My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 13
Gatinha manhosa


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente, como vcs estão? Valeu pelos reviews fofos *--* amo vocês :)) Espero que gostem do cap ♥ Beijos.



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–Elisabeth, sei que você era muito amiga de Amanda... – Lisbon afirmou, sentada ao lado da principal suspeita, tratando-a com compaixão, sem muito acreditar que a mesma poderia estar envolvida nesse bárbaro assassinato – Mas, nós vimos que você foi a ultima pessoa a conversar com ela antes de... Bem... De encontrar o corpo de Amanda no carro...

–Não! Não fui eu, como pode pensar algo assim de mim? Eu era melhor amiga dela, melhor amiga! – Esbravejou, levantando-se do sofá e virando o olhar para Jane, que mexia em algumas fotos expostas na prateleira da sala de estar – Não mexa nisso, senhor Jane, não é da sua conta.

–Meh, acalme-se. – O loiro aconselhou, guardando a foto de volta no lugar – Você quer que eu faça um chá?

–Chá? CHÁ? – A moça ruiva gritou o mais alto que pode. Os olhares de Patrick se cruzaram com os de Teresa e por um segundo eles pareceram querer rir da cena – Vocês vem na minha casa, me acusam de ter matado a minha melhor amiga, e agora você vem me perguntar se eu quero um maldito chá?

–Só estava tentando conforta-la...

–Isso não vai me confortar nem um pouco.

Patrick analisou a garota, e uma luz invadiu sua mente. Sim, ele descobriu o que tinha acontecido.

–Sobre o que você e Amanda conversavam no dia da morte dela?

–Oi!? – Ela abaixou o tom de voz.

–Você sabe, no hotel.

–Sobre coisas pessoais.

–Que coisas pessoais?

Elizabeth relutou um pouquinho para dizer, porém quando abriu a boca, lagrimas e mais lagrimas caíram de seus brilhantes olhos azuis.

–Mandy tinha um dinheiro recebido da herança de sua mãe e eu pensei que... Que ela poderia dividir isso comigo...

–Por que ela dividiria o dinheiro dela com você?- Lisbon a questionou.

–Lisbon? Você não vê? – Patrick a provocou, com aquele sorriso brilhante que ia de uma ponta a outra do rosto – Mandy e Lizzy são irmãs idênticas. Olhe a cor dos olhos e o formato da boca. – Ele apontou pros lábios carnudos da mulher, que logo tratou de afastar a mão do consultor de perto.

–Mas Amanda foi encontrada morta no carro, e não no hotel.

–Meh, claro, Lizzy sabe que hotéis tem câmeras e então decidiu esperar um pouco do lado de fora, e depois seguiu seu carro até a estrada, não é Elisabeth?

A suspeita tremia e soluçava. Seu rosto estava ficando vermelho, e um olhar raivoso foi direcionado para Patrick.

–Não fui eu que matei Amanda! – Gritou, batendo os pés no chão. Parecia uma criança. – Foi o Mattie que a matou... Foi o Mattie... Por favor, não me prendam... Não fui eu que puxei o gatilho.

–Quem é Mattie? – Lisbon perguntou, já pegando a algema no bolso de trás.

–Namorado da Elisabeth. Trabalha no hotel, como segurança na parte do estacionamento. – Jane respondeu, causando medo tanto na Lisbon quanto na Elisabeth.

–Nós nos encontramos no estacionamento... – Admitia em soluços – Ele se ofereceu para me levar para casa, e eu aceitei. Quando eu contei o que tinha acontecido, ele ficou possesso de raiva, e disse que Amanda deveria dar o dinheiro para mim.

–Mattie provavelmente te mataria depois e ficaria com o seu dinheiro. – Jane comentou.

–Jane, deixe-a continuar.

–Meh... Tá.

–Então, Amanda me ligou e eu pedi para que ela me encontrasse no William Land parque, que estava vazio na hora... Quando ela chegou... – Ela não conseguia dar continuidade na conversa. Estava soluçando tanto que parecia lhe faltar o ar.

–Quando ela chegou...? – Lisbon pressionou para que ela assumisse logo sua parcela no crime, e finalmente tivesse a chance de tirar o dia de folga.

–Quando ela chegou, Mattie atirou nela e levamos o seu carro até a estrada, colocando o corpo no banco da frente, simulando uma tentativa de assalto... Eu.. Eu não queria ter feito isso, me desculpem...

–Meh, mas você fez. Por favor, Lisbon, faça as honras.

–NÃO, POR FAVOR – Lizzie ainda tentava argumentar, enquanto suas mãos eram algemadas pela agente, satisfeita por ter ajuda do seu consultor e poder desfrutar de um almoço em breve.

–Vou ligar para a Van Pelt e o Cho, para que prendam o Mattie e procurem por provas no parque.

–Ótimo. Depois de fechar esse caso incrivelmente fácil, eu acho que mereço um beijo da minha querida chefa.

Lisbon fingiu um sorriso para o consultor, seguido de um beliscão forte no braço dele.

–Só nos seus sonhos, Jane.

–Meh, então pode ser uma fatia de bolo de chocolate também.

–Vou pensar no seu caso. – Ela sorriu para ele, que sorriu de volta na mesma intensidade.

**

Jane e Lisbon estavam presos no transito da avenida principal, havia mais de uma hora. Elisabeth acabou cochilando no banco de trás, deixando os dois a vontade para conversarem, sem precisarem se preocupar.

–Jane... Posso te fazer uma pergunta? – A voz de Lisbon saiu quase impedida. Estava com medo de questionar o consultor.

–Claro.

–Você... Você não me disse o que Charlotte te contou sobre “aquela noite”... – Murmurou, ainda receosa do que estava falando.

–Meh, isso é uma pergunta? Está mais para uma afirmação.

