Hostility escrita por wade


Capítulo 12
Quantos corações destinados a sofrer pt.1


Notas iniciais do capítulo

oláááááááá *-* sem desculpas dessa vez kkkk só que eu tava sem ideia mesmo pra escrever...
desculpas pela demora, n sei quando o próximo sai, mas vou tentar n demorar :p
obrigada pelos reviews, garotas *------------*
booa leitura!



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– Srta. Grenwood, hoje você não me escapa.

Sentei na poltrona de frente para o homem e tentei parecer interessada na conversa.

– Pode falar.

Henrique colocou a xícara na mesa e pegou uma pasta com vários papéis dentro. Pegou alguns e me entregou. Sem entender, peguei os papéis e li. Era o atestado de óbito de Jason. Comecei a tremer; ele queria me fazer sentir ainda pior?

– O que é isso? – perguntei tentando controlar a raiva.

– Creio que a Srta saiba o que isso é.

– EU NÃO SOU IDIOTA! – amassei o papel e o joguei no chão.

– Muito pelo contrário. É tão inteligente quanto sua mãe. Mas não prestou atenção no que estou tentando dizer. Alison, recebemos uma denúncia anônima de Jason.

Não aguentei e soltei uma gargalhada.

– Sinto muito em dizer, Vernet, mas Jason está morto. – a frieza com que as palavras saíram da minha boca assustou até mesmo a mim.

– Era o que eu também pensava, mas resolvi investigar. Fizemos outro exame de DNA no corpo encontrado e ele não era o de Jason. Há uma grande chance de Jason estar vivo!

~

Depois de toda insanidade que Jason estava falando, só consegui pensar na minha conversa com Henrique. Ainda assim, não parecia real.

Jason está vivo!

– Porque ele não me contou?!

– Wade, não fica irritada. De qualquer forma você não acreditaria... Vernet me tratou bem nesses meses.

– Mas... Você está bem, mesmo? – perguntei.

– Estou ótimo! E como você está?

– Em relação a isso, estou bem agora... O resto não importa. – sorri para parecer despreocupada. Jason se aproximou e tentou me beijar, mas eu me virei e ele beijou minha bochecha.

– O que foi, Wade? Ainda não acredita? – Jason perguntou enquanto mexia nos meus cabelos.

– É claro que acredito em você... É só que... – mordi o lábio inferior e me sentei na cama, encarando Jason. Tinha tanta coisa pra falar, mas naquele momento só uma importava. – Você ficou morto por quase quatro meses... Muita coisa aconteceu.

– Não importa mais. Agora estamos juntos de novo... Não é perfeito? – Jason sorriu.

Tentei encontrar um jeito de falar carinhosamente.

– Jason... A gente namorou algum tempo antes da sua suposta morte... E eu fui muito feliz contigo... Você não tem ideia do quanto eu sofri por causa da sua “brincadeirinha”... Mas eu vim pra Madison e conheci pessoas novas, entende? – Ele arqueou a sobrancelha. – Nunca me senti tão bem antes... Em um mês que eu fiquei aqui fiz novos amigos e me apaixonei também.

A última frase eu falei devagar, esperando como Jason ia encarar aquilo; mas o que ele fez me surpreendeu. Ele riu. Ou melhor, gargalhou! Por fim ele se dobrou e eu conseguia ver lágrimas saindo do canto dos seus olhos.

– Já acabou? – perguntei irritada.

– Desculpa. – ele disse entre risadinhas. – Mas é engraçado você e o ruivinho juntos... Tem certeza que ele faz seu tipo? Porque tem de ser alguém capaz de aturar as pirraças de uma garotinha mimada.

– Como assim? – perguntei exaltada.

– Espera... É o rebelde ou o esquisito de cabelos brancos? Me diz qual deles você prefere, hein Wade?!

Fiquei estática tentando encontrar um jeito de saber como Jason conhecia Castiel ou Lysandre.

– Não tem nada para dizer? Acho que isso quer dizer que você quer os dois. – continuei calada, assustada demais para dizer alguma coisa. - Anda, Wade! Quero saber qual deles fode melhor!

O escárnio e o ódio daquelas palavras me motivaram. Avancei para cima dele e tentei socá-lo, chutá-lo ou qualquer outra coisa que o machucasse muito; mas Jason era esperto e conhecia meu pavio curto. Adiantou-se e me segurou. Jogou-me na cama novamente e deitou por cima de mim, me deixando imóvel.

– Você é um idiota, Jason! – gritei.

– E você é uma puta! Formamos um belo casal, não?

