O Despertar! escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 10
Boneca de porcelana!


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso com a historia.
Tenho três motivos para o atraso.
1-estou roendo as unhas para a estréia de Lua nova.
2-estou roendo (não as minhas e sim da minha amiga, porque nem mais eu tenho de tanto roer) para a estréia de Vampire Dairies e Supernatural que estréia quinta que vem no charnel.
3-estou tendo enfartes só por causa dessa minha mania de comprar livros, e também porque estou lendo luxo, marcada e traída.
Eu peço outra vez, desculpe-me a todos!
Trailer´s oficiais:
Lua nova:
http://www.youtube.com/watch?v=AeDvvO7HJtA (maneiro)
Supernatural:
http://www.youtube.com/watch?v=VyYfOoq5wOE&feature=related (aterrorizante,me da medo)
Vampire Diaries :
http://www.youtube.com/watch?v=fpJfPOp8t2o(marra,o livro é bom,eu queria colocar o trailer que estava no canal mais não achei)
Atenção: o trailer de diário de vampiro estas legendado em espanhol!



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Boneca de porcelana!

 

 

 

 

A luxuria...

A obsessão...

E entre outros pecados fazem parte do vampiro, não importa o quanto ele negue...

Esses pecados fazem dele o ser que ele é...

Porque os vampiros nasceram dos pecados que cometemos.              

 

Silvio Albuquerque

 

O sol estava aparecendo tímido entre as altas colinas da floreta sombria de onde se podiam ouvir uivos altos.A floreta estava mais sombria que o normal, suas arvores estavam tortas e mortas, as folhas secas brincavam de fazer redemoinhos como se ali fosse algum cenário de algum filme de terror abandonado.

Dominique olhava através da janela embasada do quarto.

O brilho tímido do sol batia em sua pele fazendo um efeito de arco-íris maravilhoso, os inúmeros efeitos de cristais brincavam ao redor do quarto, o quarto parecia ser um diamante grande entre quatro portas.Ela estava sentada no pequeno sofá que se encontrava em baixo da alta janela que dava para ver a alta colina esverdeada da floresta, Dominique colocou a cabeça contra o vidro gelado da janela olhando para imensidão escura de um inicio da noite, seus olhos estavam perdidos e ela se deixou levar pela sensação fria e calmante que o vidro fazia contra sua pele sedosa.

É tudo culpa do idiota do Aaron se ele não tivesse pedido, ou melhor, impôs que Victoria fosse iniciada ela não estaria outra vez doente!

Pensou enquanto deixou sua cabeça escorregar e bater na madeira do parapeito da janela, seus cabelos loiros fizeram uma cortina ao seu redor, ela sabia que o que Victoria tinha não era uma doença normal, em que os médicos e a medicina moderna fossem resolver como se fosse um simples vírus, era uma doença que estava no sangue, não importava o quanto Victoria lutasse contra isso, porque essa doença sempre vencia.

Era como se alguma batalha estivesse sendo travada em seu corpo.

Uma batalha...Sangrenta.

 -porque justo agora!-Dominique se perguntou encolhendo as pernas e as abraçando, ela colocou a cabeça entre os joelhos.

Ela é só uma criança!

Pensou enquanto prendia a cabeça na direção da cama de casal de lençóis dourados e protegida dos raios solares se encontrava Victoria que estava deitada e coberta com um dos lençóis dourados, ela usava um vestido verde-esmeralda longo e de mangas, possuía um decote que deixava a cicatriz em forma de pentagrama prateado-como se o brilho da lua estivesse ali-amostra, sua pele pálida já ganhava um pouco de cor e seus cabelos longos e cacheados estavam jogados nas almofadas douradas.

-e agora o que vou fazer?-se perguntou colocando as mãos na cabeça e puxando seus lindos cachos dourados, ela puxava com força cravando suas unhas vermelhas sangue no couro cabeludo, ela queria a dor, precisava sentir aquela sensação de puro prazer.

