Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 46
Capitulo 46 – Cachorro, Pombo e Isabelle!


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está com algumas cenas engraçadas e divertidas, aposto que vocês leitores gostem e deixem reviews! Há uma cena Suspian meio curtinha realmente engraçada.
Boa leitura.



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Camilla acordou às cinco da manhã, pois tomou muito café ontem à noite, ela foi na cozinha, fez brigadeiro, e comeu, comeu até não aguentar mais, depois voltou para a tenda tentar dormir um pouco mais, mas não conseguiu, então decidiu acordar suas colegas de tenda.

Ela pegou seu travesseiro e meteu na cabeça de todas dando gargalhadas, todas resmungaram menos Zoë que fingiu estar dormindo, e Camilla insistiu em dar mais travisseiradas nela até que Zoë perdeu a paciência e agarrou Camilla e a empurrou e Camilla caiu encima da cama de Isabelle (que ainda era uma pomba) que também estava de mau humor, resumindo todas tiveram que acordar porque Camilla não deixou nenhuma dormir.

Elas aproveitaram que não tinha ninguém na fila do banheiro, e deu tempo delas tomarem banho enquanto os outros iam acordando. Ás oito, o café estava servido, e todos tomaram café. Camilla era a responsável pelo café de Isabelle e depois que Isabelle se transformou em animal, ela virou o bichinho de estimação de Camilla, ela precisa de um dono pois Sammy o cachorro de Alícia vive caçando-a.

Zoë passou o seu plano para Pedro e os três (Zoë, Pedro e Alícia) revisaram o plano para botarem em prática, porque ia ser daqui a pouco. Zoë ia fingir estar apaixonada por Pedro sem ninguém por perto, só Zay, pra que ele soubesse que Zoë seguiu enfrente, e para Zoë fazê-lo sofrer.

Zay tinha marcado um encontro com Zoë perto do rio, na mesma hora de ontem, ela ia chegar com Pedro e ele iria se esconder, e ia escutar a conversa dos dois, Alícia cuidou para que isso acontecesse, e aí ele ia ver que Zoë estava apaixonada por Pedro, então eles só tinham que ser bons atores.

Alícia iria espionar para ver se Zay já tinha chegado e depois avisaria a Zoë para os dois irem até a beira do rio, sentar num troco velho e caído e abrirem seus corações, estava tudo planejado. E Zoë não estava nervosa até Alícia voltar de lá e dar o sinal pra eles irem.

Zay deve ter se escondido muito bem, pois Zoë não o achou, enfim, ela sentou no tronco com Pedro olhando pra ele meio triste.

– Eu preciso te contar uma coisa – disse Zoë, na sua melhor atuação.

Pedro fez que sim com a cabeça.

– Ontem, aqui, lembra que nós prometemos contar uma coisa engraçada um pro outro? Eu achei, que seria engraçado ver o Zay tirando água do rio, mas não foi – disse Zoë com os olhos rasos de lágrimas.

– O que aconteceu? – perguntou Pedro.

– Nós caímos, e... nos beijamos, e eu me sinto tão mal, por favor, não me odeie – disse Zoë. – Eu te amo.

Zoë sentia vontade de rir sabendo que Zay estava ardendo de raiva ao escutar aquilo.

– Por que você fez isso? – perguntou Pedro com um pouco de raiva na voz.

– Me desculpe – disse Zoë chorando um pouco. – Eu sinto muito, foi um acidente, eu te amo tanto, por favor, não me deixe...

– Eu acredito em você – disse Pedro pegando na mão de Zoë, os dois ficaram com as duas mãos dadas.

Um garoto alto, forte e bonito desceu da árvore, Zay, estava batendo palmas com ironia.

– Que lindo – elogiou Zay irônico, Zoë achava que ele ficava muito mais sexy irônico.

– Vamos sair daqui – disse Zoë e os dois se levantaram.

– Vocês dois são patéticos – disse Zay sarcástico. – Sério, porque você deixa pra dizer essas coisas a ele logo aqui Zoë? Onde nós marcamos um encontro?

– Eu venho com meu namorado aonde eu quiser – disse Zoë tremendo a voz.

