Hostility escrita por wade


Capítulo 9
Onde tudo que há de errado está certo


Notas iniciais do capítulo

heeeeey suas liiiindas *----*
desculpaaa pela demora DDDD: fiquei sem internet esses dias -.-
vou tentar n demorar mt mais AHSUAHSU
enfiiim, obrigada pelos comentários :3333
boa leitura!!



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– Eu estou bem.

– Tem certeza? Isso tá muito feio. Sério, sua bochecha está enorme. - Ken riu.

– Não tá doendo mais. – menti. Aquilo nem me deixava falar direito. – Só preciso de um banho e dormir um pouco. A gente se fala amanhã, okay?

– Okay. – ele disse ainda relutante, mas foi embora.

Lavei as vasilhas do almoço e logo depois fui tomar um banho. Coloquei uma regata vermelha e uma calça azul, deitei na cama e liguei a TV, com a esperança de achar alguma coisa para assistir. Encontrei um filme de comédia, mas acabei dormindo pouco tempo depois.

~

– Alison? Você tá bem? – achei que estava sonhando mais uma vez com os olhos cinzentos, mas a minha bochecha doía demais para um sonho.

– Castiel? – perguntei enquanto me sentava. – Você tá... Fazendo o que aqui?

Ele se sentou e ficou de frente para mim. Seu lábio inferior estava um pouco inchado, mas já não parecia doer tanto.

– Eu... – ele respirou fundo. – Não sei.

– Veio pedir desculpa por socar minha cara?

– O que?! A culpa foi sua! Foi idiota o suficiente para enfiar na frente e... – o fuzilei com os olhos. – Hum... Quer dizer... Me desculpa, Allie. Sinto muito por... – ele esticou a mão em direção à minha bochecha, mas desistiu e abaixou o braço.

Peguei sua mão e a levei até o inchaço. Não senti dor quando seus dedos encostaram minha bochecha.

– Por isso? – perguntei.

Ele assentiu, parecendo incapaz de falar alguma coisa.

– Tudo bem, Castiel. – ele parecia incomodado com a situação, e o clima ficou muito tenso. Resolvi aliviar a situação. – Mas... Vai ter troco!

Puxei o travesseiro do meu lado e o joguei de encontro com o ruivo. Ele rolou e sorriu.

– Pestinha! – ele revidou e eu levei um travesseiro na cara.

Joguei o travesseiro de volta nele, peguei meu cobertor e o joguei também. Aproveitando-me que ele estava “cego” pulei por cima dele e o derrubei na cama.

– Hey! Isso é trapaça! – ele gritou e eu comecei a rir. Ri tanto que perdi a força e ele se soltou.

– Vingança! – ele falou e me pegou no colo.

– Não, Castiel! Espera! – tentei falar em meio às risadas.

Ele me deitou na cama e subiu em cima de mim, prendeu minhas mãos no alto da minha cabeça com uma única mão sua e atacou me enchendo de cócegas que me fizeram corar e ficar ofegante muito rápido.

– Você venceu! – disse e ele parou de fazer cócegas, mas não me soltou.

– Venci, é? – ele perguntou.

– Venceu. – ele soltou minhas mãos e eu o empurrei, ficando em cima dele.

– Você é baixinha, mas esperta. – ele riu.

Sorri e me lembrei da última vez que caí em cima dele. Havia sido há apenas uma semana atrás, mas pareciam ter se passado meses. Havia acontecido tanta coisa; e agora ele não me encarava com raiva, ele sorria. Encarei aqueles olhos cinzentos e me dei conta do quanto eu o queria. Aproximei-me um pouco mais do seu rosto e ele ficou sem jeito.

– Você tem medo de mim? – perguntei.

– Porque acha isso?

– Você costuma se afastar quando eu me aproximo. – dei um sorriso fraco.

– Eu só não gosto do que sinto quando estou com você.

O encarei assustada.

– Não compreendo. – respondi.

– Eu também não.

– Não precisa explicar.

– Preciso sim. – ele respirou fundo. - Por algum motivo, que eu juro que já tentei entender, eu gosto muito de você, Allie. Sei lá, eu te conheço há quanto tempo? Uma semana? E mesmo assim, parece que... – ele fez uma pausa e desviou o olhar, depois retomou em um tom mais baixo. – Parece que eu te esperei por toda a minha vida.

