We Found Love escrita por Ana Elisa Renault


Capítulo 2
Capítulo 2- O cara do milk shake


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo! Deixem uma review! É muito importante para mim! Ignorem os erros de português (se existirem) por favor!



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Levantei da cama, me arrumei e e sai pela porta dos fundos em direção a praia. Observei o mar por alguns minutos. Aquilo me acalmava muito. Sempre fui fascinada com as ondas, com a forma como elas se formam e se despejam metaforicamente nas rochas. O oceano é uma metáfora a céu aberto, bem na nossa frente, e poucos tem a sensibilidade de notar isso. O oceano é calmaria e violência ao mesmo tempo, é mistério, é incrível! A natureza é incrível e linda, mas poucos tem a sensibilidade de notá-la e senti-la. E que apenas queria aproveitar cada segundo em contato com ela.

Depois de alguns minutos sentada na areia da praia, observei um ninho com muitos ovos de tartaruga bem em frente à casa do meu pai, sendo devorados por um Guaxinim. Espantada, logo corri para espantar o bicho de lá. Peguei o máximo de coisas que pude para colocar envolta do ninho e criar uma espécie de cerca para evitar que os animais devorassem os ovos. Pesquisei rapidamente no celular e vi algumas instruções e o número  do aquário da cidade. Percebendo minha agitação, meu pai então saiu de casa e caminhou em minha direção: 

— Nada mal! Você não exagerou nem um pouco! - brincou ele.

— Na internet estão dizendo que é preciso ligar para um aquário para que eles possam vir e proteger o ninho. Só que a bateria do meu celular já era.

— Ao lado da geladeira, tem uma lista com vários telefones da cidade. Inclusive o do aquário. Pode usar o telefone de casa.

Entrei em casa, peguei o telefone e liguei para o aquário. Agendei um dia para que eles pudessem ir lá e proteger o ninho. Assim eu ficaria mais tranquila. Logo em seguida, sai novamente para ir tomar café. No caminho, comprei um livro sobre tartarugas. Afinal, fiquei curiosa em aprender mais sobre essa espécie e como poderia protegê-las.

Caminhando, entrei em uma cafeteria próxima. Quando me sentei e estava com o cardápio na mão para fazer o pedido, o garoto do milk shake apareceu. Ele estava sentado na mesa bem ao lado da minha. Ele então se levantou da mesa , veio em minha direção e disparou:

— Ei.

— Oi. Visual legal. Quase não te reconheci vestindo camiseta. 

Ele soltou uma leve risada no canto da boca. 

O garoto estava vestindo um uniforme que parecia ser de uma oficina. Estava meio manchada de graxa e tinha o nome “Edward” costurado no bolso do lado direito da camisa . Eu logo deduzi que aquele era o nome dele e que ele era um mecânico. 

— Olha, me desculpe, fui um estúpido. - ele disse. 

— É. – respondi.

— Foi por causa do jogo. Fiquei meio alterado. A propósito, meu nome é Edward. – disse ele.

— Ah sim. Eu li na sua blusa. Eu também não fui muito legal aquele dia, tinha acabado de chegar de viagem, em uma cidade na qual eu não queria estar. Mas enfim... Bom, te vejo por ai. - disse tentando escapar.

— Espero que sim. – disse ele, abrindo um sorriso enorme. - Como posso te chamar quando nos virmos? – perguntou empolgado.

— Bella.

— Bella, então. Tchau, Bella. –disse ele pensativo.

— Tchau.- respondi.

Ele saiu da cafeteria, enquanto eu fiz meu pedido à garçonete. Finalmente tomei meu café e logo em seguida, voltei para a casa. Imediatamente após pisar em casa, logo perguntei meu irmão:

— E ai. Ligaram do aquário?

— Não sei. – respondeu ele.

