O Despertar! escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 9
Ironias do destino!


Notas iniciais do capítulo

Atenção: nesse capitulo possui um pouco de nudez e sangue, mais espero que gostem porque durei muito tempo sobre ameaças na escola.
Peço desculpa para todos que acompanham a historia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/32008/chapter/9

Ironias do destino!

 

 

 

O simples vem
os destinos se vão
sem mais nem menos
me perco entre chuva
e verão.

 

 

 

Pessoas encapuzadas faziam um circulo ao redor de uma mesa de sacrifício, começavam a falar numa outra língua não entendida por Victoria que o cada momento se assustava com as fases cada vez mais pálidas dos vampiros embaixo da luz luar, o coração humano martelava freneticamente no seu peito, suas mãos foram fechadas em punhos serrados e seus olhos estavam semicerrados.

Victoria apertava fortemente a mão na seda do lindo vestida branco que caia em seu corpo como um bolo de casamento com varias camadas, ela usava por cima uma capa negra presa por uma estrela prata e em seus cabelos possuíam vários pedacinhos de diamantes em forma de pequenas pedrinhas, seus pés estavam descalços e em sua cintura estava amarrada uma linda corda de sarcedotisa dourada.

Todos ali se encontravam embaixo do luar, não importava o martelar dos corações que viam da floresta, o cheiro de sangue fresco inundavam as narinas e inflamavam as gargantas deles e faziam suas veias secarem, o barulho de uivos que viam de dentro da floresta, eles não tinham medo dos lobos porque sabiam que eles não enfrentariam um clã de um total de 14 pessoas reunidas no meio da floresta.

Eles sabiam que os lobos não derramariam sangue naquele dia em especial.

Era uma noite de lua cheia, onde lobos e vampiros se evitam para deixar que seus antigos extintos os dominassem e começassem a caçar, a noite onde as sacerdotisas saiam para fazer a tão famosa dança da lua ao redor da mesa de sacrifícios, aquelas que perderam a virgindade com um vampiro ou lobo se tornavam as sacerdotisas.

As mulheres que geravam a vida entre os dois lados e que mantinham os dois lados juntos para si proteger, Victoria sabiam que aquele destino era seu já que ela era o fruto proibido de uma paixão proibida entre duas espécies.Ela agarrava ainda a seda do vestido, o tecido longo branco tocava o chão mais era coberto pela capa negra que mantinha seu vestido e os cabelos ocultos de todos ate a hora certa.

Seu coração martelou fortemente quando ouviu um crá-crá estranho vindo da floresta que junto uma ventania que fazia as folhas secas caírem das arvores e sua capa voar ao seu redor como se ele fosse um fantasma, alguma coisa cortou o ar em cima deles fazendo todos olharem para a lua que mais pareciam ter sido banhada em sangue, outro crá-crá foi ouvido e outra vez algo cortou o ar fazendo os longos cabelos de Victoria se despentearem e cair em suas costas em cascatas ocultas pela capa negra, Victoria sentia que a qualquer momento ela se sentiria em meio a algum filme da serie sexta-feira 13, só faltava o assacino, o lugar parecia um cenário de algum filme de terror classe A, as arvores eram tortas, os galhos fininhos e que com qualquer assobio do vento ele chicoteava, as folhas secas que caiam das arvores e algumas que estavam ao redor da mesa de sacrifício estavam manchadas de vermelho seco, a mesa era preta de alguma pedra desconhecida e em cima se encontrava um lindo cálice de ouro com rubis e uma adaga de prata.

Victoria se lembrou do que leu no livro que encontrara no sótão da casa de Dominique: numa noite de lua cheia, os vampiros se encontravam ao redor da mesa de sacrifício para fazer a paisagem de alguém ou a transformação de alguma vampira que tenha sido humana antes em uma sacerdotisa, em cima da mesa se contraria um cálice de ouro com rubis que representaria a bebida dos deuses que no caso seria o sangue humano e a adaga que representaria a morte que a vampira usaria para cortar um humano e depois o transformar em seu alimento pessoal.

O humano se tornaria em seu banco de sangue pessoal, ela poderia beber o sangue dele mais não matá-lo porque ele é o a manteria viva enquanto ela não chegasse à idade apropriada para poder beber sangue de outros humanos.

Victoria arregalou os olhos quando se lembrou daquelas palavras escritas em latim, seu coração parou e depois recomeçou a bater como uma bomba relógio, ela já sentia as lagrimas invadi-la como uma tormenta de verão, seus joelhos estavam tremendo, sua respiração descontrolada e tudo ao seu redor giraram como se ela estivesse em uma montanha russa.

