What Is To Be Popular? escrita por Apiolho


Capítulo 15
14 - Bicicleta quebrada


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Bom carnaval. *-*

Quero agradecer a Hinataa, Becca e Reeh Tetsuya por comentar no anterior, muito mesmo.

Espero que gostem.



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Capítulo quatorze

Bicicleta quebrada

“Dizem que, quando se olha para alguém e desprezam a sua existência, seu olhar se torna mais gélido que uma longa tempestade no mais longo inverno.”

(Naruto)

Oneesan, posso entrar? – questionou ao bater na porta do meu quarto.

Deve ser algo importante para aparentar estar nervosa.

– Claro. – devolvi.

E então se dirigiu a minha cama com receio.

– Desculpa pela cena de hoje, mas queria falar contigo sobre isso. – comentou.

Ai! E pior é que eu inexperiente também, mas como era popular a fama de que sou impura rolou.

– Pode continuar. – a voz calma e a abraçando.

– Eu senti vontade de fazer amor com ele e perder minha virgindade com ele, mas estou com medo que ele me largue. – confessou.

– Ele disse que te ama? – perguntou.

– Sim, várias vezes. – respondeu.

– Já provou e te respeita?

– Parece que sim, até me mostrou para a sua família e nunca me obrigou a nada, quase aconteceu naturalmente. – confirmou.

– Então acho que não irá se arrepender, desde que o faça quando estiver pronta e com proteção. – declarei.

Sei que minha irmã tem quatorze anos, porém é normal nessa idade começar a ter a primeira relação sexual e não é de meu feitio proibir.

– Obrigada por me entender. – enquanto me abraçava.

E ficamos por um tempo assim até que senti uns pingos caindo no meu ombro, era minha irmã chorando.

– Espero que tenha um amor igual o meu. – falou e saiu correndo.

Hanabi era realmente fofa. E ao me lembrar de relacionamento mandei mensagem para a Temari e Tenten:

“Amanhã vou realizar minha vingança, mas só na sexta verão. Boa noite.” – Hinata.

Desejaram-me boa sorte e se despediram de mim. Espero que tudo dê certo.

***

Na aula de artes a professora elogiou o Sasuke e disse que o desenho dele estava muito bom e deu um 9,2 para ele ao ver o que eu tinha feito. Mas fiquei orgulhosa por saber que ajudei-o a tirar essa nota.

O intervalo passou rapidamente, junto com as piadas da minha prima. E estava esperando pelo meu bom desenho na educação física, já que disse que meu desempenho tinha melhorado.

Quando deu o sinal da saída e todos saíram percebi que havia um caderno embaixo da carteira de alguém. E era do emo. Uma prova que tinha tirado 1,1 em português no último ano e 0,7 em história na sétima série. E uma frase havia atrás da segunda:

“Não posso reclamar do que recebi. É o que mereço. Minha depressão é enorme, mesmo que seja ruim admitir isso. Fiquei no hospital vários dias tomando soro por causa disso e me receitaram remédios fortes. Quase me cortei e pensamentos suicidas rondaram na minha cabeça praticamente direto. E o motivo é realmente simples, mas um detalhe que me era importante. Eu...”

Nesse momento um guri chegou na sala e pegou o objeto de minhas mãos depois de colocar o papel rapidamente no lugar. Era o moreno. A expressão de raiva e nervosismo.

– O que você estava fazendo com algo meu? – esbravejou.

Ele tem o poder de estragar meu dia. E aquele plano me parece mais certa a cada dia.

– Eu só queria saber de quem era. – revidei.

– E leu alguma coisa? – questionou.

Lançou-me um olhar tão intenso, preocupado e irado que fiquei com medo.

– Apenas teu nome. - menti.

– Não se esqueça da reunião de grupo hoje. Até mais. – despediu-se com uma cara mais aliviada.

Almocei em uma velocidade anormal, fui em direção ao armário dos populares e coloquei os documentos em cada um pela pequena fresta. Só eles tinham esse privilégio, enquanto os “normais” tinham de carregar uma mochila pesada todos os dias. Cheguei a biblioteca ofegante, ficar nesse lugar estava tão rotineiro que já sabia quantas mesas tinha. Sentei discretamente porque todos estavam lá.

– Chegou atrasada. Hoje iremos aprender... – repreendeu-me e depois foi cortado.

– Potência, por favor. – alegrou-se a garota.

– Depois daquela música todos sabem, vamos falar sobre P.G e P.A. – comentou.

– Mas não vai cair na prova. – gritou um menino.

As pessoas ao redor mandaram-no se calar.

– Vai para quem pretende fazer exame de admissão para entrar na faculdade. – sussurrou o Uchiha.

A voz séria, mas autoritária. Como sempre. E eu já estava me acostumando com isso e até gostando desse seu jeito. Alguém que demonstra responsabilidade.

E então ele começou a dar uns exercícios que respondi rapidamente e deu uma tarefa para semana que vem, apesar das reclamações do restante do grupo. Afirmaram que já tinham muito das matérias estudadas. E eles saíram arruinados.

– Vamos logo para o ginásio. – ditou o emo, pegando no meu braço.

Olhei para o ponto onde estava seu aperto e constatei que ele fazia direto isso. E lembrei-me de sua frase nesse caminho. Naquela época tinha realmente faltado umas aulas e quase rodou, porque se não estaria no segundo ano.

Mas aquelas palavras pareciam tão sofridas. E eu queria muito saber o porquê...

– Ajude-me a colocar a rede. – gritou, despertando-me.

– Pare de berrar, eu não sou surda. – rebati.

