What Is To Be Popular? escrita por Apiolho
Notas iniciais do capítulo
Boa noiteeeee! *-*
Quero agradecer a Hinataa, Reeh Tetsuya, IzaahHyuuga e Becca por comentar no anterior, muito mesmo. Animam-me demais.
Onde estão meus mais de 50 leitores restantes? Apareçam fantasminhas, por favor, por favor.
Espero que gostem. Almoço, revelações BOMBÁSTICAS! AUHAUHUUAHUA
Capítulo dezesseis
Rainhas da futilidade
"Você não é perfeito, você comete erros e fica mais forte por causa deles, eu acredito que essa é a verdadeira força."
(Hyuuga Hinata)
Acordei no sábado com a ligação da Tenten avisando do shopping. Coloquei um tomara que caia com manga de renda bege e um shorts de crochê branco. Um rabo de cavalo amarrado com um laço e franja. Um sapato alto com fecho da cor da roupa complementava o look.
Minha cabeça doía e girava por ter bebido muito ontem. Ficar com ressaca no dia seguinte era a pior coisa. A cada vez que minha prima falava colocava a mão na testa.
“Coloca apenas rímel, delineador e um batom vermelho fraco.” – Sai.
Foi isso que eu fiz, até porque além de ser gay acompanha as tendências. Uma buzina se fez ouvir e eu entrei no carro quando era umas 14h. Era um carro rosa aberto que pertencia a Sakura.
– Estou assustada do quão terrível sua aparência está. Parece um zumbi. – disse a cerejinha.
– Não fale da minha amiga assim, eu vou sair. – esbravejou a morena.
Então a segurei e sussurrei para que não me deixasse sozinha. E para minha sorte ela acatou e foi junto conosco. Uns meninos começaram a cantá-las e elas correspondiam.
Percebi depois de um tempo que era Gaara e Shino.
– Vão para onde? – questionou um cara.
– Fazer compras. – respondeu Ino, sempre animada.
– Querem ir conosco no cinema? Estamos indo para lá. – convidou.
– Sim, depois que terminamos ligamos para vocês. – declarou.
Entramos no local e elas ficavam teclando no celular e mal olhavam para o nosso rosto, parecíamos invisíveis. Bateram fotos da unha, do cabelo, da make e postaram no famoso instagram.
– Elas são muito superficiais e vulgares. – deu sua opinião em tom baixo.
– Não fale nada, elas podem escutar. – limitei.
Então nos calamos enquanto riamos de alguma coisa que a dupla fazia.
– Vamos logo que o cinema começa as quatro e meia, precisamos escolher umas roupas melhores para vocês. – falou do nada a
Uma loja cara nos aguardava e os olhos delas brilhavam só de ver a vitrine com várias roupas novas.
– Coloque essa aqui Tereza e você essa Hinata. – disse Sakura ao escolher uma roupa.
Para mim era uma minissaia que aparecia o útero e um top P, o que ficava muito apertado em mim por ter um busto saliente. Para a outra a mesma vestimenta.
– Meu nome é Tenten. – contrariou.
– Tanto faz. – desdenhou.
Colocamos no mesmo provador.
– Eu quero matar essa cabelo de cereja. – estava irritada.
Minha amiga sempre foi do tipo valentona e aposto que estava mordendo para não dar um soco nela. Quando saímos gargalharam do resultado.
– Está terrível, você e magra demais e isso ficou muito apertado. – criticou a rosada.
O resto rejeitaram também ao colocar defeito na gente, dizendo que o erro estão nas modelos e não nos trajes. Isso realmente me deixou muito magoada e meu ego baixou para zero.
– Já que com elas não deu certo melhor comprar para a gente. Olha esse batom diva mac que perfeito! – declarou a não-namorada-do-Sasuke, estavam com o cartão de crédito do Shino.
Não acredito que irão fazer isso com o garoto!
Escolheram praticamente roupas iguais as nossas e ficou na Haruno do que em nós, até porque era mais tábua que a namorada do Neji.
– Iremos no cinema. Querem ir conosco? – questionou Ino.
Ela era legal e até inocente, o que pesava era a outra.
– Não, obrigada. – respondemos.
Estava arrasada, humilhada, destroçada. Só faltavam me chamar de gorda. Mandei uma foto delas pelo whatsapp para o meu gay depois dele insistir muito para que o fizesse.
