Don't Ever Look Back escrita por Escritora Tay


Capítulo 3
Mazel Tov!




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Emanuel: Prazer Manuella.      - Sorri e cumprimentei ela, acho que eu estou olhando demais pra ela, ela vai acabar reparando. 

Manuella: Pode me chamar de Manu.

Emanuel: Ok.          - Se não fosse ‘amiga’ do Rafa eu podia jurar que ela estava se oferecendo.

Ficamos conversando na sala igual uns idiotas até as faxineiras chegarem e expulsarem a gente. Nem estava tão tarde assim, fomos almoçar em uma parte do refeitório que não era aberta para todo mundo. Nem estranhei, a comida tava ótima e era isso que tava me importando no momento, não lembro quando foi a última vez que comi tão bem nessa maldita escola. 

Manuella: Vocês tão namorando? 

Rafael: KKKKKKKKK Esses dae são encalhados desde que a gente entrou nessa escola. Não conseguem acompanhar o ritmo do Don Juan aqui. 

O Rafa sempre foi cheio das piadinhas sem graça e sem noção, mas ‘Don Juan’ foi bem gay pro meu gosto kk

A conversa de quem pega mais durou um pouco pois o Vine quis entrar nessa de ‘Don Juan’ e o Lucas só ficava esculaxando todo mundo como se tivesse alguma moral. Quando terminamos o almoço o Vine e eu fomos pro quarto fazer tarefa de Espanhol correndo.

Vinícius: Preciso pegar alguém.

Emanuel: Bls Vine, bls. 

Vinícius: É sério, Mano. Minha moral ta caindo com as meninas.

Emanuel: Não é pra menos. kk

Vinícius: Ah, não fode. Tu só tem moral porque tem essa carinha de criança carente e as meninas apaixonam. 

Não sei que rumo a conversa tomou, falamos da Manu lindíssima e de jogos de Xbox. Por fim tivemos que ir pra aula de Espanhol, precisamos de nota. 

Puta aula chata, tem que ficar traduzindo umas músicas o Ricky Martin, não é atoa que eu to com nota baixa. É tão bom ter aula a tarde, da vontade de abrir o livro e .. dormir em cima dele. O Vine ficou a aula inteira trocando sms com alguém, eu acho que era com uma garota que tava sentada do outro lado da sala, vi ela olhando pra ele várias vezes logo após ele receber alguma sms. 

Quando a aula acabou ela levou meu sono junto… Deixei meu material no quarto e me arrumei pra ir na piscina relaxar. Até passei protetor solar fator 30. 

Não sou muito fã de ficar sentado embaixo do sol ou desfilando sem camisa. Sentei debaixo de um quiosque e fiquei observando as coisas enquanto tomava um refrigerante e escutava música com os fones de ouvido. Eu vim aqui mais pra relaxar e não pra ficar horas nadando igual o Percy Jackson. 

XxxX: Olha quem está por aqui.          - Eu ouvi uma pessoa falando mas não consegui entender nada do que ela disse então deixei pra la. Achei que não fosse comigo até puxarem um dos meus fones.

Carol: Mano, ja ta virando mania eu puxar o seu fone.

Emanuel: Pois é.

Carol: Só não vale ficar bravo.

Emanuel: Não, ta de boa. 

Carol: Da um mergulho comigo?

Estranhei um pouco pois 95% das meninas dessa idade parecem ter alergia a piscinas, elas ficam sentadas , de short e biquini só tomando sol igual… jacarés. 

Eu não poderia dizer não, na verdade eu não queria dizer não. Larguei meu celular, meus fones e a minha camisa em cima da mesa do quiosque e chamei a Carol para vir comigo. Fiquei olhando ela tirar todos os acessórios e entrar na água da forma mais devagar possível, como se isso fosse mudar a temperatura ou coisa do tipo. Entendam, entrar na piscina gelada devagar só aumenta o seu sofrimento. 

Carol: A água ta muito fria, Mano.

Emanuel: Ta nada, deixa de frescura.

Carol: Frescura? Então por que você ta parado ae em pé e não dentro da água? 