– Você queria que eu escutasse sua declaraçãozinha de amor, eu vi a Alícia se escondendo, e vocês estão de papo pra cima e pra baixo toda hora, foi muito fácil deduzir certas coisas – disse Zay.

Zoë estava odiando a si mesma, eles poderiam ter melhorado esse plano, eles podiam ter feito com que Zay os espionasse em outro lugar, e podia ser outra pessoa ao invés de Alícia para verificar se ele estava lá.

– Me deixe falar com ele, um minuto a sós, eu prometo – disse Zoë.

Os dois se beijaram na boca, um beijo intenso, mas um pouco rápido. Pedro foi embora. Zay chegou bem perto de Zoë outra vez, os narizes um do outro a poucos centímetros de distancia, Zoë não resistia, ela queria dar-lhe um empurrão ou chutar suas bolas de novo, mas era tão bom ficar perto de Zay que ela quase se esquecia do mundo.

– Eu sei que você quer me beijar – disse Zay sensualmente.

– Você é patético – disse Zoë.

Você é patético – imitou Zay com uma voz fininha. Isabelle e Camilla faziam aquilo com ela o tempo todo, ela odiava isso. O ódio voltou ao coração e ela se afastou quase um metro de Zay.

– É a primeira e única vez que eu te peço, me deixe em paz, vá se divertir com Calisto! Eu amo o Pedro, e eu não quero que você atrapalhe isso – disse Zoë.

– Eu não acho que você o ame – disse Zay.

– Por que não? – perguntou Zoë.

– Porque você é doidinha por mim Zoë, você quer me ver sem camisa que eu sei – disse Zay maroto.

Zoë sentiu uma tremenda raiva do que ele disse, até porque era verdade.

– Ou você se afasta de mim ou meu namorado te mata – ameaçou Zoë.

– E eu morrerei sorrindo – disse Zay marotamente.

– Não é só o meu namorado, você teve sorte de eu não ter dito ao Pedro que você me agarrou, pois se não meus dois irmãos iriam te expulsar daqui – disse Zoë.

– Sabe como eu sei que isso não é verdade? A: Você e Alícia vivem de conversinhas, se eles me expulsassem teriam que expulsar ela também, e você me ama. B: Você não disse ao Pedro que eu te agarrei, e você me ama – disse Zay sorrindo, ah o sorriso dele...

– Você é um arrogante, presunçoso, nojento, convencido, filho da mãe! – xingou Zoë.

– E você é a flor mais linda que eu já vi – disse Zay sorridente ele adorava ver Zoë irritada.

– Você me disse essas mesmas coisas há algum tempo atrás, e você me traiu! Da maneira mais suja possível! – disse Zoë.

– Me desculpe Zoë – disse Zay mudando de maroto pra arrependido. – Eu sinto muito, mas eu estava desesperado pra ganhar aquela coisa, e o mais importante é que eu me apaixonei por você, e sei que você por mim também.

– Eu não ligo, pois eu estou amando outra pessoa muito melhor que você, você não está ao meu nível – disse Zoë.

– Sabe como eu sei que isso também é mentira? – disse Zay. – Se eu não estou ao seu nível, porque você ficou comigo em Shamat?

– Eu fui fraca, mas nunca serei aquela garota outra vez – respondeu Zoë.

– Você não precisa ser... Desista do seu namorado, e podemos ficar juntos – pediu Zay.

Zoë começou a rir sarcasticamente.

– Isso é até engraçado, eu amo o Pedro, e entre você e eu já esqueci tudo – disse Zoë.

– Se você tivesse esquecido Zoë, você não estaria aqui comigo, você não tinha chamado Pedro pra conversar nesse lugar, e se você tivesse esquecido, você não teria me beijado ontem! – vociferou Zay.

– Não tente me conquistar Zay! Eu trouxe Pedro aqui justamente para provar a você que eu não quero isso, que eu amo o Pedro, e eu vejo você arrastando sua asa praquela garota da ilha, siga enfrente – disse Zoë frenética.

Zay pareceu triste inicialmente, mas depois sorriu, Zoë se perguntou por quê.