Tentei pensar em alguma coisa sensata para dizer, mas não consegui. Era mesmo Castiel que havia falado isso? Ele me virou e ficou por cima de mim mais uma vez.

– Castiel... – sussurrei. – Sabe que isso parece loucura, certo?

– Claro que sei! Mas quero que acredite. E que fique longe da boca do Sr Representante. – ele riu.

Envergonhada, olhei para a parede.

– E-eu... Hum...

– Shhh... – ele sussurrou.

Então ele colocou as mãos em meu queixo fazendo com que eu o encarasse novamente. Aproximou seu rosto, e sua respiração acariciou lentamente minha pele. Seus dedos estavam gelados o que causou um arrepio gostoso em mim. E então, finalmente, depois de tanto tempo sua boca se juntou a minha. E eu não sei explicar com palavras o que eu senti enquanto sua língua gentilmente pediu passagem parra acariciar a minha. Dizia muito mais que palavras poderiam expressar. Era cheio de carinho, desejo, tristeza.

Fiquei com medo de machucar seu lábio ainda mais, mas como ele não reclamou, aprofundei o beijo. Coloquei minha mão em sua nuca, o segurando. Deixando claro que eu precisava daquele beijo mais do que qualquer outra coisa. Castiel acariciava meus braços como que se certificasse de que eu ainda estava ali. E então quebrou nosso beijo encostando sua testa a minha.

– Você é pequena demais para me fazer sentir tantas coisas. – ele sorriu.

– E você é idiota demais para... – respirei fundo e tentei colocar meus pensamentos em ordem. – Para me enlouquecer a ponto de pular de uma ponte.

Tentei dizer algo que não soasse forçado. Porque só quando ele me beijou eu entendi porque pensava nele desde quando ele me chamou de “princesa”. Castiel me instigava, me fazia perder o sentido e sentir vontade de estar sempre com ele. Eu realmente sentia alguma coisa pelo ruivo.

– E você pularia de novo? – ele perguntou.

– Mil vezes se fosse necessário. – sorri e colei nossos lábios novamente.

~

– Então vocês dois estão juntos? – Rosalya perguntou.

– Não. Quer dizer... Não sei.

– Você deveria falar com ele.

– Vou fazer isso depois de falar com a diretora.

– Seu pai já está lá?

– Está sim. E Leigh?

– Ele achou engraçado ter que vir na escola, mas já chegou também. Falando nisso... Então você e o Lys... ?

Pensei em Lysandre e em como me sentia quando estava com ele. Lys também me fazia sentir coisas inexplicáveis; como “borboletas no estômago”, mas aquilo devia ser só atração, certo?

– Somos amigos, Rosa.

Assim que cheguei à escola e encontrei Rosalya, senti necessidade de falar o que havia acontecido. Por um motivo louco, confiava nela e a sentia como uma irmã.

Despedi-me da albina e fui para a sala da diretora. Meu pai ficou muito irritado, mas acabou cedendo quando eu disse coisas como “meu déficit de atenção” ou “você me mandou embora para o outro lado do oceano”. Ele relevou e me disse o de sempre depois de uma bronca.

“- Sinto muito por te tratar como uma adulta, mas você se parece tanto com sua mãe que às vezes acho que estou falando com ela.”

No fim, a diretora disse que colocaria Nathaniel para me ajudar nas aulas. Achei engraçado aquilo, já que o loiro não queria me ver.

Depois que meu pai foi embora, encontrei Leigh e conversamos até Lysandre aparecer.

– Alison, como está? – ele tocou minha bochecha e eu estremeci com o toque.

– Estou bem. Já não dói tanto mais. – sorri.

Leigh foi embora e eu e Lysandre fomos para a sala.

– Castiel me contou.

– Sobre... ? – perguntei mesmo sabendo a resposta.

– Vocês dois.

– Ahhh... É. Nós dois. – fiquei incomodada com o silêncio que se seguiu e agradeci por chegarmos à sala e ele ir se sentar bem longe de mim.

Castiel chegou junto da professora de inglês e sorriu para mim antes de ir se sentar perto de Lysandre. As próximas aulas passaram depressa e no intervalo fui me juntar aos dois garotos. Estávamos indo para o pátio quando Lysandre disse que precisava encontrar Rosalya. Castiel e eu seguimos para o pátio.

