My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 17
Faíscas


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente :)))) Eu sei que eu andei sumida, mas tanta coisa aconteceu na minha vida u.u que eu precisei tirar um tempo pra resolver :))

ANTES DE LER O CAP, quero que saibam que A CHARLOTTE E A TERESA VÃO SER MT AMIGAS. Só deem um tempinho. Ou uns caps, hehhehe.

Espero que gostem



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–Charlotte, eu vou precisar ficar na minha sala, fazendo relatórios. Você quer ficar na minha sala comigo, ou prefere ficar ai?

–Hum... – Ela olhou para o lugar vazio da Van Pelt e pensou por alguns instantes – Eu posso mexer no computador da Grace? Só até ela chegar.

Lisbon a encarou com aquela sensação de que a pequena poderia aprontar algo.

–Por favor – Charlotte insistiu, lançando a melhor versão de seu olhar “cachorrinho abandonado”.

–Bom, desde que não faça nada de errado, pode. Só não saia dai, tudo bem?

–Tudo bem.

Saltitando, Charlotte correu até o computador da agente e sentou, ligando o mesmo em seguida. Um pouco melindrosa, Teresa se retirou para sua sala, temendo que algo acontecesse a Charlotte e a culpa por não estar vigiando-a recaísse sobre sua pessoa.

Mesmo assim, os relatórios eram uma parte importante de seu trabalho, e ela precisava de um tempo a sós.

A sós de qualquer um que contenha o sobrenome “Jane”.

**

Meia hora depois, um realizado Wayne e uma preocupada Grace, cruzaram correndo a porta da CBI, ambos se deparando com Charlotte, concentrada em um jogo qualquer online.

–Annie? – Grace a chamou, apoiando uma das mãos no ombro da garota – Teresa já chegou?

–Sim. E estava à procura de vocês.

–Oh... – Ela se virou para Rigsby, o encarando com o olhar – Estamos ferrados – Completou.

–Não se vocês inventarem uma desculpa. – Charlotte sugeriu.

–Isso seria bom se nós não tivéssemos uma desculpa pronta. – Rigsby afirmou, cruzando os braços.

–Temos sim, amor. A venda de garagem que estava tendo na rua de trás. Podemos falar que nós nos atrasamos porque eles estavam descarregando as coisas e isso interrompeu o fluxo de carros na rua.

–E ela vai acreditar nisso?

–Provavelmente não, mas nós não estamos mentindo por completo. A venda realmente bloqueou uma parte da rua, mas como é domingo, e quase não há carros na rua, não teve congestionamento.

–Boa ideia, eu acho melhor a Grace ir na frente – A loira sugeriu, piscando levemente para o agente – Tenho a leve impressão que os dois juntos não será uma boa ideia.

–Então eu vou lá. – Despediu-se brevemente – Me desejem sorte.

–Vai lá, amor.

A ruiva caminhou com passos rápidos até a sala da Teresa. Então quando Charlotte a perdeu de vista, ela disse quase sussurrando para Rigsby:

–Eu cumpri a minha promessa, agora você tem que cumprir a sua. Quero meus cem dólares.

–O QUE? –Ele abaixou o tom de voz quando a pequena fez sinal para ele não gritar – Como assim? Eu já te dei o dinheiro.

–Mas aquilo era para beija-la. Eu praticamente fiz vocês reatarem. Mereço mais cem.

Ele grunhiu, retirando do bolso mais cem dólares.

“Esse é o preço do amor” – Ele pensou.

–Obrigada. – Charlotte sorriu de ponta a ponta.

–Afinal, pra quê você quer este dinheiro todo?

–Se eu contar promete que não vai contar para o meu pai?

–Bom, prometer eu prometo, mas não garanto nada que o seu pai não irá descobrir por si só. Sabe como o seu pai é.

–É, eu sei. Mas mesmo assim eu vou contar. – Ela se aproximou do ouvido do agente e sussurrou – Quarta é o aniversario do meu pai, e eu queria comprar para ele um presente.

Rigsby se afastou, surpreso. Era a primeira vez que ouvia a palavra aniversario ligada ao consultor.

–Como assim? Seu pai faz aniversario? Desde quando?

–Desde sempre, oras. Todo mundo faz aniversario.

–Não, não, eu quis dizer, seu pai nunca disse nada para a gente. Nem sabemos a idade dele.

–Nossa – Ela cruzou os braços, fazendo uma careta – Achei que o papai gostasse de festas.

E foi nesse momento que uma luz invadiu a mente de Rigsby.