Puxava os fios dourados com força querendo arrancá-los, ela cravou as unhas mais uma vez no couro cabeludo arranhando e descendo com as unhas que mais pareciam garras ate chegar no pescoço onde ela arranhou e depois fez uma linha com as unhas voltando para o couro cabeludo, a dor estava presente como uma amiga, para ela nada importava, não importava a vida eterna, o amor que sentia por Eduardo...

Se não sua menina!

Dominique sentiu a dor e um puxão nos cabelos, era como se alguns dos seus lindos fios dourados estivesse sendo arrancada pela raiz, ela fechou os olhos enquanto a dor se fazia presente, lagrimas secas por falta de alguns nutrientes não se fazia presentes ao não ser pelos soluços que saiam estrangulados de sua garganta e fazia uma musica serena para aqueles que nunca ouviram sua voz.

-Dominique que você esta fazendo?

Ela ouviu alguém falar mais não deu atenção, Dominique cravou mais uma vez as suas “garras” no couro cabeludo com força como ela quisesse que sangrasse mais não podia, ela não tinha mais sangue no corpo, aquele corpo era um corpo morto pelo tempo e vivo pela sua sede insaciável de sangue.

Sua cabeça latejava como se ela tivesse levado um tiro na cabeça, ela podia sentir as dores na cabeça, ela sentiu algo contra seu corpo frio o que a fez soltar seus lindos fios dourados e deixou quem quer que fosse a abraçasse.

Encostou a cabeça no peitoral forte e frio se mantendo entre aqueles braços cobertos por pelos dourados, não era um braço cabeludo e sim um braço lindo e musculoso que parecia protegê-la do mundo enquanto estava entre aqueles braços.

-não se preocupe, ela vai ficar bem!-alguém falou enquanto acariciava os cabelos sedosos com o adjetivo de acalmá-la.

Dominique se perdeu no delicioso cheiro de damasco que exalava da pele fria e musculosa da pessoa que a abraçava, suas mãos percorreram o tecido de seda negra da camisa dele, ela queria explorar os perfeitos músculos daquele peitoral frio e magnífico.

-já esta mais calma?-a voz que mais parecia sinos de igrejas de tão linda que era perguntou, ela sabia quem era o dono da voz, ele era o dono de seu corpo, de sua alma, de seu intimo, de seu universo onde ela queria estar naquele momento.

-Eduardo, o que houve com Victoria?-perguntou ainda com o rosto encostado na camisa preta, seu hálito tocou o tecido, ultrapassou e tocou a pele fria de Eduardo como faíscas ou adagas quentes.

Eduardo gemeu e suspirou contra a sua vontade.

Ele sabia o efeito que Dominique tinha sobre ele, não importava o que ele a fizesse era sua luxuria, sua obsessão, seu desejo mais intimo, ela era dona de seu corpo, ela o perseguia em seus sonhos de luxuria.

Diferente de Dominique Eduardo tentava negar seus desejos e seu amor por Dominique, ele era seu criador e não podia ter seus desejos saciados por sua cria, não importava o quando ele lutasse a luxuria sempre vencia.

A luxuria sempre foi seu ponto fraco entre todos os pecados cometidos por ele, a luxuria era o que mais amava e ainda ama, a luxuria de ter Dominique só para si, era a única que ele mantinha para si.

Era ela que saciava sua fome por luxuria com seu corpo e com seu gosto, Dominique era como se fosse uma luz no fim do túnel sombrio e frio onde Eduardo estava desde do desaparecimento de sua amada...

Uma luz dourada com duas enormes safiras...

Uma relíquia sem preço.

Eles ouviram um barulho estranho vindo da cama de casal e se afastaram rapidamente, Dominique queria voltar para os braços protetores de Eduardo mais algo dizia para ela ir ate a cama de casal e ver o que estava havendo com sua menina.

Dominique andou em passos lentos como uma câmera lenta ate a cama de casal, o barulho estava mais forte e algo gosmento estava no chão, ela levanto as mãos pálidas e delicadas tocando o lindo mosquiteiro vermelho sangue que rodeava a cama de casal, suas mãos tremiam, ela suspirou e puxou o mosquiteiro para o lado.

