Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 3
"Mãe esse é o meu...meu..." "Namorado"


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito pra postar esse capítulo porque estava sem criatividade, mas ai está. "Finalmente você postou o cap" "Sim, finalmente" <-- leiam o cap pra entender



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Tenho só um aviso “cuidado com o que você deseja”, no meu subconsciente eu sempre quis ter um namorado, aquela pessoa idiota, no sentido carinhoso, que você tira fotos meigas e posta nas redes sociais só para jogar na cara de todas as vadias que já passaram pela sua vida. Mas então chega um idiota, agora no sentido de insulto, babaca, que só fala besteira e entra na sua vida, depois de dois dias de conversa ele já marca um almoço com a sua mãe dizendo ser seu namorado. Agora no meu subconsciente tudo que eu quero é ser a titia solteira.

- Julieta! Abre essa porta! Vamos logo! Eu quero chegar na casa da tua mãe para o almoço, não para a ceia!

- Felipe! Para de gritar! Odeio pessoas gritando! Para!

- Você está gritando! Burra!

- Eu posso gritar! Você não!

- Ah! Por que hein?! Você não manda em mim!

- Estamos na MINHA casa! Indo almoçar com a MINHA mãe! Tenho todo o poder agora!

- Então quando fomos almoçar na casa da minha mãe, iremos nos arrumar na minha casa. – desta vez ele não gritou, foi mais um sussurro na verdade.

- Felipe, eu tenho que te lembrar que não somos namorados?

- Eu queria falar com você sobre isso...

- NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! Eu não quero namorar você! Credo!

- Oh grossa! Eu não ia te pedir em namoro, tenho mais opções que você, por favor.

Eu sei que soa idiota, mas essa ultima realmente doeu em mim, claro que eu sei que ele tem opções e que eu não sou a melhor delas, mas ouvir ele falando isso foi como um tapa na cara.

- Nossa, fiz você calar a boca? Graças a Deus.  Pelo visto falar nas minhas opções de meninas te magoa. – ele comentou com um sorriso no rosto e o máximo que eu consegui retribuir foi uma risada irônica. – Tá rindo por quê? Vai me dizer que você também tem outras opções?

- Claro que tenho. – respondi confiante.

- Ah, estou louco pra saber quem é.

- Meu Deus, olha a hora, vamos nos atrasar mesmo.

Felipe revirou os olhos, pegou as chaves e saiu pela porta, mal esperando por mim. Eu não queria reclamar, queria que ele esquecesse toda a conversa anterior. No elevador foi um silencio total, nem nos olhamos, como se fossemos vizinhos muito distantes. Quando chegamos na garagem foi quando eu levei um choque, o lugar onde deveria estar o carro estava uma moto.

- Pelo visto alguém parou na minha vaga. – comentei

- Juju, te apresento a minha bebê, minha moto.

Fiquei boquiaberta, ele só podia estar brincando, não, não é possível.

- Ah ok, prazer bebê do Felipe, eu vou pegar um ônibus.

- Claro que não! Volta aqui Julieta! Somos “namorados”, temos que chegar juntos, senão sua mãe não vai acreditar.

- Eu não quero que ela acredite! Nunca quis isso! Boboca! – tenho que admitir que isso soou um pouco infantil.

- Ui, boboca. Cala a boca e sobe na moto. – ele subiu primeiro e ficou esperando que eu subisse também.

Desisti e subi na moto, atrás dele, eu não sabia onde colocar as mãos e estava com medo de perder o equilíbrio, muito medo. Felipe pegou minhas mãos e colocou em volta da sua cintura.

- Juju, segura forte e aproveite, você não sabe quantas garotas gostariam de estar no seu lugar.

- O que tem de demais em subir em uma moto com babaca que provavelmente vai me matar em um acidente?

Ele não respondeu, mas senti sua risada. Logo já ligou a moto e saímos para o almoço, tenho que assumir que andar de moto era realmente bom, o vento no rosto, as paisagens, eu me sentia livre e o melhor: ainda não tinha morrido em um acidente.

Chegamos no bairro tranquilo que a minha mãe morava e ela estava esperando na varanda de casa, quando nos viu sorriu, nunca tinha visto aquele sorriso em 20 anos.

                - Queridos! Bela moto! – eu olhei pasma para minha mãe que em troca me deu um abraço apertado.

                - Olá mãe, esse é o Felipe, meu...meu...meu...

                - Namorado. É um prazer conhece-la, senhora. – ele completou.

                - Ah, o prazer é todo meu! Venham, o almoço está servido e seu irmão está louco pra te ver, Ju.

                Mamãe foi andando na frente, Felipe pegou a minha mão e começou a andar também, olhei com raiva para ele, que parecia nem ligar. Soltei minha mão da dele, então ele colocou a mão na minha cintura. Bufei de raiva.

                - Bufe quanto quiser, gata, mas deixa que eu cuido do nosso relacionamento de mentirinha, só aproveite. – ele sussurrou.

                - Não me chame de gata. – sussurrei de volta.

                - Ok, gata.

                - Juju! – o silencio dos sussurros foi quebrado com o grito do meu irmão mais novo se aproximando.

                - Pietro! Que saudade de você, bebê! Como você está? – respondi.

                - Ei, eu não sou mais bebê, tenho 8 anos.

                - Verdade Juju, você não viu como ele tá quase um homem? Daqui a pouco já estou levando ele pra balada com a gente. E ai cara? Eu sou o Felipe.

                - Julieta em uma balada? Duvido muito. – minha mãe, Marcela, comentou rindo.

                - Foi onde nos conhecemos, – falou Felipe – né amor?

                Minha vontade foi de dar vários tapas e socos na cara dele por ter dito aquilo para a minha mãe, mas o máximo que dei foi um sorriso falso.

                - Foi sim, amor. Vamos comer?

                Todos nos sentamos à mesa e comemos, conversamos, Felipe fez piadas, minha mãe fez piadas e todos nós estávamos nos divertindo, por mais estranho que pareça. Marcela tinha mesmo gostado de Felipe. Após o almoço minha mãe e eu fomos arrumar a cozinha enquanto Pietro brincava com o “meu namorado”.

                - Finalmente você arrumou um namorado interessante, ele é engraçado, educado, e meu Deus filha, ele é um bonitão. Sinto a química entre vocês de longe.

                - Sim, finalmente. – comentei enquanto observava Felipe todo brincalhão e carinhoso com o meu irmão.


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