–E se nós fizéssemos uma festa surpresa para ele? O que acha?

Charlotte abriu um sorriso do tamanho do mundo.

–Eu acho uma ótima ideia. Papai iria amar uma festa surpresa.

–Perfeito. Poderíamos fazer aqui na CBI, que tal? Seria bem mais fácil engana-lo.

–Mas dai teria que pedir a autorização do chefe de vocês...

–Gale? Isso é fácil, é só a Lisbon ir falar com ele.

–Então vamos lá falar com ela.

–Certo.

Ambos foram até a porta da sala da Lisbon, esperando Grace sair para poderem entrar. Quando a ruiva finalmente deixou o recinto –aliviada pois Lisbon havia “aceitado” sua desculpa inventada de ultima hora– os dois entraram e se sentaram.

–Lisbon, eu e a Charlotte queríamos falar com você.

–E eu gostaria de falar mais tarde com você, a sós se possível. – Disse firme, mostrando sua superioridade de chefe. – Mas agora, o que vocês desejam?

–Queríamos que você falasse com o Bertram sobre uma festa surpresa, para o Jane.

–“Festa surpresa para o Jane”? – Ela repetiu com desdém – Não existem surpresas para o Jane, vocês deveriam saber disso.

–Nós sabemos – Charlotte afirmou – Mas mesmo assim queríamos fazer. Papai merece. – Ela sorriu, arrancando um sorriso da morena. – Podemos?

–Poder vocês podem. – Revelou, deixando ambos bem sorridentes – Mas eu ainda tenho que falar com o Gale. Acho que ele deixa se nós o convidarmos.

–Isso é perfeito. – A loirinha disse. – Acho que papai vai gostar disso.

–Tomara – Rigsby respondeu. – Bom, Chefe, temos algum caso hoje?

–Por enquanto nada, só um caso envolvendo drogas que o Cho e o Jane já foram averiguar. Porém eu acho que dependendo do caso, talvez a FBI pegue.

–Certo. Eu posso ir falar com a Grace?

–Falar pode. Outras coisas não, certo senhor Wayne?

–Certo. – Respondeu com as bochechas coradas, já deixando a sala.

Charlotte migrou-se da cadeira pouco confortável, para o sofá da agente.

Um silencio atordoante se estabeleceu na sala. Lisbon voltou a fazer seus relatórios e Charlotte deitou-se no sofá, pensando sobre um presente perfeito para seu pai.

Porém Charlotte estava agitada. Era domingo. Um dia já chato, mas hoje parecia pior.

Ela estava trancada em uma agencia de investigação, com pessoas mal humoradas e entediadas, agrupadas por uma única razão: encontrar assassinos. Com certeza, isso não era uma coisa divertida para uma jovem de dezesseis anos.

–Lisbon... – A jovem cantarolou alto – Você já terminou suas fichas?

–Não. – Respondeu sem desviar o olhar daquela papelada.

–Quando vai termina-las?

–Não sei, por quê?

–Porque eu queria sair, e papai disse que só posso sair com você.

–Sair para aonde? – Ela encarou a menina, que estava de bruços no sofá.

–Para o shopping ou algo do gênero. Queria comprar algo pro meu pai.

–Hum... Talvez mais tarde, pode ser?

–Mas mais tarde o papai vai chegar e ele vai querer vir conosco.

–Charlotte, eu preciso terminar isso aqui, e só posso ir mais tarde.

Ela se sentou corretamente no sofá, fitando a agente com um sorriso no rosto.

–Eu sei disso, mas você poderia autorizar o Rigsby e a Grace a irem comigo. Eles não estão fazendo nada mesmo e assim eu não te atrapalharia mais.

–Não, de jeito nenhum. – Respondeu firmemente, como se estivesse falando com um de seus agentes – É perigoso demais, você tem que ficar aqui.

–Eu não quero ficar aqui, eu quero sair. Por favor...

–Não, de jeito nenhum, Charlotte. Red Joh...

–Red John, Red John, Red John. Eu não aguento mais ouvir esse nome. – Respondeu zangada – Sempre que eu falo que quero sair, ouço essa resposta. Não é justo. Ele já tirou dez anos da minha vida, isso não foi o suficiente?

Teresa nada respondeu. Na verdade, ela estava surpresa com a reação explosiva da garota. Era a primeira vez que ela a via assim. Contudo, Lisbon sempre tinha a palavra final nas discussões e dessa vez não seria diferente.

–Eu já disse, não vou mudar de opinião.

Contrariada, Charlotte se aborreceu de vez. A doce adolescente infelizmente tinha a personalidade do pai, e odiava receber ordens.