O crá-crá voltou mais alto junto com o barulho de assas batendo como se fosse um bando de aves imensas, Victoria passou as mãos no tecido do vestido o examinando com suas miúdas mãos, passou as mãos ao redor do pescoço deixando que suas unhas cravassem em seu pescoço, seus olhos não lacrimejava mais ela sentia um prazer imenso em ver a dor, senti-la.

Aquele liquido vermelho e grosso.

Ela pensou enquanto seus dentes caninos cresciam um pouco mais, tudo ao redor parecia vermelho leitoso enquanto ela passava os olhos em volta,balançou a cabeça para os lados tentado tirar aqueles pensamentos da cabeça.

Vozes aveludam começavam a cantar, velas negras a acenderem como num toque de mágica, a musica era antiga e forte como um trovão, as chamas das velas pareciam azuis e vermelhas, as capas negras começavam a brincar no ar fazendo redemoinhos, as folhas secas brincavam no vento e os galhos chicoteavam o ar enquanto as arvores pareciam gritar em agonia.

-bem, hoje estamos aqui para que Victoria possa fazer a passagem de uma simples Angel para um a Angel sacerdotisa.

 Murmurinhos começaram enquanto Victoria se encolhia como se o vento a chicoteava, ela não tinha medo daqueles rostos mais ela tinha medo era da fera que ainda estava com sede dentro dela, a sede era insuportável como se suas veias estivessem secas, já fazia quase uma semana em que ela não bebia sangue nem de animal ou de humano.

A sede parecia a torturar enquanto ela lutava para se segurar.

-como ela pode ser uma Angel?-ela ouviu alguém perguntar, ela pode perceber pela voz que era uma mulher.

-ela é o fruto proibido de uma paixão!-ela pode reconhecer a voz de seu avô através da escuridão e é claro que sua voz estava fria e grave como de um trovão.

-como?

-ela é filha da minha filha!

Victoria não conseguia mais se segurar enquanto seus joelhos a falharam pulou para a escuridão com leveza e com total silencio, a escuridão a protegeu enquanto sua respiração se encontrava descontrolada, suas mãos foram para o tecido do vestido em baixo do busto, ali ardia como se alguma coisa estivesse gravada em brasa.

As chamas da sede estavam cada vez mais lentas e pequenas, mais ainda presente e a qualquer momento voltariam com força, ela desejava um coelho pelo menos ele saciaria sua sede por enquanto.

-droga, essa sede vai me matar!-Victoria falou com raiva, trincando os dentes contra a raiva que a dominava, ela estava com ódio de seu avô.

-logo, logo você vai se alimentar!-ela ouviu uma voz falar e se virou para trás.

O ser estava usando uma capa cinza, a capa se projetava como parte do corpo e o capuz cumpria seu rosto fazendo ele parecer alguém misterioso, ela pode perceber um pequeno sorriso através do brilho diamante que fazia em baixo do luar, o medo da sede ainda a mantinha agachada.

-quem é você?

-seu avo não contou?-o ser perguntou enquanto se movia entre a escuridão e a caridade da lua, ele parecia dançar ou estar em algum desfile, seu corpo andava tão elegante que o fazia ser sexy e sedutor e aquela voz grave e sexy, com certeza o faria ser o desejo das mulheres.

-claro que não!-jogou na cara dele,ela ainda trincava seus dentes com raiva e seus olhos faiscavam as chamas do ódio.

Ele riu quando viu que Victoria estava tão indignada que não estava disposta a brigar, ela era a criatura mais formosa e é claro a mais quente que ele já encontrara, ele a queria para si mesmo que isso resultasse em uma briga entre os machos.

Ele a queria em baixo dele, a queria como sua companheira, queria saber como seria o gosto daqueles lábios, da pele, queria sentir a seda de seu corpo, ele a queria para si.

Ah como queria!

Ele pensou, seu corpo frio se esquentou tão rápido como se uma tocha estivesse se acendido dentro dele, seu corpo morto pelos anos e sua mente viva pelos séculos em que viveu projetava imagens eróticas dele e de Victoria, ela podia ser o fruto proibido mais ela não era a companheira proibida.

-hei, porque esta assim?

-assim como?

-assim como se quisesse me comer viva!

Ele parou estático a olhando, não podia acreditar que ela pudesse ler mentes e muito menos mexer nelas, ela devia ser uma vampira normal mais ele pode perceber através do cheiro de maças e morte, o cheiro de algo mais doce que tudo, ele respirou e inspirou apreciando o cheiro.

