My Red Cherry escrita por Miahh


Capítulo 12
Desobedecendo às ordens


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, estou aqui em mais um sábado *---* É amanhã povo, é amanhã que a gente morre :))

Beijos e espero que gostem do cap *--*



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Depois de uma pequena discussão entre Lisbon e seu consultor, sobre quem seria o motorista da vez -já que Jane insistiu em ir com o carro de Lisbon, porém gostaria de dirigir- Jane, sua filha e Teresa, chegaram a CBI.

Inevitavelmente todos os olhares se lançaram sobre os três. Pareciam uma família. Patrick como o marido desajustado e causador de problemas, Teresa a mulher que tentava colocar um freio no comportamento do loiro, e a adolescente Charlotte, que via o mundo de uma forma um pouco infantil – idêntica ao pai.

Mal chegaram e Jane já estava tomando um chá. Outro chá. Seu café da manhã havia sido um chá de camomila. Charlotte acompanhava o pai, animada por desfrutar de uma bebida quente feita pelo Patrick. Ambos se instalaram no sofá marrom, observando o modo que Teresa lidava com o novo caso.

–Chefe, sobre o caso daquela mulher encontrada morta dentro de um carro – Rigsby a relembrou – A melhor amiga da vitima disse que a ultima vez que elas conversaram, foi dois dias antes dela morrer... Só que as câmeras de vigilância do hotel onde a vitima estava registrada, mostram exatamente o momento que a amiga deixou o hotel, aparentemente nervosa.

Lisbon arqueou as sobrancelhas. Quando conversou com a amiga da vitima – Elisabeth Brown – pensou que ela nunca faria nada de mal para a amiga. Agora, com todas essas provas, difícil não achar o contrario.

É, ela admitiu para si mesma que precisava do Jane para resolver os casos.

Como se isso fosse uma novidade.

–Cadê a Van Pelt? – Teresa questionou Rigsby, ao mesmo tempo que o encarava com aquele olhar “Espero que ela não esteja atrasada porque estava dormindo com você”.

–Ela ligou dizendo que está parada na avenida principal. Um carro se envolveu em um acidente terrível com um ônibus, e nada ali anda desde as sete.

–Hum... – Teresa pensou um pouco antes de prosseguir – O hotel onde Amanda estava, fica perto dessa avenida, não fica?

–Fica bem perto – Rigsby respondeu.

–Então, Cho, ligue para a Van Pelt e já que ela está lá perto, peça para ela te encontrar no hotel e conversem com todos os funcionários que poderiam ter visto a suspeita saindo naquela noite – Ordenou, recebendo como resposta um sim – Rigsby, cuide de Charlotte e não saiam da CBI de jeito nenhum – Ela olhou para o Patrick, que assentiu de leve com a cabeça – E Jane, vamos até a casa da Elisabeth.

–Sim senhora – Patrick se levantou, colocando a xícara de chá sobre a mesa a sua frente – Já volto querida – Ele beijou a testa da garota, com os lábios levemente molhados de chá – Obedeça o Rigsby.

–Tudo bem pai, eu vou obedecer – Ela sorriu – Quando você voltar, poderemos almoçar juntos?

–Meh, dependendo do horário.

–Tá bom – Ela abraçou o pai – Tchau.

–Tchau querida.

Lisbon, Jane e Cho foram embora, indo os três juntos para o estacionamento da CBI. Cho foi sozinho para o hotel, já ligando para a Van Pelt.

Patrick e Teresa entraram no carro dela e ele ajustou o GPS. Como sempre, o motorista da vez seria a agente, que não fazia questão de perguntar para o consultor se ele gostaria de dirigir.

Entretanto, Patrick não se importava muito com isso. Estar ao lado da mulher que ele mais amava no mundo, já era o suficiente.

**

–Rigsby – Charlotte parou a frente da mesa do agente – O que você está fazendo ai ainda? Temos que sair.

–Sair?

–Sim, você não quer conquistar a Grace? – Ela o questionou, sem dar tempo para a resposta tão banal quanto a pergunta – Então temos que ir fazer compras!

–Não. Lisbon me mandou ficar de olho em você e de maneira alguma sair da agencia.

–Você respeita regras?

–Respeito.

–Mas eu não, então vamos logo. É o seu futuro com a ruiva em jogo.

–Não podemos sair, é perigoso. Red John está atrás de você. Sabe disso.

–Rigsby, vamos só até a lojinha de doces que tem aqui na esquina – Tentou explicar, já que o rapaz estava irredutível – Além disso, você tem uma arma e um par de algemas. Você pode me proteger muito bem.

–Nem pensar, muito arriscado. Eu vou acabar demitido.

–Não vai não, ninguém precisa ficar sabendo.

–Red John está atrás de você – Ele repetiu, tentando causar algum medo na garota.

–Legal, mas você não acha que se o Red John quisesse me matar, ele já não o teria feito?

Touché.

Depois dessa, Rigsby não conseguiu pensar em uma desculpa boa o suficiente para convencer a adolescente.

