O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 38
Capítulo 36 - Ajuda inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Desculpem o atraso, me empolguei com minha nova fanfic :D
Se chama The Imperfect Is Imperfect, e se quiserem dar uma olhadinha, ficarei honrada!
Mas cá estou eu com mais um capítulo! Espero que gostem! :3



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– O que foi agora, Jones? – Sarah pergunta, irritada. Estamos apertados no banco de trás, totalmente sujos, exaustos, tristes e com raiva. E agora aparece mais isso.

– Sei onde Ella, Cinco, Sam e B.K estão. Mas precisaremos parar em um hotel antes de ir procura-los. – Malcolm hesita de falar qualquer coisa, e então relaxa os músculos e encosta-se ao banco.

Jones acelera, e só para quando chegamos a Santa Barbara, Califórnia. Alugamos uma casa perto de uma praia bem deserta, longe de turistas. Nós entramos pela porta principal, que dá direto para a cozinha. Atravesso-a, a procura de um quarto, com ao menos um colchão para me deitar. No corredor há três aberturas, que levam para cômodos distintos. Os dois primeiros para quartos com duas camas desarrumadas, e o outro um banheiro pequeno.

Entro no primeiro quarto e me jogo na cama, que quase desmonta com meu peso. O colchão velho sem molas me machuca em qualquer posição, então decido me levantar. A porta é aberta assim que consigo colocar meu pé no chão, revelando Sarah, que contém alguns ferimentos no rosto. Eu vou até ela e seguro seu queixo com uma das mãos, e com a outra, levo meu polegar ao corte pouco profundo em sua testa. Sinto o pouco de energia que me resta curar o ferimento e ela estremecer.

– Shh... – Tento acalmá-la. Sigo para o próximo machucado. – Está tudo bem... – Acaricio sua bochecha e beijo o lado direito da sua cabeça. – Este é o último ok? – E encosto a palma de minha mão em seu pescoço, um corte profundo e bem vermelho ao seu redor. Seus músculos ficam tensos e ela solta um grito abafado. O lugar começa a voltar a sua cor normal e sinto o corte se fechar delicadamente, costurando a pele. – Pronto, meu amor.

Sarah relaxa e me olha nos olhos. Sinto-os não ficarem escuros dessa vez, mas se transformarem em um azul lórico. Um azul sereno e envolvente. Um beijo lento e suave se transforma em um intenso e cheio de paixão. Até que um toc toc nos interrompe.

– John... – Jones me chama, não querendo interromper, mas já interrompendo. Beijo a bochecha de Sarah e falo para ela descansar. Saio do quarto e fecho a porta, colocando a mão no ombro de Jones, já esperando pelo sermão sobre sua filha e tudo mais. – Vamos nos encontrar com a pessoa que está com Ella, Sam, Cinco e BK. E precisamos de você.

Surpreendo-me que ele tenha me chamado, ao invés de Nove, que está mais bem qualificado para ir. Eu assinto e começamos a andar de volta para fora da casa, onde Malcolm continua no carro. Ele nem ao menos saio de lá, e já vai voltar para a estrada.

Antes de entrar no camaro, Jones pede para que eu dirija, pois está muito cansado e quer me ver dirigir um carro potente. Não consigo conter a animação e comemoro pela confiança do General. Já dentro do carro, verifico e coloco tudo em seu devido lugar: espelho retrovisor interno e os externos, banco e volante. Dou ré para sairmos do terreno e acelero na avenida principal da cidade. Crianças pequenas correm pela calçada, sempre pertos dos pais, que parecem bem mais joviais do que realmente são. Os homens vestem bermudas coloridas e camisetas regatas, mas a maioria está sem camisa. As mulheres usam saias longas, rasteirinhas e camisetas que não cobrem o umbigo. Todos estão com óculos no rosto e sempre sorridentes.

– John, siga até o final dessa avenida e vira à direita. Vamos ao shopping. – Malcolm diz, decidido.

Eu assinto e acelero ainda mais. Chegamos ao shopping em poucos minutos, e eu estaciono bem perto da entrada. Nós descemos e eu ando na frente. Sinto estar em câmera lenta, e pareço que estou em um filme. Minha cabeça lateja de um lado e do outro dói ainda mais. Minha camiseta suja instiga as pessoas pelas quais passamos. Malcolm e Jones andam juntos, sem falar qualquer palavra, somente preocupados com Ella, Sam, Cinco e BK.

– Droga! – Jones resmunga. – Esqueci o celular no carro! – Eu rio dele, e volto correndo para buscar o telefone. Ao voltar, jogo-o para o General, que o pega com uma mão e disca um número no teclado.

– Alô... ONDE VOCÊ ESTÁ?... ME DIGA AGORA, SEU IMBECIL!... – Jones anda de um lado para outro e chama a atenção de um público indesejável. Eu tento dispersar, dizendo que são problemas familiares, mas isso os deixa mais interessados ainda. Até que Malcolm pega o telefone e se afasta, enquanto eu tento acalmar Jones.

Após um cochilo, acordo e procuro pelo banheiro. Minhas costas doem e minhas pernas estão dormentes. Colchãozinho ruim, pelo amor de Deus...

Seis e Nove dormem juntos no sofá enquanto Marina está sentada no chão da cozinha, abraçada às pernas e a cabeça em cima dos joelhos. Penso em tentar ajuda-la, mas estou me sentindo péssima. Não vou conseguir resolver antes de tomar um banho.

Vasculho a casa apressada atrás de toalhas, e sinto falta de ar assim que encontro uma. Ando até o banheiro e ligo o chuveiro. Retiro minhas roupas e as jogo no cesto de lixo, pretendendo tacar fogo depois. Não quero me lembrar delas no futuro. Deixo a agua cair em minha cabeça e relaxo. Cinco minutos depois, de banho tomado, me dou conta que não tenho outra roupa a não ser a que eu joguei no lixo. Meus parabéns, Sarah.