Victoria o olhou sem entender nada, a ingenuidade dela ainda estava presente, não importava se ela tinha se tornado uma vanpira, ela sempre seria ingênua como uma borboleta indo a direção a teia da aranha, ele pode perceber que Victoria não era uma vampira normal, aquilo só o fez desejá-la ainda mais.

-prazer meu nome é Victor III!

-prazer o meu é...

-eu sei qual é seu nome!-falou sem deixá-la terminar, ele podia ver a sede nos olhos de Victoria, aquele desejo insaciável por sangue era incontrolada.

Mais ela parecia conseguir controlar.

Ele sorriu com isso, ela daria uma boa companheira e mãe de suas crias, seus olhos viajaram pelo corpo de Victoria como uma serpente a dar o bote, seus olhos faiscavam chamas de desejos, luxuria e gula, Victoria quando percebeu isso pegou as pontas da capa às puxando para cima dos seios com o desejo de poder protegê-los.

O crá-crá voltou fazendo Victoria virar o rosto em direção a mesa de sacrifício, algo cortou o ar, era negro e possuía algo como dois rubis brilhantes e grandes na frente, ela se encolheu abraçando o próprio corpo se virou para ver o homem mais não o encontrou.

Nossa cada doida que me parece!

Pensou enquanto se dirigia para a clareia onde o grupo de pálidos estavam reunidos segurando velas negras e cantando musicas antigas como se fossem persas para algum deus, a mesa negra estava agora coberta por um manto vermelho vinho e em cima possuía o cálice e a adaga que pareciam brilharem embaixo do luar.

Victoria andou para o lado de uma capa negra que possuía alguns bordados de lua em dourado e prata, a capa caia ao redor do corpo do ser como parte dela mesma, parecia ter sido feita por encomenda porque se projetava e grudava ao corpo deslustrado um corpo magro e sexy.

Eduardo abriu os braços como se fosse receber algum parente distante, uma rajada de ar passou pelos cabelos de Victoria que na hora se desgrudaram da capa chicoteando seu rosto e caindo do lado de fora da capa, um medo se formou no coração de Victoria que na hora se senti como se quisesse fugir mais não podia.

Outra rajada de ar que fez os galhos das arvores se baterem, levar as folhas mortas e as vozes da floresta ecoa.

Victoria encolheu, os irmãos cesarianos se coloraram ao lado dela com o objetivo de protegê-la de alguma coisa, eles poderiam sentir um cheiro estranho vindo de Victoria que não os olhava, eles sabia quem ela reprimia os sentimentos, eles sabiam através de seu olhar, através das reações que causavam em seu corpo, através de sua respiração.

Eles a amavam com tanta força que seria difícil explicar com palavras o que eles sentiam por ela, as vezes o que sentiam era como se aquele sentimento fosse algo mais do que amor,algo sem explicação,algo que nem a ciência,a filosofia,a psicologia,entre outras ciências conseguiriam explicar.

-você esta bem?-Augusto perguntou com a voz tremendo, ele nunca viu Victoria do jeito que estava.

A palidez parecia mais forte, ela possuía alguns círculos arroxeadas embaixo dos olhos e seus olhos estavam sem brilho,como se fossem um gelo esverdeado.

-sim, estou!-Victoria falou, ela sabia que estava mal.

-não é o que esta parecendo!

-não me interessa o que você esta achando!-ela falou entre os dentes trincando de raiva e de ódio de si mesma por se deixar levar pela sensação que eles faziam no seu corpo.

-você não é mais a mesma.

É claro que não!Pensou enquanto a sede ainda estava presente como se ela fosse um animal enjaulado esperando o momento certo para sair, o corpo dela parecia flutuar em alguma água rasa porque ela não era mais a mesma, seu corpo não respondia aos seus comandos, parecia ter vida própria.

Ela se virou para a floresta sombria atrás de si com o objetivo de evitar os meninos, mais ela sabia que não conseguia, ela não queria ficar perto deles sentir aquele cheiro deles, não podia ela se reprimia por tudo relacionado aos meninos que a estavam olhando como se examina.

Victoria sentia os olhares dos meninos em si, ela se sentia envergonhada e seu pulso a correr mais rápida e sua coração a bater mais rápido, a seda parecia queimar sua pele e seu corpo a se encolher, ela teria que perguntar para Dominique o que era aquelas coisas.Mais não sabia como fazer essa pergunta, mais faria enquanto elas estivessem conversando e trocando idéias sobre como os homens agem.

