Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 52
Capítulo 52 - NUM PISCAR DE OLHOS


Notas iniciais do capítulo

Flamila, PaulaBarbosa, Ane Gonçalves. Obrigada meninas pelo carinho e as lindas recomendações :).
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Não pisque ... Ou você perdera o momento .



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Jason

Duas semanas tinham passado. Pesados e longos quatorze dias. Quatorze dias da morte de Quill e Claire. Quatorze dias do sumiço de sua mãe. Quatorze dias desde que tinha falado com Felix e soube de Alex e Chelsea estavam presos nas masmorras de Volterra. Quatorze miseráveis dias que não trocava meia dúzia de palavras com Leah. Sua vida estava quatorze vezes sendo testada. Demorou sete anos para encontrar sua família e pode estar prestes a perder tudo em apenas quatorze dias...

Jason passou a mão na cabeça, bagunçando totalmente o cabelo. Já tinha se tornado um gesto nervoso e nem tinha se dado conta disso. Olhou mais uma vez para a sala dos Cullen. Ela estava como sempre cheia de gente. Os Cullen, Seth, Leah e seus irmãos. Mas faltava alguém ali, além de sua mãe...

- Onde está meu pai?

Jason perguntou, fazendo o burburinho da sala, parar. Todos os Cullen se entreolharam também questionando a falta do Black. Menos uma vampira.

Isabella ficou por um instante encarando a janela de vidro da Casa dos Cullen. Diferente de todos ali, ela não precisava se perguntar onde está Jacob, seu velho amigo lobo.

Isabella Swam Cullen sabia exatamente onde ele estava àquela hora.

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Jacob

Nunca confie em um vampiro...Jacob ficava tentando se lembrar sempre disso...

O lobo caminhava dentro da floresta estranha. Seus ouvidos tudo ouviam. Mesmo sons indistintos e distantes. Como pássaros levantando voo de seus ninhos. Vento bagunçando as árvores. Poeira no ar. A água do rio próximo, seguindo seu rumo, batendo na margem.

Animas observando o estranho animal ali. Os seus cheiros. As suas corridas para longe dele. Apenas alguns curiosos macacos empoleirados nas árvores pareciam curiosos demais para temer o grande lobo vermelho. Um rugido de onça fez com que eles debandarem e abandonarem Jacob Black. Eram barulhentos e gritavam em bandos nervosos, fazendo total algazarra na fugida.

- Macacos prego.

Disse Zafrina. Ela vinha caminhando com o lobo por cerca de uma hora. Jacob sabia. Tinha percebido sua presença desde o desembarque no aeroporto de Rondônia. Mas só agora a vampira se deixava ver completamente.

Jacob tinha recebido as coordenadas de Bella. “Vá ao Brasil e encontre Zafrina. Ela levará você até Renesmee.”

E foi a única coisa que Bella tinha dito, enfiando ele dentro da Ranger com algumas roupas e a passagem comprada. “Encontre Zafrina.” E bateu a porta do carro, deixando Jacob sem mais informações.

Ele tinha seguido o cheiro de Zafrina até ali. Um rastro deixado por ela de propósito. A vampira parecia desconfiada, mesmo conhecendo-o e sabendo quem ele era. Ela estava cautelosa. Parecia temer.

- Veio sozinho, Black?

Jacob não podia responder em sua forma de lobo. Não de uma forma que ela entendesse. Apenas rosnou baixo, esperando que ela compreendesse. Não ia baixar a guarda ali, no meio da floresta desconhecida com uma vampira que parecia falar em enigmas.

- Não há o que temer comigo, lobo. Eu avisei Isabella onde está sua criança. Mas entenda lobo, que não quero os Voltures nessa terra. Eles poderiam ter seguido você. Por isso, minha cautela... Vou leva-lo para onde está Renesmee e a criança. Mas precisa fazer exatamente o que eu mandar, ou sua vinda até aqui terá sido inútil.

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Casa dos Cullen

- Jacob sumiu?

Leah olhava para os rostos de esfinge à sua frente. Edward, Bella... Todos os Cullen pareciam ter a mesma expressão.

Jason andava de um lado para outro, como um leão encarcerado.

- Ele foi atrás da minha mãe, não foi?

Ele perguntou, em meio a um bufo de raiva, não dirigindo a pergunta para ninguém em especial. Era nítido que ele acreditava que sua família escondia coisas dele.