– Está com ciúmes de mim e Calipso? – perguntou Zay marotamente.

Zoë teve vontade de rir, mas bufou.

– Adeus.

– Eu te amo – disse Zay.

Zoë paralisou, não estava esperando aquilo, ouvir aquilo era como um beijo prazeroso de Zay em seu pescoço, a sensação era tão prazerosamente boa que ela queria ouvir aquilo o dia todo. Zay já falara que a amava em Shamat, enquanto os dois só estavam namorando, nada sério, ele falara aquilo, mas Zoë não sentia nada, pois naquela época era mentira, mas agora ela sentia que aquilo era realmente verdade.

– Foi o que você disse quando queria meu arco – disse Zoë com raiva e foi embora, pois Zay conseguiu finalmente tocar os sentimentos dela.

(***)

– Eu te disse, ela é uma bruxa, ela pode fazer magia quando ela vira uma bola de luz – disse Susana a Caspian.

– Sim, mas... Transformar Isabelle de volta? – disse Caspian.

– Ela é amiga de uma das feiticeiras mais poderosas do mundo, Circe, filha da deusa da magia, as duas tipo foram colegas de acampamento – disse Susana.

– Não é aquela feiticeira que transforma homens em porcos? – perguntou Caspian.

– Porquinhos da índia – corrigiu Susana. – Mas esse não é o ponto... Eu acho que Liliandil pode fazer alguma coisa, tipo ela viu Circe transformando homens em porquinhos da índia todos os dias, e ela pode ter aprendido alguma técnica que pode servir.

– Mesmo assim, eu não acho que ela tem esse poder – disse Caspian pensativo.

– Ela pode fazer alguma coisa, ou pelo menos ela sabe de alguma coisa que ajude, disso eu tenho certeza – disse Susana.

– O.k. E vamos passar o dia todo falando de Liliandil? – provocou Caspian.

– Eu tenho assuntos bem melhores – disse Susana. – Começaram a nascer as primeiras flores que plantei junto com as cinzas de Caleb, são bem diferentes não é? – disse pegando um jarro com três flores laranja com marcas pretas, idênticas a uma estampa de tigre.

– São mesmo – elogiou Caspian.

– E por acaso você já pensou sobre o que falamos ontem?

– Sim, e eu não estou preparada, não agora – disse Susana.

– Susana...

– Caspian! – disse Susana.

– O quê? Até onde eu saiba você é minha esposa, certo? – disse Caspian.

– Nós estamos falando sobre as flores do nosso filho, e você está pensando em... deitar comigo! – sussurrou Susana.

– Eu te falei que não é por isso, eu quero... Quero outros filhos – disse Caspian tristemente.

– Nós iremos ter, é claro que sim, mas não agora, eu não estou preparada – disse Susana.

– Por quê? – perguntou Caspian.

– Quer mesmo que eu faça uma lista? – disse Susana. – Primeira coisa: Pros homens pode ser simples, mas não para as mulheres. Segunda: Nós não temos um lugar confortável. Terceira: Não dá certo ficar pressionando. Quarta: Eu não estou preparada para engravidar novamente. Quinta: Nós estamos numa missão, se eu engravidasse ia correr o mesmo risco que antes. Sexta: Eu sinto um vazio em mim, eu sinto muita falta de Caleb, e ter outro filho significa substituí-lo. Sétimo...

– O.k. Eu entendi! – disse Caspian mal-humorado.

Susana gargalhou.

– Não fica triste, olha quando a gente voltar pra Nárnia... – disse Susana e sussurrou o resto da frase no ouvido de Caspian que o deixou muito animado.

Os dois conversaram mais um pouco e os meninos chamaram Caspian para uma rodada de buraco e Susana aproveitou para ir até Liliandil, ela já tinha arrumado Alêx e a tinha deixando com Carly.

(***)

Quando Susana entrou em sua tenda, Liliandil e Clove estavam conversando como sempre, e Liliandil estava mostrando a pulseira de Afrodite a Clove, infelizmente Susana não escutou a conversa, pois elas pararam quando ela chegou.

– Você já olhou o seu livro de feitiços hoje? – perguntou Susana.