A lua estava coberta por umas tensas nuvens  negra gorda, Victoria olhou para o céu suspirando, o céu estava limpo como se algum rodo tivesse passado ali, não possuía estrelas e nem nuvens brancas que nem algodão que às vezes ficavam no céu, a única coisa que tinha era uma nuvem negra gorda e uma lua vermelha sangue.

-a lua esta vermelha porque hoje é o dia em que algumas garotas são transformadas em sacerdotisas!

-mais porque da lua ficar vermelha?

-porque ela representa a mulher, como a lua representa o ciclo menstrual da mulher humana, a lua cheia significa  que a mulher já esta madura para poder representar a deusa.

-quem é a deusa?

-Moon, ela era uma vampira muito poderosa!

-eu acho que essa historia de deusa pode ser considerada brincadeira da parte de vocês, mais eu sinto como se a lua me desse forças para lutar.

Porque to contando isso?

Pensou enquanto olhava o céu limpo, a nuvem tensa saiu de cima da lua revelando uma lua cheia gorda e vermelha, a luz avermelhada não parecia muito ruim, Victoria colocou a mão na frente do rosto como se quisesse protegê-lo da luz, um rajado de vento passou brincado com a capa.

Os irmãos cesarianos se colocaram na escuridão de uma noite sem estrelas e passaram a observá-la, augusto se encontrava numa arvore torta enquanto Gabriel se colocava em um galho torto, eles não podiam negar que a curiosidade estava os matando aos poucos, eles queriam saber quais era o vestido que Victoria usava.

Uma rajada de vento levantou varias folhas as fazendo fazer um redemoinho em volta de Victoria que parecia se divertir com as folhas mortas, o capuz não caia de sua cabeça como se estivesse preso por grampos em seus cabelos, o vento parou de sobrar fazendo as folhas caírem ao redor de Victoria que agora estava se dirigindo para onde os irmãos cesarianos estavam.

-acho melhor voltarmos!-Victoria falou se dirigindo para as arvores mortas que ficavam ao redor da clareira onde os outros estavam.

-pelo jeito vamos ter muito trabelho.-Augusto falou dando um suspiro de cansado, ele estava cansado de joguinhos por parte de Victoria, ele estava cansado de se fazer de bobo para ela.

-agora vamos ter que dividi-la com um humano!-Gabriel falou entre os dentes, ele não queria dividi-la com ninguém ao não ser seu irmão, ele sabia que ela tinha sido escolhida para ser a companheira dos dois.

-é por isso que não gosto dos humanos.-Augusto falou socando uma arvore que se partiu no meio.

-acho melhor irmos, como ela é imã ara problemas talvez ela consiga atrair alguns lobinhos!-Gabriel falou se dirigindo para o mesmo lugar onde Victoria se dirigiu.

Os estavam indignados por saberem que teriam que dividir Victoria com um humano, só podia ser Eduardo mesmo para fazer uma coisa dessas, ele não aprovava o amor que os irmãos sentiam por Victoria.

Velho caduco e idiota!

Os dois pensaram enquanto se dirigiam para a clareira onde estava a mesa de sacrifício, assim que chegaram viram Victoria ao lado de Dominique que segurava sua mão fortemente enquanto Eduardo recitava uma oração antiga, andaram para o lado oposto do circulo e se sentaram numa pedra para ver o que ia acontecer.

Eduardo deu um passou o frente entrado no circulo que estava ao redor da mesa e colocou as mãos para o alto, começou a girar como se estivesse em algum brinquedo, depois de girar ele caiu no chão, eles puderam ver Victoria ficar tensa e Dominique apertar fortemente a mão dela.

Alguma coisa outra vez cortou o ar, Eduardo se levantou balançando os braços de um lado para o outro, quando levantou o rosto Victoria podia ver olhos vermelhos sangue, como o do ser que cortava o ar, ela encolheu contra a vontade e se viu outra vez com o medo entalado na garganta.

Eduardo parecia um zumbi, seus olhos estavam vermelhos sangue, sua pele pálida que nem giz talvez ate mais.

Ele parecia algum daqueles zumbis modernos.

O ar faltou no peito de Victoria que na hora viu o ser que cortava o ar pousar no braço de seu avô enquanto ele se dirigia para a mesa, Eduardo pegou o corvo imenso e o colocou na mesa ao lado do cálice, o corvo andava de um lado para o outro.Um barulho estanho pode ser ouvido da floresta, todos se viraram para um lugar em especial em meio às folhagens secas surgiu uns rapazes altos, pálidos com cabelos negros brilhosos e olhos negros que trazia nas mãos um corpo quase desfalecido de uma mulher.

