O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer
Notas iniciais do capítulo
Olá leitores!
Bom, cá estou eu com ~finalmente~ o último capítulo de O Retorno dos Seis.
Não vou enrolar muito, pois depois posto os agradecimentos
– Sarah! – Grito desesperado.
Sento-me na cama e coloco as mãos no rosto. Sinto o suor que escorre de minha testa e agora instalado na palma das mãos.
A luz está acesa e, só quando olho ao meu redor, vejo Jones, Nove, Sam, Ella e Seis sentados nas duas camas do lado direito. Sarah está em pé, encostada na parede à minha frente, cansada e quase dormindo.
Retiro as cobertas do corpo e me preparo para levantar, quando Jones começa:
– John, não levante. Nós cuidaremos de você, porém só precisamos de um tempo.
– Por quanto tempo eu dormi? – Questiono.
– Bom, segundo este cronômetro que encontrei na gaveta do banheiro, você dormiu por sete minutos e trinta e seis segundos. Parabéns, este foi seu sono mais longo – Nove debocha.
– Estou atrapalhando tanto assim?
– Você nunca atrapalha, John. Estamos cuidando de você, assim como você cuidaria de qualquer um de nós. – Ella me acalma.
Sei que estou atrapalhando, e por mais que o cansaço e sono estejam estampados em cada rosto, assinto e volto a me deitar. Tento relembrar os momentos do pesadelo que tive, mas cada vez que fecho os olhos, tudo volta a minha mente.
Quando volto a abrir os olhos, Sarah se direciona até mim e senta na ponta da cama ao meu lado.
– Vou deixar os meninos cuidarem um pouco de você, tudo bem? – Ela beija minha testa e eu assinto, porém não quero que ela se vá.
Vejo Seis e Ella saindo do quarto junto de Sarah. A porta se fecha lentamente e, assim que tenho certeza de que elas se foram, levanto devagar. Sento de frente para Jones, Nove e Sam e os encaro.
– Há algo de errado comigo. – Começo. – E eu não consigo mais suportar.
Assim que me sento à mesa, Seis começa a fazer o café. Ella se senta ao meu lado e afunda a cabeça nos braços, na tentativa de finalmente poder descansar. Penso em leva-la para dormir, mas sei que não conseguiria. John a acordaria em questão de minutos, o que a deixaria mais tensa ainda.
– Vocês aceitam um pouco de café?
– Sim, Seis, por favor. – Ella responde e eu assinto, mesmo sabendo que Seis não está vendo.
Alguns minutos depois, uma xícara cheia do líquido surge a minha frente e eu dou um pequeno gole, queimando a língua imediatamente.
– Cuidado, senhora Smith. – Seis brinca e eu sorrio forçadamente.
– Seis... O que acha que Setrákus está tramando?
– Olha, Sarah, sinceramente, eu não sei. Nada parecido jamais aconteceu comigo, e nem mesmo quando estava junto de Sam e John. Isso tudo é novidade para todos nós. – Ela beberica um pouco o café e eu assinto.
– O que podemos fazer para ajuda-lo? – Ella pergunta.
– Esperar. – Seis responda, um pouca fria. – É a única coisa que podemos fazer agora.
– Gostaria muito de não concordar com isso, mas Seis tem razão. A única coisa que podemos fazer, é esperar que ele consiga vencer isso. – acrescento.
Depois de meia hora olhando para a mesa, beber um pouco de café e ficar em silêncio, decido tentar dormir. Penso em olhar John mais uma vez, mas Jones está de “guarda” na porta, então nem tento convencê-lo a me deixar entrar.
Sigo para o quarto das meninas, onde Ella e Seis dormem. Deito devagar na única cama vaga e tento pegar no sono, mas ele parece estar cada vez mais longe quando tento alcança-lo. Eram cinco horas da manhã quando estava tomando café, imagino que dormir agora seria desperdiçar tempo.
