O Cara Certo escrita por A nova Cinderela


Capítulo 8
Ninguém se importa


Notas iniciais do capítulo

Galera, tive pensando aqui e acho que a Fic vai ser meio longa. Se não se importam, claro. Me mandem mensagens privadas com sugestões, sua opinião ou comentem aqui em baixo. Boa leitura.



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Seguimos pelo corredor, um ao lado do outro. Todos me olhavam, como de costume. Talvez eles tivessem um certo medo de mim e era para terem mesmo. Eu já fui expulsa de três colégios particulares. Duas por brigas e uma por conta de um acidente que envolvia: meu esqueiro e o lindo cabelo da garota mais puta do colégio. Foi um acidente, claro.

Vitor sempre me acompanhou nos colégios. Ele dizia que com ele por perto era mais difícil eu arrumar encrenca, mas mesmo assim eu conseguia, as vezes.

Fomos até nosso armário. Minha combinação era: 152047. Só eu e Vitor sabíamos. A dele era: 332604. Era fácil, mas só eu e ele sabíamos também.

Abri meu armário e um papel caiu de dentro dele. Achei estranho, mas me agachei e peguei-o. Era uma carta. Tipo aquelas cartas de filmes fofinhos de garotas fofinhas! Coisas escrotas, sabe? Eu tinha um admirador secreto, ou alguém que queria zombar de mim. Seja o que fosse eu iria descobrir quem escreveu aquilo. Estava escrito:

"Bom dia, minha pequena irritadinha. Espero que esteja bem. Só queria dizer que você esta linda hoje, na verdade, não só hoje, mas sempre. Um beijo.

Admirador Secreto."

– Oque é isso?– perguntou Vitor.

– Nada!– respondi, grossa.

É claro que eu não ia mostrar aquela idiotice pra ele. Era escroto. Eu estava muito irritada e estava disposta a descobrir quem colocou aquilo ali, dentro do meu armário.

Dei graças aos deuses que Vitor não insistiu para ver a "cartinha". Seguimos para a sala de aula. Nos sentamos no mesmo lugar, mas certas coisas estavam estranhas. Vitor foi ao banheiro em todas as aulas antes do intervalo. Ele não era acostumado a fazer isso. Até perguntei se estava tudo bem com ele e ele disse que estava bem. Na aula de artes, como sempre, o povo da minha sala não calava a boca e eu não escutava nada que a professora falava. Eu não era fã de estudar, mas odeio barulho. Odeio minha sala. Odeio as pessoas da minha sala(com exceção de Vitor). Odeio as professoras. Odeio a escola!

No intervalo, fomos comer nosso lanche e eu fui até meu armário guardar alguns livros. Havia mais uma cartinha. Estava escrito:

"Ops, errei de garota, mas espera ai, você não é uma garota, é um macho! Otária."

O sangue subiu a cabeça e eu não estava me controlando. Eu estava fora de mim. Vi uns garotos zombando de mim do outro lado do corredor. Vitor viu que eu estava enfurecida e agarrou meu braço.

– Me solta, Vitor. Ou vai sobrar pra você também!– eu gritava e, talvez, saia fumaça das minhas narinas.

– Você vai fazer oque eles querem? Eles querem te ver explodir! Vai dar esse gostinho à eles? Para! – falou com firmeza - Vem, vamos pra sala. – me puxou pelo corredor.

Eu queria voltar lá e acabar com eles, mas Vitor me segurou mais forte ainda. Os garotos ainda riam de mim. Quando entramos na sala, Vitor fechou a porta.

– Você é um idiota! Eu ia acabar com todos eles! – disse, muito irritada e eu tava gritando.

– Você vai acabar sendo expulsa antes mesmo de começar o ano! – ele falava calmo, mas sério.

– I daí? Ninguém se importa comigo mesmo!– falei e logo me arrependi.

– Eu me importo.


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Notas finais do capítulo

Comentem ai pessoal. Espero que estejam gostando!