Depois deles apareceu uma jovem ruiva de olhos azuis trazendo nos seus braços um homem no total dos 20 anos.

Os dois andaram em direção a mesa de sacrifício, eles usavam roupas normais como se fossem humanos se não fosse a palidez fora do comum, a beleza que se destaca, colocaram a jovem moça loira que se encontrava só com uma capa vermelha sangue cobrindo seu corpo nu.

Eduardo deu a volta na mesa de pedra se colocando do outro lado da mesa enquanto os jovens prendiam a jovem na mesa com correntes enferrujadas, a jovem ruiva subiu em cima da mesa e se sentou em cima da jovem desacorda e a beijo, um beijo selvagem com direito a língua e a mordias no lábio inferior enquanto colocava a mão em cima da capaz vermelha a rasgando deixando o corpo da jovem nu em contato com a luz da lua.

Victoria sentiu um medo pela jovem humana, se soltou do aperto da mão de Dominique e andou um passo para frente ainda se sentindo fraca, tudo ao seu redor não importava ao não ser a jovem moça nu que estava em cima da mesa presa pelas correntes enferrujadas, Victoria não queria ser a causa da morte da jovem, mais antes dela dar mais um passo Dominique já estava do seu lado a segurando pelos ombros e a arrastando para o lado de fora do circulo.

-você não pode fazer nada pela jovem, Victoria!-Dominique falou tentando consolar Victoria que já derramava lagrimas.

 -Dominique eu serei a causadora da morte dela!

-não, foi o destino que quis assim.

-como o destino pode ser tão injusto com as pessoas?

-Victoria olha para mim-falou pegando o rosto molhando de Victoria entre as mãos-minha criança, você não é culpada por isso.

Dominique não sabia o que dizer para Victoria, ela conhecia essa passagem de uma simples vampira para uma vampira sacerdotisa como ninguém, ela já tinha participado de varias, e ela conhecia a dor de perder alguém nesses tipos de passagens.Dominique abraçou fortemente Victoria, a dor de ver sua menininha se transformar em uma Angel pura era insuportável, ela queria que Victoria ainda continuasse a ter sua parte humana porque assim ela poderia protegê-la.

Sua menininha. Sua filha.

Dominique passava as mãos no cabelo sedoso de Victoria tentando acalmá-la, ela podia ouvir o soluço entalado na garganta de Victoria, ela podia sentir o corpo de Victoria ficar cada vez mais frio e a tremer muito, Dominique passou os braços ao redor da cintura de Victoria a abraçando mais.

 -Victoria, a menina era virgem por isso ela foi escolhida!

-como?-Victoria perguntou levantando o rosto vermelho de tanto chorar ainda com as lagrimas caindo.

-isso, uma jovem virgem entre 15 e 18 anos são as escolhidas para ser o sacrifício para a vampira.

-mais eu não a escolhi...

-não é você que a escolhe, são as sacerdotisas da lua sangrenta que escolhem não importa se ela não é sua escolhida ou não, ela é só uma oferenda para você enquanto a sede de sangue estiver presente.

-então você ta querendo dizer...

-que ela vai morrer?É bem provável porque ninguém jamais sobreviveu depois de ter seu ventre perfurado.

Victoria na hora não sabia o que dizer, tudo seu redor estava girando e suas pernas estavam bambas, seu coração martelava em seu peito com força quase rasgando sua massa torácica, ela respirou fundo e andou para o circulo deixando para trás Dominique com um sorriso que mostrava a tristeza e a crueldade de um passado marcado por injustiças, mortes, estrupos.

-chegou à hora de deixá-la ir Dominique!-uma voz falou atrás de Dominique que na hora sentiu seu corpo gelar e o sangue roubado de animal a gelar nas veias.

-o que você quer Victor?-Dominique perguntou se virando com uma cara de cólica e raiva, ela não podia viver em paz?

-lembra-se o mestre a quer!

-nunca a darei!-Falou mostrando os dentes caninos.

-não pode mudar o destino da jovem Angel.

-é claro que posso, só fazê-la...

-não importa o que você  faça, ela vai ser dele!-o ser falou sorrindo para Dominique que sentia seu corpo tremer de fúria e raiva.

-deixa-a em paz!-fala entre os dentes trincados enquanto o ser dava passos para dentro da escuridão rindo da cara de Dominique.

Dominique ainda olhava para a escuridão sentindo seu coração não humano se despedaçar com força, ela não queria que Victoria ficasse mal pelo que ela estava fazendo, mais era para um bem maior.

