My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 18
Como mãe e filha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem????

Bom, eu sumi, eu assumo isso, mas tenho várias desculpas boas para dar.

Primeiro, eu tava estudando :) por isso que tinha voltado a chover.
Segundo, eu viajei e fiquei um mês fora. Não tinha tempo pra nada :(((
Terceiro, não tem terceiro, hehehe.

bom, espero que gostem do cap e obg pelos reviews fofos.
bjsss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321957/chapter/18

–Filha, acalme-se, vamos conversar – Patrick segurou as mãos da garota, fazendo-a sentar na cama. – O que aconteceu exatamente?

–Eu estava entediada e pedi para ela sair comigo, já que ela não estava fazendo nada de importante – Debochou – E ela disse que não podia. Dai pedi que ela deixasse que eu saísse com o Rigsby e ela disse que não... Melhor, ela gritou dizendo não, e depois alegou que isso era para me proteger do Red John.

–Mas querida, ela está cert...

–Não! – Ela o cortou – Não é certo isso, você sabe que não. Vocês agem como se não soubessem da verdade.

–Verdade?! – Ele apertou as mãos da garota com um pouco mais de força. Ele sabia da “verdade”, mas não gostaria de ouvir.

Porque afinal, a verdade dói.

–Se o Red John quiser me matar, ele vai me matar. Não importa se eu estiver na CBI, FBI, no lugar mais seguro do mundo. Se ele quiser, ele vai. – Respondeu com rancor estampado em cada palavra.

Foi ali que Jane começou a perceber o ódio que ela sentia pelo assassino, que tirou a vida de Angela.

Isso mexeu com a cabeça de Jane. Ele começou a se perguntar o que realmente havia acontecido naquela noite.

O que Charlotte realmente viu.

–Não aguento mais me esconder como se a assassina aqui fosse eu. Eu quero ter uma vida normal como as outras garotas da minha idade... Mas não posso, né?

–Annie, querida, você vai ter.

–Quando?

–Eu prometo para você que eu vou acha-lo e mata-lo. –Ele tentou passar a mão no rosto dela, porém a mesma recuou.

–Isso pode durar mais dez anos. E eu não quero viver assim por mais dez anos... Eu não quero...

–Não vai, eu prometo querida. Eu prometo. – Murmurou, olhando para os olhos radiantes da garota, porém encobertos pela falta de esperança.

Aquele olhar estava matando Patrick por dentro.

–Annie... – Ele subitamente a abraçou com força, colocando seu rosto entre os cachos amarelados e macios da filha. –Tudo vai ficar bem, eu prometo... – Sussurrou – Você só tem que me prometer que vai se comportar e fazer tudo que eu e Teresa mandarmos. Estamos fazendo isso para o seu bem.

Ela suspirou fundo, ainda um pouco surpresa pelo abraço repentino.

–Ok pai, ok. Eu vou me comportar... Só não quero que a Teresa fique ordenando coisas como se eu fosse a filha dela. Eu não sou.

Patrick voltou a olhar para os olhos da garota, arqueando as sombrancelhas de leve.

–Ela não é a sua mãe, mas ela precisa de respeito igualmente. – Ele rebateu. – Ela é minha amiga. E ela estava certa, estava tentando te proteger.

–Mas ela foi grossa.

–Ela é assim mesmo. Principalmente se você é teimosa como eu. Teresa odeia gente teimosa.

–Meh. – Gemeu, sem perceber que imitava o pai. – Problema dela se ela não gosta de gente teimosa. Não nasci para agrada-la.

–Charlotte... Cadê a sua educação?

Ela fez uma careta, cruzando os braços.

–Não entendo o porquê de você gostar tanto dela. Ela é chata.

–Ela é legal, ela tem os seus momentos, assim como você.

–Sei... Você poderia ter escolhido uma namorada melhor. –Disse, com um ar de provocação.

–Namorada?! Desde quando nós estamos namorando?

–Não sei, você que me diz.

–Não estamos. – Ele respondeu com um pingo de decepção. –Somos apenas amigos.

–Aham.

–E mesmo se eu estivesse, o que a senhorita tem a ver com isso? –Respondeu calmo, ensaiando um sorriso. No fundo ambos sabiam que Patrick estava a um passo de ficar com Teresa.

–Deveria mudar o seu nome para Sr. Arrogante. – Debochada, sorriu enquanto sentia seus cabelos serem acariciados pelo pai.

