My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 16
Manhã cinzenta


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, tudo bem?? Eu sei, eu sei, eu deveria ter postado semana passada, porém eu não consegui por causa do enem que matou toda a minha criatividade hehehe.

Bom, espero que gostem desse cap e espero vcs nas notas finais :))

bjs e buenas leituras ♥



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Patrick e Teresa estavam sentados bebendo café na frente de um dos muitos pequenos lagos da cidade de Sacramento. Grandes famílias de patos se concentravam na beirada deste, por causa das pequenas fatias de pão fresco que eram jogadas a cada minuto, por Charlotte.

Lisbon ainda estava se recuperando do baque de uma declaração e um beijo surpresa. Nessa altura, ela já tinha certeza que não era uma brincadeira do consultor, porém ainda estava arredia perto dele.

Claro, o consultor era insistente. Como na hora em que foram comprar os cafés, na lojinha perto do parque. Teresa estava na quase inexistente fila, conversando com Charlotte, sem muito prestar atenção no consultor. O loiro então aproveitou que Charlotte não poderia ver os atos “carinhosos” de seu pai, e deslizou a sua mão por dentro da jaqueta preta de Lisbon, acariciando sua pele lisa.

Teresa quase pulou na hora. Primeiro por sentir a mão gelada invadindo suas costas quente. Depois por perceber que a mão fria pertencia ao consultor.

E ela não conseguia acreditar que ele estava fazendo isso. Era como se fossem um casal.

O problema é que eles não eram um casal. Ou não eram até aquela manhã. Teresa ainda não havia definido muito bem isso. Não teve tempo para tal. Sua mente, ainda lenta por culpa do sono que a arrebatava e o fato que a mesma repetia a cena do beijo e criava outras novas.

“O que será que o Patrick vai tentar agora? Invadirá o meu quarto no meio da noite e me tomara em seus braços?” ou “Por que eu demorei tanto para beija-lo? Será que ele já sabia que eu o amava?” eram seus pensamentos recorrentes.

E para piorar as coisas, Patrick naquela manhã estava mais observador do que tudo. Principalmente sobre as coisas que Teresa fazia. Um suspiro dado, uma piscadinha discreta, era percebido pelo consultor, para o azar de Teresa.

-Disse que não se arrependeria... – Patrick comentou sorrindo, enquanto olhava a filha alimentar os animais.

-D...Do que? – As bochechas vermelhas ganharam uma tonalidade mais forte. Era inevitável que Teresa não associasse a frase com o beijo dado.

-O café... Achou que eu estava falando do que? – Provocou. Ele não descansaria até ouvi-la admitir que havia gostado do beijo. E talvez, suplicasse por mais.

-Achei... Nada, não achei nada. – Era impossível que as bochechas de Teresa, ficassem mais coradas do que estavam. A vergonha a estava matando.

-Não, nada mesmo?

-Nada.

-Nadinha?

-Jane... O que você quer que eu diga? Que amei o seu beijo e gostaria de mais? Melhor... Implorasse por mais?

Teresa poderia ser ingênua, porém era mulher. Sabia que, indiferente de ser Jane ou qualquer outro homem, todos, sem exceções, gostam de ouvir elogios sobre beijos ou outras coisas. É como se eles precisassem disso para provar suas devidas masculinidades. Alimentar aquele ego masculino.

-Hum... Isso seria bom. – Ele sorriu.

-Ok Jane... –Ela olhou para dentro dos olhos dele e assumiu, sentido-se extremamente culpada, mesmo antes de dizer – Eu amei o seu beijo... Claro, se poderíamos chamar aquilo de beijo.

Talvez tenha soado um pouco arrogante, porém era sincero. O beijo não chegou nem a ter uma troca de saliva. Nada. Foi apenas a união dos dois lábios. Coisa que até crianças da primeira série fazem.

-“Se poderíamos chamar aquilo de beijo”? – Ele repetiu com desdém – Como assim? Aquilo foi um beijo.

-Você entendeu o que eu quis dizer.

-Não entendi. – Ele tinha entendido, mas estava se fazendo de bobo.

- Jane... – Ela virou seu rosto para Charlotte, que ainda alimentava alegremente os patos – Me dê um tempo para pensar nisso tudo. Estou confusa.

-Confusa?! Só porque eu disse que te amo? Que quero você junto de mim e da minha filha?

-Tudo foi despejado muito rápido sobre mim.

-Eu sei disso. E eu juro que queria ter feito isso de outra forma, digamos que mais romântica... Mas a chance não podia escapar.

Lisbon revirou os olhos.

-Como assim, “mais romântica”?

-Bom, você sabe, Charlotte indo dormir na casa do Cho, eu e você sozinhos na sua casa... Talharim no prato, “more than words” tocando... Uma dancinha juntos, umas massagens sensuais... Pequenos detalhes, que fazem toda a diferença.

Ela sorriu.

-E você acha que eu iria cair no seu jogo de sedução barato?

-Meh, caiu uma vez, cai duas.

Teresa deu um leve beliscão no braço de Jane. Ele riu da reação dela.

-Papai, papai – Charlotte veio correndo na direção deles – Um pato roubou o pão que estava na minha mão.

Ela se sentou ao lado do pai, cruzando os braços e assumindo uma expressão emburrada.

