Changes

Acordo com uma dor de cabeça terrível, mal consigo abrir os olhos de tanta dor, minha cabeça pulsa de orelha a orelha, fazendo eu me contorcer. Tento levantar com os olhos fechados e imagjno se minha cabeça ainda continua ali. Vou até o banheiro e jogo água no rosto, depois pego um remédio e engulo sem água mesmo. Olho no relógio que marca sete horas em ponto, ou seja, tenho apenas uma hora para me arrumar e ir para a escola.

– Madison!!! Mad!!! Desce aqui - meu pai grita tão alto que talvez o vizinho tenha ouvido. Tento abstrair minha dor enquanto o remédio não faz efeito e vou até a beira da escada.

– O que aconteceu pai ? Parece que alguém morreu de tanta gritaria - dou uma risada meio de lado e ele me olha espantado. Ai meu Deus, eu penso, será que alguém morreu mesmo ?

– Filha, tenho que correr para o trabalho e não vou voltar para a janta, deixei dinheiro se quiser pedir comida - ele olha para o celular e vê que está tocanco, então me olha como um me dê licença

– Claro, o sr. Joseph Smith é muito ocupado - falo mexendo as mãos em um to, de sarcasmo enquanto me movo até o meu guada roupa.

Procuro uma roupa simples, uma calça jeans, um regata branca e um casaquinho por cima, aliás, eu vou para a escola. Desço e tomo meu café, que é baseado em fruta e cereal. Quando acabo, pego meu material, abro a porta e a tranco. Me dirijo até o ponto de ônibus, onde encontro Math Rupert, um nerd que sempre deu em cima de mim, jogando seu video-game. Sabe, eu juro que tento ser legal com ele, mas ele não ajuda quando vem falar da sua coleção de meleca. Sou salva pelo ônibus que chega e eu rapidamente entro, sentando na mesma poltrona de sempre, a primeira. Me nego a sentar nas últimas, porque lá tem os idiotas que ficam grudando chiclete no seu cabelo.

– Bom dia, Mad - diz o motorista, com aquele mesmo sorriso aparelhado e seus óculos.

– Bom dia, Jhon - falo em um tom amável que até me surpreende, dou um sorrisinho e volto o olhar para a janela.

Fico sempre admirando as árvores, as pessoas que passam e os carros. Quando vejo, já chegamos na escola e Julie está me esperando no mesmo lugar de sempre, perto de um arbusto. Ela me comprimenta com um abraço e um sorriso, retribuo ambos e continuamos andando para dentro. O campus é muito grande, mas mesmo assim consigo notar a presença de uma pessoa novo. Ele te, cabelo castanho claro, mas não vejo seus olhos, pois são muito pequenos. Quando vejo estou encarando-o totalmente, ele olha rápido pra mim e eu desvio o olhar, ruborizada.

– Quem é aquele, Ju ? - faço um sinal com os olhos para ela ver de quem estou falando

– Ele é novo na escola, Ryan me disse que morava em NY, mas veio pra cá por causa de sua mãe que morreu e agora mora com a avó - Ela me olha e nota minha expressão espantada me perguntando como ela sabe tanta coisa - As notícias correm meu amor - ela ri.

– Entendi, ele parece bonito - olha pra ela com um meio sorriso

– Pelo amor de Deus, Mad, não se aproxime dele. Ele é apenas um maconheirinho que quer curtição com as meninas, e pode te magoar - ela fala com um tom sério olhando em meus olhos, que estão arregalados de espanto

– Ok, foi só um comentário - me defendo fazendo um sinal com as mãos.

Continuamos andando em direção aos armários, pego meu livro da primeira e segunda aula, emquanto Julie guarda todos os seus e pega seu avental de química. Jogo um beijinho pra ela e me dirijo a minha sala de matemática, notando que tem alguém sentado em meu lugar. Ai meu Deus, é aquele menino do campus, preciso falar com ele, mas o que eu falo?

– Com licença...er... esse é meu lugar - falo olhando pra baixo, mas sinto que ele olha no meu rosto

– Está escrito o seu nome, gata ? Não vejo escrito nenhum otária aqui - ele diz enquanto sorri com sarcasmo. Levanto minha cabeça e olho em seus olhos, que estão vermelhos e pequenos, então resolvo ignorá-lo e vou até outra cadeira. Sento-me bem na hora que o professor chega.

Esse menino fica me olhando a todo segundo, nem para disfarçar ele sabe. Tento prestar atenção na aula, mas isso se torna impossível, ele me olha com intensidade, e resolvo olhá-lo também. Péssima ideia, pois quando viro ele sorri para mim, então volto a meu caderno, sentindo que estou vermlha de vergonha. Não vou mentir, ele é muito lindo, mas eu não posso me meter com alguém que pouco se importa com os sentimentos das pessoas e ainda por cime fuma igual uma chaminé.

Toca o sinal e me sinal aliviada, corro tanto que tenho a impressão de que derrubei alguém, mas mesmo assim continuo andando e chego ao meu armário. Tento encontrar Julie no meio da multidão, mas sem sucesso vou a caminho da aula de inglês. Como tenho que subir escada para chegar até lá, espero todo mundo passar quando vejo o corredo vazio começo a andar.

– Ora, ora, ora, veja se não é a menina com o lugarzinho marcado - é ele, o que eu faço agora ? não posso continuar andando sem falar nada.

– Me deixe passar por favor, eu to atrasada - falo olhando para os meu sapatos, que precisam de uma boa limpeza... foca no assunto Madison!!!

– Qual é gatinha, não quer ir até o campus comigo ? - Preciso ir pra aula, você não entende? - pergunto olhando em seus olhos, com um tom de raiva. Nunca me atrasei para nenhuma aula e agora esse maconheiro vai atrapalhar tudo. - Meu nome é Justin, por sinal - ele estende a mão e eu retribuo.

– Meu nome é Madison.

– Madison, você te alguma coisa que me atrai, talvez seja esses olhos verdes ou esse cabelo escuro - ele se aproxima tanto que eu tento desviar.

– Você deve estar me confundindo, me de licença - dou a volta nele e continuo subindo as escadas. Ele não vai estragar minha vida, começando por não me atrasar para as aulas.

– Ninguém foge de mim - ele grita, mas eu já estou longe tentando abstrair porque ele veio justo a mim, com tantas garotas por ai. Não me concentro nas últimas aulas até o almoço. Espero que ele não fale comigo, espero mesmo.