A cena que vira não era nada agradável, ela gritou um grito de dor e angustia enquanto via Victoria debruçada em um dos travesseiros dourados com a cabeça para fora da cama vomitando sangue.

-Victoria!-Dominique gritou desesperada com a quantidade de sangue que Victoria estava vomitando, o sangue fazia uma poça ao redor de seus pés.

Era um sangue diferente, era meio escuro e brilhoso, não tinha o mesmo efeito que qualquer outro sangue faria nos vampiros, não era um sangue normal, Victoria tinha seus olhos encharcados de lagrimas de sangue enquanto vomitava.

-por favor, ajude-me!-Victoria falou derramando suas lagrimas de sangue que escorriam ate o meio de seus seios tocando a cicatriz que possuía ali no meio.

-o que esta...Meu Dracula!-a jovem ruiva falou colocando as mãos na frente da boca.

Ela olhou aterrorizada para Victoria que ainda chorava lagrimas de sangue enquanto Dominique a abraçava com força, nunca na sua eternidade chegara a ver uma cena dessa, o sangue parecia cobrir o chão inteiro e possuía um cheiro estranho.

-Raquel?-a jovem ouviu alguém a chamar e se virou para ver Dominique a olhando serio, Raquel nunca vira ela seria.

-sim?

-vá e chame o doutor Carlos!

-sim!-Raquel falou se retirando do quarto ainda ouvindo os soluços da pequena Victoria que estava sendo abraçada por Dominique, ela estava sentindo pena de Victoria mais podia ver que ela tinha sua família mais os Cesarianos para cuidar dela.

Assim que Raquel saiu, Dominique olhou para a poça de sangue que estava no chão, tão viva era a cor que parecia não ser humana e nem vampira, o sangue humano era claro comparado ao sangue vampiro.

-querida?O que houve?-a atenção dela foi desviada da poça de sangue para Eduardo que olhava para Victoria preocupado.

Victoria não sabia o que tinha acontecido, mais ela conhecia aquela dor que ela estava sentido, era uma dor antiga e perigosa, como se a dor a rasgasse por dentro e depois passava para o lado de fora.

-não sei vovô!

-como não sabe?-Eduardo perguntou dando um passo para frente, ele não queria olhar para o sangue que estava no chão.

-não sabendo!-Victoria rosnou aquelas palavras com fúria e ódio, ela não sabia o porque dela estar rosnando para seu próprio avô.

-mocinha não rosne para mim!-Eduardo falou olhando seriamente, foi quando ele se deu conta que ela rosnou.

Eduardo olhou para Victoria com os olhos arregalados por não saber que ela conseguia rosnar, era impossível, ela era ainda uma recém nascida para o mundo vampiristico então como ela sabia rosnar?

Ele tentou racionar para ver se encontrava a resposta mais parecia que todos os seus neurônios tinham sido extintos por algo maior como o pavor, o medo e a dor de perder sua neta, Eduardo se sentiu sujo por nunca ter sido amável com sua neta, agora ele via como era ter a sensação de perder alguém.

-desculpe-me!-Victoria falou com seus olhos baixos enquanto ela via seu avô se aproximar em passos lentos.

O sangue escuro e brilhante parecia estar cada vez mais escuro como se fosse a noite aparecendo, Victoria sentiu uma ânsia se apoderar de si e colocou mão na boca, seu estomago parecia uma montanha russa de tantas voltas que estava dando.

-Victoria, você esta bem?-Dominique perguntou enquanto tocava no ombro de Victoria que na hora a afasta e se levanta, Victoria tirou a mão da boca e começou a vomitar sangue enquanto tossia.

-rápido chame o doutor Carlos!-Dominique falou enquanto se colocava ao lado de vitória segurando seus longos cabelos para o alto.