- Não sei, Jason.

Edward disse, depois de um silêncio.

- NÃO SABE? Você lê mentes e não sabe onde ele foi?

Jason tinha parado à frente de Edward, e seu olhar sóbrio fuzilava o avô.

- Ele não sabe!

Bella disse, de forma calma. Recebeu o mesmo olhar de fúria de Jason, mas ela o ignorou.

- Não me olhe assim, garoto. Não vou dizer a você onde ele foi.

Todos olharam para ela em surpresa.

- Nem a ele, nem a ninguém.

Bella disse de forma enfática. Edward a olhou de forma acusatória, e ela sinalizou com o indicador, sua própria testa.

- Aqui, as informações ficam mais seguras. Temos que cuidar de outras coisas. Jacob tem que achar Renesmee, e nós nos prepararmos um ataque.

Jason pareceu envergonhado, e olhou com um pedido de desculpas para Edward, que apenas apertou seu ombro, compreendendo.

- Mas pode contar pra mim, Bella. Eu também tenho um escudo.

Jason tentava argumentar, mas só recebeu um franzir de olhos de Bella.

- Mas tem o sangue quente dos Black. É precipitado...

Jason baixou a cabeça com a bronca. E Isabella foi até ele, afagando seu braço suavemente.

- Confie em mim, Jason.

Ele não levantou a cabeça, mas assentiu .

Edward tratou de focar a atenção de todos para si, quando percebia a mente de todos, indo para caminhos distintos. Todos preocupados agora, com o sumiço de Jacob. Mas Edward tinha que confiar em Bella. Se ela tinha mandado Jacob sozinho resgatar Renesmee... É porque tinha que ser...

- O que sabemos até agora?

- Levamos todos da tribo para ilha de Akalat . As casas estão vazias. Dizemos que é um festival da cultura Quileute, que só acontece no solstício de verão, e os turistas estão sendo avisados que a aldeia está vazia. Charlie ajudou com isso, colocando os cartazes de aviso para os turistas.

Leah explicava tudo, seguindo os planos que já tinham traçado antes, para proteger os Quileutes.

- Mas o que fazer se os vampiros forem para lá?

Edmond perguntou.

- Não vamos deixar. Estaremos nas montanhas de Vancouver. Atrairemos eles para lá. Nós mesmos seremos as iscas. Todos juntos. Será a recompensa que Aro sempre quis.

Edward concluía.

- Vamos deixar lobos na floresta. Eles podem se comunicar pelo elo mental deles, e eu posso ler suas mentes. Estaremos conectados também pelo elo de Sarah. Ela vai para a ilha com Milley assim que Felix der o sinal.

Nessa hora Edward olhou para Jason.

- Podemos confira nele, Jason?

- Podem. Mas preciso libertar Alec e Chelsea primeiro, antes dele começar a nos ajudar... Eu ainda não sei como fazer isso sem deixar tudo aqui. Ainda mais sem meu pai. Os lobos vão ficar sem liderança.

- Não pode sair. Não pode ir. Sem seu pai aqui, você é o alpha. É uma batalha importante demais. Não podemos arriscar.

Seth disse.

- Esse é o problema, Seth. Sem resgate de Chel e Alec, Felix não vai nos ajudar, e ficaremos cegos. Alice está sem sua visão de Volterra e não temos a mínima ideia do que os reis andam fazendo. Da última vez que eu soube, o louco do Joham fazia experimentos com vampiros, e que estava aumentando o número do exército de Aro. Mas eu não sei o que ele realmente pretende com isso. E eu preciso ir. Tenho que libertar Alec...

A voz de Jason perdeu um tom, pela preocupação...

Leah encontrou os olhos de Jason nessa hora e viu como ele apertava as mãos em um punho, deixando os nós dos dedos arroxeados com a pressão. Queria ir até ele e consola-lo. Mas isso poderia fazer ele achar que estava tudo bem em ele ir e se enfiar novamente no castelo do terror. E isso não ia acontecer...

- Um exército... Se Aro nos atacar com um exército de vampiros ou outra coisa, mesmo com ajuda dos lobos... Não vamos ter a menor chance. Precisamos de ajuda... Precisamos de toda a ajuda que conseguirmos...

Jasper disse isso, olhando para Carlisle, vendo o vampiro respirando resignado nessa hora.

