My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 19
Teimosias


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem??
Então, eu tive muita coisa pra fazer, mas com esse feriadão u.u eu vou voltar a escrever e ler as fanfics de vcs



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O sol se levantou, iluminando toda a cidade de Sacramento. Junto dele estava Jane, que acordou cedo para fazer o café da manhã favorito de sua filha: Bacon frito, torradas com geleia e chá gelado. Um pouco diferente do café das outras meninas. Porém nada poderia combinar mais com Charlotte do que isso.

Afinal Charlotte não era que nem as outras.

–Fazendo meu café?! – Jane ouviu a voz suave da filha. Ela o observava com admiração, enquanto prendia os fios loiros em uma bela trança embutida. Sua roupa – um shorts jeans escuro e uma regata preta – parecia um pouco amassada, como se a garota tivesse pego a roupa direto da maquina de lavar, sem colocar na secadora antes.

–Mas claro – Ele se aproximou e beijou delicadamente a testa dela – Você não jantou ontem.

–O sono foi mais forte. – Afirmou, sentindo seu estômago roncar de leve. Estava faminta.

–Que isso não vire uma rotina. Não é bom ficar muito tempo sem comer.

–Sim sim. – Concordou, assistindo seu pai colocar a comida no prato.

–Aqui está – Ele colocou o prato na mesa e sentou-se junto a garota, observando-a comer.

–Não vai comer nada? –A loira perguntou, sentindo-se incomodada com os olhares dele – Pelo menos tomar seu chá?

–Já tomei. –Ela arqueou as sobrancelhas de leve. “Então porque está me observando comer” ela pensou. – Eu quero falar com você.

–Fale – Respondeu com a boca cheia de bacon.

–Bom... Hoje eu terei um dia cheio, querida...

–Você sempre tem um dia cheio – Ela o cortou, bebendo um pouco do chá.

–Eu sei – Patrick sorriu de leve – Mas hoje eu terei que ficar na CBI o dia todo.

–Por mim tudo bem, pai. Eu fico lá com você.

–Não. Eu pensei bem no que você disse. Aquele lugar não é legal para uma criança...

–Pai! – Disse frustrada - Eu não sou mais criança.

–Pra mim, você sempre será minha menininha... Mas continuando. Teresa vai te buscar na escola hoje. Vocês vão juntas para o shopping, comer alguma coisa e se divertir. Nós nos veremos na hora do jantar, prometo que eu farei alg...

–O que? – Ela o interrompeu novamente – Eu vou ter que ficar o dia todo com... Com ela?

–Por que não? Ela é legal. E ela gosta de você. Vocês terão um ótimo dia juntas.

–Pai, você é louco.

–Vai ser legal.

–Eu prefiro ficar na CBI.

–Você não vai ficar.

–Eu vou. – Afirmou, mirando para o pai com o seu olhar “intimidador”.

Jane riu baixinho. Aquele olhar. Realmente intimidador para alguém de fora, mas não para Jane.

Ele já conhecia aquela estratégia. Olhos semicerrados, sobrancelhas arqueadas e a boca levemente aberta, como se estivesse pronta para morder. Como um pit bull. Na verdade – Jane pensou – Estava mais para um filhote de poodle.

–Teresa vai te buscar na escola às duas da tarde. Não se atrase. Ela já está fazendo um grande favor para mim, tirando o dia dela para cuidar de você.

–Não preciso de babá.

–Ela não é sua babá. Ela é a sua amiga.

–Pai, mais el...

–Sem mais. Vocês vão ter um bom dia juntas. – Ele se levantou, indo em direção ao sofá, onde estava a bolsa da filha – Vou colocar suas coisas no carro e te esperarei lá. Não demore.

–Tá pai. – A loira olhou para o pai com desdém. Ela odiava ter que receber ordens, como se fosse uma criança pequena. – Hoje será um ótimo dia – Murmurou, pegando o prato da mesa e o colocando de qualquer jeito na pia.

Agora só faltava a principal parte do plano: Contar para Teresa.

**

Após deixar sua filha na escola, Patrick foi para o trabalho, sabendo que Lisbon provavelmente já estaria lá, o “esperando”.

Claro que ela não iria dizer isso. Ela é teimosa e iria negar até o fim. Porém ela é a pessoa mais fácil – e ao mesmo tempo mais difícil – de se adivinhar.

Então Patrick trouxe uma surpresinha para ela. Precisava agradar a amada antes de pedir o tão amável favor.

–Lisbon? – Jane estava parado na porta da sala da agente, com um buquê de rosas brancas nas mãos – Entrega para você.