Eduardo saiu correndo do enquanto e se dirigiu para a sala onde todos estavam reunidos, ninguém parecia querer falar algo, todos estavam quietos como se ali fosse um enterro.Eduardo pulou os últimos degraus e procurou com os olhos o doutor Carlos.

-cadê o Carlos?

-estou aqui!

-rápido venha!-Eduardo falou pegando Carlos pela manga da blusa branca enquanto o levava escada à cima.

Eduardo sentia um cheiro estranho vindo do quarto era como se algo estivesse morto a semanas,ele sentiu aquela sensação de proteção se apoderar de si e soltou Carlos que o seguiu de perto em direção ao quarto,seus pés pareciam não tocar o chão.

-o que é isso?-Carlos perguntou quando pararam na porta do quarto, ele podia ver algo liquido escorrer por debaixo da porta.

-é sangue!-Eduardo falou.

-como?

-quer que eu desenhe para você?-Eduardo perguntou sarcástico para Carlos que levantou uma sobrancelha.

-não, não precisa!

Eduardo abriu a porta do quarto e viu Dominique no chão olhando atemorizada para a cama de casal, ela parecia mais pálida que o normal e seus olhos estavam arregalados e pareciam estarem em transe.

Victoria sentia todo seu corpo tremer como se estivesse acabado de receber vários choques seguidos, enquanto ela tremia e trincava os dentes com força, ela podia ouvir o barulho de algo, era uma voz deferente e bela, parecia estar cantando uma musica gótica.

-quem é você?-ela perguntou enquanto via uma luz branca com uma aura negra ao redor como se fosse um dragão negro.

-sou a celfa!-a luz falou olhando para Victoria que tinha seus olhos grudados no nada.

-celfa?-perguntou, seu corpo inteiro tremia e suas mãos se fechavam em punhos serrados.

-sim, sou a mãe dos filhos das trevas!

-como?

-fui criada a partir de uma união muito perigosa, sei que pode parecer estranho mais você é especial, é como eu uma Angel e tem poderes que nem um outro vampiro teria, possui a beleza e a delicadeza que nem um outro vampiro poderia ter,foi feito para ser pura e livre dos pecados.

-pecados?

-sim, mesmo os seres sobrenaturais cometem pecados, não podemos fugir deles.

Dominique olhava para Victoria que estava olhando para o nada enquanto falava, ela acho aquilo estranho e sem razão, é claro que Victoria estava doente mais para chegar nesse ponto ela devia ter ficando louca.

A palavra louca ecoou em sua mente e uma imagem de Victoria numa camisa de força começou a brincar em sua mente, ela sentia uma sopitar vontade de chorar, mais ela sabia que tinha que ser forte pela sua menina.

 Eduardo andou em passos lentos ate Dominique que colocou a cabeça entre as mãos soluçando alto enquanto ela via Victoria ainda tremer, ela não queria ver, não precisa presenciar a sentença de sua menina, ela não queria a morte de sua menina...

Ela queria algo impossível...

Ela queria que Victoria tivesse uma vida normal sem sangue e...                            

Pecados.

Eduardo a abraçou forte com seus braços musculosos enquanto Carlos se dirigia para a cama de casal com sua maleta preta inseparável, a maleta era de couro nobre e possuía uma fivela de ouro puro com alguns diamantes pequenos, ele podia ser considerado um medico de alta etnia, mais ele era o medico participar dos vampiros do clã Rosa.

Carlos pegou a maleta e depositando em cima da pequena escrivaninha que ficava ao lado da cama e tirou de dentro um pequeno recipiente transparente que possuía um liquido meio azulado, ele deu umas batidinhas no recipiente e depois pegou uma pequena seringa.

Ele virou o recipiente para baixo enquanto enfiava a agulha da seringa na tampa do recipiente, assim que ficou cheio ele retirou a agulha e andou ate a cama onde estava Victoria.

Quando ela se deu conta que um estranho a estava tocando, ela rosnou e se colocou em posição de ataque com as mãos ao lado do corpo e com seus dentes brancos amostra, seu lindo vestido azul turquesa parecia brincar em sua pele pálida como porcelana, Carlos não sabia o que dizer e nem o que fazer quando olhou para aqueles lindos olhos esmeraldas, tão belos e puros.

