My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 14
O amor está no ar


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente :)) Como vocês estão?
Obrigada pelos reviews!!! ♥ fico feliz em saber que vocês estão gostando.

Esse capitulo foi algo bem... como posso dizer... complicado de se fazer. Não pq eu não sabia o que escrever, mas pq eu fiz e refiz o final do capítulo umas 4805924 vezes pq eu não conseguia me decidir kkkkk.

Bom, espero que gostem do cap :3
Boa leitura ♥



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O caso estava praticamente no fim. Mattie havia confessado e Cho estava junto de Teresa, conversando com Bertram sobre o caso. Grace – cansada e faminta- seguiu seu caminho até sua mesa e se surpreendeu quando achou as coisas que o Rigsby havia deixado lá para ela.

Ela olhou em volta e notou Patrick e Charlotte conversando. Nem estavam prestando atenção nisso.

A mesa de Cho estava vazia, e ela se repreendeu por achar que o coreano faria algo para ela. Quer dizer, não nesse nível de “bondade” disfarçada, que provavelmente seria uma coisa do...

-Rigsby – Ela afirmou. O agente evitava o máximo em olhar para ela. Estava tentando ser “misterioso”... Achando que a ruiva o desejaria mais por isso.

E ela desejou mesmo. Ela gostava daquilo. Gostava mais dele daquela forma, do que da forma de antes.

Então ela começou a repensar “vale mesmo a pena, continuar separado dele por uma besteira?” Afinal, o amor que eles sentiam era gritante. E ela queria se entregar de corpo e alma para ele. Ela precisava disso.

Ah, mas é claro... A CBI não permitiria uma coisa dessas.

E ela se importava com isso? Melhor, e eles se importavam com isso?

Grace sentou na cadeira e começou a comer o lanche, aproveitando para folhear a revista sobre coisas sobrenaturais, que tanto a divertia. Ela agradecia internamente por aquele divertimento barato, que estava lhe entretendo naquelas horas chatas sem crimes para solucionar.

Ela olhou novamente para Rigsby. Uma vozinha em sua cabeça disse “Por que não, Grace?”.

Afinal, por que não, Grace?

Rigsby agradeceria. Charlotte também. E mais para frente, Patrick também.

Assim todos ficariam felizes.

-Jane, vamos? – Teresa questionou o consultor, interrompendo a conversa com a filha. Ele acenou com a cabeça e junto da garota, foram na loja de tortas.

**

-Nossa, Teresa... Onde você achou esse lugar? – Charlotte perguntou, admirada com a loja. Com razão. Era um lugar totalmente incompatível com resto de Sacramento, escondida de toda a movimentação e barulhos desagradáveis.

Listras brancas e cinzas foram pintadas nas paredes. Mesinhas de madeira com toalhas xadrez tanto dentro quanto fora do estabelecimento, mantinham aquele ar rústico e diferente do ambiente caótico da cidade. Além do cheirinho doce e enjoativo de torta que pairava no ar. Realmente, um lugar difícil de se encontrar em uma cidade tão grande quanto aquela.

Não era de se impressionar, que Jane e Charlotte estranhassem.

-Eu sei que vocês acham que eu não tenho vida social, mas eu tenho. – Ela afirmou – Foi Tommy que me mostrou este lugar... Eu vinha muito aqui com ele, e com Annabeth quando era menorzinha. Mesmo depois que eles dois sumiram no mundo, eu continuei vindo.

-Sozinha? – Charlotte perguntou.

-Sim, e vocês vão entender o porquê. A torta daqui é maravilhosa... Vocês não vão parar no primeiro pedaço.

- Meh, desse jeito eu vou ficar gordo. – Patrick passou a mão em sua barriga, da mesma forma que as mulheres grávidas fazem.

-Se depender disso, você terá que comer muita torta mesmo – Charlotte comentou, piscando para a agente logo em seguida. – E, quem é Annabeth? Sua filha?

Teresa e Patrick riram.

-Não não, é minha sobrinha. Não tenho filhos.

-Estranho... Por que não?

-Charlotte! – Patrick a repreendeu já que a agente parecia começar a ficar levemente incomodada com o assunto.

-Não, tudo bem, Jane. – Ela sorriu, tentando esconder sua vergonha por tocar neste assunto. – Eu não tive filhos porque eu escolhi trabalhar, ao invés de ter um marido e uma família.

-Mas isso é errado. – Charlotte comentou baixinho. Dessa vez, seu pai decidiu intervir.