Jason se aproximou e me beijou; tentei me esquivar, mas ele era muito mais forte. Acabei me lembrando que seu lábio estava machucado – por causa do meu soco – e o mordi, mais uma vez sentindo o gosto do sangue dele em minha boca.

– Sempre gostei do seu lado selvagem. – ele sorriu e um pouco de sangue pingou em mim.

– Vai embora. – sussurrei, já que o sorriso vermelho dele me deu calafrios.

– Você vai se arrepender, Wade.

Pov’s Castiel

– Castiel! Não sabe o quanto fez falta esses dias. – Brenda me abraçou. – Como seus pais estão?

Larguei as malas no chão e retribuí o abraço.

– Claro que eu faço falta. – sorri. – Meus pais tão de boa... Nem sei por que fizeram tanta questão de que eu fosse encontrá-los.

– Eu liguei para eles.

Brenda era a minha governanta e ela meio que “cuida” de mim; não que eu precise, já que posso me virar sozinho.

– E porque ligou?

– A diretora falou que...

– Nem quero saber. – a interrompi. – Vou tomar um banho, depois vou pra casa da Alison.

– Castiel! É meia-noite!

– Brenda, eu sei olhar as horas. – a mulher fez uma cara de brava, mas logo começou a rir. Peguei minhas malas e fui para o quarto, com Brenda me seguindo.

– Então... Quando vou conhecer sua namorada?

– Ela não é bem minha namorada. – disse enquanto pegava uma roupa no guarda-roupa. – A gente... Sei lá, temos um caso. – sorri só de lembrar o nosso primeiro beijo.

– E esse sorriso, hein? – Brenda se aproximou e mexeu nos meus cabelos.

Ignorei a pergunta e continuei procurando uma roupa para ir para casa da Alison.

– Sabe onde tá minha jaqueta? – perguntei.

– Pelo visto, essa garota te fez ficar todo apaixonadinho. – Brenda riu e apertou minha bochecha.

– Vai à merda, Brenda!

– Mais respeito, garoto! – ela sorriu. – Como ela é?

Desisti de ficar evitando Brenda e deitei na cama.

– O que quer saber?

– Tudo! – Brenda sentou-se ao meu lado.

– Bom... Ela se chama Alison Wade Grenwood, é de Londres, tem 16 anos. O cabelo dela é longo, castanho e tem um cheiro muito bom... Ela é baixinha e magrela, apesar de comer muito! Sua pele é pálida, e seus olhos... Seus olhos são violetas e tem um brilho único. – respirei fundo e refresquei a imagem de Allie na minha mente. – E por algum motivo, consigo decifrar o que ela pensa apenas com um olhar... Como se ela fosse um livro aberto para mim, mesmo escondendo algumas coisas que por enquanto não importam. E eu gosto disso! Gosto de ficar perto dela.

– O que está esperando então para ir encontrá-la?

Pov’s Lysandre

– Lys-fofo? Ainda acordado?

– Não estou com sono... E você?

– Vim beber água e ver porque a luz da cozinha ainda estava acesa. – Rosalya deu um risinho. – Tá escrevendo?

Peguei meu bloco de notas e o encarei fixamente.

– Tentando, na verdade. – fui sincero, já que estava difícil colocar minhas ideias no papel.

– E porque não está no seu quarto?

Porque ele está impregnado com o cheiro e com as lembranças da Alison; e isso é uma tortura pra mim. Porque eu não queria estar aqui nesta cozinha, mas em qualquer outro lugar, desde que eu estivesse com Alison.

– Acho que este problema se chama Alison. – Rosalya disse enquanto brincava com uma maçã que estava em cima da mesa.

Não respondi, não era uma pergunta. Rosalya me conhecia suficientemente bem para saber que eu estava com problemas.

– Vamos direto ao assunto... O que realmente aconteceu quando vocês foram dançar?

Contei exatamente o que aconteceu para Rosalya no The Last Chance, desde o nosso beijo até minha babaquice de mandá-la embora.

– Lysandre! Nunca imaginei que diria isso, mas você foi um idiota! Como pode beijá-la e depois querer ignorar isso?

– Não sei. Na hora... Eu não estava pensando em nada, a não ser no quanto eu gostava dela e então eu a beijei. Mas depois veio a culpa, sabe? Ela meio que tá com meu melhor amigo... Então eu pensei que se ignorasse isso, não haveria problema.

– Ver você com problemas para se controlar é muito estranho! Afinal, o que a Alison tem de tão bom, assim? Tá, ela é bonita e divertida, mas em dias ela ficou com você, Castiel e Nathaniel!

– Alison é diferente. – foi a única coisa que consegui dizer.

– Lys-fofo, todo mundo diz isso quando tá apaixonado. – sorri.