Não importa, ela vai te odiar pelo resto da vida!

Dominique  pensou  falou segurando lagrimas invisíveis que queriam sair, seu coração não humano não queria deixar Victoria sozinha nesse mundo de vampiros que não tem corações, ela queria continuar a proteger Victoria.

Dominique se dirigiu para o circulo onde Victoria estava olhando para a mesa de sacrifício onde a jovem loira abria os olhos azuis como a água do mar e os arregalava de medo, ela tentou se soltar mais não conseguia as correntes a pendiam a pedra, ela começou a se contorcer de medo, seu coração a bombear sangue pelo corpo.

Suas lagrimas caiam enquanto a ruiva sorria, ela se inclinou em cima da loira e lambeu as lagrimas que caiam dos olhos da loira, a loira se encolhia o bastante para que a ruiva passa-se as mãos em torno do corpo da loira que soluçava alto, e chorava como nunca.

-agora iremos nos preparar para que a nossa Victoria faça a passagem!-Eduardo falou enquanto duas outras pessoas encapuzadas se colocavam do seu lado retirando a capa dele com um puxão deixando que ela caísse no chão com leveza, Eduardo usava uma túnica que era amarada com um laço vermelho.

-não, por favor, parem!-Victoria falou dando um passo para frente em direção a mesa.

Ela sentia a dor da jovem, o medo que ela via através dos seus olhos azuis e seu cheiro, ela se sentia uma pessoa sem moral e sem sentimentos, ela se sentia um mostro por estar tirando uma vida inocente.

-Victoria pare.-Dominique falou já prevendo o que Victoria queria fazer, sua mão foi ao ombro de Victoria que na hora caiu na mão ofegante com as mãos em cima do tecido da capa, seu corpo estava mais gelado que o normal-Victoria fale comigo, Victoria?

Dominique já sentia seu coração entrar em total desespero, Victoria ofegava com força, Dominique a balançava muito tentado reanimá-la mais não conseguia, ela olhou para Eduardo.

-faça alguma coisa Eduardo!-Dominique falou olhando para Eduardo que olhou para baixo-Eduardo, ela é sua neta!

Todos podiam ver que Dominique se sentia responsável pela jovem Victoria que suava frio entre seus braços e ofegava muito, sua palidez se tornava quase de um morto e as olheiras em baixo de seus olhos se tornavam cada vez mais arroxeadas.

Os irmãos cesarianos andaram em direção a Victoria que ainda estava entre os braços de Dominique que chorava sem as lagrimas, eles sentiram uma dor tão forte que correram para o lado de Dominique que olhou com os olhos azuis.

Um grito ecoou  na floreta e o cheiro de sangue brincou na clareira.

Victoria na hora abriu os olhos, seus olhos não eram mais verdes, eram vermelhos que depois passaram um negro escuro como a escuridão, Dominique a olhou assustada com medo de Victoria que na hora saiu dos braços e se levantou.

A jovem loira possuía uma faca em seu abdome que descia ate seu ventre, o sangue quente escorria em cima da mesa ao redor da mesa escorrendo ao redor entrando nos pequenos desenhos que contornavam a mesa em torno que escorria para o chão deixando uma grande poça de sangue ao redor da mesa.

Victoria sentia lagrimas caírem de seus olhos.

-não temos tempo, Victoria!-Eduardo falou colocando a taça de ouro ao lado da mesa onde escorria o sangue, o sangue caia na taça a sungando de sangue-tome, você precisa!-Eduardo falou mostrando a taça banhada de sangue para Victoria.

Ela queria jogar a taça longe e nunca mais ver o sangue humano, mais não podia seus pés não a mais obedeciam, ela andou ate onde estava Eduardo que deu a taça para Victoria que abaixou o capuz da capa.Ela pegou a taça a levando ate seus lábios viraram a taça com vontade, o gosto de sangue fresco era adorável e delicioso.

Ela queria mais.

Todos olharam a cena, ninguém tirava s olhos de Victoria que jogou a taça de ouro contra uma arvore que se quebrou deixando inúmeros pedaços de ouro e rubis espalhados pelo chão, mais ninguém se importou com isso, todos olhavam para Victoria que estava usando uma maquiagem leve que realçava sua palidez e dava mais vida ao seu rosto, seus cabelos estavam soltos e com várias linhas que possuíam pequenos diamantes que brilhavam no seu cabelo negro.

Eduardo se colocou ao lado da neta que na hora ficou olhando para a jovem loira quase desfalecida em cima da mesa ensangüentada.