– Se chama Carta estelar, e sim – disse Liliandil venenosa.

– Descobriu alguma coisa que pode ajudar Isabelle? – perguntou Susana.

– Sim – disse Liliandil e pegou um livro velho com desenhos de estrelas na capa, dentro havia só desenhos de estrelas e as ilustrações eram desenhos feitos de pontinhos que eram estrelas, as estrelas tinha sua própria escrita.

– Esse feitiço aqui – disse Liliandil virando o livro para Susana.

Susana só conseguiu ler a imagem que parecia um monte de partes do corpo humano se transformando num pássaro, e as letras eram pontinhos de estrelas ligados que ela não conseguiu decifrar.

– Eu não falo estrelês – disse Susana com desdém.

– Isso é um feitiço que transforma uma pessoa num pássaro, aqui não diz como reverter o feitiço, mas eu acho que sei como, mas não tenho poder para realizar o contrafeitiço – disse Liliandil.

– De que adianta ser uma bruxa se você não pode fazer magia? – provocou Susana.

– Eu não sou uma bruxa, sou uma estrela – disse Liliandil ofendida.

– Minha irmã nem é bruxa, mas é tem mais poder magico que você – disse Susana, ela queria confrontar Liliandil.

– Sua irmã é uma assessora, isso significa que ela tem poder, mas não se compromete com a magia, e fica acessando-a, ela seria bem mais poderosa se comprometesse – disse Liliandil.

– E quais são os riscos de se comprometer? – perguntou Susana.

– Nenhum, mas pra se comprometer, pra ela virar uma maga ou uma bruxa ela precisa de treinamento – disse Liliandil.

– Isso significa que ela vai ficar verde e ter verrugas? – perguntou Susana.

– É claro que não – disse Liliandil. – Todos podem se tornar uma bruxa ou feiticeira, é só ter a magia dentro de você, sua irmã notavelmente tem.

– Então... Ela pode fazer o feitiço? – perguntou Susana.

– Não só ela, mas todas as garotas podem, aquelas que têm mais magia dentro de si – disse Liliandil.

– Tipo Camilla – disse Susana.

– Sim – disse Liliandil. – Eu tenho um plano, todas as irmãs dela vão praticar o feitiço, sangue do mesmo sangue dá mais poder, e Lúcia é que vai realiza-lo.

– Então, esse é o plano? – perguntou Susana.

– Sim, mas primeiro eu vou canalizar o meu poder com o de Lúcia e com as irmãs de Isabelle, e aí Lúcia vai realizar o feitiço, mas talvez seja demais pra ela, então Camilla tem mais capacidade de aguentar, vai ser arriscado – disse Liliandil.

– E quando podemos fazer isso? – perguntou Susana.

– Eu já combinei com Asafe e Zoë, faremos hoje à noite, se quer ser útil ascenda o máximo de velas que puder – disse Liliandil.

– O.k. – disse Susana e saiu da sua própria tenda.

Ela odiava dividir a tenda com Liliandil e Rilian, mas ela tinha, além do mais ela gostava de conversar com Mimí quando iam dormir.

Todas as garotas se ocuparam lendo livros relacionados a magia, menos Camilla que brincava com Isabelle em sua forma de pomba. Muitos ascenderam várias velas, Liliandil estava se preparando para fazer o feitiço.

Liliandil iria canalizar o seu poder para Lúcia, e Lúcia iria converter o poder de Liliandil e elas iam transformar Isabelle de volta em humana recitando um feitiço em uma língua estranha.

Estrelas praticam magia tirando poder de qualquer luz que existir, pode ser a luz da lanterna ou até de uma vela. Liliandil posicionou-se no centro das velas, fechou os olhos e abriu os braços, as luzes das chamas das velas e da fogueira começaram a aumentar, todos fecharam os olhos porque não aguentaram a claridade, Liliandil começou a brilhar mais, mas não estava na sua forma de estrela, e quanto mais Liliandil brilhava mais as velas e a fogueira iam perdendo luz, até que Liliandil brilhou intensamente e todas as luzes cessaram, as luzes do fogo por perto ficaram brancas e sem brilho.

