A porta batia sem parar. E alguém falava alguma coisa. Cutuquei Damon e tentei acordar.

–Senhorita Gilbert, senhor Peralti! – O homem não parava de gritar ou bater na porta.

Esforcei-me para acordar. E com dificuldade eu levantei.

–Já vou! Damon acorda! – gritei e dei um tapa nele.

–O que foi? – disse ele com sono, mas levemente assustado. Eu ri.

–Não sei, mas levanta.

Peguei um roupão e o fechei e abri a porta. Vi Elijah, não sabia muito dele, mas sabia que ele tinha ajudado a me achar.

–O que foi que aconteceu, Elijah?

–Tem uma velha que diz que tem 50 anos, que diz que se chama Minerva Mcgonagall e ela tem um sotaque bem forte...

–Elijah – dei um pulo ao ouvi a voz de Damon bem perto do meu ouvido – fique tranquilo é a governanta pode deixar ela entrar.

–Ok. Então vou deixa-la entrar.

–Faça isso e avise para ela que assim que a gente terminar de se vestir vamos explicar tudo para ela.

–Avisarei.

Fechei a porta.

–Então vou finalmente conhecer a famosa governanta da casa? – eu disse me virando para encara-lo.

–Sim, você vai adora-la assim como ela adora você.

–Como assim “como ela adora você”? - eu disse o encarando.

–Bem ela te conhece pela televisão, pelos jornais e principalmente por uma fonte muito confiável chamada eu. – comecei a rir. Vi ele indo em minha direção encarando a minha boca.

–Você nem se acha não é Damon? – ele riu e colocou uma de suas mãos ao redor da minha cintura e me puxou para mais perto dele.

–Claro que não, não fale bobagens Elena. Agora que tal irmos conhecer ela?

–Ok, vamos conhece-la. – eu disse e dei um selinho nele.

Afastei-me dele e comecei a procurar alguma roupa boa.

–Serio que você vai usar esse casaco? – ele perguntou olhando para o casaco que eu estava segurando prestes a vesti-lo. – Elena não é uma entrevista de emprego é só um momento de você conhecer uma pessoa muito importante para mim. – ele disse me abraçando. – Não precisa ficar nervosa e não precisa tentar impressiona-la, só seja você mesma, pois ela já te adora. – Sorri e apertei a mão dele, ele beijou meu rosto e meu sorriso aumentou. – Agora vamos.

Larguei o casaco e fomos para o andar de baixo.

Cada passo que eu dava parecia que me deixava mais nervosa, é engraçado como eu estava mais nervosa em relação a conhecer ela do que conhecer os pais dele.

–Damon o que está acontecendo que... – suas palavras morreram ao me ver.

A feição da velha que estava sentado no sofá foi de irritada para exaltada. Comecei a olha-la ela usava roupas bem simples e sem muita cor, tinha cabelos brancos, usava óculos.

–Oh! Meu Deus! – ela deu um berro. – Essa é A Elena?

É ele tinha razão ela me conhecia. Ela deu rápidos passos na nossa direção.

–Adoro seu trabalho e adoro mais ainda que tenha mudado meu menino para melhor. – ela disse me abraçando, retribui o abraço meio surpresa.

–Hum... De nada. – ela me soltou e riu.

–Desculpe a deixei sem jeito não é querida... Meu Deus! Eu acordei vocês nossa tinha me esquecido disso. Desculpe-me.

–Mine acalme-se. – disse Damon calmamente e colocando a mão no ombro dela. – Que tal fazermos um café da manhã todos junto e te conto o que está acontecendo?

–Menino pare de ideias tolas, vocês vão me contar o que está acontecendo e eu vou fazer o café para vocês, essa menina vai provar comida de alta qualidade.

–Mine não fale assim da minha comida! – disse Damon meio revoltado.

Segurei o riso. Era bonitinho ele quase parecia uma criancinha.