-me ajude, por favor!-a jovem loira falou fracos, seus olhos perderam o brilho e seus lábios ficaram roxos e suas palpitas brancas e seu coração batia fraco.

-vou ajudá-la!-Victoria falou deixando Eduardo com medo, ela pulou em cima do corpo nu da jovem loira desacorda, ela se sentou em cima do ventre ensangüentado da jovem e tirou a adaga e a lambeu, depois a jogou longe.

Eduardo pegou a adaga e a viu brilhar em baixo do luar, olhou de volta para sua neta que mantinha seus cabelos negros com pedras de diamantes como uma cortina em torno dela e da jovem, Victoria mantinha o olhar pregado no pescoço pálido da jovem, ele parecia tão frágil e pequeno, seus olhos se tornaram vermelhos e seus caninos cresceram.

Ela não resistiu à sede, cravou os dentes rasgando a pele e saboreado o delicioso liquido da vida, seus dentes rasgavam profundamente a carne chegando a uma veia no pescoço, o sangue escorria dos dois pequenos furos, Victoria engolia o sangue com vontade, ela fechou os olhos enquanto saboreava.

Ah, como é bom o sangue humano!

Victoria foi puxada com violência de cima da jovem loira nua, sua boca estava manchada de sangue, ela passou a língua ao redor saboreada o gosto e depois sorriu um sorriso que dizia muita coisa, Eduardo se colocou ao lado de Victoria enquanto Aaron se colocava na sua frente com a adaga nas mãos.

 -Victoria, agora você terá que fazer um juramento!

-que tipo de juramento?-ela perguntou.

Aaron sorriu com a curiosidade de Victoria.

-bem Victoria, você terá que jurar só beber sangue de seu cria, ou melhor, crias!

-como assim?

-como você transformou a jovem em vampiro, agora ela é sua cria e você a mestra dela!

-não estou entendendo!

-bem quando você morde um humano você o transforma num vampiro!

-então você esta querendo dizer que...

-você agora é uma vampira mestra?Sim!

Victoria tentava entender aquilo tudo mais não dava, mesmo ela sendo uma vampira aquilo tudo era de mais para uma pessoa só.

-você vai honrar  com seu juramento?

-sim!

Aaron sorriu e levantou a adaga no ar e recitou uma oração em latim e depois a abaixou com rapidez, Victoria fechou os olhos e sentiu a adaga passar bem na sua frente e o tecido da capa a abandonar naquela noite fria, ela abriu os olhos e olhou para baixou onde ela pode ver o vestido branco que na cintura possuía uma corda dourada.

-agora, vamos fazer você honrar com seu juramento!-Aaron falou, ele desceu a adaga na frente do vestido de Victoria sentindo a adaga raspar sua pele e o vestido cair em torno de si a deixando nua para todos.

Victoria se sentiu envergonha com aquilo mais pelo menos seus cabelos longos cumpriam seus seios e sua vilinha, Aaron olhou para o corpo bem esculpido de Victoria mais foi tirado de seus desvios por uma tosse de  Eduardo que olhava feio, Aaron sorriu para Eduardo que ainda sem mantinha serio.

-Aaron anda longo com essa merda!-Eduardo não queria que sua neta ficasse nua em frente a todos, ele queria que ela fosse para casa e não estivesse ali.

Num lugar onde jovens são...

Ele não conseguiu pensar naquilo, ele não queria pensar na sua neta ali.

-bem, como meu “bom” amigo disse vamos logo porque já esta amanhecendo e não queremos entrar em guerra com os lobos, não é?

Todos disseram sim.

-então vamos!-Aaron andou em direção a Victoria que mantinha seus olhos fechados-não tenha medo minha criança!-falou enquanto encostava a adaga entre os seios de Victoria, a adaga agia rápida com leveza e sem causar dor em Victoria-pode abrir!

Victoria abriu os olhos e olhou para baixou onde se encontrava um pequeno pentagrama desenhado em sua pele vermelho, sangue escorria dali, escorrendo ate chegar em seu ventre, o pentagrama se iluminou como se tivesse chamas ali, o fogo que ardia dentro de Victoria era muito forte.

Uma luz se apoderou da mesa de sacrifício quando Victoria caiu sentada nela, depois desapareceu deixando Victoria ofegante ali olhando para a lua já não mais vermelha, ela estava pálida e gorda.

Uma lua norma!

Victoria olhou para a jovem deitada em cima da mesa que tinha sua respiração acerada e que tremia com fúria, ela se assustou quando viu que ela se contorcia desmaiada fazendo as correntes quase se soltarem da pedra.