Retiro a roupa do lixo e a visto, na esperança de poder comprar outra logo, já que o cheiro desta não está muito agradável. Saio do banheiro e dou de cara com Marina. Os olhos vermelhos de tanto chorar e pingos de sangue no chão. Uma faca pendia na mão direita e riscos ensanguentados no pulso esquerdo. Largo a toalha no chão e retiro a faca da mão dela.

– Marina, não faça isso... – Eu a abraço, e sinto-a começar a chorar de novo. Sei que é muito difícil perder alguém, pois foi o mesmo que senti quando John esteve longe de mim, mas temos que nos controlar. Temos que lidar com a saudade. Eu a levo para a sala, acordando Seis e Nove de supetão. Faço-a sentar em uma poltrona pequena e me ajoelho ao seu lado. Empurro a faca ensanguentada pelo assoalho na direção de Seis, que se inclina e a vê. – Marina, olhe para mim... – Ela enxuga algumas lágrimas e me olha, ainda triste. Coloco minhas mãos em cima das dela, e as seguro. – Você tem que me prometer que nunca mais vai fazer isso, ok?

– Mas não é isso que adolescentes normais fazem quando terminam um namoro? – Marina começa a chorar mais ainda, me deixando mais triste ainda. – Se é isso que elas fazem quando são deixadas pelos namorados, imagina quando os namorados morrem...

Seis começa a soluçar de tanto chorar e, de canto de olho, vejo-a se aninhar nos braços fortes de Nove. Volto minha atenção para Marina e retomo a conversa.

– Mas Marina, você não pode fazer isso. Não faz bem para você. Não faz bem para ninguém... A saudade vai ficar para sempre, minha querida. Mas tente se lembrar dos bons momentos que teve com ele. Eu sei que não foram muitos, mas sei que foram únicos.

– Foi como tirar um pedaço de mim, sabe? Setrákus retirou meu coração...

– Então ele vai ter que se virar para enfrentar a Marina de pedra. – Nove diz, confiante. – Eu farei de tudo, Marina, para colocar aquele desgraçado nas suas mãos e ver você acabar com ele.

Sinto alguma força crescer dentro de todos nós, e gritar mais alto que o rugido do leão mais feroz. Eu ajudo Marina a se recompor, enxugando suas lágrimas e fazendo-a curar seus próprios ferimentos.

– Marina, você sabe que ainda vamos ver aquele velho idiota desintegrar , não é? – Seis comenta. Marina assente e sorri, pela primeira vez em 24h, para a amiga.

Com Jones calmo e com o público dispersado, vamos atrás de Malcolm. Ele ainda está ao telefone, e seu rosto está vermelho. Os punhos cerrados e o suor escorrendo da testa para a bochecha.

– Eu só quero saber onde está meu filho... – ele murmura. – Preciso saber se ele está bem...

Não consigo ouvir a voz e fico curioso para saber quem está atrás da linha telefônica. Malcolm começa a chorar, e ouço uma voz mais fina do que a anterior conversar com o homem. Sam...

Parto em direção ao telefone e retiro o telefone das mãos trêmulas do pai.

– SAM! SAM, VOCÊ ESTÁ BEM? SAM! – tento me manter calmo, mas é impossível. Sam não responde nenhuma das vezes, até a voz anterior voltar a falar comigo.

Faça compras no shopping. Depois, nos encontre na praça de alimentação.

– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO COMIGO! – Grito, furioso.

Faça isso, John. Eu não quero machucar ninguém aqui. E o homem desliga. Sua voz era grossa, mas serena e tranquila.

– Vamos, temos que comprar algumas roupas e sei lá o quê mais... – Eu começo a andar para a entrada do shopping. As portas automáticas se abrem e o ar condicionado penetra pelo meu nariz, chegando até o pulmão. O calor do lado de fora se transforma no clima frio aqui dentro.

Vamos até a primeira loja e compramos roupas simples para todos: Camisetas esportivas e bermudas para os homens; calças leggings e regatas para as mulheres.

O celular de Jones vibra assim que ele acaba de pagar e nós pegamos a sacola. Eu atendo.

– Alô.

Vá para a praça de alimentação. Estaremos sentados em frente ao Mc Donalds.

O telefone desliga mais uma vez e nós nos encaminhamos shopping adentro, a procura da pequena praça de alimentação. Porém a pequena praça de alimentação se transforma em um mar de gente, onde não consigo distinguir Sam, Ella, Cinco e um cachorro.

– ALI! – Malcolm grita. – SAM! ELLA! – Ele acena e vejo dois adolescentes sorrirem. Os olhos brilhando ao ver gente finalmente conhecida.

Ando, atravessando a multidão e empurrando algumas pessoas, até chegar a mesa dos dois.

– Sam! – Eu digo antes de me aproximar e abraça-lo. Beijo a bochecha de Ella e cumprimento Cinco. – Onde está o Bernie?

– Está no carro. – a voz grossa responde, atrás de mim. Eu me viro, o olhar fulminante e feroz. Porém o homem é bem alto, branquelo e forte. – É um prazer vê-lo pessoalmente, Número Quatro. – Ele estica o braço para mim, enquanto carrega uma bandeja com um Mc Lanche Feliz no outro. – Sou Adamus. E estou disposto a ajuda-los.


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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou curtinho, né? Mas por hoje ele vai ficar assim >< Mas os próximos ficarão extensos por causa do final da fic D:
Bom, espero que tenham gostado ♥
Beijos,
Mrs.~~



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