–Querido não disse nada da sua comida só estou dizendo que a minha comida é de alta qualidade, agora vamos para a cozinha, afinal você sabe que a sua Mine não gosta de acompanhar o que a televisão e a internet falam.

–Eu sei. Às vezes é mais fácil acreditar num politico corrupto do que na mídia. – eu ri com a imitação do Damon que foi hilária.

–E o mais triste é que é verdade. – eu disse.

–É bom saber que finalmente o meu garoto encontrou alguma garota com cérebro.

–Ela tem razão você é a melhor escolha que eu fiz ate agora. – ele sussurrou no meu ouvido e sorri e apertei mais a mão dele.

–E você é a minha também.

(...)

–Estou dizendo é melhor vocês ficarem por aqui ate que elas sejam presas. – disse Minerva.

–Não podemos Minerva, somos as únicas testemunhas ate agora e não vou fugir.

Minerva queria que nós ficássemos e eu não queria ficar fugindo, então estávamos quase entrando numa briga.

–Elena me lembrei de uma coisa que quero te dar.

E sinto que Damon reparou que estávamos perto de começarmos a brigar.

–Depois nós voltamos a falar com você, Minerva. E vou querer saber de seus netos. – ele se levantou e esticou sua mão para mim.

–Podem ir e vou adorar contar sobre eles.

Levantei-me e peguei a sua mão e fomos para o quarto dos pais dele e ele fechou a porta.

–Nossa estava vendo a hora em que vocês iam começar a se matarem. – soltei a sua mão e ri. Sentei na cama.

–Não tenho culpa se ela e eu temos personalidades fortes e não estávamos dispostas a dar o braço a torcer nessa discussão. Mas me diga por que estamos no quarto dos seus pais? Poderíamos estar tendo essa conversa no seu quarto.

–Bem eu não te disse que te daria algo?

–Espera um pouco você estava falando serio? – disse surpresa. – Pensei que fosse somente uma desculpa para eu sair da cozinha. – ele riu.

–Não, não era só uma desculpa, estava falando serio.

Ele se foi ate o armário e quando se virou para mim estava com uma caixinha de musica em suas mãos e começou a mexer nela procurando alguma joia e depois de algum tempo ele tirou um lindo colar da caixinha.

–Minha mãe me deu esse colar quando eu era criança, - ele sorriu e por um momento parecia que se lembrava de algo – ela tinha me dito que era para eu dar para alguém especial, na época eu não sabia para quem dar então eu perguntei para ela e ela simplesmente disse: “na hora certa você ira saber quem é a garota, meu querido”. Na época pensei que era exagero dela, mas agora sei que ela estava certa, agora eu sinto que sei para quem devo dar esse colar. – eu sorri.

Ele largou a caixinha na cama.

–Obrigada.

–Não agradeça esse colar não é um presente, sabe – ele foi para trás de mim, peguei os meus cabelos e os segurei num rabo de cavalo e ele colocou o colar – sinto que ele sempre foi seu, apesar de você só estar com ele agora.

Soltei o cabelo e fui em direção ao espelho, olhei-me ele era lindo e tinha ficado bom em mim. Vi ele atrás de mim sorrindo.

–Como eu imaginei está linda com ele. – ele me virou e se inclinou na minha direção.

Comecei a ouvir uma musica.

–Por que será que estou com uma sensação de que isso já aconteceu? – ele riu.

–Porque já aconteceu algo parecido entre nós com isso. – ele disse pegando o celular. – Mas como meio que estamos em férias de fim de semana vamos dedicar nosso tempo somente para nós. – ele disse desligando o celular. – Afinal agora o mais importante agora é somente nós.

Ele colocou uma de suas mãos ao redor da minha cintura, puxou-me para ficar mais perto e me beijou.

Sorri. Estava adorando o modo como as coisas estavam indo. Era tão bom estar somente focada nele. Era uma pena que logo teríamos que ir embora.