“Você dá de 10 à 0 nelas amiga, mesmo que a loira seja linda ainda ganha” – Sai.
Ele sabe como agradar uma mulher, apesar de ainda ficar um pouco triste pelo que comentaram. O veneno saindo da boca delas. Ino não dizia nada, entretanto ria junto.
– Tchau Hina, vou sair com meu amado agora. – sussurrou e ficou na frente do local
– Aproveita. – berrei, indo até a parada mais próxima esperar um ônibus.
Ao chegar em casa desabei na cama e chorei, tanto que o travesseiro ficou molhado. Sentia-me inferiorizada e agoniada, a vontade de não sair mais era grande.
Não vale o preço de ser popular em troca da liberdade.
Entrei no computador e no facebook tinha seis solicitações de amizade dos populares e uma mensagem do Sasuke. Meu coração saltitou no peito pela curiosidade. Tremi ao clicar nela.
“Desculpa por ontem. Amanhã você irá almoçar conosco? Minha mãe que perguntou.” – Sasuke.
Não sei o porquê ter ficado tão nervosa para ler isso. Então lembrei-me de algo que aconteceu na balada e deixei passar.
“Iremos sim. Por que você quebrou minha bicicleta?” – Hinata
O tempo passou e muitas vezes o “está digitando...” apareceu na tela, mas logo me respondeu.
“Não ache que me preocupo contigo, mas eu via a maioria te zoando quando chegava e ao partir. Diziam sobre a cestas, as flores e a cor. Se isso continuar nunca namorará alguém da sua idade. Então resolvi pedir para destruí-la” – Sasuke
Deixou-me abismada, surpresa e até conturbada. Coloquei meu fone de ouvido e fiquei ouvindo “Lorde – Royals”.
“Não tinha o direito de estraga-la” – Hinata.
“Sua opinião nunca me importou. Tenho de ir.” – Sasuke.
Ele é um idiota. Justo agora que o meu sentimento estava passando de ódio para não gostar faz isso. Depois de ir para a cozinha e ajudar o pai em algo do escritório fui dormir. O próximo dia seria realmente tenso.
***
Domingo: Almoço com os Uchiha.
– Bom dia, podem entrar. – declarou a mulher.
A expressão bondosa dela fica mais destacada pessoalmente.
– Obrigada. – devolvi e minha família fez o mesmo.
O resto cumprimentou e apenas o emo, o pai e mãe se encontravam em casa.
– Itachi saiu? – questionou Hiashi,
– Não, foi fazer a faculdade em outro país. – respondeu em um tom de saudade.
Se não tivessem falado dele nunca saberia de sua existência.
E isso até me emocionou.
– Vão querer almoçar agora? – perguntou.
– Claro, trouxe arroz doce. – aceitei.
– Aposto que deve estar delicioso e vai combinar muito bem com o pudim de doce de leite. – era simpática também.
Comemos rapidamente e meu pai ficava rindo com o dono da casa, o Uchiha menor também conversava com eles. Provavelmente sobre negócios.
– Esses homens sempre falando sobre empresa ou futebol. Quer ir comigo servir a sobremesa que nem sua mãe fazia ao vir aqui? – convidou.
– Sim. – tímida.
Fui pegar as colheres e potes enquanto a outra ficava com os doces.
– Não namora meu filho mesmo Hina? – questionou de repente.
Cheguei a engolir seco.
– Negativo Senhora. – neguei.
– Ia ser maravilhoso se fosse minha nora. Acredita que nós ficávamos falando sobre um futuro relacionamento entre você e meu filho? – risonha.
Isso não lembro.
– Sakura que ficaria feliz se fizesse parte da sua família. – rebati.
Eu queria fugir dali, trocar de assunto. Pensar no Sasuke me beijando, tocando e pegando na minha mão me dava calafrios. E lembranças dos momentos que ansiei por isso vinham a minha mente.
– Ela é muito escandalosa, um dia veio aqui e derramou suco, não quis me ajudar e quebrou uns pratos. Ainda brigou com o Sasuke. Já você é o oposto: doce, cuidadosa e generosa. – defendeu-se.
Se soubesse da nossa rivalidade mudaria de opinião.
– Obrigada, mas somos apenas colegas. – finalizei.