–Você sabe onde eu quero chegar.

–Meh, sei.

–Então, o que ela te disse? Ela viu...?

–Não, ela não viu a mãe sendo morta, pelo menos foi o que ela disse. – Patrick revelou, tentando não se sentir mal e chateado, como quando ele se recorda do corpo da mulher atirado na cama. – Ela foi hipnotizada pelo Red John. Ela se esqueceu dele e daquela noite, quase que completamente.

–Ela disse que foi hipnotizada?

–Não, mas não é difícil de descobrir. Ela me descreveu com detalhes coisas que aconteceram antes do crime e depois, porém não durante. É como se faltasse uma parte.

–Jane... Você não acha que Charlotte possa estar te escondendo algo?

–Lisbon, por que eu acharia isso? Por que Charlotte mentiria para mim?

–Talvez ela esteja tentando te proteger. – Os olhares dos dois se encontraram e Lisbon percebeu como ele estava abalado. Porém, ela prosseguiu. Em sua mente, ela necessitava fazer essas perguntas, uma vez que era o seu trabalho. – Você já pensou que o Red John possa ter te guiado até Charlotte? Que ele tem alguma coisa com esse reencontro?

–Penso, penso nisso o tempo todo. – Ele assumiu, com um ar triste estampado na voz.

Lisbon abaixou a cabeça, envergonhada por ter deixado Patrick chateado.

–Tudo bem, Teresa – Patrick prosseguiu, fingindo um sorriso – Você não me deixou triste. Eu... Eu penso nisso o tempo todo. Red John não faz nada por acaso. Por isso... Por isso eu preciso tanto protegê-la e... Proteger você também.

–Me proteger?

–Ele sabe da verdade, Lisbon.

–Verdade? Qual verdade?

–A verdade, querida Lisbon... Em falar nisso, onde vai querer almoçar hoje? – Patrick se desviou do assunto com a rapidez de um coelho – Sabe que está me devendo um pedaço de bolo, né?

–Pode ser torta? Eu sei um lugar onde vende uma torta de morango muito boa. Dai podemos levar Charlotte lá.

–Claro, claro, boa ideia, pequena Lisbon.

–A pequena Lisbon aqui vai socar o seu nariz se você ousar repetir esse apelido de novo.

Patrick fez uma careta engraçada, fingindo teme-la.

–Tudo bem, pequenina Lisbon.

–Jane... – Resmungou, tirando um sorriso do consultor.

**

Quando finalmente os dois agentes conseguiram chegar na CBI, já se passavam das duas horas da tarde, e Cho estava com Van Pelt, interrogando Mattie e agora, Elisabeth.

Teresa logo foi atrás, enquanto Jane ficava no sofá, onde sua filha se encontrava, sentada, admirando o teto.

–Como foi a manhã? – Jane perguntou, olhando em volta até parar o olhar na caixa de chocolates junto de uma revista e um lanche na mesa da agente ruiva. Ele soltou um suspiro alto. – Alguém aqui não obedeceu as minhas ordens.

A menina engoliu aquilo a seco. Porém, nada tinha a dizer, afinal era culpada.

Claro que não mais culpada que o seu próprio pai, que deveria imaginar que isso aconteceria.

–Suas ordens? Que eu saiba, eram de Teresa.

–Meh, ordens de Teresa são minhas ordens também. – Respondeu – Agora me diga, qual é o seu objetivo em fazer Rigsby conquistar Grace?

–Você não sabe tudo? Por que não adivinha?

–Quer mesmo que eu adivinhe?

–Não... – Suspirou, evitando olhar para os olhos de Patrick – Pai, olha... Ele vai me dar dinheiro, e eu preciso desse dinheiro.

–Por que? Eu posso te dar dinheiro também.

–Não, eu quero ter o meu proprio dinheiro.

Jane a encarou, como se a obrigasse pelo olhar a contar tudo.

–Charlotte, o que você está aprontando?

–Nada.

–Charlotte...

–Já disse pai, nada.

–Se você não me contar, eu vou descobrir sozinho. – Ele deu o seu ultimato para a menina.

–Não é nada de errado, pai...

–Então você assume que está aprontando algo?

Ela suspirou alto. Seu pai estava lhe cansando.

Então, ela decidiu apelar para o drama.

–Você não confia em mim, pai?

–Claro que confio, você é minha bonequinha com cheiro de morango. – Ele a abraçou, depositando um beijo em sua testa.

–Então não ouse descobrir o que eu estou planejando, senão eu vou ficar muito brava com você.

–Desde que você não desobedeça nenhuma ordem.

–Pai! – Protestou – Você acha que poderá me manter presa feito um cachorro em um canil, até quando?

–Até o Red John ser pego... Além disso, você está mais para uma gatinha manhosa presa em um gatil. – Ele brincou, fazendo a pequena sorrir – Olha, vamos fazer o seguinte... Você poderá sair, desde que saia com a Lisbon, e as duas me avisem antes, ok?

–Agora tenho babá...

–Hey, não fale isso. Estou pedindo esse favor para você, porque eu tenho medo do que pode acontecer, está bem? Estamos combinados?

–Estamos...

–Então, para selarmos esse acordo, que tal comermos uma torta de morango em um restaurante perto daqui?

–Antes do almoço? Como nos velhos tempos?

–Claro, por que não?

–Que nostálgico...


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Notas finais do capítulo

Tomara que a parte deles solucionando o crime não tenha ficado confuso... por acaso eu confundi toda hora "Amanda" com "Elisabeth" sem brincadeira.Oq será que Charlotte estaria aprontando??? Wow, vou matar vcs de curiosidade :)) mas prometo que é algo bom... Tem a ver com... bolo... vamos ver quem adivinha *---*Beijos e até prox sabado *---*