–Você venceu – Admitiu – Mas teremos que ser rápidos. Não quero perder o meu emprego por causa disso.

–Não se preocupe, seremos rápidos o suficiente.

**

Um céu limpo de nuvens e um sol radiante estavam sobre a cabeça dos habitantes da capital californiana. Charlotte e Rigsby andavam pela larga calçada, com uma pressa de quem está fugindo da policia.

Claro, Charlotte não gostava muito disso. Aproveitava aqueles momentos que o consumismo arrebatava sua pequena alma e a permitia desfrutar de umas boas horas em uma loja de roupa. O problema é que – além dela não ter dinheiro para tal – Rigsby não ajudava muito e, segurando em sua mão, andava rápido o suficiente para Charlotte não conseguir nem ao menos, ver a cor das roupas expostas na vitrine.

Rigsby olhava para todos os lados, com medo. Medo de ser pego pelo Red John, ou pior, ser pego pela Teresa. Esta, iria mata-lo se visse que estavam desobedecendo suas tão amadas ordens.

–Não tem como negar que você tem realmente o sangue da familia Jane – Rigsby afirmou, ainda um pouco contrariado por ter sido passado por trás pela garota.

–Hum, meu pai também desobedece as ordens da Teresa?

Ele riu.

–O tempo todo.

Eles entraram em uma lojinha de conveniência, quase vazia. Charlotte, certa do que queria comprar, logo puxou o agente pela mão, levando-o até a prateleira de doces.

Ela pegou uma caixa de chocolate e examinou-a, conferindo o preço.

–Imaginei que ele fosse assim ainda – Respondeu, sem pensar muito no que estava falando, já que estava refletindo sobre os chocolates certos para a ruiva – Quando eu era pequena, ele sempre me deixava comer a sobremesa antes do almoço. Mamãe detestava isso, mas como sempre, ele usava o charme para se tirar dessas situações de risco.

–É, isso faz bem o tipo dele – Ele observou a garota colocar a caixa na prateleira de novo e tirar outra caixa, de outra marca – O que estamos procurando, afinal?

–Algum chocolate que a Grace goste.

–Ah, mas isso é fácil. Ela gosta de chocolate preto crocante. Eu já dei vários desse tipo para ela. Sempre adorou.

–Tem certeza? Porque eu acho que a Grace gosta mais de chocolates suaves, estilo chocolate branco, ou preto com recheio cremoso de morango.

–Como você chegou nessa conclusão?

–Bom, ela faz do tipo doce. Seu café tem muito açúcar além do que uma pessoa normal toma, eu sei porque eu vi. Provavelmente ela sabe que poderá ficar gorda, mas como não quer mudar seus hábitos, faz algum tipo de esporte que não necessite correr ou suar muito, tipo ioga. Logo, seu chocolate deve ser levemente doce e enjoativo, como chocolate branco.

Na verdade, Charlotte tinha reparado que a agente carregava sempre uma barra de chocolate branco, dentro da bolsa. Ela sabia que provavelmente a ruiva estava enjoada de comer só chocolate preto, ainda mais com o Rigsby acabando de admitir que sempre dava a ela a mesma coisa.

–Ah, entendi – Ele abriu um pouco a boca e arregalou os olhos, feito uma criança visitando o circo pela primeira vez.

Charlotte pegou uma caixa quadrada, com chocolates brancos em formato de corações coloridos. Era perfeito.

Seguiu até a outra prateleira bem atrás deles, e pegou dois lanches naturais, feitos no mesmo dia, com queijo, presunto e patê de atum. Depois pegou uma revista sobre espíritos e companhia. Foram até o caixa, onde Rigsby não muito contente, pagou por tudo que ali foi adquirido.

–Tá bom – Eles passaram pela porta automática da loja, voltando para a CBI – Explique o que devo fazer agora.

–Bom, você vai deixar essa caixa de chocolate sobre a mesa. Não diga nada. Nem se ela perguntar quem foi.

–Mas dai ela poderá pensar que foi outra pessoa.

–Olhe para ela com um sorriso de canto de boca. Você estará deixando-a curiosa e feliz, acredite.

–Certo, e o por que dos lanches e a revista?

–Um lanche é pra ela, outro lanche pra você. Finja que gosta de coisas orgânicas e tente pelo menos, na frente dela, comer coisas assim. Ela vai te enxergar como um cara maduro.

–E a revista?

–Presentinho para ela. Melhor que rosas que estragam facilmente, a revista a deixará entretida quando não tiver nada para fazer. E outra, ela não espera isso de você. Ela acha que homens são previsíveis e sempre darão os mesmos presentes. Você está sendo original, e isso é um ponto garantido para sua conquista.

–Tem certeza que isso vai dar certo?

–Vai por mim, titio Rigsby, ela vai amar.

–Eu espero.


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Notas finais do capítulo

Não teve mt romance como o anterior, mas prometo que vou compensa-los em breve com mt jisbon :))

Bom, até sab que vem *----* e que todos aproveitem o final do hiatus *----*

Beijos ♥