Hostility escrita por wade


Capítulo 11
Outro caminho para entorpecer nossa mente


Notas iniciais do capítulo

heeey girls... prometi um capítulo semana passada, mas acabei não aparecendo... desculpa!!! acabei sofrendo algumas perdas, tive problemas para escrever...
esse capítulo não ficou do jeito que eu queria, mas espero que gostem
boa leitura!



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Sexta 24 de fevereiro. Londres, Inglaterra

– Eu exijo saber como ela está!

O homem arqueou a sobrancelha e deu um sorriso de escárnio.

– Exige, é?

– Sim! Você a viu, falou com ela... Eu preciso saber como ela está... – respirei fundo é engoli o orgulho. – Por favor.

– Agora compreendi o que estava dizendo. Alison está bem. Um pouco ressentida e assustada, mas bem.

– Ela... Ela sente minha falta?

– Creio que sim. E se sente culpada pela sua suposta morte.

– E o que você falou de mim e de Debrah?

– Da garota nada, e de você... Só falei que o corpo encontrado não era seu.

– Vernet... Preciso vê-la, falar com ela. Explicar o que realmente aconteceu e o que está acontecendo.

– E o que está acontecendo?!

Segurei a vontade de socar a cara do homem.

– Ela está correndo risco de morte!

Henrique se levantou e avançou; eu era uns 30 centímetros mais alto que ele, mas meu tamanho não parecia intimidá-lo.

– A Catelyn era como uma filha para mim! Jurei para ela que iria proteger Alison e Debrah e é o que estou fazendo! Coloquei meus melhores homens para cuidar das duas; e não permitirei que um garoto fale assim comigo, Sr. Baker!

– Eu... Não duvido da sua capacidade, mas também estou preocupado com elas. Deixe-me falar com Alison, por favor, Vernet!

O homem se acalmou e voltou a sentar na cadeira de couro.

– Você vai colocar todo meu trabalho no lixo. Não posso permitir que isso aconteça. Alison é teimosa, não vai entender.

Mordi o lábio inferior, tomando coragem para dizer as próximas palavras. Era loucura!

– Levarei Debrah comigo. Colocarei uma diante da outra e a farei entender.

Vernet ficou surpreso com a proposta, mas pareceu refletir; pegou o telefone na mesa e discou algum número.

– Aqui é Henrique Vernet, quero duas passagens para o próximo voo. O destino? Madison.



Sábado 25 de fevereiro. Madison, EUA

– Miss, por favor, não chora! – peguei mais um lenço e enxuguei as lágrimas.

– Eu sou uma idiota, Alexy! Não devia ter beijado Lysandre. Eu estou com Castiel!

– Sinto ter de discordar com você, mas vocês não estão juntos, okay? Foram só alguns beijos trocados... Isso não prova nada.

A garota pareceu refletir e se acalmou um pouco.

– Continuou sendo uma idiota.

– Nisso eu concordo. – sorri e ela me jogou um travesseiro. – Agora vamos dormir um pouco. To super cansado.

Ela assentiu e deitou na cama, aconchegando a cabeça em meu peito. Fiquei mexendo em seus cabelos até perceber que ela havia dormido. Com calma, levantei da cama e fui para a sala.

– Você não vai dormir?

– Só vou passar mais essa fase! – Armin respondeu sem tirar os olhos da TV. – Ela tá melhor?

Deitei no sofá, empurrando Armin para o lado.

–Ahhh... Ela está mais calma. Mas ressentida por ter beijado Lysandre.

– Não vejo o problema.

– Ué... Ela tem o Castiel.

– Mas eles não têm nada sério...

– É o que eu falei, mas ela ainda ficou falando o quanto era idiota. Eu não acho! Os dois são incrivelmente lindos.

Armin gargalhou.

– E você disse isso pra ela? – corei.

– Claro que não! Mas sabe... Acho que o problema não é o Castiel. – Armin tirou os olhos da TV e me encarou. – Lysandre se sentiu culpado por ter beijado a garota do melhor amigo e disse para ela esquecer isso.

Armin deu pause no videogame.

– Não entendi.

– Você é muito burro! A miss deve sentir alguma coisa por ele também... Então o problema é ele querer fingir que nunca aconteceu, entende?

