Blind And Dangerous Love escrita por kagomechan


Capítulo 15
XV - Explain to me


Notas iniciais do capítulo

e oooooooooolha o capitulo novo chegando o/
desculpa se deixei vocês na mão >< foi uma semana meio cheia novamente. mas aqui estou XD



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Yusuke olhava de Emiko para Mitsue curioso em saber o que aquela mulher desagradável havia fofocado em francês provavelmente acreditando que ninguém a entenderia. Mal sabia ela que todos naquela casa falavam pelo menos uma língua a mais além do japonês.

– O que ela disse!! - disse Yusuke já perdendo a paciência - Pare de enrolar Emiko!

– Ela disse mais ou menos assim - começou a explicar Emiko - "Isso não vale o pagamento... achei que encontraria ao menos alguém decente e encontro uma cega? Não da para fazer tamanho milagre! Não sei o que deu na cabeça de Monsieur Nakashima por aceitar... nem daquele moleque por gostar dela”.

– "Aquele moleque" é você - interrompeu Mitsue.

– Eu sei!!! - exclamou ele - Shhh! Continue.

– A pior parte vem agora... - disse Emiko antes de continuar o relato - Ai ela disse "Vai ser um trabalho difícil... mas nada que os bilhões de dólares e as noites com o Monsieur Nakashima não me motive a fazer".

Yusuke então ficou com os olhos arregalados e um tanto boquiaberto.

– Pera.. Pera... Pera... ELA TA DANDO PRO MEU PAI!?

– SHHH!! - disseram as duas enquanto tampavam a boca do garoto com as mãos.

– Não saia gritando assim Yusuke-kun - disse Mitsue.

– Pode chamar ela de mamãe. - brincou Emiko dando umas risadinhas e recebendo do garoto um olhar irritado.

– Nem morto! - disse ele com um olhar sério - Ela nem deve ser 20 anos mais velha que eu!!

– Realmente... - disse Mitsue - Ela parece ter uns 30... Ou 35...

– Ai vai e descobrimos que na verdade é uma velhota disfarçada - disse Emiko dando umas risadas.

– Foi só isso que ela disse? - perguntou Yusuke.

– Ah é! Tem mais! - disse Emiko - Ela disse que ia ligar para seu pai.

Yusuke então revirou os olhos e suspirou pesadamente um tanto irritado com a situação.

– Quando eu achava que poderia passar uns dias sem ser irritado por ele - disse Yusuke.

– Aproveite então hoje porque ou ele vai voltar depois que ela ligar... Ou ele ligará te mandando fazer alguma coisa - disse Emiko - e você sabe que não vai poder negar.

Yusuke acabou por deixar as duas para trás e ao dar uma rápida vasculhada na cozinha, conseguiu pegar uma torta de morango de aparência deliciosa com direito até os pedaços bem grandes de morango. Ele até nem resistiu passar o dedo... Obviamente não no pedaço que era para Harumi.

Ele foi voltando para o quarto enquanto sua mente estava ocupada pensando sobre o que tinha acabado de descobrir... Conhecia bem o pai e ele já havia feito isso com várias pessoas além da própria mãe... Mas isso só depois que a mãe do garoto havia morrido. O que achava estranho era ele dar dinheiro para a mulher pois até onde sabia.. Ele nunca foi de se importar com as amantes que tinha.

Ao chegar ao quarto, ele abriu a porta lentamente e encontrou Harumi deitada em sua cama agarrada a um ursinho velho e encardido de pelúcia... O mesmo ursinho que o garoto havia tirado da mochila dela quando fora em busca do remédio.

– Hey Haru... - disse ele o mais calmo e gentil possível - Tudo bem?

– H-Hai... - respondeu ela.

– Eu trouxe uma torta para você.... De morango... Tá bem gostosa.

A garota se sentou na cama e ele se sentou ao lado dela colocando em tão o pratinho sobre o colo dela e a colher na mão dela.

