Capítulo 3 - Recomeço
"Everybody needs someone to hold on to
I'll travel half world to say that I belong to you"

Voltou para o quarto alguns instantes depois, com o café em uma pequena xícara, mas encontrara o paciente já adormecido. Riu com o efeito rápido que as drogas tinham.

Olhou novamente o quadro de pacientes, procurando algo a mais para fazer, não encontrando seu nome em lugar nem horário nenhum.

- Bella! - ouviu gritarem pelo corredor - Ai querida tava te procurando, vê se não some com o novo gostosão do seu paciente.

A menina riu com a frase incrivelmente pomposa que saíra da boca de um homem e virou-se para encarar Eric que respirava com dificuldade.

- Veio correndo é? Que houve?

Respirou fundo antes de responder, soltando tudo em um sopro só.

- Acabou! Parabéns pelo feliz primeiro dia e tal e não se acostume só piora, vamos sair? - assim que terminou voltou a respirar com dificuldade.

- Vai, fuma sua bixa, fuma mesmo. Vamos sim, mas tenho que voltar antes das sete para casa. - respondeu olhando o relógio e constatando que ainda eram três e meia.

O outro se endireitou, colocando as duas mãos na cintura, olhando incrédulo para a menina. Que retrucou com o olhar mais desinteressado que conseguiu.

- Meu Merlim Eric, você tem que parar de ser tão gay - exclamou Jessica vindo na direção dos dois - Acabou o turno Bells? Eu não disse que primeiro dia era só brincadeira?

A menina assentiu, sorrindo cansada, apesar do dia de trabalho - ou quase isso - curto, a noite mal dormida já apresentava resultados.

Por fim, recusou o convite dos novos 'colegas de trabalho' e foi direto para o metrô. Se desse sorte, ele ainda não estaria cheio.

Chegou em casa com os braços doloridos, porque como sorte não é seu nome do meio, teve de ficar em pé e agarrada a barra do teto, a qual por acaso é alta demais para os seus 1,58.

Abriu a porta, tentando não fazer barulho, ainda eram cinco e meia, mas tinha certeza que Jacob já havia dormido, e adentrou a casa as escuras. Com certeza dessa vez haviam cortado a luz, já fazia três meses que a conta não era paga.

A única paga naquela casa aliás, era a da tv a cabo com quinze canais a mais de esportes, e, de vez em quando, o aluguel.

Agradecia por conhecer o dono do prédio e ele ser muito compreensivo com a sua situação - e que situação, deixando bem claro.

Sorriu cansada. Não havia louça na pia, na certa estavam no lixo, mas até ai já não estava mais em suas mãos.

Deixou a mala em um canto do quarto vazio, já que seu marido dormia na sala, e entrou no banheiro para se trocar.

Não se olhou no espelho, como já era esperado. Sabia que estaria horrível e completamente acabada e que mulher gosta de se ver em tal condição?

Voltara pra casa com o uniforme, achara aquela cor azul-morta horrível, mas só de estar com ele seu ânimo parecia melhorar. Era como se o uniforme lhe desse um poder sobre toda a escuridão em que se encontrava, era uma força a mais que sabia que estaria ao seu lado.

Abriu o chuveiro, tremendo ao entrar pela segunda vez na água fria nesse dia.

Suspirou, sentindo o vento de chuva entrando pela minúscula janela. Pela primeira vez em muito tempo não tinha vontade nenhuma de se jogar dali, pois sabia que algo de bom a esperava no dia seguinte.

N/A: Eu peço um milhão de desculpas pela demora, minha beta sabe eu tava sem tempo pra respirar, mas espero que esse capítulo seja suficiente por enquanto.

N/B: OMG ;OOOOOOOOO
Mil anos depois, aqui estamos com mais um capítulo da Amada *____*

Quase não acredito, sério *---*
Adorei esse Eric gay assumido (k) –q
E agora que a Srta. Morganti tem vida, faça o favor de nos fornecer mais capítulos de todas as suas fics que estão em falta, entendeu? XP
E nós, leitores, fazer o favor de comentar pra ela, né? ;D
Porque ela merece, aham.
Então é isso, galere.

Bom retorno, Ju! E até a próxima ;D

xoxo;* BL