Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 37
Capítulo 37 - SÓ TUA PRESENÇA PARTE 2


Notas iniciais do capítulo

Acreditamos ficar tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona.
Gabriel Meilhan



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(Segunda parte - Festival de dança Espanhola em Gerona )


Cruz e Leah caminhavam ainda, para chegar até o hostel, onde estavam Hospedados os estudantes. Elas subiam uma ladeira íngreme nessa hora. Leah tinha que acompanhar o ritmo humano de Cruz, que estava ainda mais lento. A menina ainda não estava de todo recuperada da corrida desenfreada da praça.

Elas iam conversando animadas. Cruz ainda sofria o efeito da adrenalina deixada em seu corpo. Eufórica, falava tudo em meio a risadas e rápido demais . Leah estava tentando relaxar, e disfarçava seu desconforto, pois seus sentidos de lobo ainda gritavam em seu interior. A forte sensação que alguém as observava ainda estava ali com ela.

– O que você tem Leah? Ainda tá nervosa? Acha que o homem bêbado da praça pode ter vindo atrás de nós? Acho pouco provável. Ele está caído até agora, naquela praça, se perguntando o que o atingiu.

Cruz disse isso, rindo mas alto agora. Mas Leah apenas esboçou um meio sorriso preocupado. Todos os seus sentidos estavam sensíveis naquele momento. Ela olhava para os lados e às vezes para traz. Isso começava a deixar Cruz nervosa. Leah sabia. Ela ouvia o coração da garota batendo mais forte.

– Leah, você está me assustando...

Cruz disse, parando em meio à rua alta.

Leah parou, encarando a menina. Os tremores de seu corpo vinham, e ela já podia sentir um cheiro estranho. Não tão doce. Não era um vampiro. Não um completo, pelo menos. Mas era um que bebe sangue. Seu cheiro estava mais parecido com os que bebem em sua alimentação normal.

– Cruz, precisa confiar em mim...

Cruz a olhou aflita. Ela é humana, mas seu corpo reagiu se arrepiando, como se também pudesse entender que tinha algo errado e perigoso ali.

– Estou com medo, Leah.

– Eu sei... Mas isso não vai nos ajudar agora, Cruz. Quero que corra...

Cruz fica confusa, sem saber o que fazer.Olha em todas as direções , sem nada ver.

– O que está acontecendo, Leah? Eu não vejo nada.

– Não dá para ver. Só quero que corra, Cruz. Precisa confiar em mim.

Cruz se aproxima de Leah, agarrando sua mão. Ela estranha a amiga estar febril, e percebe os tremores estranhos que percorrem seu corpo. Leah retira sua mão da de Cruz, e mantém distância da menina.

– Não fique perto de mim, Cruz... Não é seguro.

Lágrimas de espanto e confusão começam a cair dos olhos de Cruz, e Leah a agarra firme pelos ombros. Na esperança que a menina a obedeça e saia dali.

– Não é hora para isso. Preciso que corra agora!

Leah a solta, em um empurrão brusco. A menina cambaleia para trás e se desequilibra. Mas antes que seu corpo encontre o chão, uma mão, em garra, a pega rápido demais para a menina perceber quem a estava carregando. A única coisa que sentia, era que eram mãos frias e magras, com unhas bem feitas e compridas. Ela ouve um rosnado, e tudo começa parecer um estranho pesadelo...

– Solte-a...

A voz de Leah saiu entranha, em meio a um rugido feroz. Cruz ainda tenta se soltar do aperto em volta de si, mas não consegue. Ela esta sendo carregada por alguma coisa que não consegue ver, correndo a uma velocidade absurda. Seu cérebro não consegue focar os caminhos percorridos rápido demais. Tudo mudava de lugar. Eram borrões de cores múltiplas em sua visão, e aquilo estava deixando ela tonta. Tenta sair mais uma vez. Mas isso só provocou a ira da criatura que a carregava, fazendo seu aperto de gelo sobre sua cintura, se apertar à ponto de quase esmaga-la. Seus braços ainda livres, tentam puxar a trança que pendia para trás. Era uma mulher. Seu cérebro começava a associar. Ela estava sendo carregada por uma mulher adulta.

– Quem é você?

Ela tenta dialogar em meio a correria desabalada. Mas a mulher a ignora. Cruz tenta de novo, puxar o cabelo da mulher e arranhar o braço dela. Mas tudo que conseguiu, foi ferir suas mãos, que agora sangravam. A pele da mulher era de pedra...

Nerida se irrita com a humana que se debate em seus braços. O cheiro de sangue, que começava exalar dela, atiçou sua sede... Ela queria parar e começar a drenar o sangue da humana. Já estava sem caçar a dias. Somente se escondendo de Jane e Lucian, que estavam em seu encalce por toda a Gerona. E tinha a loba, que vinha a uma velocidade absurda atrás dela. Não podia parar, e a humana não parava de se debater.

– Fique quieta, criatura.

Nerida disse, a apertando, e pode ouvir o osso dos braços da menina se quebrarem. De novo, o cheiro de sangue invade suas narinas e sua garganta queima como fogo...

