My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 15
Nada melhor do que o primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, tudo bem?
Tô postando hj pq ontem o site tava em manutenção :))

Bom, espero que gostem.
bjs ♥



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Na manhã do dia seguinte, Teresa acordou cedo. Na verdade, ela quase não dormiu na noite anterior e a cada vez que seus olhos se fechavam, imagens de Jane surgiam em sua mente, a fazendo acordar imediatamente.

Ela não poderia mais negar que estava louca pelo consultor. Na primeira oportunidade possível, ela acabaria sucumbindo ao desejo de tê-lo junto a si.

E era isso que ela tinha medo. Não queria que o Patrick se afastasse dela. Na verdade, mesmo depois de muito pensar, ela ainda não sabia se o consultor estava sendo sincero ou apenas brincando quando disse aquilo.

Porque ele pode ver a verdade em seus olhos.

E a paixão que ela nutria por ele, estava estampada em cada pedacinho de si.

Talvez Patrick soubesse disso e usasse esse fato para “brincar” com ela? Talvez na hora que ela, não aguentando mais tudo isso, o agarrasse e desse um grande beijo, ele iria afasta-la e dizer que ainda ama a ex-esposa?

Provavelmente não. Setenta por cento de chance de não acontecer isso.

Mas eram os trinta por cento que a assustava.

Esse maldito “talvez” que a deixava com medo.

Porém, para a sua felicidade, Patrick sabia disso e não ousaria em combater esse “talvez”.

Diferente do dia anterior, Teresa não fez muita questão de se arrumar antes mesmo de sair do quarto. Estava ventando muito naquela manhã. As arvores balançavam de um lado para o outro, e as folhas mais frágeis cobriam o gramado verde. O sol estava escondido dentre as nuvens acinzentadas e um cheiro particularmente característico de chuva, invadia o quarto de Lisbon, passando pela pequena fresta da janela.

Um silencio aterrorizador tomava conta da rua. Era domingo. Não havia ninguém nas calçadas, nem os cachorros da vizinhança que ousavam em uivar pelas manhãs. Se aquele clima se estendesse até a tarde, provavelmente o parque onde Patrick fazia tanta questão de ir, estaria vazio também, sem as crianças e adultos que geralmente o povoam aos domingos.

Com preguiça até de sair da cama, e com o relógio marcando apenas sete horas da manhã, a senhorita Lisbon não fez nada além de colocar seu roupão por cima do pijama rosa, e calçar suas pantufas fofinhas e extremamente confortáveis.

–Jane ainda deve estar dormindo – Ela repetia em sua mente. Não ouvirá nenhum barulho de gente andando pela casa, muito menos barulho de porta se abrindo.

Ainda um pouco temerosa com a ideia de deixar seu ambiente seguro, usando uma roupa tão “informal” perto de alguém que nunca a tinha visto com outra roupa além das calças jeans e jaquetas, Teresa abriu a porta e arrastou seus pés empantufados até as escadas. A cada passo, mais confiante ela estava sobre Patrick e Charlotte continuarem dormindo no quarto de hospedes.

Até ela entrar na cozinha.

–J... Jane? – Teresa abraçou o corpo, como se impedisse o loiro de enxergar o roupão cinza. Uma coisa um pouco impossível de fazer. – O...O que você está fazendo aqui?

Patrick estava com as costas encostada no balcão da cozinha, uma xícara de chá quente nas mãos, os cachos loiros – sempre devidamente arrumados – agora bagunçados, e suas roupas não se passavam de uma blusa solta bege, e uma calça de algodão cinza. Roupas velhas que eram usadas como pijama. E, no lugar do par de sapatos brilhantes que ele sempre usava, estava um par de chinelos azuis.

Jane sorriu de ponta a ponta, quando viu a agente daquela forma. Estava bonita, apesar de não estar usando sua santa maquiagem e seus cabelos estarem mais desalinhados do que o normal.

–Meh, tomando um chá quente para acordar. Quer um pouco?

–Não, Jane. Quer dizer... Há quanto tempo você está ai? Eu não te ouvi sair do quarto.

–Pouco tempo... Uma meia hora ou mais. – Ele se aproximou vagarosamente dela – Estava pensando no que iríamos fazer hoje.

–Ir pra CBI?

–Ei, nós íamos para o parque hoje, lembra? – Ele deixou a xícara vazia sobre a pia.

–Lembro, mas está meio frio lá fora... Não sei se vale a pena.

–Vale a pena. – Afirmou, olhando-a nos olhos. Ele constatou mentalmente, que ela ficava linda sem maquiagem – E além disso, eu conheço um lugar onde vende um café delicioso. Podemos sentar na grama, tomar um café, e desfrutar dos pássaros cantando e das crianças brincando. Não é incrível?

–É?

–Meh, Lisbon... Claro que é. – Ele enlaçou uma de suas mãos, na cintura de Teresa. Ela corou instantaneamente. Ele estava fazendo aquilo tão naturalmente, como se fossem namorados há anos. – Além disso, Charlotte poderá ficar um pouco conosco, antes de voltar para a CBI... Aquele lugar não é muito agradável para uma adolescente.