Augustus e Gabriel sentiram uma dor em seus peitos como se adagas afiadas e cortantes estivessem sidos laçados contra seus corações já mortos pelo tempo mais aquecidos por uma jovem menina de olhos esmeraldas e pele de porcelana, os dois se olharam e puderam ver que a dor era igual, era como se fosse uma linha não existente que os ligava a alguém, mais quem?

Eles pareciam pensar igual e com os mesmos pensamentos chegaram à única conclusão...

Victoria.

Os dois deram um pulo do sofá onde se encontrava o que assustou quase todo mundo que estava na sala em “luto” por causa do silencio constrangedor que tinha se apoderado daquele ambiente tão animado e magnífico com suas magníficas roupas do século XIIX.

- o que foi?-uma jovem alta que usava um vestido branco como a neve de olhos negros que mais pareciam duas feda da tentação e luxuria perguntou.

-Victoria!-os dois responderam chamando a atenção para eles que ainda estavam parados na escada com uma pergunta na cabeça: subir ou não?

Eles não sabiam a resposta, desde do momento em que Victoria os evitava eles seguiram seu desejo, eles não queriam ir ate o quarto dele e serem mandados embora com jarros de água ou alguma pequena caixinha de porcelana atirada quantra eles.

Todos olharam para a escada quando ouviram o barulho de algo caindo que ecoou pelo corredor da parte superior da casa, ninguém sabia o que estava havendo, será que a terceira guerra mundial aconteceu e esqueceram de avisá-los?

Pensamento bobo e sem sentido a parente, ninguém ali ao não ser -os  jovens Cesarianos se importavam com Victoria-, eles só estavam ali esperando que ela não sobrevivessem para se apoderarem de seus bens e serem os lideres do clã, eles não precisavam de uma Angel para comandá-los em sua missão.

Todos os machos achavam que se ela morresse talvez eles conseguiriam o trono e não precisariam sair de casa para fazer a tão famosa missão, mais eles estavam enganados ser um líder um alfa era algo muito complicado e ainda por cima tinha que comandar um exercito onde com certeza teria brigas, traições e mortes.

Gabriel e Augustus subiram as escadas com medo de serem atacados por uma fera enjaulada, mais quando chegaram na porta do quarto pararam e olharam para o sangue negro que escorria por debaixo da porta de madeira nobre.

Sangue?

Pensaram em tudo que aconteceu com Victoria, ela não precisava sofrer tanto assim na vida, ela ainda era uma menina pura e inocente que não precisava ver a morte através de seus próprios olhos e também ser um das causadoras, ele queriam que ela tivesse uma vida normal, sem ser uma Angel.

-com licença, mais esta tudo bem ai dentro?-Augusto perguntou batendo na porta nobre de madeira, mais não recebeu nenhum “entre” ou “sim, não se preocupe!”.

O silencio que vinha do outro lado da porta estava deixando os meninos tensos e com medo do que estava havendo, eles sabiam que Victoria estava mal e também que ela precisava urgente de sangue humano.

Os dois parecia estarem com aquela dor cada vez mais forte, a dor parecia não passar mesmo com eles massageando o peito onde deveria se encontrar o coração pulsante e cheio de vida, eles ouviram um gemido e o barulho de algo caindo ou sendo jogando quantra alguma coisa pesada.

-Victoria?-os irmãos gritaram abrindo a porta de madeira nobre.

-Gabriel...Augustus!-Victoria falou com um pouco de dificuldade enquanto tossia mais sangue, a cama antes dourada agora estava avermelhada pelo sangue que Victoria tossia.

Ela sentia uma dor mais profunda que alguma dor normal era como se todos os pecados estivessem caindo sobre seu peito que parecia querer explodir em uma explosão sangrenta e doentia.