Liliandil tinha voltado ao normal e pegou na mão de Lúcia, Liliandil começou a brilhar novamente só que ela estava transportando seu brilho para Lúcia, esta também brilhava, mas em tonalidade diferente, até que todo o brilho de Liliandil foi pra Lúcia e ambas voltaram ao normal.

Camilla, Bianca, Zoë, Carly e Lúcia fizeram uma roda em volta de Isabelle, e Lúcia começou a dizer palavras estranhas.

Ad normalis

Deserunt alas

Corpus tuum non deseras

Nascuntur, vivunt, tibi sit

Untap avem

Ad normalis

Não funcionou. Lúcia tentou mais vezes. Não funcionou.

– Deve ser porque a magia que Lúcia está falando requer equilíbrio, temos que transformar Isabelle humana transformando outra pessoa em pombo – disse Liliandil.

– E se usássemos um pombo? – sugeriu Lúcia.

– Aí teríamos que trocar a vida do pombo por Isabelle e ela voltaria ao normal, mas o não dá pra transformar um pombo num pombo – disse Liliandil.

– Eu já sei – disse Susana. – A magia é baseada em equilíbrio certo? E se outro animal virar um pombo e Isabelle virar humana?

– É, pode funcionar – disse Lúcia.

– Digamos que, por exemplo, usássemos um cachorro... – disse Asafe olhando para Sammy que estava perto de Alícia.

– O.k. se usássemos um cachorro quem seria o cachorro depois que ele virasse um pombo? – disse Liliandil.

– O pombo! – alegrou-se Bianca. – Transformamos Isabelle em humana e o cachorro em pombo e para isso usamos um pombo que ao fim vai virar um cachorro.

– Tipo trocar o cachorro e o pombo de corpo? – perguntou Clove.

– É, basicamente isso sim, é genial – disse Camilla.

– Podem ir parando aí, quem disse que meu cachorro vai virar um pombo? – protestou Alícia.

– Ou é ele ou a Isabelle – disse Liliandil.

– Espera, Isabelle vai virar humana, o cachorro vai virar um pombo, e o pombo vai virar o cachorro, certo? – perguntou Camila.

– Correto – disse Bianca. – Eu tive uma ideia... Depois que transformarmos Isabelle em humana podemos transformar o cachorro de volta em cachorro e o pombo de volta em pombo.

– É, é perfeito – disse Liliandil.

Sammy entrou no circulo das irmãs e de Lúcia e eles pegaram o pombo de Calipso emprestado. Lúcia recitou novamente as palavras esquisitas.

No meio Isabelle estava começando a aumentar de tamanho, seu nariz estava aparecendo e suas patas já pareciam pés, suas asas estavam se descolando e virando braços enquanto o cachorro estava diminuindo e criando asas e suas patas traseiras ficaram curvadas, o pombo ia aumentando de tamanho e mais duas patas cresceram nele, o pelo e os dentes também cresceram, mas ao lado do pombo outro animal estava nascendo.

O feitiço terminou quando Isabelle virou Isabelle novamente e Sammy virou um pombo e o pombo virou um cachorro e havia uma capivara recém-nascida lá, mas ninguém sabia como.

– Um filhote de capivara fazia parte do feitiço? – perguntou Alícia pegando Sammy na mão.

– Não, não fazia – estranhou Zoë.

– De onde veio essa capivara? – perguntou Isabelle, todos voltaram a reparar nela que desvirou um pássaro.

Edmundo correu para abraça-la, mas nem ele nem Pedro podiam, pois estavam sob uma espécie de feitiço de Isabelle que mandou eles se afastarem dela.

– Estou feliz que você voltou – disse Edmundo sorrindo.

– Estou feliz também – sorriu Isabelle. – Principalmente quando uma certa irmã quase tenta me matar me jogando pra cima! – acrescentou para Camilla que se encolheu nos braços de Apolo.

Bianca estava triste, quando finalmente ela conseguia sair com Edmundo ele voltou a falar com Isabelle. Os dois estavam se dando tão bem juntos, não tinha acontecido nenhum beijo nem nada, mas ela estava muito apaixonada.

– Gente, vocês se esqueceram da capivara que surgiu do nada? – perguntou Zoë.