–Como você quiser, senhorita estressada. – Ele beijou-lhe a testa. – Bom, não quero que brigue com a Teresa. Ela é uma boa pessoa, só precisa de um pouco de paciência. Em algum tempo vocês estarão mais juntas que unha e carne.

–Eu não tenho certeza disso. – Afirmou, levantando a cabeça para olha-lo nos olhos – Ela é muito diferente de mim.

–Você vai ver querida. E só questão de tempo.

O quarto foi tomado pelo silencio.

Não demorou muito para que Patrick aproveitasse isso para pensar. Pensar em uma forma de fazer as duas se unirem como mãe e filha.

Ou quase isso.

–Charlotte, vou falar com a Teresa. Depois disso, vamos pedir uma pizza. Por que não vai tomar um banho e quando a pizza chegar, eu te chamo?

–Ok papai, ok. Preciso de um banho mesmo.

Jane sorriu e beijou a testa da filha mais uma vez antes de deixar o quarto e ir atrás de Teresa.

Animado para falar com a Teresa, desceu e a procurou no andar de baixo. Entretanto ela não estava lá. Achou estranho, porém foi procura-la em seu quarto.

Abriu a porta vagarosamente e a viu saindo do banheiro, usando apenas o roupão cinza.

E ela estava estranha.

Seus olhos estavam levemente avermelhados e os cílios molhados. Nariz vermelho e bochechas coradas. Mas não por estar envergonhada, ele concluiu, mas sim por outra coisa:

Choro abafado. Como quando a pessoa abafa o choro com algo como uma toalha e permite-se gritar, sem que ninguém a ouça.

E isso era tão o estilo da Lisbon. Ainda mais com o consultor em casa.

–Lisbon... – Ele se aproximou dela, porém ela recuou – O que está acontecendo? Você estava chorando?

–Jane... – Ela desviou o rosto para o outro lado. – Vá embora, eu... eu preciso me trocar.

–Não, eu quero saber o que est... Droga. Você ouviu, não ouviu?

Ela nada disse. Mas afinal, precisava? O silencio é a melhor resposta.

–Ela estava nervosa, você não pode relevar algo que uma pessoa diz quando está sob stress.

–Ela apenas disse a verdade, Jane. Eu nunca vou conseguir superar sua ex-mulher. Não consigo. Não dá. Charlotte nunca vai gostar de mim, eu estou basicamente roubando o lugar da Angela. Não posso fazer isso.

–Meu Deus o que há de errado com as mulheres dessa casa? – Ele afirmou sério, não acreditando no que tinha acabado de ouvir – Está me dizendo que você está se comparando com uma mulher que morreu há dez anos?

–Não Jane. Em outras palavras eu estou lhe dizendo que aquilo que aconteceu hoje de manhã nunca mais se repetirá. Nós não podemos ficar juntos... Eu sabia que isso era loucura desde o inicio.

–Mas Lisbon... – Patrick tentou novamente uma aproximação, entretanto a morena recuou novamente – Você não pode se comparar a Angela. Vocês duas são totalmente diferentes.

–Talvez este seja o problema. Somos diferentes. Eu nunca vou conseguir ser tão boa quanto a Angela.

–Isso sim é loucura! – Afirmou – Gosto do jeito que você é sabe disso, eu já praticamente me declarei para você.

–Não Patrick. Não quero ser um empecilho no teu relacionamento com a tua filha. Já te deixei claro outras vezes.

–Teresa... – Patrick se aproximou da mulher, tocando seu rosto de uma forma doce e delicada. – Você não é um empecilho entre mim e Charlotte e nunca será. Anne precisa de uma figura próxima a materna dando-lhe assistência e eu preciso de uma companhia. Você sabe disso.

–Jane... Não...

Teresa estava quase cedendo ao consultor. Entretanto, permitiu-se pensar novamente no que tinha ouvido da boca de Charlotte e a tensão tomou conta de si novamente.

–Não. – Firme, ela se afastou do consultor. – Me deixe sozinha, Patrick. Preciso pensar.

–Tere...

–Jane, eu disse saia agora.

Patrick suspirou alto, vencido. Não iria lutar contra a ira da agente, pois saberia que perderia.

–Até amanhã, Lisbon. – Murmurou antes de fechar a porta.

Mesmo chateado com o ocorrido, Patrick se colocou a sorrir.

Afinal, ele já tinha um plano perfeito para fazer com que as duas se dessem bem.

Agora ele só precisava coloca-lo em pratica.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o prox cap vai ser muito fofo, ou quase, ehehhehe
bjs bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Red Cherry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.