Então colocamos na mesa e novamente nos alimentamos. Minhas bochechas ficaram vermelhas depois da nossa conversa e constantemente me recordava de sua fala.
– Sasuke, por que você não mostra a biblioteca para ela? – perguntou, incentivando-o.
Levou-me forçado e parecia intrigado.
– Pode ficar à vontade, vou no banheiro. – exclamou.
Só para deixar-me sozinha e não falar sobre a bicicleta. Passei pelas prateleiras e vi um antigo. Era um álbum de família. Tinham fotos do Sasuke e até uma minha com ele. Estávamos abraçados e parecíamos felizes. Quando ia colocar vi um pequeno e resolvi pegar para olhar.
Era um diário do emo, e sem cadeado.
Depois daquele dia que li o que continha em seu caderno fiquei mais curiosa em saber da vida dele.
“Corredor seis. Sala 5-B. Quinta série: Sozinho como sempre. Sendo mirado constantemente por rostos julgadores, avaliando-me. Em suas falas poderia notar a palavra “esquisito”. Não chegavam perto, nem sequer para pedir algo emprestado. No intervalo o isolamento era mais percebido. Uma menina rosada brigava com um loira e um de olhos azuis ficavam correndo atrás delas. Eram as rainhas da futilidade...”.
Provavelmente falando da Sakura, Ino e Naruto.
“Mas tinha uma pessoa que com poucos atos mostrava-se diferente, as vezes vinha em minha carteira e dava uma caneta ao ver que eu não tinha. Dava bom dia, me olhava com compaixão, sentava na minha frente e minha reputação em nada importava para ela. Essa garota era Hinata Uchiha, filha da falecida e do Hiashi, que eram amigos dos meus pais...”
– Quer ver um vídeo conosco? – Mikoto.
Isso me assustou por estar tão entretida. O que ele escreveu me deixou tão surpreendia que lágrimas caiam pelo meu rosto rapidamente. Como poucas palavras poderiam me deixar tão abalada? Coloquei o objeto rapidamente no local adequado, mesmo que minha vontade fosse de leva-lo para a casa.
– Claro. – respondi e sequei os rastros de choro.
Ao chegar todos estavam no sofá. Fugaku colocou a fita no vídeo cassete e logo rodou. Não sei como algo tão velho ainda pegava.
“Apareceu todos mais jovens, meu pai com o cabelo castanho e a expressão alegre junto com minha mãe.
– Querido, olha que fofo isso. – chamou o marido.
A voz tão doce que tanto sentia falta soou. Então a câmera posicionou em duas crianças, pareciam ter quatro anos e estavam juntos. Um de cabelo preto e outra de azul, ou seja, eu e Sasuke.
– Você quer me beijar? – a menina.
– Sim. – confirmou.
– Por que? – questionou.
– Só beijamos quem gostamos, e é isso que eu sinto por você. – confessou, parecia corado.”
Olhei para o lado e ele estava fazendo a mesma expressão.
“- Eu também gosto de você Sasuke. – declarou.
Aproximamo-nos e demos um selo demorado um no outro
– Que lindo, meu amor. – Mikoto disse alegremente.
– Espero que ele não faça mais nada. – Hiashi.
– Pare de ser ciumento marido, são apenas crianças – rebateu.”
E logo o vídeo foi cortado por causa do tempo, mas estava claro que eu tinha uma queda por esse garoto que se encontrava perto de mim. Corei tanto que seria comparada a um tomate. Já a mãe dele fez uma careta de cumplice e riu baixo.
Então meu primeiro beijo foi com o meu rival? Quero morrer.
Fiquei estática e as luzes se acenderam. Meu pai avisou que já iriamos porque tinha compromisso e a dona de casa deu uma foto para mim como lembrança de hoje. Eu e o Uchiha no parque.
Eu não queria isso, porém não faria desfeita. Sasuke tinha sumido desde que o vídeo acabou e não apareceu para se despedir. Ao chegar a minha residência peguei Marie e a apertei, contando a ela o que aconteceu. Principalmente tentei descobrir o porquê de ter ficado tão mexida com o que presenciei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai? Gostaram?
Mandem-me reviews? Por favor, até me xingando, dizendo o que preciso melhorar. Não ficarei braba. Recomendação também é bem vinda, claro.
A imagem não é minha e desculpe se tiver algum erro de português.
Obrigada gente.