Fico viajando em meus pensamentos até que Nove entra no quarto e pede para levantarmos. Seis é a primeira a sair do quarto, seguida por Ella e depois por mim. Seguimos direto para a cozinha onde John e Sam conversam desanimadamente.
– Bom dia. – Digo, me aproximando de John e beijando-o. Após o beijo ele me abraça forte por alguns segundos, e sinto-o sussurrar alguma coisa, mas não entendo muito bem. – Bom dia, Sam.
– Bom dia. – Ele responde, mexendo com uma colher o café dentro de sua xícara.
– Acho que hoje vocês treinarão. – John diz, me puxando para seu colo e me abraçando.
– Não vai treinar com a gente Johnny? – Nove quase grita quando entra na cozinha todo animado.
– Não, Nove. Não estou confiante o suficiente. Foi mal.
Nove dá de ombros e dá um beijo de bom dia a Seis. Malcolm e Adamus chegam logo após, com algumas sacolas na mão. Vejo uma caixa de ovos, um saquinho contendo ração para B.K e duas caixas de suco. Eles colocam os produtos na mesa e dizem bom dia, sendo correspondidos apenas por Sam.
– Ok, vamos comer e começar a treinar. – Seis ordena.
Ela frita os ovos, fazendo omelete para todos. John come apenas algumas garfadas do meu parto, o que me deixa preocupada com ele. Sei que Setrákus interfere em seus pensamentos, mas estaria ele tão mal assim?
Após o café, todos saem para treinar na praia deserta. Antes de sair, John me chama e nós ficamos sentados, colados, amassados, no sofá por um tempo. Sozinhos, finalmente.
– John, eu estou preocupada com você. De verdade. Está tudo muito ruim assim?
– Eu estou bem, Sarah. Sério. Eu te prometo que estou bem. – Ele me puxa para perto, beijando meus lábios lentamente e depois aumentando o ritmo. Até que precisamos pegar fôlego e eu sou obrigada a treinar pelo menos um pouco.
Começamos com socos, chutes e bloqueios no combate corpo a corpo. Depois pegamos alguns bastões de madeira que Nove achou na praia e espadas lóricas, para o combate com armas. E depois, uma corrida do extremo da praia até nossa casa. O treino dura quase o dia inteiro, e quando entramos novamente já passam das seis da tarde.
– John! Chegamos! – Grito por ele, porém não recebo resposta. – John!
Esperamos mais alguns segundos até que meus batimentos cardíacos começam a acelerar.
– John? – Nove fala, calmo.
Corro até o quarto dos meninos, sem sucesso na busca. Vou até o outro quarto, até o banheiro, até a cozinha. Nada. Simplesmente nada.
– Ele sumiu. – Nove cochicha para Seis, que está na varanda com os outros.
– Como assim? – Seis se descontrola. – Ele não pode sumir! Não do estado que se encontra!
– Calma, Seis! Ele pode ter ido dar uma caminhada, não sei!
– Ah, me poupe Nove! Sei muito bem que John não foi “dar uma caminhada”. – Seis retruca e entra em casa, furiosa. Ouço-a entrar no nosso quarto e fechar a porta com força.
John... Penso. Por quê?
– Sarah... – Nove me chama.
– Sim?
– Sam sugeriu de irmos até o centro ver se o encontramos. Quer ir conosco?
– Não. Quero ficar um pouco sozinha. – Entro na sala, onde se encontra Nove. Olho para ele com lágrimas nos olhos, e ele assente, entendendo completamente o que se passa.
A porta da frente se fecha e eles partem.
Sento no sofá da sala, no mesmo canto em que estávamos sentados algumas horas antes. Como ele pôde ir embora, sem mais nem menos? E... E ainda por cima levou Bernie junto!
John... O que você está fazendo?
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Bom, o epílogo sai logo mais.
Espero que tenham gostado.
Mrs.~~