-Nada na vida é errado, filha. Você vai aprender isso mais tarde. – Ele encarou Teresa e deu um sorrisinho de canto de boca.

-Eu sei pai... Eu sei...

O garçom trouxe três pedaços de torta de maçã com canela, um para cada. Eram pedaços grandes e com uma aparência realmente muito agradável, além do cheirinho doce que invadia as narinas dos três, fazendo o estômago de cada um presente roncar baixinho.

-O que nós vamos fazer hoje a noite? – Patrick perguntou, com os olhares direcionados a Teresa – Aposto que você quer assistir filmes antigos, tomando sorvete.

-Ah, eu sempre faço isso, acho melhor você decidir algo de diferente e divertido para nós.

-Meh... Então Charlotte, já que os adultos desta mesa não se decidem, o que você acha que deveríamos fazer? – Patrick perguntou, com um “sorriso de canela” em seu rosto.

-Acho que deveríamos pedir pizza e assistir a algum programa na tv. Vocês devem estar cansados... Não vão demorar muito até caírem na cama.

-Então poderíamos sair amanha, que tal? – Patrick sugeriu – Sei de um parque lindo, onde poderíamos tomar um sorvete juntos...

-Temos trabalho amanhã, Jane. – Teresa respondeu, educadamente quebrando o encanto do convite.

-Meh, amanhã é domingo. Podemos chegar mais tarde.

-O que te faz pensar isso?

-“O que me faz pensar isso” – Ele repetiu – O fato de ser domingo e todo mundo dormir até mais tarde, me faz pensar isso. – Jane aproximou-se da filha e sussurrou algo no ouvido dela - Por favor, Teresa... – Charlotte fez uma carinha de cachorrinho sem dono - Olhe para essa carinha fofa... Você não acha que ela merece um passeio no parque?

-Sério que você está usando a sua filha para manipular a minha vontade?

-Sim.

Ela suspirou alto.

-Tudo bem, você venceu. Mas não podemos nos atrasar muito, está bem?

-Isso. – Ele sorriu para a agente e logo em seguida, para a filha – Viu Charlotte? É assim que se faz. Mais tarde, eu te ensino a jogar poker.

-Vai me ensinar os truques, ou eu vou ter que aprende-los sozinha?

-Meh, eu vou te ensinar os truques, e depois disso, podemos jogar com a Teresa, não é?

Lisbon negou com a cabeça.

-Eu não venço nem de um Jane, imagina de dois!

-Com certeza, isso seria algo divertido de se ver.

Ela forçou uma risada irônica.

-Você é tão engraçado, Jane. – Ela fez uma careta séria, porém por dentro, ela estava mesmo achando graça no consultor.

-Hum, está imitando o Cho agora?

Os três riram. Não tinha como não rir.

-Jane, você é muito idiota. – Ela brincou, antes de dar a garfada final em sua torta.

-Eu sei, querida Lisbon...

**

Era quase meia noite quando Patrick colocou Charlotte para dormir. Eles assistiram a alguns programas, aproveitando a pizza e um pouco de refrigerante que Jane havia comprado mais cedo no supermercado.

Além de Charlotte, Teresa também estava exausta. Quase não abria mais os olhos e por alguns segundos, acabou deitando a cabeça no ombro do consultor, cochilando. Claro, ele nada fez além de sorrir alegremente para ela, que naquela altura já estava vermelha de tanta vergonha.

Porém Teresa ainda insistia em arrumar a sala, retirando as louças sujas e guardando os restos da pizza.

Cavalheiro como sempre, Jane foi ajuda-la.

-Hum... Eu sinto que Charlotte está aprontando alguma pra mim – Ele começou a conversa, na tentativa de manter a agente acordada por mais tempo.

-Como o que?

-Você não sabe? – Ele fez uma cara de surpreso.

-Não, como eu poderia saber?

-Se você tivesse um calendário... Ou pelo menos tivesse lido a minha ficha...

-Eu li a sua ficha.

-Então você sabe que dia é quarta?

-Ahhhh, não?!

Ele sorriu o menor dos sorrisos, afinal lá no fundo, ele esperava que Lisbon se lembrasse do aniversario dele.

-Meu aniversario é na quarta, e Charlotte está aprontando algo...

Se Teresa ainda não tinha acordado por completo, certamente naquela hora ela acordou. Seus olhos semicerrados se abriram na rapidez de uma lebre.

-Me... Me desculpe...