- Tenho que dar alguns telefonemas...

Carlisle disse, saindo da sala.

- Preciso resgatar Alec. Ele já ficou tempo demais nas celas de Volterra... E Chelsea...

Jason disse mais uma vez, saindo da casa dos Cullen explodindo em lobo, para fora.

Leah ficou parada vendo o vulto do lobo sumir pela floresta. Queria segui-lo. Seu instinto mandava que ela fosse atrás dele, mas não se moveu. As palavras ásperas de Jane Volture ainda ardiam em sua mente. “Eles tinham sido amantes.” Jane tinha deixado isso bem claro. Que algo forte tinha acontecido entre eles e a outra vampira misturada de nome Nerida também. Ela tinha se afastado de Jason desde então. E os eventos que não paravam de acontecer, tinham deixado uma fissura no chão entre eles. Uma rachadura no chão, que parecia crescer cada dia mais. E nenhum dos dois parecia querer atravessar, com risco de cair para sempre no vão do vazio. Coisas ainda não tinham sido ditas entre eles. Leah não esperava que uma lista de ex fosse entregue a ela. Mas as coisas que não são ditas podem ter o mesmo peso. São como segredos não revelados, que afastam as pessoas.

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Volterra

Nas masmorras de Volterra, um pequeno roedor fazia um ninho com a palha do colchão que ele vinha perfurando há dias. Mas antes de conseguir se enfiar por dento da fresta da parede até a sua pequena cova e levar sua palha para o ninho, seu rabo foi puxado ferozmente por mão frias a rápidas. Ele foi cortado ao meio e seu fluxo de sangue foi drenado com uma rapidez que seu minúsculo cérebro não conseguiu assimilar. A morte veio tão instantaneamente para o pequeno roedor, como sua última respiração.

Alec cuspiu os restos na parede, enojado de si mesmo. A que tipo de degradação tinha chegado seu corpo? Ajoelhou no meio da cela. Havia fios de luz saindo de uma pequena brecha das pedras. Era dia. Era esse pequeno fio de luz, que dizia a ele se era dia ou noite. Era o seu relógio de dias. Uma benção e uma maldição. Saber quantos dias estava ali, não era melhor do que saber se era dia ou noite. Só tornava os dias uma espera eterna. E Alec não sabia exatamente o que esperar. Um resgate? Pedia para que não. O único que poderia se preocupar em resgata-lo dali seria Lucian. Mas isso só faria com que o Lobo caísse de novo nas garras dos reis... “Não faça nada estúpido, garoto.”

A eternidade sempre tinha-lhe parecido uma maldição. E ela se mostrava da forma mais cruel para ele, trazendo sua maior fraqueza, cobrando seu duro preço. O preço do sangue. Aquele que é cobrado para os caminhantes eternos. Para os filhos de Caim.

A morte nunca o deslumbrou tanto. Que mulher fascinante ela seria? Com sua foice negra... Seria tão bem vinda ali em sua cela, agora.

Sim... A morte! Ela seria bem vinda ali. Enfim dormiria de novo.

“Onde está, dama das sombras? Onde está seu sussurro frio? Venha pegar um dos filhos eternos. Venha cobrar, enfim, seu corpo sem alma. Me beije e me envolva com seu manto negro. Me leve até a sua morada. Quero deitar-me em sua cama cripta. Me deixe ficar na casa Hades.”

Alec proferia mantras assim em sua mente, aclamando a morte como esposa.

A sede era grande demais. A debilidade de seu corpo era visível. Sua pele antes lisa e sólida, era agora somente uma murcha membrana em cima de seus ossos. Suas unhas tinham a negritude do chão de terra.

“Venha dançar comido, Deusa do último suspiro. Venha com seu corvo. Me leve para o inferno. No fim, todos a chamam. Quando a dor é excruciante, todos clamam por ti. Não é mesmo?”

Alec deu um sorriso débil e se deixou cair meio desacordado no chão de pedra. Seus olhos ficaram pesados demais para ficarem abertos. Então ele os fechou e não conseguia mais abri-los. Depois de um tempo, mesmo ainda consciente, seus olhos ficaram fechados sem ele poder controlar isso. Um vento frio e ruidoso saiu da pequena fresta da parede. A mesma que ele usava como dias e horas.

“Não gosto que criaturas da noite me chamem filho de Caim.”

