Hoje era o dia da penúltima prova, graças a Deus essa tortura estava acabando. Não sei exatamente quanto de nós sobraram, mas acho que são 7.

Chegamos no local da prova, cedo, como de costume e eu comprovei minha suspeita. Tinham 7 tributos

– Olá tributos! Como sabem essa é a penúltima prova de vocês, e já quero dar meus parabéns por terem sobrevivido até aqui. - finalmente ouço alguma coisa gentil dela. - A prova de hoje é o seguinte, se chama "banquete com bestantes".

Mas que ótimo, penúltima prova se chama banquete com bestantes. Pelo visto nada de assustador, imagina.

– Vocês terão que lutar contra um bestante durante 10 minutos, mas o objetivo dessa prova é pegar um pneu que estará no pescoço dele. Pois será necessário na última prova. - a voz continuou. - Por favor, entre em seus tubos e aguardem.

Fomos tranquilamente até eles, e esperei chegar no local da prova. Quando cheguei era uma floresta, mas só tinha eu lá. Eu tava estranhando não ter nada, até que eu tomo o maior susto do mundo. Quando eu olhei para trás, dei de cara com o bestante.

Saí correndo mas alguma coisa me impediu, não sei o que. Mudei de direção e sai correndo, mas o objetivo não era esse. Parei, me virei e esperei o bestante chegar mais perto. E foi ai que me lembrei que não tinha arma, mas graças a Deus, por milagre, o meu tridente estava perto do meu tubo de transporte. Corri desesperadamente até ele, tropecei umas dez vezes, mas ainda bem que não caí.

Peguei o tridente e comecei a tentar "espetar" o bestante com ele. Pelo visto ele não gostou. Me derrubou no chão e ficou por cima de mim, ele tava com raiva e me arranhava toda, eu podia sentir o sangue escorrendo pelo meu rosto. Como ele estava perto enfiei meu tridente em seu peito. Ele gritou (ou será que é uivou?) de dor, e saiu de cima de mim. Ele deitou e ficou gemendo de dor.

Esse bestante podia ser gigante, quase me matou, mas eu estava com pena dele. Ele estava realmente com dor e se afastou de mim. Ele ta com medo de mim. Tentava chegar perto e ele começava a chorar e se afastava.

Larguei o tridente no chão, e fiz questão dele ver isso. Fui chegando mais perto, para provar que eu não ia fazer nada. Ele não se mexia, e eu ia me aproximando. Eu estava bem perto dele agora, eu estava prestes a tocar nele e tentar pegar o pneu. Quando de repente tomo outro susto, o bestante avançou em mim outra vez e me tacou no chão.

De novo ele estava em cima de mim e eu sabia que ele ia me comer ali. Fechei os olhos e esperei pelo pior. Quando percebo que não aconteceu nada, e estava um grande silêncio. Abri meus olhos e o bestante tinha saído. Me levantei e ele estava sentado na minha frente.

Ele tentava tirar o pneu do seu pescoço, e tentei chegar perto dele para ajudá-lo. Dessa vez não recebi surpresas. Ele deixou eu tocá-lo, e eu tirei o pneu com calma.

Ele sorriu para mim e foi embora, e eu sorri de volta e subi em meu tubo. Voltei para a arena com uma lição aprendida.

" Não devemos julgar as pessoas por sua aparência, ou pelas suas atitudes. Mas sim pelas suas escolhas." E quando eu falei isso, percebi que essa frase não se aplicava apenas no bestante.