“Porque eu estou te observando.” Não seria uma resposta bem aceita, resolvi ficar calado e entrar na água de uma vez. 

A porra da água tava gelada pra caralho, quase tive hipotermia ali. Mas não deixei a Carol perceber, ela iria me zuar eternamente. Ela demorou uns 5 minutos para entrar totalmente na água e então ficamos ali, conversando sobre coisas sem sentido. 

Eu estava de costas para o bar e aqueles quiosques que ficam ‘dentro da água’. Mal da pra molhar a canela naquele negócio que eles chamam de ‘dentro da água’. Vi a Carol acenando pra alguém atrás de mim, tentei não me importar muito e nem virei para ver o que era.

Carol: Vem ca, Mano.       - Ela me puxou pela braço até um desses quiosques e eu vi que eram as meninas amigas dela. Fiquei um pouco distante e sacudi a cabeça pra tirar a água, coisa de cachorro. Achei que não fui notado mas as meninas ficaram me encarando e então fui cumprimentar uma a uma. 

Marina: Oi irmãozinho querido.      - Ah, o doce sabor da ironia u_u

Amiga 1: Ele é seu irmão?

Marina: É sim, por que? 

Menina 2: Ele é lindo.           - Hoje em dia ninguém tem mais vergonha de falar essas coisas, acho que só eu tenho vergonha de elogiar e de ser elogiado. 

Emanuel: Hm, obrigado… 

Narrado por Marina:

Pedi pro Mano ir no bar e pegar uns salgadinhos pra gente, foi só uma desculpa pra afastar ele das minhas amigas indiscretas.

Marina: Ele nem é tudo isso gente.

Amiga 1: Lógico que você não acha, ele é seu irmão. Só gente pervertida sente atração por parentes.

Amiga 3: Mas ele é lindo, e aquele corpo hein? 

Amiga 2: O sorriso.

Amiga 1: Tudo nele é lindo. 

Carol: Ta bom, ja chega! 

Amiga 2: Nossa, Carol ta com ciúmes?

Amiga 3: Ciúmes do namoradinho? 

Carol: Ele não é meu namorado! 

A coisa tava ficando feia e engraçada, todo mundo sempre achou que ela e o meu irmão tivesse alguma coisa por serem tão próximos e tudo mais. Por falar em namoro, as meninas começaram a perguntar do Bruno pra mim. O Bruno era do 2º colegial e eu estava meio que tendo um caso com ele, não sei bem qual seria a definição do nosso relacionamento. 

Amiga 3: Qual o atual relacionamento de vocês?

Marina: Meio que… namorando, eu acho.

XxxX: O que? 

Narrado por Emanuel:

Emanuel: Como assim, Marina? 

Marina: Não, calma.

Emanuel: Calma porra nenhuma, me explica. 

Porra! Você vai la, cuida da sua irmã mais nova a vida toda, vê ela crescer e pensa que ensinou tudo direitinho até ela vir e te apunhalar pelas costas arranjando um namoradinho. 

Marina: Poxa Mano, tenta entender.

Emanuel: Você escondeu de mim. 

Marina: Você ia ficar bravo igual ta agora.

Emanuel: E isso é motivo? Não namorasse então. 

Marina: Calma, que droga! Eu ia te contar.

Emanuel: Ah claro que ia, sei muito bem.

Marina: Ia sim, ele vai passar o fim de semana la em casa!

O que ela ta arrumando? Eles mal namoram e o cara ja vai la em casa?  Reparei que ela olhou por cima do meu ombro e cumprimentou alguém. Quando virei pra olhar eu vi um garoto de estatura média, moreno, meio magrelo mais uma coisa chamou minha atenção. O cara tava de CASACO na piscina. Comédia. Espera… é ele?

Emanuel: É ele?

Marina: Er… espera Mano! 

Agora eu ja conheço essa cara, ela está tentando me esconder e isso quer dizer que é ele mesmo. Vou la tirar satisfação com esse otário que fica se metendo com a irmã dos outros. Nem precisei me mexer, ele estava vindo em nossa direção andando de um jeito zuado. O que a Marina viu nele, pqp? 

Emanuel: Vou quebrar ele.

