Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 54
Capitulo 54 - FLORESTA VERMELHA PARTE 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à Angélica n g, que brindou M.A.I.2 com uma recomendação linda. Obrigada! Beijos.

"Por aqui não se passa sem que se sofra o calor do fogo."
Dante Alighieri



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Floresta Vermelha - Parte 2

Milley

Eu vi a grama queimar em labaredas vermelhas e ardentes de fogo. Vi esse mesmo fogo se espalhar como um mar invadindo a floresta negra...

Eu vi mulheres Quileutes correrem com seus filhos e outras crianças para o meio da ilha, onde tinham montanhas. Poderiam tentar se esconder dos vampiros...

Eu vi meninos em forma de lobos correrem para a morte...

Eu vi mais olhos vermelhos que eu poderia sequer imaginar...

Eu vi monstros saltarem alto e serem abocanhados por mandíbulas dos lobos Quileutes, quando tentaram avançar no acampamento...

Eu vi fumaça emergir sobre a floresta escura, e lamber rostos pálidos como poeira em mármore.

Eu vi a morte. E ela dançava e cantava novamente para mim, sua canção sombria...

Uma parede de fogo era tudo que tínhamos nos separando deles... Do outro lado do fogo que foi ateado, uma feroz luta era travada. Os lobos de Maki tinham encontrado os Volture, e outras criaturas estavam com eles. Criaturas torpes e deformes, que entraram por vezes nas chamas para atacar o acampamento, vinham de forma feroz e sanguinária em cima de todos. Mesmo com seus corpos em chamas por terem passado em meio à cortina de fogo, vinham de forma sedenta nos atacar. Pareciam movidos somente por sua sede...

Eu estava dentro do alojamento da escola junto de Emily e Sue. Estávamos ali, olhando pelas janelas, aterrorizadas com a cena que enxergávamos. Outros, do lado de fora, alimentavam as chamas com gasolina e com tudo que viam pela frente. Móveis de madeira foram atirados às chamas, e logo tínhamos algo que pareciam com um forte de fogo em volta de nós. O calor era insuportável. Mas não mais insuportável do que pensar em morrer nas mãos daquelas criaturas atrás das chamas. Os sons que vinham da floresta eram quase abafados pelos crepitar das chamas. Mas ainda podíamos ouvi-los. Eram uivos de lobos. Alguns agonizantes até. Um cheiro de algo queimando como ervas, começava a se misturar ao cheiro do fogo queimando. As labaredas subiam alto. Árvores já estavam em chamas. Outras tinham sido derrubadas. A floresta parecia prestes a sucumbir. A morte rondava tudo. Em cada olhar de cada criatura que conseguia passar e atacava um homem ou mulher. Todos vinham em socorro. Mas já tínhamos algumas baixas e muitos feridos, que iam sendo levados para dentro da escola. Eu estava com o tornozelo enfaixado, pulando em um pé só. Mas tentava ajudar a todos que chegavam. Emily e Sue corriam de um lado para o outro... Mas algo aconteceu na clareira... Um estrondo tão alto, como o impacto de um meteoro. Corremos para a janela, aterrorizadas...

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(Sarah)

Eu já tinha visto alguns vampiros beberem sangue. Amigos de vovô Carlisle... Alguns tinham vindo visita-los. Mantinham sempre um afastamento respeitoso, pela consideração que tinham pelos Cullen. Mas nunca. Nunca mesmo, tinha visto um vampiro atacar um ser humano. Essa imagem vai me perseguir pelo resto dos meus dias, ou até da minha morte, se ela vier hoje. Coisa que eu não duvido em nada, mediante a isso...

Corri para a floreta depois de acabar com os vampiros. Ferozes eles foram. Bons lutadores. Soldados de Volterra. Mas na mente, eu os venci. A marcha dos Volture ia direto para o acampamento Quileute. Corri, mas minha corrida não era suficiente para alcança-los. Mas meus ouvidos sobre-humanos já alcançavam pegadas pesadas dos lobos, que estavam na ilha. Desviei, indo de encontro a eles. Correndo com lobos, minhas pernas pareciam ter ganhado força renovada. Me sentia selvagem na presença deles, correndo de encontro a nosso inimigo. Makilam veio de trás deles, se abaixando para que eu subisse em seu dorso. E como eu fazia com Edmond, subi o mais rápido que pude, sem ele nem mesmo ter que desacelerar... Sobre meu elo mental, pude saber que eles estavam perto...

