Cry Me A River escrita por ohmyhulk


Capítulo 2
Capítulo 1 - Quinn


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores da minha vida! Bem, aqui estou eu novamente, com mais um capítulo dessa história!
Hehe, agora sim a história começa.
Bem, aqui está a música do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=uhYn7ryaWNE
Vou tentar ser breve aqui pra liberar logo o capítulo pra vocês, mas obrigada pela boa recepção :D
Enfim, é isso, lá embaixo nos vemos...



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John Mayer ecooava nos seus ouvidos enquanto ela caminhava novamente por aqueles corredores. Faziam duas semanas. Duas semanas desde que o troglodita havia acabado com ela. Duas semanas desde que ela sentia extrema repulsa daqueles olhos castanhos tão brilhantes quanto estrelas. Duas semanas desde que havia terminado com sua namorada.

E ela se encontrava em um ponto aonde as únicas músicas que podia ouvir eram Why Georgia, e algumas do Bon Iver. Por essa razão, ela vivia faltando ao Glee. Não, ela não queria ouvir músicas felizes, saindo de bocas de pessoas felizes, com letras totalmente estúpidas. Ela não se sentia da mesma forma, então porque aparecer? Para estragar o clima, se forçando a manter-se no mesmo espaço que as duas pessoas que mais odiava no instante?

Não, Quinn preferia ir para sua casa, ficar sentada na sua cama, comendo uma tigela de cereal com leite, escutando o amável John Mayer enquanto se negava sentir pena de si mesma.

– E ai... - Santana falou baixo, se pondo ao seu lado enquanto ela se direcionava ao próprio armário - Como você está?

Quinn mandou lhe um olhar revoltado. Ela realmente está perguntando isso?, pensou ela.

– Eu preciso responder? - Ela falou, voltando a abaixar a sua cabeça, tirando um dos seus fones.

– Sim, eu quero ouvir, em suas palavras, como você está se sentindo agora. - Santana falou, vendo a garota se direcionar ao seu armário, abrindo-o rapidamente.

– Ok, quem é você, e o que fez com a Santana Lopez que eu estou acostumada a ver? - Quinn falou, olhando assustada para a latina, que soltou uma leve risada ao escutar a outra.

– Só uma amiga, realmente preocupada com a sua amiga. - Quinn sentiu lágrimas se formarem debaixo de seus olhos ao escutar as palavras da sua colega, e desesperadoramente sentiu uma vontade avassaladora de se jogar nos braços da outra e chorar suas mágoas até que estivesse desidratada e desmaiasse.

Sem perceber, ela se encontrou com o rosto enfiado no pescoço de Santana, as lágrimas fugindo por seus olhos, seus braços jogados ao redor do pescoço da latina, que a acalentava como uma criança.

– E Britt me mandou falar isso. - ela soltou e Quinn deixou uma risada escapar por seus lábios. Era a primeira, em bastante tempo. - Ae! Esta é a Quinn que eu conheço! - Santana falou ao ouvir o riso fraco.

A loira se soltou dela, se recompondo rapidamente, e voltando a procurar o seu livro de Biologia dentro do seu armário.

– Ela também está preocupada com você sabia? Desde que você sumiu por duas semanas, todos ficaram preocupados, na verdade. - A cheerio continuou, se apoiando lateralmente nos armários. Viu a expressão da garota a sua frente passar de leviana para fechada em dois segundos e logo percebeu que havia falado algo errado.

– Nem todos... - Quinn falou, sacando o livro de dentro do armário, e o colocando em sua mochila, fechando o armário em seguida.

– Isso não é verdade... Mas você já está me enganando! - Santana pôs-se a acompanhar o passo de Quinn, que havia começado a se direcionar a primeira aula do seu longo dia - Não fuja do assunto, Fabray!

– Do que eu estou fugindo ao exato, Lopez? - ela falou, olhando as pessoas por quem passava, se sentindo cada vez mais excluída daquele mundo real: ele era muito feliz para ela poder estar nele.

– Você não respondeu a minha primeira pergunta! - a latina falou, desviando de um dos jogadores de hockey, e se apressando para ficar novamente ao lado da sua amiga.

– Você realmente quer saber como eu estou? - Quinn parou, virando-se para a outra.

Santana percebeu que o seu tom de voz havia subindo duas notas, o que significava que ela havia atingido o ponto fraco da loira .