–Eu concordo... – Sua voz saiu fraca e baixa. Seus olhos estavam presos no do consultor. Patrick estava cheirando ao chá que acabará de tomar, e ela só conseguia sentir isso, pois estava perto o suficiente dele. – Jane... Aquilo que você disse... – Finalmente, Teresa tocou no assunto que para ela parecia meio “proibido”.

–Era real. – Ele respondeu, passando a ponta dos dedos pelos lábios avermelhados de Teresa. – Eu realmente gosto de você, Teresa. E eu só pude enxergar isso melhor, depois de todos esses últimos acontecimentos. Você ficou do meu lado, me apoiou... Emprestou a sua casa para que eu vivesse aqui com a minha filha... Francamente, eu não tenho palavras para descrever o quão grato eu estou...

–Jane...- Patrick colocou seu dedo sobre a boca dela.

–Não me chame de Jane. – Ele afirmou – Me chame de Patrick. Ou de amor se quiser.

Ela riu baixinho. Jane não perde uma chance de fazer alguma gracinha.

–Jan... Patrick – Ela se corrigiu rapidamente. Seus olhos se fecharam e ela desuniu os lábios, a espera de algo que tanto ela, quanto o loiro, queriam.

Patrick aproximou seus lábios da agente, posicionando sua outra mão nas costas dela, acariciando-a. Lisbon ajeitou suas duas mãos na nuca do consultor, puxando-o para mais perto de si.

Vagarosamente, os lábios molhados de Patrick, tocaram os de Lisbon. Ela sentia os fios de barba fazendo-lhe cócegas no belo rosto, enquanto uma mão forte alisava e apertava sua cintura.

Então, antes que eles conseguissem aprofundar aquele tão necessitado beijo, passos leves foram ouvidos, descendo as escadas rapidamente.

Os dois se soltaram com a velocidade de um canhão. Teresa ficou parada e Patrick correu até a pia, pegando sua xícara. O coração do casal estava a mil. Primeiro o beijo, depois o susto.

E Teresa ainda tentava assimilar tudo aquilo em sua cabecinha.

–Bom dia! – Charlotte cumprimentou-lhes sorridente. Também estava de pijamas – Está tudo bem?

Lisbon assentiu com a cabeça, ainda em choque. Estava com um olhar de cachorro assustado. Afinal, o que Charlotte faria se visse o seu pai beijando outra pessoa que não fosse sua Angela? Será que ela ficaria brava com Teresa? Ou ela aceitaria?

–Bom dia querida- Patrick voltou a soltar a xícara na pia e caminhou até a filha, dando um beijo em sua testa – Dormiu bem?

–Sim. –Ela sorriu e voltou seus olhares a Lisbon – Ela está bem?

Patrick se virou e encarou a “amiga”, com aquele sorriso de quem foi pego aprontando.

–Ela vai ficar bem.

–Hum... – Se havia uma pessoa nesse mundo que, além de Patrick, conseguia enxergar além das palavras ditas, essa pessoa era Charlotte. Não demorou muito para ela entender o que estava acontecendo ali, porém ela não disse nada aos dois.

Sua cabeça estava confusa igual à de Teresa. Ela ainda não conhecia a agente o suficiente para saber se ela era uma boa companhia para o pai. Claro, ela simpatizava com a mulher e a considerava uma boa pessoa. Mas, será que ela poderia confiar nela?

–Vamos para o parque, papai? – Charlotte prosseguiu, secretamente estudando todo o comportamento da suposta amante do querido pai.

–Sim, vamos. – Ele tocou o ombro da filha – Então porque você já não vai se trocar? Eu já vou indo.

–Tudo bem. – Ela sorriu e correu para cima, deixando o casal novamente sozinho.

–Foi por pouco... – Teresa comentou baixinho. – Sua filha me odiaria por isso.

–Meh, eu acho que ela torce para que fiquemos juntos.

–Você acha?

–Acho. – Ele caminhou até ela e alisou seus cabelos – Melhor irmos nos trocar... Algo me diz que hoje será um dia bem interessante.

Ele beijou a testa dela, fitando-a com compaixão.

Então ele se retirou, subindo até o seu “quarto”, onde estava a sua roupa.

Teresa o assistiu subir, então quando percebeu, seus lábios espelhavam o melhor dos sorrisos. O mais verdadeiro de todos.

O mais apaixonado.

Afinal, não existe nada melhor do que o primeiro beijo entre um casal apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Na verdade eu não me aguentei, iria fazer os dois se pegarem depois. Mais meu coraçãoo jisbon gritou alto e vcs tb gritaram alto por jisbon, então aqui está, o primeiro beijo.

Queria saber a opinião de vocês sobre o relacionamento da Tessy com a Charlotte. Uma leitora linda me deu ideias tb lindas, e eu tava pensando em colocar. E tb queria saber se vcs ficariam bravos se o Red John fizesse uma aparição marota. Ou seja, quero ouvir vcs, meus lindos *----*
Obg por lerem e pelos reviews fofos.
Bjs ♥



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