-Tudo bem, Teresa. Nunca comemorei o meu aniversario antes, e não esperava que alguém se lembrasse desta data.

-Não Jane, me desculpa mesmo. Eu deveria saber.

-Teresa... – Ele se aproximou dela e afastou sua franjinha que estava caída sobre seu olho – O único que deve desculpas aqui sou eu...

-Por? – Lisbon não mais pensava antes de falar. Seus olhos estavam presos nos do consultor e sua mente totalmente focada na proximidade repentina dele.

-Pelo que a Charlotte disse sobre filhos... Ela não deveria ter falado aquilo, me desculpe – Ele acariciava o rosto da agente com carinho.

-Ela não disse nada de mais.

-Disse sim... Você não gosta de tocar nesse assunto... Porque se sente culpada por ter destruído a sua chance de construir uma familia... Não pense assim. Não era para acontecer. Ele não era o homem certo para você.

-E qual é o homem certo para mim?

-Óbvio, alguém alto, bonito e inteligente, que trabalhe com você e saiba dos seus maiores medos e segredos, porém não os usa para atingi-la.

-E que tenha uma filha chamada Charlotte, e por acaso se chame Patrick Jane, certo? – Ela completou o consultor, dizendo de uma forma sarcástica – Se você continuar fazendo isso, vou começar a desconfiar que você está apaixonado por mim.

-Começar?! Achei que tínhamos deixado isso bem claro.

Ela arqueou as sobrancelhas, ainda em duvida se o consultor estava falando sério ou não.

-Quando que deixamos isso claro?

-Meh Teresa, algumas coisas nós não precisamos dizer. Elas já estão explicitas. – Respondeu seriamente, matando todas as suspeitas da agente de que isso fosse apenas uma brincadeira do consultor.

-Então você está me dizendo que você é o homem da minha vida, porém nunca disse que me amava porque demonstrou de outras formas não verbais?

Ele assentiu de leve com a cabeça.

-Você está brincando comigo... – Ela concluiu rapidamente. Sua mente ainda tentava se lembrar em como este assunto surgiu.

-Por que eu brincaria com você?

-Porque você é você...

-“Você é você” – Ele repetiu sorridente – Que ótima definição de mim mesmo.

-Ah Jane, você entendeu. – Teresa virou os olhos – Quer saber? Eu vou ir dormir. Boa noite. – Anunciou ríspida e levemente rude.

-Já? Ou está apenas fugindo de mim? – Ele riu baixinho, adorando vê-la assim. Teresa era a melhor definição de princesinha irritada que se poderia ter.

-Os dois. Boa noite.

-Boa noite, pequena Lisbon. – Ele sorriu, fazendo-a virar os olhos – Durma bem e sonhe comigo.

-Só se for um pesadelo. – Ela respondeu, já subindo os degraus que dariam para o seu quarto.

-Ah, Teresa?

-Sim? - Ela parou no meio da escada.

-Você está me devendo nove presentes de aniversário. - Afirmou.

-Ha-ha, como se eu fosse te dar.

-Meh, tem até quarta para isso.

-Vá pro inferno, Jane.

-Só se você estiver lá.

Ela revirou os olhos novamente, terminando de subir as escadas, deixando um Patrick feliz e sorridente no andar de baixo.

E naquela noite, Lisbon dormiu com um sorriso satisfeito nos lábios.

Só foi Patrick chegar, que toda a paz e calma da vida de Teresa, acabaram.

E ela nunca esteve tão feliz com isso, como agora.


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Notas finais do capítulo

Simmmmmmmmm festa de aniversario. Yeah yeah yeah o/ o/ o/ claro que o Jane iria descobrir isso antes da hora, mas as coisas não são o que parecem. Quer dizer, talvez pessoas se metam nessa festa. (Estou falando do Tio John e mais algumas pessoas). Red john como penetra de festas de aniversário. Vai levar as coxinhas dentro da cueca kkkkkk parei parei.
Eu coloquei de tudo nesse final, acreditem. Teve um quase beijo, um beijo, um tapa na cara, e mais outras mil coisas. Eu pensei bem e decidi que o primeiro beijos deles tinha que ser algo fofo. Ou seja, vou dar uma de Bruno Heller. Massss eu garanto que o beijo está chegando. Só que pra isso, vai ter uma parte "tensa", que eu acho que vai ser importante pra fic (ou não).
Bom, espero que tenham gostado ♥ Beijinhos e até semana que vem :))



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