas está complicado, deixarei para mais tarde.

- Sabe, com essa confusão de testosterona no ar, acabei esquecendo de perguntar o que descobriram. - Ninguém diz nada, o que está havendo? - E então?

- Hunh, sabia que não poderia deixar isso para depois.

- Cara, agora não.

- Paul, ela precisa saber.

- Ei, ei, ei! Não falem como se eu não estivesse aqui! O que, diabos, está acontecendo?

- Bom, quando estava voltando para encontrá-los, esbarrei com um casal de vampiros nômades vegetarianos. Eles voltavam desta direção, pois ao que parece, os recém-criados possuem dons para nos afetar, de acordo com a região onde vivemos. - Estou tentando entender, tenho perguntas, mas preciso ouvi-lo primeiro. - Como são nômades, bastou que se retirassem, mas para os que já estavam na região há algum tempo, não houve misericórdia.

- O-o que quer dizer?

- Recém-criados estão tentando exterminar com os vampiros antigos.

- Mas os clãs não se levariam tão fácil.

- Não, mas atacaram um clã com três integrantes e não sobrou ninguém. - Estou chocada. E apavorada. - Leah, esses recém-criados são espertos e possuem dons. Eles conseguem prever o que um outro vampiro é capaz de fazer e por isso o vencem. Nossa única chance é estar agindo em local diferente. Eles já sabem que estamos aqui e do que somos capazes.

- Quer dizer que ontem eles estavam brincando comigo? Por isso eu vi vo...cê?

- Sim. Eles podem prever e iludir, por isso você não tinha a menor chance ontem.

- Mas nós os matamos!

- Não. Matamos suas cobaias. Os verdadeiros prodígios estavam apenas assistindo.

Essa não! Está cada vez pior. Não podemos vencê-los assim. Não somos o bastante. Mas o que faremos?

- Então? Para onde estamos indo? - Paul dá um estranho olhar para Ben, que me encara, puxa meu braço e fica de frente para mim.

- América do Sul. Zafrina e Senna estão vindo cuidar desta região.

- Mas isso quer dizer que os Cullen também não poderão ficar em Forks!

- É, eles também estão organizando sua permuta.

- Mas se não somos daqui, como nos esperavam?

- Não esperavam. - Agora Suhen está parado à minha frente e virando-se em minha direção, me olha nos olhos e diz. - Eles estavam preparados para mim. Vocês apenas fizeram parte do que sou, quando chegaram.

Uau. Estamos ferrados. América do Sul. Por essa eu não esperava.

- Mas então, vamos todos para lá?

- Sim. - A resposta veio dos três. Ótimo. Mais testosterona no ar.

O caminho que tomamos, na verdade, é o do aeroporto que nos levaria a New York, para pegarmos outro vôo para o Rio de Janeiro. A ideia seria boa não fossem as circunstâncias...

Suhen parece mais calmo agora. Estamos no aeroporto de New York, finalmente. Nosso vôo é só daqui a cinco horas e estou um trapo. Não só eu, mas os dois lobos também. Apenas Benjamin está impecável, como sempre. Envergonhada pelo estado de minhas roupas, permaneço sentada perto da lanchonete onde comemos. Benjamin está me olhando e, de repente, sussurra em meu ouvido.

- Vamos dar uma volta? - Estou suja, mal cheirosa e mal humorada, o que você acha? É o que a velha Leah diria.

- Claro! - Eu respondo, de verdade, com efusividade.

Passeando pelas vitrines de suvenires e outros itens, Ben me diz que precisa de algo de uma das lojas. É uma loja de roupas de uma marca de que já ouvi falar, mas que nunca usei. Lá dentro, ele pede à vendedora que lhe mostre as cores de um vestido que está na manequim. Coincidência ou não, ele diz o meu tamanho.

- Ei! Não vou usar isso! - O vestido que a vendedora traz é vermelho, com flores em tons de rosa chá.

- Por que não? Vai ficar perfeito em você!

- Não mesmo!

- Ei, estamos indo para o Brasil. Quer mesmo parecer uma criatura do Alasca?

- Argh! Você é muito chato, sabia? Pelo menos me deixe escolher o que eu gostaria de usar.

- Tudo bem. - Agora seu semblante parece o de um garotinho magoado. Argh! Garoto Dourado e chato! - Do que você gostou?

Eu olho ao redor da loja, procurando por algum short jeans e camisetas, mas novamente, meus olhos caem no vestido vermelho. Droga! É bonito.

- Posso ficar com o vestido. Desta vez.

E um sorriso de iluminar a cidade se abre na face de Ben. Como vim parar aqui?

A verdade é que Ben não está apenas preocupado com minha aparência, ele também compra camisas e bermudas novas para os garotos. Estamos prontos para embarcar rumo à cidade do verão eterno. Nosso grupo é o mais peculiar, mas tem que dar certo. Três lobos e um vampiro de olhos dourados a caminho de uma luta que já tomou proporções inesperadas. O que mais pode acontecer?


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Notas finais do capítulo

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