– Eu me sinto péssima, devastada! Como se um jumento tivesse cagado na minha cabeça! - a loira começou a contrar nos dedos os adjetivos que dava para si mesma - Eu me sinto arrasada, destruída, emocionalmente e físicamente, sinto como se eu pudesse me jogar da janela do meu quarto toda vez que ligo a televisão e a porra de um filme romântico está passando. Me sinto mais gorda por causa de todo o macarrão que comi para ver se eu esquecia da dor que invadia meu estômago toda vez que o nome dela veio a minha cabeça.

Santana encarava boquiaberta o desabafo da amiga.

– E o pior é que eu me sinto derretendo por dentro, só de ver aqueles olhos castanhos na minha mente. Me sinto enrusbecer toda vez que outra idiota carta de perdão aparece na sola da minha porta. Sinto meu estômago se revirar só com a ideia de que talvez, apesar de tudo, ela ainda me ame... - ela continuou, sentindo lágrimas novamente invadirem seus olhos. Respirou fundo, engolindo a vontade de chorar, e abaixou a cabeça - É assim que me sinto Santana. Uma bagunça... Uma droga de uma bagunça...

Santana olhava embasbacada para a loira: Ela não imaginava que ela realmente fosse se abrir, botar tudo para fora. Instantaneamente, seus braços rodearam a garota a sua frente, a abraçando com toda sua força. Depois de algum tempo naquela posição, Santana sentiu sua blusa colar sobre sua pele, e os soluços fortes de Quinn se fizeram escutar por todos ali ao redor delas.

– Calma, eu estou aqui! - ela falou, afagando os cabelos dourados que caiam rebeldemente pelos seus braços - Que tipo de aberração a ManHands é? Porque ela fica mandando cartas na época em que estamos?

Um tapa atingiu seu ombro esquerdo, e Quinn levantou o rosto, parecendo levemente ofendida com o comentário da latina, que soltou uma risada pela reação da amiga.

– Calma, senhorita chifres! - Santana falou num tom de zombaria. Quinn sentiu sua boca cair: ela não esperava. Mesmo sentindo o tom brincalhão, sentiu novamente o choro lhe invadir com as palavras da outra, se jogando no pescoço dela para se esconder - Meu deus, me desculpe Q! - a latina falou, tentando acalmar novamente a garota.

Merda! Eu só faço merda!, pensou a cheerio.

– Você quer que eu mate a orca para te fazer melhor? - Santana falou, tentando animar a loira.

– Você pode? - a outra levantou o rosto em questão de segundos, direcionando seu olhar na direção do rosto da garota.

– Baby, eu sou de Lima Heights. - um sorriso cresceu nos lábios da loira - Eu enfio um arpão naquela Moby Dick e ela morre em dois segundos, sem nem saber o que lhe atingiu.

Uma segunda risada escapou dos lábios de Quinn, enquanto ela saia dos braços de Santana, limpando o rosto, e voltando a andar pelo corredores do McKinley.

– Você, senhora Lima Heights, controle suas palavras! - Quinn falou, finalmente tomando controle das suas palavras, e se virando para sua companheira - Eu fico aqui!

– Eu sei, sua idiota! Também estudo nesse colégio a bastante tempo! - A latina a respondeu, arrancando uma risada dela.

– Obrigada... Por tudo! - a loira falou, olhando nos olhos da outra, sentindo a outra pegar sua mão e aperta-lá.

– Não tem de que Q! - Santana respondeu honesta e sorriu. Quinn retribuiu o sorriso, e então se virou, entrando na sala de Biologia.

Se prepare, Sr. Blastorg, você vai presenciar meus roncos!, pensou Quinn ao se sentar em uma das últimas cadeiras da sala, pondo seus fones de ouvidos e abaixando a cabeça, recostando-a em seus braços em cima da mesa. Não demorou muito até ela ceder ao sono e perder a consciência de tudo que ocorria por ali.

********

Aquela neblina idiota se abriu. Quinn se deparou com aquele sorriso estonteante, e não pode evitar de sorrir juntamente.

Aquele frio no seu estômago estava mais uma vez sendo preenchido pelo calor do corpo de Rachel. Aqueles olhos brilhantes se encontravam com os seus novamente, lhe proporcionando a tão conhecida sensação de estar derretendo por dentro. Era aquilo, ela estava terrivelmente apaixonada por Rachel Berry.