A noite já não estava tão escura. Labaredas de fogo iluminavam tudo agora, dando a impressão de estarmos em uma floresta vermelha e ardente. Tinha fogo nas árvores, e elas começavam a cair. Os lobos avançaram em ataques desordenados, sendo arremessados. E muitos foram dilacerados por vampiros. Isso chocou tanto, que por um segundo, uma paralisia tomou conta do meu corpo. Makilam recuava comigo, como se quisesse me proteger. Mas isso tinha que acabar. Eu tinha que resistir com eles, ou eles estariam prontos para avançar até o acampamento. No momento que ele corria, me desgrudei de seu dorso, me segurando em altas árvores, indo para o centro da batalha, saltando com meu corpo, torcendo para que eu fosse forte o suficiente para aguentar o baque da queda. Mas como se movida por instintos de caça, eu equilibrei sobre galhos e arremessava meu corpo com rapidez suficiente. Minha primeira vítima, foi uma vampira que atacava um lobo, enforcando ele, tendo os dentes próximos de sua garganta. Mas tudo que ela pôde ver depois, foi uma enorme loba vermelha cruzando o seu caminho. Seus dentes já tinham restos de lobos. O terror que eu vi em seus olhos de sangue, me encheu de energia para liquidar com ela da mesma maneira que eu cuidei dos vampiros da praia. Atrás de mim, outros lobos lutavam. Também corajosos, mas em número insuficiente. Muitos já estavam em sua forma humana. Machucados demais para sustentar a transformação. Minha mente estava conectada com cada um deles. Mas o foco da batalha prendia quase toda a minha atenção. Outras criaturas vinham atacar os lobos, que começavam a se destransformar...

“Tirem-os daqui, Maki.”

Pedi em minha mente conectada com Makilan. E ele com outros, começavam a recolher os feridos para longe dali. Mas alguns já estavam além de ajuda. A morte vista assim, em terra Quileute, parecia um castigo anunciado. Aqueles meninos... Aqueles lobos todos estavam caindo... Éramos poucos e estávamos sendo derrotados cruelmente...

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Correndo rápidos, como relâmpagos riscando um céu vermelho de fogo ardente. Saltando em meio à clareira de uma luta sangrenta, onde corpos de lobos e vampiros começavam a cobrir cada espaço da floresta, o enorme lobo de Jason Billy Black Cullen foi o primeiro a chegar. Com um impacto tão poderoso, que o ar sofreu o impacto com uma deslocada impactante. O som foi de uma trovoada, ou um meteoro , seguida por todos os outros Cullen, Black, e toda a matilha Quileute...

Houve rugidos ferozes e ranger de dentes. Ataques inesperados, vindo de todos os lados. Em meio ao caos de uma batalha. Edmond em sua forma de lobo, saltou pela muralha de fogo, alcançando os Quileutes do acampamento. Uma feroz briga já estava acontecendo lá, com vampiros e criaturas que pareciam bestas. Eles tinham caminhado pelas chamas. Uma luta feroz já estava em vias de ter um desfecho trágico. Os Quileutes lutavam com tochas de fogo. Mas eram sucumbidos pelos mais fortes, sendo mortos e secados em suas veias. Outros vampiros invadiram o acampamento, e logo ali era o centro da batalha, com o prédio da escola sendo destruído por corpos que iam sendo arremessados em luta. Milley foi para fora do prédio junto com Emily, Sue e os outros. A eminência de desabamento era quase consumada. Quando ao sair do prédio, o mesmo veio à baixo, deixando ainda alguns feridos lá dentro, sem ter muito a ser feito quanto a isso...

Gritos vinham da parte dos humanos. Mas não gritos de desespero. Pareciam gritos de guerra. Pois os bravos Quileutes resistiam, mesmo em sua frágil forma humana. Embriagada dessa energia de força que emanava pela luta, Milley se armou com um pedaço extenso de madeira com fogo, e tentou se defender junto com os outros Quileutes, que recuavam da batalha, deixando o campo para os seres imortais...

Do lado dos Volture, manchado de sangue em seu rosto e uma espada furiosa dilacerando carnes, Nahuel procurava seu alvo. O lobo vermelho de Jacob Black. Mas ele também estava sendo caçado. E tão ávido em sua vingança, não percebeu quando a mancha vermelha dos cabelos de Renesmee voou em encontro a ele, derrubando-o no chão...

– Não estou drogada agora, Nahuel... Temos contas a acertar...

