Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 2
"Bom dia Felipe...FELIPE?"


Notas iniciais do capítulo

Acontece muita coisa nesse capitulo, não sei se vocês vão achar muito amontoado, ou sei lá. Tomara que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322478/chapter/2

Eu acordei e estava deitada no meu sofá de casa com a mesma roupa da noite passada, olhei para o lado e Felipe estava dormindo no chão ao lado do sofá, ele parecia um anjo dormindo, mas só dormindo. Então a minha ficha caiu: "o que Felipe está fazendo na minha casa de manhã, por que eu estou no sofá? O que aconteceu?". Eu não estava entendendo mais nada.

– Felipe! Acorda! Muleque! Acorda!

– Oi, o que? O que foi? - ele ainda estava com os olhos fechados, tentando acordar - Eu não sou muleque! O que foi? Mulher chata.

– Mulher chata? Eu acordei no sofá com você dormindo na minha casa! Você me drogou? O que você fez?

Ele começou a rir como se eu tivesse dito uma ótima piada, o que me deixava mais confusa e irritada. Minha vontade agora era de dar vários tapas na cara dele.

– Eu não te droguei! Você dormiu no meu carro, eu ia te acordar, mas você estava tão linda então peguei sua chave que estava na sua mão, abri a porta, carreguei você até o sofá e ainda achei um cobertor pra te aquecer. Mas eu estava muito cansado, acabei dormindo aqui mesmo.

Me senti culpada por ter gritado com ele, foi legal da parte dele fazer isso, eu não sabia o que falar, fiquei só sorrindo olhando pra ele.

– Obrigada, desculpa por gritar.

– Tudo bem, isso é tipíco de uma mulher chata, careta e irritada. - comentou.

– Ei, eu não sou tudo isso, talvez só um pouco irritada. Você me conheceu em dias ruins.

– Mal posso esperar pelos dias bons então. Quer o que de café?

Ele perguntou com tanta naturalidade que nem parece que nos conhecemos ontem. De algum modo eu me sinto a vontade com ele, Felipe me carregou no colo e dormiu na minha casa e eu ainda não tive um ataque de vergonha, isso deve ser um recorde. Acho que a demora por uma resposta o incomodou.

– Eu devo ir embora? - perguntou já se levantando.

Eu devo fazer algo em troca pelo o que ele fez ontem por mim, eu tenho que relaxar mais e tentar conhecer outras pessoas, Felipe por exemplo deve ser alguém legal lá no fundo, bem no fundo.

– Não! Pode ficar. Eu vou querer um misto quente, será que você consegue fazer? - tento sorrir o máximo que consigo.

– Você realmente acha que eu vou fazer? Vamos sair pra comer algo na padaria.

– Ah, não! Já peguei carona com você ontem, você dormiu no chão da minha casa, não vou sair com você hoje. Até cansei de olhar pra sua cara. - minha voz calma e meu sorriso desapareceram.

– Se cansou de olhar pra mim é só fechar os olhinhos e eu vou te guiando, não vou deixar você morrer de fome por birra.

– NÃO É BIRRA! – irritada demais para discutir só peguei meu celular e comecei a digitar mensagens para o primeiro contato que achei, tudo para tentar não dar continuidade para aquilo.

Felipe pegou o celular da minha mão e saiu correndo, como eu já tinha comentado sua mentalidade era de um adolescente, mas pelo visto deve ser de uma criança ainda. Apenas olhei para ele como quem dizia “por favor, não me diga que você realmente quer brincar disso” e ele devolveu com um olhar desafiador, e o que eu mais odeio é ser desafiada.

Sai correndo atrás dele, me sentindo patética por isso. Ele corria rápido, ou eu era lerda demais. Felipe pulava meu sofá com tanta facilidade, desviava das curvas, da mesa, enquanto eu ia esbarrando em tudo pelo caminho.

-Você corre como uma menininha! – ele gritou do meu quarto.

- Talvez porque eu seja uma menininha? Ah esqueci que você achava que eu era um cachorro.

- Oh, o que se acontece sobre o efeito do álcool não é comentado quando sóbrio.

- Ah por favor, até parece que alguém segue isso – comentei enquanto andava lentamente até meu quarto e vejo que Felipe estava deitado na minha cama, mexendo nos meus bichos de pelúcia, ele parecia estar muito confortável – Não toque nos meus bichos! E sai da minha cama! Cadê meu celular?

Ele entregou o celular, mas continuou deitado na minha cama e ainda bateu na parte do colchão ao seu lado, me chamando. Revirei os olhos e andei no sentido contrario, queria realmente sair para comer, estava morrendo de fome e tudo que não precisava era deitar com o cara bêbado semidesconhecido.

-Então, em qual padaria a Sra. Estressada gostaria de ir?

- Que graça de apelido, amei, agora para de ser criança. Vamos em uma aqui que tem aqui do lado.

- “Que graça de apelido” – ele imitou ridiculamente a minha voz – eu ainda estou me perguntando se você tem 20 anos ou é uma das amigas da minha avó.

- Cala a boca, verme. Vamos logo antes que eu desista.

O telefone de casa começou a tocar, procurei ao redor, mas não consegui achá-lo, quando olhei de volta para Felipe lá estava ele com o telefone sem fio na mão, me mostrando, eu li quem estava ligando e para a minha sorte (ou azar) era minha mãe. Um sorriso malicioso surgiu no rosto dele e atendeu ao telefone, nem tentei tirar o telefone de suas mãos, sabia que seria uma tentativa em vão e pra falar a verdade já estava cansada dessas brincadeiras dele de criança. Tudo que eu conseguia escutar era o lado dele na conversa.

“E ai sogra? Sim, eu sou o namorado da sua filha”

Quanta maturidade, pensei ironicamente. Parece que tudo de ruim está acontecendo, não é possível.

“Meu nome é Felipe, é um prazer conhecê-la, a Julieta tem adiado bastante o nosso encontro, ela acha que você não está pronta pra conhecer o primeiro namorado sério dela”

Soltei um grito de raiva e não aguentei ficar lá só observando, pulei pra cima dele e gritei “DESLIGA ISSO LOGO” que começou a rir, tudo piorou mais ainda.

“Desculpe Sra. Marcela, mas a Julieta está me esperando lá no quarto dela, estávamos no meio de uma coisa importante, se é que você me entende, sinto muito ter falado muito pouco com você, mas foi um prazer, vou fazer com que Julieta marque logo nosso encontro. Ah, amanhã? Tenho quase certeza que sim"

Eu estava boquiaberta, realmente não acreditava que ele tinha acabado de falar aquilo para a minha mãe. Minha mãe! Digamos que se não fosse ilegal eu já teria matado ele, aqui e agora.

-Sua mãe é legal, você devia aprender um pouco com ela.

- VOCÊ ESTÁ LOUCO? OUVIU O QUE DISSE PARA A MINHA MÃE?

- Não estou louco, ouvi sim, e se eu fosse você entraria na onda, ela amou, ficou muito animada e riu quando eu disse “se é que você me entende”. Disse que você não falava de nenhum namoradinho desde os 15 anos. Ah, ela me convidou pra almoçar lá amanhã, um almoço de domingo.

- Você não vai almoçar na casa da minha mãe amanhã! – gritei como uma garota mimada.

- Sinto muito te avisar, amor, mas sua mãe me convidou, então eu tenho a maior liberdade de ir.

- Argh. Tá, mas não somos namorados.

- Para sua mãe nós somos. – ele piscou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Julieta E Seu Rom...ops Felipe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.