Uma voz fria como neve sussurrou em seu ouvido. Ele estrebuchou no chão, conseguindo enfim abrir os olhos assustado e tremendo. Depois daquele dia, Alec nunca mais chamou pela morte.

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Amazônia

- Quando você volta?

Huley descia a escadas atrás de Nahuel, que levava uma pesada mala com ele para fora da casa, abrindo o carro e jogando a mala no acento de tráz.

- Não pretendo demorar. Só tenho que me livrar das minhas obrigações em Volterra. Aro está estranhando meu sumiço. Jane não pode mais me cobrir.

- O que vai dizer a ele? Vai contar que Renesmee está aqui?

- Não vou dizer nada. Não devo satisfação a Aro.

- E o seu pai? Ele ainda precisa de você. Do seu sangue, para as pesquisas. Se ele souber que está com Renesmee, vai insistir que a leve para ele.

- Não se preocupe com isso Huley. Cuide das coisas aqui. Cuide de Renesmee e da criança. Deixei sangue suficiente para Renesmee. Mas mantenha a medicação dela. Não quero ela forte. Pode tentar uma fuga. Fique de olho nela, Huley.

Nahuel partiu deixando uma preocupada Huley na soleira da porta da grande fazenda.

A noite já vinha alta, quando duas sombras passaram para dentro da propriedade. Escalaram com rapidez o grande muro, caindo na grama sem fazer barulho algum. Cachorros dormiam e nem se tocaram da presença dos dois vultos que cruzaram para a grande fazenda. Jacob em sua forma de lobo e Zafrina rápida como uma pantera. Eles entraram na casa grande de forma sorrateira. Huley estava com Soy no colo, e assim que percebeu Zafrina, rosnou para ela mostrando os dentes, correu para fora da casa com Soy nos braços . Zafrina a perseguiu por alguns quilômetros, depois a alcançou, jogando a vampira entre árvores que foram arrancadas com a força do corpo de pedra se chocando nelas. Zafrina não esperou a vampira se levantar a mordeu em seu pescoço a decapitando , deixando o tronco cair de um lado. Puxou pelos cabelos, separando de ver a cabeça e depois o restante do corpo de Huley foi desmembrado. Na corrida, Huley tinha derrubado Soy, que estava desacordada e imóvel. Encolhida em meio às folhas. Zafrina a acolheu, verificando sua pulsação. A menina ainda estava viva. Seu corpinho estava molenga, e um corte na testa sangrava. Mas iria ficar bem.

Jacob vinha atrás dela em sua forma humana, levando uma desacordada Renemee nos braços.

- Ela está bem?

Perguntou, vendo Soy desacordada nos braços de Zafrina.

- Sim. E Renesme?

- Acho que foi drogada. Ela não acorda.

- Vamos leva-la para minha aldeia, lobo. Lá há um curandeiro. Podemos confiar nele. Ele saberá o que fazer.

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( Volterra ) 

Uma capa preta cobria o corpo da mulher que descia de forma sobre-humana as escadas de pedra que ligavam até a cela das masmorras.

Urros e gemidos começavam a ser ouvidos em cada uma das celas que ela parava em busca do que procurava. O cheiro do sangue atiçava a todos ali, e ela tinha o cheiro da vida em suas veias e carregava mais algumas bolsas de sangue consigo. Sangue fresco e quente recém extraído. Parou em frente a uma cela de porta negra com grades que cabia apenas o rosto a espiar quem estava lá dentro.

Deitado de encontro com a parede, jazia um corpo magrelo com roupas esfarrapadas. Seu cabelo castanho estava bagunçado. Ele estava imóvel, como se estivesse morto.

- Alec... Alec! Acorde!

“ACORDE” Palavra estranha para um vampiro. Renemee tentou forçar a porta. Suas mãos muito mal conseguiram fazer a porta ranger. Gritou por ajuda.

- Edmond! Edmond!

O lobo acinzentado com rajadas de fogo vinha correndo pelos corredores de labirinto, seguindo o cheiro de sua mãe.

- DERRUBE ESSA PORTA.

Renesmee pede de forma aflita.

Edmond se joga para frente, derrubando por completo a porta, com parede de pedra e tudo. Uma nuvem de poeira e terra invade todo o lugar, deixando Renemee confusa. Mas Edmond a guia até a cama onde Alec parece alheio a tudo. Seu corpo esta muxibento e seco, como o de uma múmia. Renesmee luta com o desespero de ter chegado tarde demais.