Um sorriso de satisfação e surpresa brilhou no rosto de Nahuel, vendo essa furiosa Renesmee voar até ele. Mas logo o sorriso sumiu, quando os golpes de Renesmee foram desferidos. Fortes, vindo em chutes e socos, que fizeram ele jorrar sangue pela boca. Caído e estendido na terra, Renesmee ia se preparar para dar o seu golpe final. Mas seu corpo recebeu uma rajada de choque de dor, e ela já conhecia aquela sensação de impotência e dor. Jane Volture vinha impiedosa em sua direção, desferindo seu poder em cima dela, enquanto Nahuel parecia já tentar se recuperar...

Caída de joelhos, presa no poder de Jane, tendo que se controlar para não se debater de dores, Renesmee tentava concentrar toda a sua força. Mas a visão da batalha ao seu redor era muito aterradora. Jason estava sendo atacado por cinco vampiros de uma só vez, e sangrava por diversas partes de seu corpo. Edmond em desespero, lutava com criaturas estranhas, que mordiam sua patas. Ele não conseguia dominar a mente das bestas. Sarah lutava com duas vampiras gêmeas, que estavam confundindo a sua mente. Dobrando de forma, como de fossem muitas de uma vez. Volterra tinha ainda seus truques nas mangas. E todos estavam ali, lutando contra eles em meio a uma floresta em chamas, cobrindo o chão de vermelho. Vermelho pelo sangue dos lobos e gelo cristalizados de corpos de vampiros dilacerados por dentes de lobo e de outros vampiros... Jacob defendia sua matilha, atacando todo o vampiro que se aproximava ainda mais do acampamento, tentando ser ele mesmo, a porta que os impedia de entrar. Mas eram muitos, e todos estavam atacando ao mesmo tempo. Parte da pele de lobo de Jacob estava descolada de seu pelo, com hematomas em machas de sangue... Talvez, ele nem mesmo tinha sentido, mas estava sendo sucumbido...

Tudo isso era visto por Renesmee. Mas logo ela sentiu o escudo poderoso de sua mãe envolvendo seu corpo, como um colo protetor. E logo Isabella derrubou Jane no chão, desferindo golpes com toda a sua força. Golpes tão poderosos e furiosos, que descabelaram a vampira. Isabella vinha com uma fúria ameaçadora, segurando Jane pela capa e arremessando-a há muitas milhas de distância, para depois persegui-la pela floresta. Uma mãe vampira furiosa por ter sua cria ferida. Renesmee saiu do chão e procurou por Nahuel. Mas esse tinha sumido na confusão da batalha. Mas havia outros alvos ali. Tantos inimigos, que era muito fácil se desviar de um foco específico. Todos estavam ali. Edward Cullen lutava ao lado de Jasper e Alice. Esme formava uma força de defesa com Carlisle e Emmet, protegendo a clareira como podiam. Alice se juntou a Sarah para liquidar as vampiras gêmeas, que estavam confundindo sua mente. Makilan estava ferido seriamente, e Seth protegia sua retaguarda, no momento em que os soldados Volture vinham ataca-lo fatidicamente... Leah voava em meio a pedras, quando foi jogada violentamente por um vampiro enorme. Mas antes do vampiro chegar até ela, um maça de força o derrubou no chão... Era Felix, que vinha ajudar, escolhendo finalmente o seu inimigo iminente, enquanto Chelsea ajudava Leah a se levantar e leva-la dali, para se recuperar...

Quando tudo parecia determinado a acabar sem se saber o lado que sairia vencedor naquela carnificina, uma nuvem escura deixou muitos vampiros por parte dos Volture cegos e surdos. Perdidos e sem sentidos. A nuvem negra de Alec vinha como um manto de morte, cobrindo tudo. Até mesmo o vermelho do fogo ficou encoberto, e tudo pareceu um filme em preto branco...

Alguns vampiros fugiram. Os irmãos das sombras estavam entre eles. Os filhos de Volterra não se mostravam tão fiéis. Mas muitos ficaram protegendo seus reis. Aro tinha Geana e Renata na sua defesa. Caius tinha também seus seguranças. Dois fortes soldados vampiros protegiam sua frente e costas... O único que olhava insolente para todo o caos era Marcus. Não havia seguranças ao seu lado. Mas ele tão pouco tentava atacar alguém. Parecia uma estátua observadora, em meio ao jardim de um cemitério. Mas seus olhos estavam cravados em uma única direção. Renesmee, que lutava com todo o vampiro que se aproximava. Marcus deu seus passos de sombra, indo calmamente até ela, caminhando sobre um campo de batalha, sem se importar. Decapitou sem dificuldades, o vampiro que lutava com Renesmee, como se ele fosse nada, além de um empecilho à sua frente. Alguém que impedia a ele, de chegar em seu destino.