– Quer que eu te ajude? - perguntou ele.

– Não... Eu consigo sozinha - respondeu ela com um pequeno sorriso - Arigatou.

O garoto abriu um pequeno sorriso e então deu um beijinho na bochecha dela fazendo com que o sorriso dela aumentasse um pouco mais. Ela comia lentamente enquanto o garoto a olhava preocupado torcendo para que ela não reclamasse de dor de cabeça. Quando ela terminou de comer, ele pegou o pratinho e colocou na sua escrivaninha.

– Eu tive uma ideia - disse o garoto - vamos fazer assim...

Ele então sentou-se com as costas apoiadas na cabeceira da cama e ajudou ela a sentar-se entre suas pernas. Ele a abraçou pela cintura e usou o cobertor para os cobrir como um capuz.

– Assim ficamos bem quentinhos né? - perguntou ele com uma voz doce e fofa pertinho do ouvido dela.

Ela então abriu um sorrisinho um tanto corada e respondeu para ele:

– Hai...

Ele abraçou ela mais forte enquanto ela apoiava a cabeça em seu ombro. Depois de alguns poucos minutos assim, ele resolveu perguntar para ela sobre o que tanto lhe incomodava desde quando ela havia acordado com dor de cabeça e então falou num tom sério.

– Haru... Sei que não parece muito confortável para você responder mas... Para o que é aquele remédio de tarja preta?

– Y-Yusuke... onegai... não... - disse ela ficando com uma expressão triste.

– Eu fico preocupado com você! Você tá tomando um remédio de tarja preta e quer que eu ache normal? E quando o remédio acabar... vai me pedir para comprar mais sem ao menos me contar para o que ele serve?

– N-Na verdade esse era o meu plano...

– Você não confia em mim?

– E-Eu confio é q- - a garota então suspira - ok... eu vou contar.

Yusuke então acaricia gentilmente a bochecha de Harumi tentando deixar ela mais confortável com aquilo enquanto esperava ela começar a falar. Enquanto isso, em um luxuoso hotel da cidade de Osaka, Nicolette, saia de seu banho enrolada num robe um tanto aberto deixando um enorme decote entre os seios. Na verdade... o robe nem chegava a se juntar. Aquela mulher era mesmo muito vulgar. Ela se sentou na cama de pernas cruzadas como se estivesse exibindo o seu corpo apesar de não ter ninguém para ver e rapidamente teclou uns números no celular.

– Hai. - disse uma voz no celular.

– Monsieur Nakashima...

– Sim Nicolette... qual o problema?

– Fui hoje dar aula para a noiva de Yusuke como o Monsieur havia pedido e... porque não me avisou que ela era cega?

– Queria ver como reagiria com isso - disse ele dando uma pequena risada. - Mas tenho uma ideia do que você pode fazer...

Enquanto isso tudo acontecia também, a vários quilômetros de lá uma garota russa se apressava para entrar no jato particular do pai sem nem ao menos ter feito direito as malas.

– Tem certeza de que isso será suficiente senhorita? - disse o mordomo em russo.

– Tenho sim - respondeu a garota delicadamente em russo e com um doce sorriso - Aproveito e compro roupas por lá... seria ó-ti-mo se eu tivesse as melhores roupas que estão na moda no Japão... será ótimo para minha coleção. - disse ela orgulhosa entrando no avião e sentando-se em sua cadeira.

O avião decolou enquanto a garota olhava pela janela. Aquela aura delicada de senhorita havia sumido completamente, ela abria na verdade um sorriso um tanto cruel enquanto olhava para as pequenas luzes da cidade abaixo dela.

– Verá como sei ser ciumenta Yusuke... só Maisha Kozhakhmetova poderá ser sua e ninguém mais.


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Notas finais do capítulo

cara... acho que agora me matam por terminar ai...
GI NÃO ME MATE!! T~T