What Is To Be Popular? escrita por Apiolho


Capítulo 14
13 - Traços nada perfeitos


Notas iniciais do capítulo

Voltei galera! *-*

Quero muito agradecer a Hinataa, Reeh Tetsuya, DarkSweetGloomy e LeneHyuuga por comentar no anterior. Mesmo, demais.

Espero que gostem.



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Capítulo Treze

Traços nada perfeitos

“Quando alguém te machuca, você sente ódio e quando você machuca alguém, você fica amargo, mas se sente culpado também. Conhecer a dor nos ajuda a crescer, a madurecer e crescer significa ser capaz de pensar e tomar decisões próprias.”

(Naruto)

Era quarta-feira. Dia de ensinar artes ao Sasuke, já que ele mandou isso por e-mail e na quinta me ensinará. Por Skype seria mais difícil de mostrar os materiais e corrigi-lo.

Salvei a foto no pen-drive, câmera, computador e impresso na minha bolsa, que eram no todo seis, para conseguir completar meu plano com sucesso e me prevenir. Estava no pátio na hora da saída quando notei um carro familiar, era do...

Sai!

– O que está fazendo aqui? – declarei com um tom amigável após correr até ele.

– Estava passando por aqui e aproveitei para te ver e falar contigo. – respondeu.

– Fazendo sucesso com as meninas em? – questionei olhando para algumas pessoas que estavam os mirando.

– Não me importo, nenhuma delas é meu tipo. – revidou em bom humor.

Eu corei, tanto que sabia que meu rosto estava bem vermelho. Logo os alunos foram saindo e comentando sobre nós. E quando abaixei a cabeça ele me abraçou e me acolheu posicionando minha cabeça em seu peito quente.

– Nem liga para o que falam, o que a gente faz não é preciso explicação. – sussurrou de forma calma.

E foi nesse momento que parei de ficar nervosa e o mirei, dando um sorriso por fim. A distância entre nós era pequena e dava de sentir seu hálito. Era de melão. Estávamos tão perto, só apoiar-me na ponta do pé, apesar de estar um bocadinho machucada a perna por causa da aula de educação física, e...

Hinata! – exclamou uma voz irritada.

Óbvio que era o emo.

– Não é aquele que vimos na sorveteria? O casal bonito? – questionou em tom baixo.

– Sim. – respondi.

Quando virei para trás o Uchiha já estava ali.

– Atrapalho?

– Claro que não, imagina. – fiz questão de ser irônica.

– Então vamos na biblioteca. – parecia um limão de tão azedo.

– Deixa só eu... – fui cortada.

– Agora. – gritou enquanto me puxava pela mão.

Só deu tempo de acenar para o Sai. Nem um beijo eu pude dar. E adivinha há quanto tempo estou na seca? Bastante, tanto que acho que nem fazer isso mais sei. Vai dar um ano praticamente, nem no réveillon eu passei com alguém.

Sasuke não falou nada por um tempo, porém dava de perceber que estava incomodado com algo, já que praticamente me arrastava.

– Esse garoto não é para você. – disse de repente. O maxilar trincado.

Ah não! Agora ele ia ver o que era bom.

– Então quem seria? – rebati.

– Alguém mais... – e então parou do nada.

– Quem? Pode me dizer? – estava alterada.

Estava tão bom hoje, porém esse popular tinha que atrapalhar.

– Uma pessoa mais nova. – declarou.

E neste instante entramos no local em que era proibido berrar.

– E por acaso quem é perfeito para mim? Você? – satirizei.

– Tanto faz. – disse.

Os seus olhos se tornaram meio opacos e a expressão fechada. Tento, entretanto é quase impossível decifrá-lo.

– Espere-me nos assentos de cima que irei procurar algo de artes por aqui. – declarei, com a mochila em mãos.

– Só não demore.

Aposto que falou isso de propósito, só para me irritar. Porém eu não ia entrar em seu jogo, pois logo o destino encarregará de derrubá-lo. Com a prova que eu tenho isso será rápido. Caminhei até a prateleira de artes e achei algumas figuras parecidas com a que íamos aprender, até para ver se seus traços ficaram melhores de sábado para cá.

Quando olhei para cima ele estava me fitando. Parecia pensativo, concentrado em algo. E esse algo seria eu. Então mostrei a língua para ter a certeza disso e o emo correspondeu. Subi as escadas de forma lenta e até entediada.

Ensiná-lo seria um martírio.

Ao chegar em sua direção percebi que estava fazendo uma cara fofa e até apaixonada. O que de certa forma me surpreendeu e intrigou ao mesmo tempo. Taquei com tudo o livro na mesa e ele se assustou, ficando sério.

– O que foi? – horrorizado.

– Artes. Lembra-se? – expliquei de maneira, um pouco, divertida.

– É melhor começarmos nesse momento, até porque a biblioteca não ficará aberta o dia todo.

– Por acaso tem algum compromisso? – questionou.

– Claro, mesmo que não seja de seu interesse. – respondeu com desdém.

A sorte é que há lanche na mochila e a que cuidava do local deixava comermos aqui, porque pela pressa dele eu não teria oportunidade de sair tão cedo. Abri o livro e a apostila, colocando umas folhas para ele rabiscar e eu também.

– Por onde começo? – questionou com calma.

O que era raro, realmente.

– Tenta desenhar essa imagem aqui. – apontei.

Ele começou uns traços que eram irreconhecíveis.

– Está mais parecendo uma arte abstrata isso. – critiquei.

– E como faz então? – irônico.