Augustus e Gabriel olharam para Victoria que ainda estava sentada na cama com o doutor Carlos em baixo dela, o paletó azulado estava vermelho de sangue e sua pele tão pálida que o normal como se ele estivesse morto a varias horas.Victoria olhou para o rosto sereno e belo do doutor Carlos e deixou uma pequena lagrima de sangue cair em cima dos lábios do doutor Carlos.

O sangue escorregou para dentro da boca do doutor Carlos fazendo um percurso ate o seu sistema e tocando suas paredes e suas veias, ele deu um suspiro e abriu os olhos olhando para Victoria que tinha seus lábios lambuzados de sangue...

Sangue dele!

Ele tocou as pequenas feridas do pescoço e viu que tinham sumido, curados como num passe de mágica.

-como você fez isso?-Carlos perguntou com uma das mãos no pescoço enquanto olhava para Victoria sentada em cima dele.

-isso o que?-perguntou se fazendo de inocente, ela também não sabia como tinha feito isso, nem como a antiga vampira tinha entrado em contato com ela.

-me ressuscitar!

-isso?-ela falou com uma mão em baixo do queixo como se estivesse pensando que tipo de palavras usar, ela não conseguia pensar numa desculpa-não sei!

Todo mundo o quarto olhou para a jovem Angel que se retirava de cima do jovem medico ficando sentada na cama antes dourada e agora avermelhada pela quantidade de sangue que fora derramado ali.

Victoria alisava as belas folhas de um velho caderno que se encontrava ao lado da cama onde ficava um estoque de perfumes e um varo de rosas mortas que deixava no ar um cheiro agradável e magnífico, suas mãos miúdas e belas pareciam serem feitas de porcelana, Victoria poderia ser considerada uma pequena e delicada boneca de porcelana.

Tudo mudara no estante em que seus poderes antes adormecidos terem sido despertados pelo sangue humano.

-mamãe?

Victoria perguntou olhando para Dominique que se segurava em Eduardo para não cair no chão pelo choque que aquela insignificante palavra fizera com ela, Dominique olhava para Victoria com os olhos de uma mãe.

-sim...Minha filha!-Dominique falava sem acreditar nas suas próprias palavras.

Ela estava realizando o seu sonho secreto de ter uma filha.

Ter uma filha era algo privado das vampiras sangue puro, elas não podiam ter filhos normal-humanos vampiros sangue puros, Dominique sabia sobre as dores do parto quando uma vampira tem seu filho vampiro.

A criança a rasga por dentro com seus dentes caninos já desenvolvidos e brancos, usa sua força para rasgar a pele de aço de sua mãe, a criança não liga para a dor que a mãe sente quando esta dando a luz e sim viver, sobreviver, porque vampiros são filhos das trevas causadores de dor, terror, horror, de matança.

Para os bebes vampiros não importa se a mãe vai morrer quando esta dando a luz para eles e sim em sua própria sobrevivência, eles já nascem com a sede de sangue em seus olhos avermelhados, bebem o próprio sangue e às vezes de suas mães.

Dominique sentiu sua garganta apertar quando se deu conta do que ela teria que fazer num futuro próximo ou talvez distante ate lá ela ia aproveitar a sua nova filha, a ensinar a ser uma dama da alta sociedade e a viver, seduzir, conquistar, o mais importante...

A ter o seu amor de volta.

Dominique se desencostou de Eduardo e andou em passos lentos em direção a cama com os braços abertos e um sorriso sincero no rosto, ela amava Victoria mesmo ela não sendo do mesmo sangue, não pertencendo à mesma linhagem, Dominique via em Victoria a menina que ela fora há vários séculos atrás.

-mamãe!-Victoria falou se jogando nos braços de Dominique que passava as mãos em seus lindos cabelos negros enquanto olhava ao redor para ver os rostos de todos que se encontravam no quarto.

Victoria não sabia o que estava acontecendo mais ela via em Dominique a figura materna que ela não teve desde dos 5 anos, ela via nela a mãe que ela nunca conhecera se conheceu não se lembrava, ela via em Dominique uma amiga e ao mesmo tempo uma mãe e conselheira.