Olhei pela janela e tinha um bicho rondando o ninho das tartarugas. Sai correndo igual uma louca atrás dele. Resolvi que iria dormir ali á noite. Eu queria poder proteger aqueles animais indefesos, e sabia que eles corriam muito risco, ainda mais com a demora do aquário.  Anoiteceu, e eu então estendi uma cadeira de praia ao lado do ninho e ali adormeci. O frio me consumia horrivelmente, mas nada iria me tirar de perto daqueles bichinhos.

A noite havia sido imensamente longa, mas finalmente amanheceu, e tudo parecia estar em seu devido lugar. Me senti aliviada. Voltei a cochilar. 

— Ei.- uma voz surgiu no ar.  

Terminei de abrir os olhos lentamente, até que um rosto começou a surgir lentamente. Era Edward.

— O que está fazendo aqui? – instiguei

— O que está fazendo aqui? – ele perguntou.

— Perguntei primeiro.- retruquei.

— Vim demarcar o ninho das tartarugas.- respondeu.

— Você trabalha no aquário também? Pensei que era mecânico!

— Eu trabalho lá como voluntário.  – respondeu ele.

— Hm... Vocês demoraram. Liguei ontem. Fiquei assustada. Tinham guaxinins por toda parte ontem á noite. - resmunguei. 

— Opa! Eu também ficaria com medo! – ironizou ele.

— Queria ver você dormir a noite inteira aqui, morrendo de frio, segurando um taco de beisebol com guaxinins te aterrorizando. – disse dando um leve sorriso raivoso.

— Sério? Você dormiu a noite inteira aqui? - perguntou incrédulo. 

— Não! Meu cabelo fica assim sozinho! – brinquei.

Meu cabelo estava todo bagunçado e horrível. Afinal de contas, havia dormido a noite inteira com o vento bagunçando ele.

— Você que fez tudo isso? – ele apontou para o cerco improvisado que eu construí em volta do ninho das tartarugas.

— Algum problema? – perguntei.

— Não. Não mesmo. Tirando o fato de que, se os ovos abrirem, as tartarugas não conseguirão ir em direção ao mar e morrerão de fome. – ele deu um sorriso irônico.

— Ha, ha, ha! Muito engraçado moço! Estou rindo horrores! - ironizei. 

— Acalme-se moça! Só estava brincando! Vou fazer meu trabalho e já vou embora! - disse.

— Bom, eu vou entrar e comer algo. Meu estômago está me matando. Deseja alguma coisa? 

— Estou tranquilo. Obrigada. 

Eu então sai, enquanto ele ficou lá demarcando o ninho das tartarugas. Entrei em casa, tomei café e me dirigi à uma lojinha, pois precisava comprar algumas coisas, quando de repente vi Alice na mesma loja. Ela estava olhando uma prateleira que estava em frente à prateleira que eu estava olhando. 

— Oi Alice! – cumprimentei-a abrindo um sorriso.

Ela não se respondeu. Então perguntei:

— Alice? Qual é o problema?

— Vi como você estava olhando para o Jasper. – respondeu ela.

— Do que você está falando? – perguntei.

— Eu amo o Jasper, então fique longe dele. Estou te avisando. 

— Eu não estou interessada nele. – disse.

— Mentirosa. Te vi flertando com ele. – disse ela.

— O cara é um galinha. Ele quem deu em cima de mim. Por quê você quer ficar com um cara assim? – perguntei indo em direção a ela que estava saindo da loja.

Ela deu de ombros e sem dizer nada, saiu da loja. Eu apenas a deixei ir. Não iria insistir em nada, nem contar o que tinha acontecido naquela noite, pois sabia que seria em vão. A última pessoa na qual ela iria acreditar, é em mim. Ela estava muito apaixonada, muito cega para enxergar quem o Jasper realmente era. Queria que ela mesma descobrisse quem era o namorado dela. Confesso que aquilo me deixava um pouco triste, mas não havia nada que eu pudesse fazer.  Eu havia tentado, e aquilo me tranquilizou um pouco. Só me restava esperar agora. 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam desse capítulo? Comentem!