– Nos encontramos de novo, criança Cullen. Vim cobrar minha dívida...

Renesmee, a princípio, se defendeu daquele olhar vermelho vinho morto e sem brilho, com sua pele de mármore e passos de sombra. Marcus estava à sua frente. E a sombra de um sorriso morto brilhava em um canto de seu rosto. Tão estranho, como se fosse algo surreal...

– Lhe devo?

Ela perguntou, sem receber nenhuma resposta. Mas logo um aperto de mão e uma antiga promessa veio à sua mente...

– Você quer respostas ainda, Marcus?

Marcus fechou os olhos de forma quase cansada. Mas não respondeu, achando a pergunta frívola. Respostas era tudo que movia Marcus Volture. A eterna dúvida. A incerteza. O não saber...

Renesmee desviou os olhos de Marcus e focou a imagem de Aro à sua frente, protegido por suas seguranças.

– Cuide delas,“REI MARCUS”, e arrancarei suas respostas.

– Sem truques ou mentiras. Tenho vampiros de confiança, que podem saber se mente para mim, criança.

– Sem mentiras. Temos uma dívida a ser acertada, senhor. E costumo cumprir com minhas promessas.

Marcus, tão rápido como um corvo enegrecido, foi até Aro. Sem aviso, nem suspeitas, o rei se aproximou do irmão e matou as duas vampiras que eram as guardas de Aro... Aterrorizado com a cena, Caius fugiu com alguns soldados. Mas foi perseguido por Edward e Emmet, e logo mais alguns lobos foram de encontro a eles.

Enquanto Marcus destruía as vampiras, Renesmee se aproximou do seu ardiloso inimigo. Aro tinha sido o causador de todos os males que sua família tinha passado. Uma onda de ódio invadiu o corpo de Renesmee, e quando os olhos de Aro se arregalaram em seu toque, ela chegou a cogitar a possibilidade de mata-lo ali mesmo. Mas Aro resistiu. O vampiro antigo a segurou pelos pulsos e jogou longe . E logo ela encontrou o chão, batendo a cabeça com força em uma pedra, sangrando desacordada. A imagem de Renesmee no chão sangrando, fez Jacob rosnar em fúria e atacar Aro com tudo. Eles rolaram unidos, em uma luta violenta...

Do outro lado das chamas, derrubando vampiros como pinos de boliche, Edmond destruía tudo que ameaçava avançar as montanhas para onde os refugiados Quileutes tinham partido...

Enquanto Jason Black reunia a matilha em um novo ataque à horda de criaturas desforme. Ele focou a vampira Adora e a matou sem dificuldade. Eliminando seu poder sobre as criaturas. Sem rumo e agindo somente com seu instinto, elas perderam o foco e atacavam umas às outras, provocando um espetáculo de sangue e corpos dilacerados. Mutilados... Jason seguiu lutando contra vários soldados Voltures. Muitos que ele conhecia... Que crescera, vendo eles lutarem. Conhecia suas técnicas. Sabia de suas estratégias. E usou isso contra eles. Eles vinham como ondas para cima de Jason, corrompendo a carne do lobo. Rasgando todo o seu corpo. Eram muitos... Mas quando a horda dos Volture parecia finalmente ter uma vantagem sobre o enorme lobo, uma onda negra cobriu tudo, deixando os vampiros que cobriam o corpo de Jason, tontos e torpes. Alec vinha, como vindo de um sonho negro, para ajuda-lo. O lobo sorriu em sua forma, e os dois se uniram na batalha. Um protegendo a lateral do outro. Um protegendo o outro, como uma unidade de força, contra os inimigos ferozes.

Em meio àquele mar de luta infinita, em que as baixas já faziam muitos números... Humanos fugiam escalando a montanha da ilha Akalat. Milley olhava de longe, enquanto ajudava os mais velhos a subirem as montanhas. As crianças iam na frente. Milley parou absorvida pela cena de destruição, que vista de longe, parecia mais com uma cidade em chamas pintada de vermelho fogo vivo , que consumia tudo ao redor .

A floresta vermelha cintilava em fogo e sangue . Cairia em ruínas...


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