Sua mão se estendeu até uma mecha de cabelo no rosto dela, a posicionando detrás de sua orelha. A distância entre rostos não chegava a um palmo. Um palmo para provar novamente aquele paraíso que eram os lábios carnudos na morena.

– Quinn! - as palavras sairam da boca de Rachel, mas não era sua voz - Quinn!

De repente, ela se viu sugada daquele cenário, os sons ao seu redor se tornando mais altos, sua cabeça sentindo a pressão do mundo de verdade ao seu redor.

– Quinn! - a voz lhe chamou mais uma vez. Ela levantou a cabeça no susto, abrindo os olhos hesitantes. Brittany se materializou no grande borrão que ela viu por questão de segundos.

– Ah, é você... - ela falou, desanimada. Aquilo havia sido só um sonho. O grande pesadelo ainda era real, aquela grande decepção ainda era um fato marcado na sua história.

– Oi! - Brittany falou animada - Tudo bem?

– Não me pergunte isso, já foi difícil demais responder uma vez hoje, duas é quase que pedir para eu me matar. - Quinn respondeu calmamente olhando ao redor, e percebendo que tudo estava vazio - O que houve aqui?

– O quê? - a cheerio questionou, olhando para os lados. Depois de alguns segundos percebeu ao que a outra loira se referia - Sr. Blastorg estava mal, meio gripado, então logo depois do primeiro período ele liberou suas classes pelo resto do dia!

Quinn respirou aliviada, e então olhou ao seu redor, procurando seu material.

– Espera ai... - ela falou, parando para pensar - Que horas são, Britt?

– Hum... - a outra parou para olhar o seu pulso, mas ela não possuía relógio - Acho que eu estava no meu terceiro período antes de pedir permissão para ir ao banheiro, e acabei te encontrando aqui. Achei que você estava sobre o efeito de bruxas.

– O quê? - Quinn ia se levantar e tentar correr para ver se ainda podia acompanhar a aula de desenho geométrico, mas se viu tentada a entender o porque dela estar sobre efeito de bruxas.

– Sim, bruxas! Elas estão por ai, em todo lugar, enfeitiçando todo mundo! - ela sussurrou a última parte, como se fosse um segredo, o que fez a outra rir - Bem, agora tenho que ir, a Srta. Noir não vai me perdoar dessa vez se eu demorar muito. Adeus, Q!

Ela saiu pela porta da sala de Biologia em pulinhos. Como Santana consegue entender ela?

Então Quinn lembrou da sua aula de Desenho Geométrico. Como um jaguar, se viu correndo pelos corredores, segurando firmemente sua mochila nas mãos. Em menos de um minuto, ela se viu entrar estrondosamente pela porta, tirando toda a concentração da turma da professora, que explicava como deveria ser feito o trabalho do dia.

– Me desculpe, Sra. Davis. - ela falou, sentindo o ar lhe faltar - Não irá se repetir.

A mulher lhe lançou um olhar severo, lhe indicando com a cabeça que era para ela sentar. Quinn sentiu o ar lhe invadir o pulmão enquanto sua respiração começava a se normalizar. Seus pés a guiaram até a última fileira da sala, a única que ainda tinha uma carteira vazia, percebendo alguns olhares curiosos sobre si.

Seus pés travaram contra o chão no meio do corredor de cadeiras ao perceber aonde era a carteira. Justamente atrás de ninguém menos que Rachel Berry. Se fosse em tempos normais, ela teria adorado aquilo, mas não eram. Sentiu o olhar da morena sobre o seu, surpresa, e percebeu que ela estava tão incomodada como ela com a situação.

– Sente-se Fabray! - a professora exclamou.

Era aquele ou fugir. Pense Fabray, pense! Seu olhar se voltou a professora, que estava esperando ela desempacar.

– Merda! - a palavra fugiu dos seus lábios alto o suficiente para todos olharem para ela, e entenderem a situação: Quinn se forçou a sentar ali, ignorando toda a aula. Tudo por causa da garota que estava na sua frente.


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Notas finais do capítulo

YEY! Então, tentarei ser bem regular com essa história, ok?
- Algumas anotações:
Reviews para postar o próximo capítulo :D
Espero que gostem
Isso não são anotações, mas foda-se :D
Ér, espero que realmente agrade vocês. Até o próximo capítulo, e só!
Bye Bye!



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