-Eles não devem ter outra coisa para comer, além de peixinhos e mais peixinhos. – Jane comentou, alisando o cabelo da filha, enquanto sua outra mão ia disfarçadamente para a cintura de Lisbon.

-Que nada, Jane – Teresa sentiu a presença da mão, porém nada disse – Os patos são iguais os pombos. A diferença é que os patos não podem voar.

Charlotte riu discretamente, imaginando um pato voando com o seu pão na boca.

-Bem... Depois de um café da manhã desses, acho que deveríamos ir – Patrick disse a frase que parecia tão incomum vindo de sua boca, afinal quem diz esses tipos de coisa, é Teresa – O dia será cheio.

-Verdade – Teresa sorriu maliciosamente e Patrick notou. Ela tentou disfarçar segundos depois, envergonhada. – Vamos então?

-Vamos.

**

Quando os três chegaram na CBI, veio a “surpresa”: apenas Cho se encontrava lá. Grace e Rigsby não estavam na agencia, e a culpa não era o transito – quase inexistente já que era domingo.

A culpa era na verdade, de Charlotte e seu plano perfeito.

-Dinheiro... – Charlotte murmurou sorrindo. – Muito dinheiro...

Entretanto, quem não estava sorrindo nada com isso, era Teresa, que pressentia uma nova confusão por parte do casal. Isso era tudo que ela não necessitava naquela manhã.

Foi o suficiente para Lisbon se enfurecer, porém ela não queria deixar isso tão claro para os outros.

-E nós temos um novo caso, chefe – Cho alertou – Um homem foi encontrado morto em uma rua perigosa aqui mesmo em Sacramento.

-Rua perigosa? – Teresa perguntou.

-É, parece ser um ponto forte de tráfico de drogas. Todos ali são suspeitos. Talvez a narcóticos pegue o caso, mas eles ainda não se pronunciaram sobre isso.

-Ah... Tudo bem, eu e você vamos até a cena do crime e Patrick fica aqui com a Charlotte.

-Não! – Patrick respondeu – Não vou te deixar ir até um lugar onde há bêbados e drogados.

Ela o encarou como se pedisse para ficar quieto antes que falasse alguma besteira.

-Não vou sozinha, Jane.

-Não importa. – Respondeu – Você é uma mulher, e não pode ir a lugar desses assim.

-Jane, é o meu trabalho, você não pod...

-Eu vou com o Cho. – Revelou, mostrando o seu melhor lado “superprotetor” de ser – E você pode ficar com a Charlotte.

-Mas Jan...

-Sem mais. – Patrick encarou os olhos azuis de sua filha – Você vai ficar com a Lisbon, até o papai chegar, ok?

-Ok pai.

-Obedeça ás ordens dela. – Avisou, um pouco receoso sobre isso. Charlotte não era o tipo de menina que iria obedecer a tudo que Lisbon mandasse, e Patrick sabia disso muito bem. Porém, talvez um tempo juntas fizesse Charlotte perceber que Lisbon é uma boa pessoa, e pode muito bem ser uma boa madrasta.

-Certo pai...

-Estou falando sério, querida. Não quero reclamações tuas. Sabe que Red John está atrás de você, não pode dar nenhuma deixa.

-Não vou dar, pai... – Ela virou os olhos.

-Não vire os olhos para mim, Charlotte. – Ele desviou o olhar para Lisbon, voltando rapidamente para a filha – Estamos combinados?

-Estamos pai, já disse.

-Certo... Vamos Cho?

-Vamos.

-Ah, antes... – Jane correu até Lisbon e lhe beijou na testa – Qualquer coisa é só me ligar.

-T...T...Tá bom, Jane – Gaguejou, com as bochechas totalmente vermelhas – Eu ligo.

-Certo, agora sim, tchau queridas.

-Tchau – As duas responderam em uníssono.

Quando Cho e Patrick entraram no elevador, o agente coreano apenas disse:

-Sabe que entrar em um relacionamento com a Lisbon agora, não vai dar certo.

Ele sorriu.

-Meh, claro que vai.

Cho apenas deu aquele olhar de “não me diga que não te avisei” para o consultor, mirando em seguida, a porta do elevador.

Jane estava certo: claro que ia. Tinha tudo para dar.

Se claro, Charlotte não tivesse uma personalidade tão idêntica ao do pai.

E claro, se Teresa não se irritasse com isso.

E uma tarde das duas juntas era necessária para que as duas percebessem que se amavam, porém também se odiavam na mesma intensidade.

Pobre Patrick.

Nem os seus mais altos truques são possíveis contra os mais fortes hormônios femininos.


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Notas finais do capítulo

ANTES DE TUDO, NÃO, não vou fazer que as duas se odeiem. As duas vão ter um amor de mãe e filha, mas vai ser necessario algum tempo pra isso. Não me matem. Não hoje pq senão eu não termino a fic :)

No final eu juro que escrevi imaginando aquelas tirinhas do "esse é alguem" kkkk do tipo "Este é Patrick. Ele deixou a sua filha (que não obedece ordens) sozinha com a politicamente correta, quase namorada. Parabéns Patrick. Você acabou de criar a terceira guerra mundial". kkkkkkkkkkk
Espero que gostem e por favor, digam sua opinião pra mim pra saber o que acham sobre isso. Beijos ♥ e até prox sab.



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