– É porque o cachorro virou o pombo que Isabelle era, e o segundo pombo virou o cachorro e para onde foi o segundo pombo? Se transformou numa capivara – disse Bianca.

– Então esse bebezinho aqui foi fruto do feitiço? – perguntou Camilla.

– Sim, ele se desenvolveu a partir do pombo que virou cachorro, mas o que é estranho é que ele não é igual ao outro pombo, ele era pra ser o clone do outro, que estranho – disse Bianca.

– Então é porque ele nasceu a partir do feitiço, mas de certa forma ele é um bebê – disse Camilla.

– Temos que mata-lo – disse Liliandil.

– O quê? Por quê? – perguntou Camilla alisando a cabeça da capivara bebê.

– Esse filhote não tem mãe nem pai, não é uma coisa natural, ele não é uma capivara comum – disse Liliandil.

– E o quê que ele pode fazer de ruim? – perguntou Camilla.

– Eu não sei, só sei que a existência dele não é certa, todos os pombos nascem de pai e mãe e ele não nasceu de ninguém, nasceu de um feitiço, só a natureza pode criar animais, eu acredito que ele não tenha alma – disse Liliandil.

– Ainda não entendi o que ele pode fazer de ruim – disse Camilla.

– A existência dele desafia a natureza, e há sempre um preço para quem desafia a natureza, e esse preço não é bom – disse Bianca preocupada.

– Ele não é um preço, é uma capivara, não podem descontar nele – disse Camilla.

– Se não descontarmos nele a natureza descontará em nós, ou em nós através dele – disse Liliandil.

– Deixe que ela desconte, quem liga para a natureza? – disse Camilla.

– Camilla, ela está certa, e é só uma capivara – disse Zoë.

– Não Zoë! É uma vida, alguém que vive, você iria querer morrer se você fosse nascida de um feitiço? – perguntou Camilla.

– Sim – mentiu Zoë.

Camilla hesitou, não era a resposta que ela estava esperando.

– Eu não ligo – disse Camilla. – Eu vou ficar com o Sheldon.

– Que droga é Sheldon? – zombou Asafe.

– Significa “O que todos querem matar” – disse Camilla.

– Em que língua? – perguntou Zoë já sabendo a resposta.

– Em... Frangê... Franê... Francê... Búlgaro... – gaguejou Camilla. – Na língua que eu acabei de inventar!

– Camilla ele é só uma capivara – disse Carly.

– Não, ele é o Sheldon – disse Camilla. – Ele nasceu de um milagre.

– Não, ele nasceu de maus cálculos de magia – disse Bianca.

– Eu não ligo, ele é meu, só meu – disse Camilla abraçando Sheldon.

– Eu acho que já temos bichos o suficiente aqui – disse Asafe lançando a Sammy um olhar de raiva, e o cão rosnou para ele.

– Escuta aqui seu idiota! – vociferou Alícia. – A próxima vez que você falar mal do Sammy eu vou...

– Você vai o quê? – desafiou Asafe chegando bem perto de Alícia.

– Você é um idiota, e da próxima vez que você mexer com o meu cachorro eu te bato até você cair morto – disse Alícia.

– E ainda dizem que a minha irmã é maluca, ou você ou o seu cachorro saem fora aqui – disse Asafe.

– Zoë – chamou Alícia confiante.

Zoë foi até eles.

– O trato é que haveria uma eleição para ver se o cachorro fica ou não, eu sou a vice-líder então ainda tomo decisões, eu ainda mando nessa bagunça – disse Zoë.

– Ótimo – disse Asafe e foi embora.


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Notas finais do capítulo

- Perguntas:
* O que achou de Isabelle ter voltado ao normal?
* O que achou da cena Suspian?
* O que achou do feitiço para tentar trazer Isabelle ao normal?
* O que achou do 'pequeno' confronto entre Susana e Liliandil?
Próximo Capitulo: Crianças Amaldiçoadas.
Sinopse: Enquanto os Pevensie finalmente percebem a razão do grande "azar" no amor da vida deles, Liliandil finalmente traça um novo plano para se dar bem.



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