Teresa colocou as mãos na boca e por um minuto tentou fingir naturalidade.

Claro que não conseguiu.

–Jane, o.. o que é isso?

–Flores. – Respondeu, fingindo-se de desentendido.

–Para mim?!

–Para quem mais seria?

Ela nada respondeu, apenas deu um leve sorriso. Sim, a boba estava completamente apaixonada e os pensamentos negativos sobre Patrick – e principalmente sobre Charlotte- se afastaram por completo.

Jane delicadamente fechou a porta, entregando logo em seguida, as flores para sua “quase” namorada.

–São lindas, Jane – Ela aproximou seu nariz, sentindo o aroma. Um pouco envergonhada, sorriu.

–Bom. – Patrick se sentou no sofá, um pouco apreensivo. Não estava tão nervoso, afinal já tinha amansado a fera antes de pedir o favor. – Gostaria de lhe pedir algo.

O tom sério de Jane despertou Lisbon do “conto de fadas” que estava vivendo.

–O que seria?

–Preciso que pegue minha filha na escola hoje. – Lisbon fez uma careta, porém Jane prosseguiu. Se ela começasse a falar, não terminaria – E depois a leve para o shopping. Quero que tenham um dia divertido juntas.

A agente soltou um riso irônico.

–Isso é uma brincadeira, né?!

–Não.

O sorriso se desfez.

–Você só pode estar brincando. Não se lembra mais do que aconteceu ontem? Sua filha não me quer perto dela.

–Lisbon... Não posso acreditar que esteja levando a sério as palavras de uma menina de dezesseis anos. Nervosa, por sinal.

–É no calor do momento que dizemos as verdades.

Patrick se curvou, suspirando levemente.

–Ela gosta de você.

–Não, ela n...

–Ela gosta. – Ele sobrepôs sua voz contra a dela – Ela esta confusa. Tudo está acontecendo muito rápido... E parece que não, mas... Ela precisa de você. – Seu tom de voz era melancólico. Jane tentava não olhar para os olhos da companheira, porém ela sabia que ele estava à beira de chorar.

“Ela precisa de você”.

Teresa sentiu o coração apertado. As memórias daquela garotinha de doze anos que perdeu a mãe – assim como Charlotte – voltaram a sua mente, fortes e vividas.

–Está bem. – Ela suspirou baixinho. – Eu vou.

Ele levantou a cabeça, sorrindo.

–Mas está me devendo um favor – Lisbon prosseguiu. – Não arrume mais encrencas na CBI por uma semana. Eu ficaria feliz.

–Arrumo encrencas, prendo pessoas. –Rebateu.

–De novo com isso? – Ela virou os olhos, dando um leve sorriso. Então ela se lembrou de algo vital – Jane, o que você vai fazer enquanto eu fico com Charlotte?

–Bom... – Ele se aproximou da mesa dela, apoiando suas mãos na cadeira – Vou dar uma investigada no caso do Red John. Quero ter certeza sobre algumas coisas.

–Que coisas?

–Bom... - Jane arqueou as sobrancelhas e fez sua melhor pose de quem vai começar a se gabar, porém de uma forma discreta. Fingir que era natural que soubesse das coisas antes que os outros. - Red John tem uma amante naquele centro de proteção as testemunhas, isso é um fato. Tenho que confirmar se a amante é quem eu estou pensando.

–E quem é que você está pensando?

–Meh, mulher alta de cabelos loiros e lisos, bonita, dominante e principalmente, tem acesso aos documentos das garotas. Sabe quem é que eu estou falando?

–A secretária?

–Bom trabalho, Lisbon.

–E como você vai provar que ela tem algo com o Red John?

–Não irei falar com ela se é isso que te preocupa - Respondeu sério ainda que com um leve tom brincalhão na sua voz - Eu iriei apenas dar uma investigada no passado dela. Ver algumas coisas.

–Red John irá descobrir.

–Lisbon - Sua face sorridente agora era de pura seriedade - Ele já sabe. Não sei o que planeja ao certo, mas foi ele que me guiou até Charlotte. Ele sabe que eu iriei incriminar sua namorada. Nós sabemos onde isso irá acabar.

–Ela irá morrer.

–Provavelmente.

–Ele irá atrás de você e de Charlotte. Até de mim.

–Provavelmente sim. Entretanto, Lisbon, vamos deixar uma coisa clara aqui. Isso tudo poderá ser evitado se conseguirmos ser mais espertos que ele. Temos que tentar evitar que uma tragédia aconteça.

–Como irá fazer isso?

–Ainda não sei.


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Notas finais do capítulo

Bom, a continuação sai no final de semana :) espero que gostem.

beijinhos



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