Marina: Fica quieto, deixa eu te apresentar ele primeiro.     -Ah, ela só pode estar de sacanagem. 

Bruno: Oi Mah.         - Ele chegou todo cheio de marra, agarrou ela pela cintura e ficou me encarando com um ar ridículo de superioriade.

Marina: Oi, tenho que te apresentar uma pessoa. 

Bruno: Esse amiguinho ae? 

Marina: Er..

Bruno: E ae mlk?

Emanuel: Olha o jeito que tu fala comigo.

Bruno: Você sabe com quem está falando? 

Emanuel: Com o idiota que acha que namora minha irmã. 

Bruno: E quem é sua irmã? 

Marina: Eu D: 

Bruno: Mas a gente não namora… 

Isso só piora, como ela fica com um cara que nem tem coragem de assumir um namoro? Quando que minha irmã perdeu todo o amor próprio dela? Fiquei tão puto que peguei ela pelo braço e puxei para um canto.

Emanuel: Muito bem, Marina. Vocês nem namoram e ele vai la em casa.

Marina: Somos quase namorados!

Emanuel: Quase porra nenhuma, olha o jeito que ele te trata.        - Ela ficou irritada e sacudiu o braço com força para que eu a soltasse.

Marina: Escuta aqui Emanuel, você não é meu pai, você não tem que aprovar com quem eu fico ou deixo de ficar e acima de tudo: A vida é minha, não se meta nela! 

Mas que droga hein. E eu achando que minha irmãzinha tinha alguma coisa na cabeça. Peguei minhas coisas que estavam no quiosque e fui para o quarto, as vezes o melhor jeito de ensinar uma pessoa é deixar ela cometer os próprios erros, quebrar a cara de vez em quando e depois estar la para ajudar ela a se levantar e seguir em frente.

Nada pode me abalar, afinal hoje é sexta feira. Fui para o quarto tomar um banho pra tirar o cloro e o stress do corpo. Quando terminei o banho percebi que não tinha arrumado a mala para levar pra casa, sorte que eu percebi a tempo. Coloquei umas músicas legais para tocar enquanto estava la distraído. Confesso que sou fã de sertanejo, mas isso não quer dizer que eu seja corno ou tenho o coração partido. Eu estava sem camisa, arrumando a mala e cantando sertanejo… No mínimo constrangedor. 

XxxX: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Ai Mano. 

Emanuel: AH PORRA!          - Odeio ser assustado, ainda mais quando estou fazendo alguma coisa que julgo ser constrangedora. O complicado é que eu me assusto com pouca coisa e fico sempre com aquela cara de suspeito mesmo sem ter feito nada. 

Emanuel: Cara, que susto. 

Carol: Que cara o que. Você tava cantando maior empolgado KKKKKKKKK

Depois que ela parou de rir da minha cara e de me zuar, nós ficamos um tempo conversando sobre nada. Só que mulher nunca pergunta as coisas só por perguntar, eu estava sentindo algumas segundas intenções nas palavras dela mas sempre tentava esquivar, mudando de assunto ou dando respostas sucintas.

Carol: Por que você tem tanto ciúmes assim?

Emanuel: Eu não sou ciumento.

Carol: Claro que é, eu vi você conversando com a Marina e o Bruno.

Emanuel: Ela é minha irmã, tenho que proteger ela desses aproveitadores.

Carol: E eu?

Emanuel: O que?

Carol: Por que você tem ciúmes de mim?

O que fazer quando você não quer responder uma pergunta e fugir do assunto ou correr não são opções viáveis? Sorte que entraram no quarto. Eram os garotos, acho que nunca gostei tanto deles quanto estou gostando agora.

Lucas: Desculpa entrar assim, achamos que não tinha ninguém.

Rafael: Chegamos em boa hora hein, pega ele Carol \o

Passou, não gosto mais deles. A Carol foi embora e fiquei sozinho com eles. Contei toda a história do Bruno que vai la em casa e o Vine sugeriu de a gente zuar ele sempre que possível. Não é uma má ideia, é até boa. Assim que anoiteceu meu pai chegou na escola e fomos embora.


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