– Então... – eu comecei a falar, mas estava com vergonha demais para completar a frase.

– Está com vergonha? – ele perguntou, rindo.

– Claro que não!

– Okay. Acredito. – ele riu ainda mais.

– Ah, é? – o puxei pela gola do casaco e colei nossos lábios. Foi um beijo rápido, mas que me deixou completamente arrepiada.

– Agora eu acredito, princesa. – sorriu.

~

No fim da aula, acabei encontrando Ken perto da minha sala.

– Ken! Onde você estava? Faltou de aula e...

– E-eu estava arrumando as malas.

– Malas? – perguntei.

– Vou voltar para Londres, Allie.

– O que? Mas você acabou de chegar e...

– Meu pai sempre quis que eu fosse para uma escola militar e só agora percebi que preciso disso.

– Não precisa não!

– Preciso proteger você. – ele tocou minha bochecha, mas eu não senti arrepio algum, nem nada parecido. Ken era apenas um amigo.

– Vou sentir sua falta. – sussurrei e depois nos abraçamos.

– Eu também, mas prometo que vou voltar, okay?

Assenti e ele foi embora. Corri para o banheiro e joguei uma água no rosto, tentando me acalmar. Ken era um idiota!

Estava de saída quando uma voz me chamou.

– Alison! Seu rosto está ainda pior que o normal.

– Então Ambre, me diga o que te deixou com mais raiva: ver seu irmão ou o garoto que você gosta brigando por mim? – assim que as palavras saíram da minha boca, me arrependi. Eu não era o tipo de garota que falava essas coisas.

– Você vai se arrepender se não ficar longe deles, sua piranha!

– Ahhh claro! Junte-se à Melody e façam um fã clube meu, por favor.

Saí do banheiro sem esperar resposta da vaca loira e quando estava no portão, acabei trombando em um garoto.

– Desculpa! – falamos juntos e depois sorrimos. – Foi sem querer. – repetimos o feito e começamos a rir.

– Sou Alexy. – o garoto de cabelos azuis disse.

– Sou Alison, mas pode me chamar de Allie.

– Oh sua bochecha...

– Tá feia, né? – ri. – Acabei levando um soco quando fui separar uma briga.

– Uau! – ele riu também. – Você estuda aqui? – assenti. – Então, será que poderia me mostrar onde é a sala da diretora? Sou o aluno novo.

– Claro!

Levei Alexy até a sala da diretora e o deixei lá. Quando estava saindo da escola – de novo – acabei trombando – de novo – com alguém.

– Desculpa! – falamos juntos e depois sorrimos. – Foi sem querer. – repetimos o feito e começamos a rir.

Espera... Acho que voltei no tempo, até porque é o mesmo garoto que eu acabei de deixar na diretoria!

– Tudo bem? Seu rosto...

– Hum... Eu não te conheço?

– Acho que não. – ele sorriu. – Sou Armin.

– Ahm, sou Alison... Meu rosto é... Levei um soco quando fui separar uma briga.

– Uau! – ele riu depois levou a mão até o cabelo negro e tirou uma mecha do olho. – Então, sabe onde fica a diretoria? Sou o aluno novo.

Ele está de brincadeira comigo!

Quando ia soltar um palavrão, a porta atrás de mim se abriu e o garoto de cabelos azuis saiu.

– Miss, vejo que encontrou meu irmão!

Só então entendi. Eles são gêmeos!

– Então era por isso que me olhou daquele jeito. – Armin sorriu.

– Vocês são muito parecidos. Só o cabelo e os olhos que mudam. E o estilo, claro.

– Que nada! Éramos mais parecidos antes de eu usar lente e pintar o cabelo. – Alexy falou.

– Éramos realmente parecidos naquela época. Então Alexy, falou com a diretora?

– Falei sim. Podemos ir. Enfim, Allie... Sabe de um lugar legal para almoçar?

– Bem... Eu sou nova na cidade também. Não conheço muita coisa.

– Então... Quer vir conhecer a cidade com a gente? – Armin esticou a mão e eu a peguei.

– Acho que vai ser divertido.


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Notas finais do capítulo

entãão... o que acharam? pfvrrr deixe um comentário com sua opinião!!
beeijos ♥



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