– Não reclame que nem uma velha então.

Sempre tem uma resposta na ponta da língua, e isso era irritante.

O moreno ficou do lado contrário ao meu, começamos a fazer um exercício e eu era obrigada a sacar direto. O castigo era aumentar mais a rede. Com o calor começamos a suar e ele tirou a camisa. Isso mesmo, ele ficou seminu na minha frente. Já eu tirei a jaqueta.

– Vai mais rápido. – berrou.

– Estou indo. – meu rosto estava vermelho pelo esforço.

Meu corpo queimava e eu queria parar para tomar uma água. Quando era umas 15h30 me liberou, fazendo-me correr até o vestiário. Tomei um banho rápido e ao voltar os garotos tinham chegado para treinar e estava organizado. Sasuke não estava mais no local. Novamente me sacanearam, entretanto consegui escapar.

– Está boa no vôlei, mas dá para melhorar. – falou o garoto me assustando.

– Claro, só tivemos duas aulas até agora. – respondi.

– Vão se surpreender de certeza. – elogiou.

– Acha mesmo? – duvidei.

– Não me faça repetir. – parecia constrangida.

E foi neste instante que notei que ainda estava sem a camisa. Para tirar meus pensamentos insanos olhei seu rosto e a situação piorou, a vontade de beijá-lo piorou ao ver sua boca e seu cabelo molhado para trás. Tão sexy. E por fim comecei a andar pelo corredor para ir embora, mas fui impedida.

– Vai comigo. – sempre autoritário.

– Por quê? Eu tenho uma bicicleta para ir embora. – ressonei.

Nada falou e me acompanhou. Quando virei para onde estaria meu veículo. Desesperei-me e chorei. Tinham furado o pneu e praticamente estragado ela. Não entendia o porquê.

– Sasuke espera. – berrei enquanto estava sentada no chão.

Ele veio correndo e fez uma expressão horrorizada ao ver-me. Principalmente ao correr os olhos para onde apontava.

– Eu levo a bicicleta no meu carro, não se preocupe. – acalmou-me.

– Obrigada. – respondi e abracei-o ao me levantar.

Lágrimas saiam rapidamente e eu molhava sua camiseta branca. O Uchiha apenas acariciava meu cabelo até eu ficar melhor.

– Por que fizeram isso? Por quê? – questionei enquanto ele levava a bicicleta.

E eu repetia essa frase o caminho inteiro, mas apenas para mim. Ao colocar na parte de trás me pegou no colo para me posicionar no banco ao lado do dele e colocar o cinto. Estava tão triste que a vergonha por ter me tocado foi o que menos prevaleceu.

Disse onde morava e logo parou na frente da minha casa.

– Tudo bem? – questionou.

Estava diferente de como o conhecida. E isso era bom.

– Sim, agradeço por hoje. – sussurrei.

A aproximação de agora me deixou louca, mas tanto que dei um beijo em seu rosto. Foi demorado porque ao sentir seu perfume fiquei sem reação. Era um cítrico. Confesso que corei e pela vergonha corri até a residência, mesmo com seus protestos, e fechei a porta rapidamente ao chegar nela. Não me despedi nem nada.

Nunca saberei se depois de hoje conseguirei o encarar. Ou melhor, acho que nem vai querer olhar mais na minha cara após a vingança. Parecia que ia morrer.

– Hinata, leve essa gata para o veterinário para vacinar! – exclamou meu pai.

– Então você deixa ficarmos com ela? – questionei.

– Desde que cuide dela não tem problema. – respondeu.

Realmente Hiashi estava estranho.

Fiz o que mandou e Marie ficava me arranhando pelo caminho e querendo se atracar com uns cachorros e felinos. Ao chegar no pet shop Kiba estava lá.

– O que deseja Hina? – perguntou com um sorriso presunçoso no rosto.

E depois de tanto tempo conversar com ele seria no mínimo imprevisível.

– Vaciná-la e dar um banho nela. – expliquei.

– Volte para buscá-la as seis. Qual o nome? Vai dar R$30,00.

Por enquanto está tudo certo. Eu sabia que ele tinha ajudado o Sasuke naquele vídeo, e isso me enojava.

– Marie.

– Soube que está namorando, não? – parecia curioso.

– Ainda não. – até porque nunca sabe o que destino me reserva.

– E então que tal sairmos algum dia? – tentou ser galanteador.

– Não estou comprometida, mas tenho alguém com quem ter um encontro. – rebati.

– Para de se fazer de santa! Sei que gosta de ser beijada, tocada e de uma boa pegada. – satirizou enquanto tentava me puxar pela cintura.

Eu certamente desviei e me afastei.

– Por favor, não vim aqui para conversar, apenas faça seu trabalho e cuide da minha gata. Adeus. – finalizou e corri até a saída.

Por sorte tinha outros funcionários e ele não poderia fazer mal a minha bichana. Eu não tive coragem de perguntar o motivo de ter feito aquilo comigo, entretanto só de olhá-lo já me angustiava. E o pior é que o via quase todo o dia na escola, mas falar com ele foi a primeira depois do que ocorreu. No meio do caminho lembrei-me que deixei minha bicicleta com o meu rival.

O arrependimento de humilhá-lo foi tão grande que tive vontade de pegar aquela prova de seu desobedecimento, mas nada poderia fazer agora. Era só esperar o amanhã.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mandem review com sua opinião. *-*

KIBA APARECEU, mas estou em duvida se ele contribuirá mais nessa fanfic.

A imagem não é minha e desculpa se tiver algum erro.

Beijos e obrigada.