– Rosa, sinceramente, não sei o que me atraiu tanto para ela... Alison é engraçada, espontânea, extrovertida e tímida ao mesmo tempo. E tem algo... Misterioso. Ela é um enigma, e não quer que ninguém o decifre. E eu gosto disso! Gosto de ficar perto dela.

Rosalya segurou minhas mãos e sorriu.

– Quando nos conhecemos, fiquei encantada com você... Sempre te admirei, Lys... Não gosto de te ver perdido e confuso. Então, só posso dizer uma coisa... Já é meia-noite, mas vai até a Alison e diga que quer ficar com ela.

Pov’s Alison

Fechei os olhos pela milésima vez, e consegui enxergar nitidamente o sorriso vermelho de Jason.

– Não... Por favor. Os pesadelos já tinham acabado. – choraminguei baixinho esperando que alguém ouvisse minhas preces e me dava uma boa noite de sono, era o que eu precisava.

Desisti de tentar dormir por boa vontade e fui para a cozinha, à procura de algum calmante. Já estava indo engolir alguns comprimidos quando ouvi o trinco da porta da sala.

Tentei me acalmar, mas por um extinto minha mão foi direto para a faca em cima da pia. Respirei fundo e fui para a sala. A luz estava apagada, então eu não tinha uma boa visão da pessoa, mas ainda assim apontei a faca e teria cortado o estomago de Castiel se ele não tivesse acendido a luz e me surpreendido.

– Alison? – ele perguntou meio aturdido olhando para a faca em minha mão. – Você tá bem?

A visão de Castiel depois de tudo o que havia acontecido até agora foi tão bem vinda que eu comecei a chorar.

– Oi. – sorri e deixei a faca cair no chão. O estalido metálico foi precedido de um silêncio mortal.

E, por um instante, eu esqueci tudo. A única coisa que importava era Castiel, que estava ali na minha frente com a cara de confuso mais sexy do mundo. Ah, eu o adorava! Aproximei-me e o puxei pela gola da jaqueta, beijando-o ferozmente, deixando claro o quanto eu havia sentido falta dele. Parece que a recíproca era verdadeira, já que no instante seguinte, Castiel já estava sem a jaqueta, me imprensando na parede. Suas mãos subiam e desciam rapidamente por minhas coxas na mesma intensidade do beijo. Quanto mais ele me imprensava na parede, mais certeza eu tinha de que precisava dele, naquele momento, mais do que tudo. Nunca pensei que o toque de alguém pudesse ser tão prazeroso. E o dele era. Separei o beijo pela falta de ar e ele sorriu.

A distância entre nós era mínima, porém insuportável. Ele parecia entender o que eu sentia apenas por me olhar, ou por ser seu o mesmo desespero. E quando voltou a me beijar muito mais urgentemente do que na primeira vez, suas mãos apertaram minha coxa com força, eu tinha certeza de que ficaria a marca dos dedos dele, para que eu me arrependesse mais tarde. Mas naquele momento, eu não me importei. Em um movimento rápido ele impulsionou meu corpo para cima, me segurando ainda pelas coxas e me pegou no colo. Fechei os olhos, enquanto ele caminhava e quando ele me colocou na cama, percebi que estávamos no meu quarto.

Abri os olhos e encontrei um Castiel sem camisa em cima de mim. Aproveitei para admirar e me deliciar com cada curva do corpo dele que era perfeito para mim.

Foi então que suas mãos começaram a subir por debaixo da minha blusa até o fecho do meu sutiã; e só aí percebi o que viria a acontecer logo depois. Um pânico tomou conta de mim, e Castiel acabou percebendo.

– Alison... ? – o ruivo me chamou. – Tá tudo bem?

Tentei balbuciar alguma coisa, mas fiquei com vergonha. Porque depois de tudo que ele viu, como eu ia falar que era virgem? E no fundo eu também tinha um receio de não ser o suficiente pra ele.

– Ahn... Eu to... – comecei a inventar uma desculpa, mas não foi necessário.

A campainha tocou.

– Mas que porra! Quem é o idiota que veio até aqui agora?!

Não falei nada e levantei, mas Castiel puxou meu braço.

– Onde você vai?

– Atender a porta, ué.

– Coloca o roupão então, Allie. – ele sorriu. – Imagina se for um garoto? Não quero que ele te veja assim.

– Engraçadinho. – fui até a porta com Castiel logo atrás. Por um momento fiquei feliz porque o clima entre eu e o ruivo tinha acabado, então sem conversas constrangedoras... Mas foi só por um instante. Abri a porta.

– Lysandre?!


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Notas finais do capítulo

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