Helena caminhava tranquilamente por onde passava. Ela ainda sentia algumas pontadas nos ferimentos que tinha, mas nada que a impedisse de continuar. A garota não sabia por onde começar, foi quando ela escutou uma coisa suspeita.

- Vamos logo, se nos atrasarmos não conseguiremos voltar, e assim alguém irá notar a nossa falta e o mestre vai ficar furioso.

- Sim, espere... Meu pé enroscou em alguma coisa.

Helena olhou melhor para ver quem era e viu dois homens trajando duas armaduras douradas que possuíam um brilho incomum. A garota se espantou e então se escondeu para escutar mais da conversa.

- Vamos logo Caronte ! - exclamava um dos homens que tinha os cabelos longos e negros e os olhos dourados -.

- Espera ! - exclamava Caronte, o outro homem que tinha o cabelo curto e negro, tão escuro quanto aquela noite, seus olhos eram cor de mel – Pronto Sisfício !

Os dois começavam a andar e então Helena resolveu seguir os dois, esquecendo de que tinha algo a fazer.

- A lua já está quase no centro do céu. Se não irmos logo estaremos perdido ! - exclamava Sisfício -.

- Calma Sisfício, você é muito apavorado. - dizia o outro -.

- Você sabe o que aconteceu com o último cavaleiro solar que se atreveu a ficar aqui em a ordem do mestre depois da Emerald Luna ?

- Não !

- Pois então, você nem ficou sabendo dele. Deram um jeito de elimina-lo da vida de todos que o conheciam só por desobedecer está pequena ordem do mestre Soleil.

Caronte se espantou e então eles continuaram a andar. Helena estranhou aquela conversa, inclusive na parte da “Emerald Luna”, ela não sabia o que era aquilo, mesmo assim ela continuou a seguir os dois.

Helena viu que eles chegaram a uma cadeia de montanhas que havia ali e então ela lembrou de sua tarefa.

- Vamos, temos que chegar a tempo da lua ficar verde. - disse Sisfício -.

Helena imediatamente arregalou os olhos e lembrou do que Foll havia dito. A garota abriu um sorriso e então seguiu os dois com mais cuidado e mais vontade. Uma esperança enorme havia tomado a garota. Os homens foram até a montanha do meio daquela cadeia e a subiram, Helena os seguiu ainda sentindo as pontadas nos ferimentos. Por se esforçar demais para subir aquela montanha, a garota soltou um pequeno gemido de dor. Sisfício escutou algo e então olhou para trás mas não viu nada.

Os dois homens chegaram ao topo da montanha e ficaram parados olhando para a lua. Helena chegou logo depois e tentou se esconder mas logo foi surpreendida.

- Sabia que havia alguém nos seguindo. - disse Sisfício -.

Helena se espantou e então ficou estática.

- O que você quer atrás de nós garota ? - perguntou Caronte -.

- E-Eu só queria chegar no fim do mundo.

Os dois homens se entreolharam e começaram a rir. Helena vendo aquela cena ficou com raiva e então chutou Sisfício.

- Estão rindo do que ?

- Mas que garota ousada. - disse Sisfício parecendo que nada sentiu -.

- O que devemos fazer com ela ? - perguntou Caronte com um sorriso malicioso -.

Helena ainda com raiva deu um passo para trás.

- Não sei... - disse Sisfício esboçando um leve sorriso – Sorte a sua garota... Veja ! - Sisfício apontou para o céu e a lua começava a ficar verde – A Emerald Luna !

Os dois homens sorriram e então aquele lugar começou a se distorcer, Helena se assustou e então os três foram sugados para dentro da lua. Helena parecia ter desmaiado, ao abrir os olhos ela estava em um lugar muito claro, o Sol brilhava intensamente, era um lugar vivo. Ao longe ela avistou um grande castelo dourado, mas ela sentia algo estranho. Quando percebeu, Helena estava sendo carregada nas costas por Sisfício, que a levava e direção àquele castelo.

Helena ia começar a gritar e se contorcer para sair dali, mas quando foi fazer tão ação sentiu um aroma de girassol muito sereno e aliviante, ela percebeu que vinha do próprio Sisfício. O rapaz olhou para ela.

- Ah, então a revoltada acordou ! Que pena, pois estamos te levando para o mestre Soleil. Ele não vai gostar de uma estranha em seus domínios.

Helena esqueceu do aroma e então tentou sair dali, mas o homem era mais forte. Caronte e Sisfício começaram a rir novamente, o que despertou a ira de Helena. Ela aproveitou o pequeno espaço que havia no pescoço de Sisfício e então o mordeu com força. O rapaz a soltou gritando de dor. Helena sorriu e então começou a correr na direção contraria dos homens.

- Não fique aí olhando, vamos logo atrás dela Caronte – gritou Sisfício que levava a mão até a mordida -.

Os dois homens começaram a correr em direção a Helena, que ao olhar para trás percebeu que os dois começaram a alcança-la. Em determinado caminho, ao olhar para frente, Helena estranhou pois ao horizonte ela viu que tudo era escuro, parecia que ela era um outro lugar e que estava de noite.

Distraindo-se com isso, ela acabou sendo pega pelos cavaleiros novamente. Helena não se importou muito e enquanto estava sendo carregada, agora por Caronte, ficou olhando para aquele horizonte. Helena agora sentiu outro aroma, um aroma campestre vindo de Caronte. Ela se espantou pois pensava que Caronte era o ogro dos dois cavaleiros.

Alguns minutos se passaram e eles chegaram até o castelo. Os dois levaram Helena até um grande castelo. Lá os dois ficaram parados e então surgiu uma moça de longos cabelos ondulados e dourados, seus olhos era azul da cor do mar.

- O que vocês dois querem ? - perguntou a moça e estranhou ao ver aquela garota. -.

- Senhora Estelar, nós queremos falar com o Mestre Soleil.

- O que vocês querem comigo ? - perguntou uma voz rouca e serena saindo de trás da moça -.