-não se preocupe, ela vai ficar bem!-Dominique falou colocando a capa em cima dos ombros de Victoria, Dominique abraçou Victoria que na hora começou a chorar entre seus braços.

-não se preocupe Victoria, tudo vai dar certo!-Eduardo tentou colocar a mão no ombro da neta, mais Dominique a afastou dele, ele podia ver a ira e a raiva trasbordando nos olhos azuis de Dominique suspirou frustrado.

 -ela é minha neta, Dominique mais que porra!

-ela ano é sua neta porque você não a ajudou quando ela passou mal!

-por favor, não briguem por minha causa.

-quantas vezes eu terei que dizer que não posso fazer varias coisas ao mesmo tempo Dominique?

-você tem que dar mais atenção a sua neta, seu velho idiota.

-parem, parem!-Victoria falou balançando a cabeça para os lados e saindo dos braços de Dominique, uma rajada de vento passou ali e fez um redemoinho ao redor de Victoria que na hora caiu no chão.

-Victoria pare, você esta muito fraca.-Dominique falava já sentindo a dor da perda se apodera de si.

-temos que fazê-la parar antes que ela mate algum!

-mais como?

-pegue o humano!

Dominique andou ate onde estava o homem desmaiado e o levou ate Eduardo que pegou a adaga, ele levou ate o pescoço do jovem e cravou profundamente quase arrancada sua cabeça, o sangue corria livremente.

Victoria virou para Eduardo que mantinha o jovem entre os braços,o sangue sujava sua túnica branca de vermelho,ela pulou em direção de Eduardo que largou o jovem que antes de cair no chão já estava entre os braços de Victoria.

-e agora?

-a deixe se alimentar!

Eduardo ficou olhando para sua neta seminua que deixou a capa cair ao redor de seu corpo, deixando sua pele pálida nua em baixo da lua, Victoria cravou os dentes no pescoço ensangüentado do jovem que na hora gemeu um gemido de dor.

Depois de um certo tempo Victoria sentiu uma vetingre a atingir, ela não sabia o porque mais seu corpo se soltou do corpo do jovem e caiu no chão, mais antes ela passou a língua no corte profundo deixando sua saliva ali que fez a pele se cicatrizar.

-Victoria?-Dominique falou enquanto corria em direção a Victoria com um manto vermelho nas mãos, ela sentiu a dor da perda mais uma vez no corpo, Dominique se agachou e colocou o manto em cima do corpo nu de Victoria que se mantinha desacorda.

-não se preocupe Dominique ela vai ficar bem!-Eduardo falou ao lado de Dominique que ainda olhava para Victoria que estava desacorda no chão.

-mais, se ela não ficar?

-é claro que ela vai ficar bem.

Todos ali olharam para Victoria que estava entre os braços de Dominique.

Seria ironia do destino que Victoria tenha se tornado uma assassina?Um monstro?Uma filha da noite?Uma aberração?Uma devoradora de alma?

 

O diário de Alexandria!

 

Meu deus!

Desculpe ai papai mais não tenho palavras para dizer como eu estou me sentindo.

Bem, você contar o que me aconteceu.

Ontem foi o dia dos vampiros, não me pergunte o porque deles comemorarem esse dia porque nem eu sei, mesmo sabendo que vampiros eram inimigos declarados dos anjos por serem filhos das trevas, eu decidi festejar um pouquinho, eu tinha decidido ir de princesa gótica com direito ate a colar de pedras negras e um lindo vestido negro.

Jacob estava maravilhoso naquela fantasia de Dracula, ate parecia real aqueles dentes.

Andamos nas ruas lotadas de venela, todos estava tão animado que aquela animação me contaminou, eu me diverti muito naquela festa.

 Adivinha o que me aconteceu?

Bem, quando estávamos saindo da festa apareceu uns dos criados de meu pai falando que precisavam falar comigo, mais eu não queria falar com ninguém que fosse que nem meu pai, eu só queria ficar naquela festa me divertindo.

Mais não tem aquele ditado que fala; felicidade de pobre dura pouco!

Pois bem, a minha durou mais que pouco.

Eles tentaram me levar à força mais Jacob (ai, meu lindo) me pegou entre os braços e falou que eu era dele e tudo mais, mais côo aqueles caras eram idiotas ano ouviram o recado e avançou contra Jacob, ele praticamente os derrotou com as mãos em torno do meu pescoço.

Pois bem, Jacob é um vampiro!

E eu estou apaixonada por um vampiro, meu inimigo mortal.

E agora o que vou fazer?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Despertar!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.