E o que piorava tudo, era o jeito que Teresa disse isso. Como uma mãe.

Uma mãe que ela não era.

Charlotte se enfureceu com os próprios pensamentos negativos. Rapidamente se levantou do sofá e deixou a sala, correndo em direção ao sofá do pai.

**

–Hey Cho, Jane... E ai? Nós vamos pegar o caso? – Rigsby perguntou ao ver os agentes entrando no compartimento deles.

–Não, envolve procurados da FBI, eles vão ficar com o caso. – Cho respondeu já se sentando.

–Isso significa que teremos um domingo de folga – Grace concluiu entusiasmada – Acho que vou dar uma passadinha na venda de garagem que está tendo aqui perto.

–Ótimo, eu vou com você – Wayne se ofereceu sorridente e confiante, recebendo um aceno positivo da namorada ruiva.

Patrick se sentou na beirada do sofá, empurrando delicadamente o corpo de bruços da filha.

–Que tal irmos comer um cupcake? – Jane disse contente, porém Charlotte nada respondeu. – Eu, você e a Teresa, o que acha?

–Não.

–Não? – Estranhou.

–Não, quer dizer... – Ela levantou a cabeça e se virou para o pai – Eu prefiro ir direto para casa, estou com um pouco de dor de cabeça.

Patrick passou a mão nos fios ondulados da menina.

–Tem certeza que é só isso? Não está escondendo mais nada de mim, está?

–Pai, eu quero ir para casa, apenas isso.

–Hum, está certo. Vou chamar a Lisbon e nós já vamos.

–Está bem...

**

No carro, Teresa estava bem mais calma e conversava animada com o consultor. Ela havia se esquecido completamente da discussão que tivera com a jovem.

O que seria bom se a Charlotte não estivesse esperando um pedido de desculpas.

–Jane, eu te disse que posso cozinhar algo se você quiser.

–Não, acho melhor pedirmos uma pizza. Assim não irá sujar tanto sua louça.

–Jane, eu não me importo com isso.

–Lisbon... – Ele colocou a mão sobre a coxa da agente, que olhou, porém não fez nada. Finalmente estava aceitando as caricias do consultor. Entretanto, no banco de trás, Charlotte rosnou baixinho.

Teresa estacionou o carro na garagem de sua casa e os três entraram.

–Pai, eu vou para o meu quarto. – Anunciou, correndo apressada logo em seguida.

–Charlotte está brava? – Lisbon perguntou ao Patrick.

–Eu não sei, ela está agindo estranha. Acho que vou lá conversar com ela.

–Faz bem.

Jane foi até o quarto de hospedes e encontrou Annie sentada na cama, observando os seus pés que se balançavam para frente.

–Querida, o que foi? – Jane entrou no quarto deixando a porta encostada – Está tudo bem?

–Não, não está tudo bem.

Ele se sentou ao lado dela e a envolveu com seus braços.

–O que aconteceu?

–Teresa, foi isso que aconteceu.

Do lado de fora do quarto estava Teresa, indo para o seu banheiro, tomar uma rápida chuveirada. Mas, ao ouvir o seu nome sendo pronunciado pela menina, e vencida pela curiosidade evidente, Lisbon se aproximou da porta do quarto de hospedes, ficando a espreita para ouvir o que eles estavam falando dela.

–O que a Lisbon fez?

–Ela gritou comigo hoje, ordenou coisas como se eu fosse sua filha. E eu não sou filha dela! Teresa não é a minha mãe! – A adolescente se levantou da cama, soltando-se dos braços do pai e parando bem na frente dele – Vocês estão namorando e ela acha que isso a da direito para me tratar assim, mas não dá! Porque ela não é a mamãe e nunca vai ser!

–Charlotte, calma, sente-se aqui comigo...

Isso foi o bastante para a Teresa. Da mesma forma discreta que ela foi espia-los, ela saiu, seguindo seu rumo até o banho.

“Porque ela não é a mamãe e nunca vai ser”

–Charlotte está certa... – Teresa murmurou para si mesma, enquanto as lagrimas caiam de seus olhos verdes.


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Notas finais do capítulo

Eu quase chorei com a Teresa no final :(((( Mas isso foi necessario, acreditem, para mt coisa acontecer (mt coisa = Jisbon e amizade entre as duas).

Afinal Charlotte é uma adolescente, ela pode ter suas crises de tpm :D é a vida kkkk.

Beijos e espero que tenham gostado :)))))) até ano que vem kkkkkkkkk.



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