- Alec! Alec... Por favor, não faça isso comigo, meu amigo... Meu irmão... Não posso ter falhado com você, meu querido. Eu não posso ter falhado...

Renesmee abraça o corpo de Alec. Suas mãos tremem ao pegar a bolsa de sangue e abri-la na boca de Alec, deixando que o liquido vermelho derrame sobre sua garganta e o desperte.

Os olhos de Alec parecem duas pedras obsidianas. Não estão vermelhos como ela se lembrava deles. Ou âmbar, como quando ele estava com os Cullen. Estão parados, orbitando o vazio de seu rosto mumificado.

- Alec, Alec.

Renesmee murmura o nome do amigo, e ele está em outro mundo, sem parecer notar nada. O sangue desce por sua garganta, mas parece um tempo longo demais até ele se dar conta do que está acontecendo. Até sua garganta deixar o liquido entrar dentro dele, parece estar fechada e seca demais.

- Edmond, eu acho que chegamos tarde.

Há um desespero real e aterrador na voz de Renesmee.

Edmond prometera a seu irmão. Prometera a seu pai. Um mar de promessas foi feito por ele. Eles tinham confiado nele, nesta missão.

- Seus poderes de persuasão serão de grande ajuda, Edmond.

Tinha dito Carlisle.

- Traga sua mãe de volta, meu filho.

Tinha pedido seu pai, depois de uma grande briga com Renesmee sobre ela insistir em ir na missão de resgate de Alec e Chelsea.

- Alec foi como um pai para mim, Edmond.

Jason falou com ele antes da partida. Mas os poderes de Edmond seriam cruciais naquela batalha, quando todos os reis saíram de Volterra, juntando grande parte do seu sector e guardas reais. O castelo se encontrava guardado por poucos soldados como tinha garantido Felix . Era a chance de eles resgatarem Alec e Chelsea em uma quase sincronia de ações. Enquanto os Volture marchavam para Forks, Edmond, Renesmee, Seth e Leah estavam em Volterra resgatando os prisioneiros.

A batalha do Ragnarok estava para ser travada. A batalha final. Mas sem Alec, as coisas começavam a ruir catastroficamente.

- Engula, meu amigo. Vamos, você precisa, Alec.

Renesmee pedia enquanto os olhos de Alec pareciam finalmente estar enxergando Nessie .

Lá em cima no castelo de pedra Volture, fogueiras tinham sido acendidas. Corpos desmembrados estavam sendo atirados no fogo por Seth e Leah.

Felipe olhava para as fogueiras queimando, se perguntando quando seria sua vez de queimar na pira de corpos. Esperava os lobos, ou talvez a mulher de cabelos vermelhos.

Fechou os olhos e se lembrou da velha oração hebraica. Uma prece memorial, pedindo a Deus que abrigue suas almas nas asas da Divina Presença. Mas antes de terminar a oração, sentiu mãos quentes tocando seu ombro.

- Felipe...

A loba estava em forma de mulher. Felipe nunca tinha visto uma mulher loba antes...

- Lucian pediu para que lhe mandasse lembranças. Disse que não se esqueceu do seu bom Felipe. Ele espera por você.

Felipe não sabe o que dizer. Seu rosto está cheio de fuligem. Seus reis tinham partido para uma guerra, e o castelo tinha sido devastado por lobos. E a mulher de cabelos de fogo, que estava furiosa com todos.

- Achei que morreria hoje, minha jovem.

- Não... Hoje não! Lucian não ia ficar nada feliz em saber que machucamos você, mesmo que fosse sem querer... Vem conosco? Vãos libertar Alec e Chelsea...

Felipe parecia indeciso.

- Não posso. Preciso esperar mestre Marcus... Tenho que arrumar toda essa bagunça, minha jovem... Mestre Marcus...

Leah coloca a mão no ombro do vampiro. Ele tinha os olhos devastados.

- Tem certeza disso, Felipe? Lucian disse que pode voltar conosco. Somos amigos dele. Estará em segurança.

- Diga ao príncipe que eu me alegro que ele tenha se lembrado desse velho vampiro... Mas meu lugar é aqui. Onde eu vivi e morri...

Leah entende e se levanta, deixando o velho vampiro sozinho, com sua pilha de corpos queimando.


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