– Uau! Não tinha pensado nisso.

– Você não pensa em nada! Agora desliga a TV e vai dormir.

– São 03h37min ainda... Tenho que passar essa fase. Aí vou dormir.

– Te dou 20 minutos. – me ajeitei no sofá e fiquei vendo Armin jogar, mas logo peguei no sono.

Pov’s Alison

– EU VOU TE MATAR, ALEXY!

Acordei com alguns gritos e alguma correria que vinha de algum lugar. Levantei-me e fui procurar os meninos. Cheguei à sala e encontrei um Armin furioso tentando pegar um Alexy sorridente que usava o sofá como escudo.

– O que tá acontecendo aqui? – perguntei e só então os dois perceberam a minha presença.

Alexy correu para o meu lado e ficou atrás de mim, me fazendo de escudo.

– Miss, me salva! Armin quer me matar!

– E com todos os motivos! Ele desligou meu jogo na tomada! Depois de horas de um precioso trabalho.

– É... Okay! Alexy pede desculpas!

– O que?! – fiz minha melhor cara de brava.

– Pede desculpas.

– M-mas ele... Okay. Desculpa irmão, mas a culpa foi sua! Falei que era para dormir e ficou a noite inteira jogando.

– Armin! Você tá proibido de jogar durante o dia. – falei segurando o riso.

– Allie! Você tá louca?!

– E não quero ver vocês brigando mais... Interromperam meu sono de beleza! – sorri.

– A culpa foi dele! – os dois falaram juntos e eu comecei a rir.

– Não importa... São 06h17min e eu perdi o sono. O que vamos fazer?

– Que tal um jogo? – Armin perguntou com os olhos brilhando.

– Não! – eu e Alexy respondemos juntos.

– Chatos!

– Pensando bem... Podemos tentar um jogo. – Alexy falou e eu e Armin ficamos assustados. – Não um jogo do Armin, mas algo para nos conhecermos melhor! Por exemplo... Alison, como era sua vida em Londres?

– Bom, era diferente. – sorri sem graça.

– Isso a gente sabe. – ele sorriu. – Diferente como?

Deitamos no tapete e nos enrolamos em diversos cobertores antes de eu começar a falar.

– Eu morava com meu pai e minha madrasta...

– E sua mãe? – Armin perguntou. – Começa desde o início.

– É... Okay. Eu não sei muita coisa, porque meu pai nunca falou sobre isso e eu era muito pequena para me lembrar... No início, eu, meu pai e minha mãe morávamos aqui em Madison mesmo até eu ter uns quatro anos... Eu não me lembro de nada dessa época, mas ela nos deixou. Catelyn Wade... Era seu nome. Meu pai nunca falou porque, mas ela foi embora e logo ele se casou de novo. Então fomos para Londres e agora eu voltei.

– Porque voltou? E sozinha?

Respirei fundo tentando controlar o choro. Eu não posso contar.

– Agora é a minha vez. Porque vocês vieram para cá?

– A gente morava em Washington com nossos pais, mas eu comecei a ter alguns problemas na escola. – Alexy começou a falar. – Daí eles resolveram se mudar, mas o trabalho deles não permitia... E quando meu pai descobriu o motivo dos meus problemas na escola me expulsou de casa. Armin ficou do meu lado, então minha mãe falou para a gente vir para Madison, a cidade natal dela. Então a mamãe nos manda dinheiro. E meu problema... Bem eu sou gay.

– Sério? – perguntei; aquilo nunca tinha passado pela minha cabeça. – Desculpa, mas seu pai foi um idiota.

– Foi um tremendo idiota, mas isso não importa! Minha vez, Allie, porque veio para Madison sozinha? – os olhos azuis de Armin me fitavam curiosamente.

Por um motivo louco eu comecei a falar; mesmo que tivesse prometido a mim mesma que não falaria daquilo para ninguém.

– Eu tinha um namorado... Jason Seward Baker. Ele era de Londres mesmo, e eu conheci na aula de esgrima. Eu gostava muito dele e certo dia o levei para conhecer uma colina. Meu pai sempre me levava lá, e eu decidi compartilhar o lugar com ele. Mas algo deu errado. Eu não me lembro direito, só alguns lapsos. – parei de falar e Armin secou as lágrimas que molhavam meu rosto. – Teve um incêndio. Eu consegui sobreviver de algum modo, mas ele não. Eu realmente havia matado meu namorado? Era o que muitos pensavam, então meu pai decidiu me mandar para cá, para morar com minha tia... Mas acho que ela tem medo de mim, já que me deixou em um apartamento antigo que pertenceu a minha mãe.