Lagrimas de sangue caiam dos olhos de Victoria que estava entre os braços delicados de Dominique a aninhou e começou a cantar uma musica, Victoria parecia conhecer a musica muito bem, era como se ela já tivesse sido canta para ela, era como se fosse uma canção de ninar antiga e bela.

Red Rose de Emilie Autumn, Victoria se lembrou com lembranças embaçadas e sem começo ou fim, ela se lembrava do piano, da voz de anjo que cantava, dos lindos olhos azuis que pareciam duas fendas do abismo do fim do mar azul, o vestido vermelho.

A rosa vermelha que ela vira uma vez há muito tempo atrás, o sorriso branco e cintilante de alguém que possuía o rosto por detrás de uma tensa neblina negra que cobria todas as suas lembranças.

Ela sentira seu coração parar e um buraco se abrir em baixo de seus pés como se alguma fenda do inferno estivesse se abrindo bem em baixo dela, a dor se apoderou de seu peito, esmagando seu coração humano com força, ela respirava com dificuldade e seu coração doía quando batia.

A dor ficou mais forte quando ela sentiu o mundo ao seu redor parar e ser coberto pela densa neblina escura, a neblina que causava e ainda causa medo em algumas pessoas, ao entrarem no mundo dos sonhos ou pesadelos, onde seus mais temidos pesadelos se realizam e seus mais desejados sonhos se realizam.

-Victoria?-Dominique perguntou preocupada quando viu Victoria desmaiada entre seus braços com lagrimas de sangue escorrendo de seus olhos fechados.

-não se preocupe ela vai ficar bem!-Carlos falou forçando um sorriso em seu rosto que quase rasgara.

Victoria podia ouvir tudo, ela começara a achar que era uma boneca de porcelana, e o que era verdade.

Ela parecia uma linda boneca de porcelana pálida de cabelos negros longos e cachos nas pontas e com lindos olhos verdes, pele rosada e um lindo sorriso branco que parecia que fizera algo em seus dentes perfeitos, ela se achava frágil como porcelana, como se qualquer toque brusco fosse quebrá-la ao meio, como se ela fosse tão pálida a ponto de ser uma boneca, ela não precisava de nada fabuloso e extravagante para ser uma boneca...

Porque para todos, ela era uma boneca de porcelana, frágil e dependente dos outros, ela não era como as vampiras de sangue nobre que nasceram e já sabia se proteger do mundo sombrio e rodeando de trevas dos vampiros, ela era uma menina metade vampiro e metade humana que possuía um ponto franco.

Ela era bela e inocente...

Como uma boneca de porcelana!

 

 

Diário de Alexandria!

 

Querido odiado diário!

 

Bem hoje eu estaria completando 120 anos, mais é claro que aqui na terra eu teria que dizer que estaria fazendo 25 anos.

Eu ódio aniversários e ainda festas surpresas que não tem nada a ver comigo, mais quando Jacob me falou que faria uma festa intimo só eu e ele onde beberíamos champanhe e comeríamos bolo ate entupir eu me empolguei e falei que não precisava e ai vai meu discurso anti-aniversario.

Mais nada convence Jacob que mais parece uma criança de cinco anos que acabara de receber seu presente de natal, então ele me fez, ou melhor, me obrigou a sair com Samantha à irmã dela que sempre esta de bom humor e nunca sai de moda, ela é fanática por moda e é claro por coisas luxuosas por isso que a casa dele tem vários utensílios caríssimos que nem se você trabalhasse 24 h conseguiria comprar.

Sair com sam (apelido dela) talvez seria legal e engraçado porque a Sam nunca me deixaria plantada em uma esquina que eu nunca ouvi falar.

Acho melhor eu me arrumar para sair antes que a Sam arrombe minha porta e me puxe pelos cabelos escada abaixo.

E por favor, reze por mim, porque com essa louca com certeza eu chegarei morta (literalmente) e cansada.

 

Ate mais querido diário!

 

 


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