– Assim. – peguei o lápis por cima da sua mão.

O que tinha de arrumar naquele início eu fiz, ele ficava me olhando de forma concentrada e um sorriso torto se formou em sua face. Quando fiquei com uma súbita vontade de largar tudo e beijá-lo eu me afastei. No resto apenas fui interferindo e ditando o que tinha de corrigir. Não ficou igual, mas dava de perceber que era aquela figura.

– Até que ficou bom. – declarei.

Não acredito que eu fiquei com vontade de tocar nele e colar meus lábios nos seus. O que eu tinha na cabeça para pensar nisso?

– Que dica tem para me dar para amanhã professora? – questionou.

Ele tem que parar de me lançar esse sorriso.

– Não se esqueça de trazer a régua e o compasso. Pinte com mais vontade e traços leves na hora de desenhar. – aconselhei.

Ficamos em silêncio e olhei no relógio, eram 14h30. Alimentamo-nos do que eu trouxe, que era sushi e arroz doce de sobremesa. E quando um celular tocou pensei que era o meu, mas infelizmente não.

– O que quer Sakura?/Não, estou ocupado/Onde me encontro?/Em casa, porém não quero sair hoje... – foi o que ouvi.

O resto não queria nem escutar, até porque seria falta de respeito. Entretanto fiquei atordoada e até enjoada com a cena que estava vendo. E até pela rosada ficar o mimando mesmo com as patadas dele. Aproveitei para guardar o que restou da comida.

– Eu não gosto de te acompanhar, nem para shopping, sorveteria e nem nada. – falou em um tom mais alto.

Com isso lembrei-me do Sai.

“Desculpe-me por não me despedir, mas tinha de estudar com ele” – Hinata.

Logo a resposta veio.

“De nada, falamo-nos mais tarde” – Sai

Como estava trabalhando entendi, até porque tinha o risco de ser demitido. E ao mexer no celular percebi uma outra mensagem, que por incrível que pareça estava aberta.

“Quando vamos nos vingar do Sasuke?” – Temari.

Será que foi o Uchiha que invadiu meu aparelho e viu o recado? Espero que não, apesar de não ter muito detalhes pode ter percebido o nosso plano em mínimas palavras.

“Falo depois” – Hinata

Não correria o risco de contar agora. O moreno estava tão entretido no telefone que resolvi ver a minha mochila, e fiquei aliviada ao constatar que as fotos não foram tiradas. Mas só de imaginar ele tocando em algo meu já me deixava irritada e com receio.

– Vamos? – perguntou o criminoso.

Ele não sabe invasão de privacidade é proibido? Aliás,Preciso ser mais cuidadosa

– Tá. – sem vontade e com ódio. Muito.

O emo saiu antes de mim, pois sua imagem não pode ser denegrida. E tento descobrir o motivo de o obedecer e concordar com sua explicação. Talvez seja porque eu já fui popular. E quando cheguei em casa percebi algo na escada. Ou melhor, alguém.

– Quero falar contigo. – era Tenten.

– Pode começar. – falei apenas.

Estava um pouco cansada de correr atrás dela ou pedir em silêncio que me desse a resposta.

– Por favor, me perdoa, tem razão no que disse. Foi minha amiga mesmo com o zero que tirei por não comparecer no dia do estudo e não posso te abandonar por um erro bobo. Não és mimada, nem carente e sei que quer o bem da minha relação com seu primo. Peço para que aceite novamente minha amizade.– confessou rapidamente e me estendeu um embrulho.

Aproveitei para abrir e notei que era o último livro da série que tanto amava, era difícil de conseguir e caro. Lágrimas rapidamente saíram dos meus olhos. Abracei-a com fervor e sorri. Não apenas por causa do presente, mas por tudo que disse.

– Estamos quites então. – argumentei, lembrando-me da época em que a exclui.

– Comprei com o dinheiro que me deu pelas vezes que te ajudei. Prometo que não peço mais nada em troca. – declarou enquanto levantava os braços e ria.

Também estava chorando.

Ela então fez uma ligação para o Neji e ficaram conversando e se apelidando de forma carinhosa. E isso significa que voltaram a namorar. Depois foi embora com a bicicleta, em uma rapidez que só a morena tinha. Ao abrir a porta uma surpresa, que é bem desagradável.

Lee e Hanabi estavam quase tendo relação proibidas no sofá, já que ela estava sem a blusa e o outro só de cueca. Por favor, ajude-me a não ter pesadelos com o corpo do namorado da minha irmã. É extremamente aterrorizante.

– Não respeitam nem a gatinha? - perguntei ao ver o animal no tapete, os olhos arregalados.

– Ela se chama Marie. - revidou.

– Mas nem branca é! - exclamei.

– Mesmo assim, acho bonito esse nome. - teimou.

– Faça o que quiser, desde que se troquem. - ordenei virando para trás.

Eles se desculparam e o garoto saiu constrangido. Apenas ri e tentei esquecer essa cena, e a mais nova disse que o último favor poderia ser tirado, em troca de não contar nada ao pai, antes de se trancar no quarto. Por enquanto nada mais devo hoje. Até porque entre a perda e o empate, o melhor é o segundo.


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Notas finais do capítulo

Achei a imagem fofa, mas não é minha, e me lembrei da gatinha. Onw! Já tem um nome. Gente, a bichana é do filme aristocats. Eu assistia MUITO!

Desculpem-me se tiver erro de português.

Gostaram? Mandem-me reviews, por favor. :D

Beijos e obrigada.