– Eu nunca imaginei isso, miss. Não se preocupe, vamos guardar seu segredo!

– Obrigada meninos. Digo o mesmo.

– Que tal um pouco de guitar hero para animar?

Eu e Alexy cedemos e ficamos jogando o dia todo! Quando dei por mim já era noite e eu tinha que ir para casa.

– Dorme aqui de novo, miss, por favor!

– Preciso de roupas limpas, Alexy... Roupas íntimas. – completei antes que ele falasse algo. – Porque vocês não vão lá pra casa?

– Amanhã nós vamos, Allie. Você já deve tá cansada da gente.

– Isso é algo impossível, mas okay. Espero vocês então. – sorri.

Com as roupas do Alexy mesmo peguei um táxi que me deixou em casa. Abri a porta, que não estava trancada, o que me lembrou de Castiel. Deixei as memórias dele de lado e entrei. Estava tudo escuro e quieto como sempre, mas algo me incomodou. Liguei o interruptor. A lâmpada acendeu e logo apagou.

– Merda!

Fui para a cozinha e tentei acender a luz, mas deu no mesmo. Resolvi procurar uma lanterna ou uma vela e abri a gaveta do armário. Subitamente me lembrei de Jason e das aulas de esgrima.

Escute seu inimigo.

Lembrei-me das palavras do meu professor e peguei uma colher de madeira comprida, e me virei no instante em que alguém se aproximava de mim. Acertei a colher com força na mão do homem que soltou um palavrão.

– O que você quer? – perguntei tentando não demonstrar meu medo.

Ele ficou calado e se aproximou. Pensei que ele iria me bater, mas ele colocou a mão na gaveta e puxou uma colher também. Quase comecei a rir; se eu fosse um ladrão, pegaria uma faca.

Fiquei surpresa quando ele apontou a colher, e ficou com uma postura. Ele queria um duelo? A coisa mais estranha que poderia acontecer comigo. Olhei para minha mão e constatei que a colher tinha metade do tamanho de uma espada pequena, mas a empunhei e “ataquei” meu adversário. Ele desviou e contra-atacou, mas foi óbvio e eu impedi facilmente, usando a vantagem que eu tinha – minha colher era maior – consegui desarmá-lo.

– Há! – sorri, mas me arrependi no instante seguinte. Ele era enorme – alto e forte – e começou a se aproximar novamente, ignorando a colher apontada para ele.

Ele estava muito próximo, mas não consegui ver seu rosto. Tentei bater na sua mão novamente, mas foi previsível e ele retirou a colher da minha mão. Segurou meu dois braços.

– Me solta! – gritei, antes de tentar chutá-lo.

– Opa! – ele riu e soltou um dos meus braços para segurar minha perna. Fiquei numa posição extremamente desconfortável, mas fechei o punho do braço livre e esmurrei seu rosto. Senti o sangue molhando meus dedos e sorri quando ele me largou para levar a mão até a boca. Corri até a porta, mas ele me alcançou. Abraçou-me fortemente, não deixando espaço para qualquer movimento; e algo naquela proximidade me era comum.

Esperei uma pancada, uma ameaça ou qualquer outra coisa, mas mais uma vez ele me surpreendeu. Encostou seus lábios nos meus, iniciando um beijo. Não foi bem um beijo, foi mais um selinho, mas foi o suficiente para me fazer sentir o gosto do sangue.

– Você é tão linda. – ele sussurrou, ainda com o rosto perto do meu.

– É melhor você me soltar. – disse, mas não consegui esconder o medo.

– Ou o que? – ele riu. - Você sempre foi tão selvagem... Mas não se deve tratar assim antigos amores... Já se esqueceu de mim, Wade?

Congelei e encarei os olhos negros.


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Notas finais do capítulo

comentárioooos pfvr *-* n vou dizer quando volto, mas vou tentar não demorar!beeeijos ♥333



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