A mulher vampira é rápida, mas Leah é mais. Assim que viu o corpo de Cruz praticamente ser levantado no ar e levado como um relâmpago. Ela não tentou mais segurar os tremores. Deixou que eles dominassem seu corpo. Sua calça jeans foi feita em fiapos e a blusa também, junto com seus tênis. Ela se transformou na loba cinzenta e corria pelas ruas escuras e quase desertas de Gerona, em busca de sua amiga. Sua mente começou a entrar em contato com os lobos de La Push. Ela viu Seth e Maquilam em sua mente, junto com outros mais novos. Em La Push eles uivaram alto, entendendo que sua irmã estava indo à caça do seu inimigo natural.

((Leah, tenha cuidado.))Seth. ((Peque a maldita, Leah)) Maki fala em sua mente. Leah muda a sua trajetória, quando percebe que a corrida da vampira não é tão eficiente. Ela não é tão rápida. Ainda mais, carregando um peso. Leah atravessa a rua, rápida como uma bala. Precisa e segura, de que nada a deterá. Aquela vampira não ia tirar a vida daquela menina feliz e alegre, que tinha feito Leah rir como uma jovem de novo, se divertindo com pequenas bobagens cotidianas, que Cruz sempre colocava humor e alegria.

Leah para, somente para absorver o ar. Sangue! O cheiro de sague estava se misturando aos rastros da vampira e de Cruz. Olha para o chão, somente para ver a trajetória de respingos deixados.

((Cruz... Não! Aguente firme, por favor, garota.)) Leah se desespera. Junto com o desespero, vem uma fúria violenta. Um ódio mortal, e seu corpo super aquece mais ainda. Ela volta a correr, e a vampira está a poucos metros dela. Num bote a alcançaria.

Nerida rapidamente percebe a aproximação da loba e entra em uma rua mais escura. Tarde demais. Percebe que isso tinha sido um erro. A rua não tem saída. Era um beco vazio e friorento. Nerida joga o corpo de Cruz em meio a sacos de lixo e latões grandes e vazios, onde pessoas depositavam lixo.

Nerida olha para o alto e vê as paredes firmes da construção dos prédios. Começa a escalar com suas garras, mas antes de alcançar uma altura boa, ela escuta um rosnado vindo de dentro do beco. Seu corpo é derrubado, indo de encontro à parede do fundo do beco. Ela tenta mais uma vez escalar as paredes, mas sua perna é agarrada por mandíbulas de aço, que a puxam para baixo, e novamente seu corpo é jogado. Só que dessa vez, ela vai ao chão e sua pele racha, fazendo sangue frio começa sair do canto de sua boca e os ossos de suas costelas parecem terem sido espatifados. Nerida se levanta, encarando a loba furiosa à sua frente, rosnando com seus dentes a mostra e uma salivação assustadora. Não havia mais escolha. Fugir, deixara de ser uma opção ali. Tinha começado um jogo perigoso com a loba , a principio para se divertir com a loba, roubando sua amiguinha , mas agora parecia que as coisa tinha modificado , Nerida já começava a se arrepender de sua atitude imprudente . Se levantou, rosnando para a loba. Mas a loba não se intimida. Não recua um milímetro sequer. Seu ódio e fúria consumia seu corpo lupino, a mantendo concentrada em sua caça. Em matar aquela criatura, que atentava contra vidas humanas e frágeis.

– Calminha, loba! Não cometa a loucura de me matar. Eu não estou sozinha aqui nesta cidade. Outros virão atrás de mim, e vão se vingar...

Leah sentia vontade de rir da maldita. Era visível o seu medo. Seus olhos eram estranhos. Azuis, quase como uma piscina. E o cheiro dela, era como ondas de maresia. Mas vinha adocicado e frio. Leah entendeu que ela era como Renesmee, uma híbrida, quando sentiu o cheiro do seu sangue. Mas obviamente, a sua dieta era à base de sangue. Pois ela tentou levar sua amiga, de lanchinho.

Nerida tenta ganhar tempo ali. Talvez Lucian e Jane tenham seguido seu rastro, ou o da loba. Mesmo ela tentando fugir deles , agora a situação estava diferente .Tinha que tentar ganhar tempo. Ela viu o corpo caído da humana, que estava inerte, mas ainda vivo. Correu para ele ia usa-la de escudo contra o animal enfurecido à sua frente.

Mas antes de se mexer, a loba percebeu sua intenção, e voou em seu braço, mordendo e ferindo sua carne. Nerida sente a dor queimar, e sem conseguir mais se mover ou abafar o grito, ela o solta e deixa ecoa por sua boca, invadindo as ruas desertas de Gerona. Um grito de medo e dor, que é ouvido a milhares de quilômetros, não só os humanos, mas outros ouvidos também ouvem esse grito. Ouvidos apurados e treinados para reconhecerem um grito de um imortal quando ecoa assim pelo ar...

Nerida reage, se desvencilhando da mandíbula de Leah. A joga entre a parede e carros, que estavam estacionados no beco. Os carros são amassados e viram lâminas, que cortam a carne da loba, quando ela se levanta para proferir novos golpes contra a híbrida.

Nerida se livra do sobretudo de couro, se sentindo incomodada e presa. Precisava do seu corpo. Precisava de todos os movimentos livres, para assassinar aquela cadela maldita. Ela não espera um novo golpe de Leah, e voa pelo beco, se apoiando sobre as paredes com seus pés e alcança o corpo lupino de Leah. Chuta a loba no dorso. Ela cai de novo, com seu corpo no chão, sendo arrastado pelo asfalto. Leah sente o impacto violento, como se uma pedra de uma tonelada estivesse caindo sobre ela, sendo arremessada no chão. Leah gane e uiva. Nessa hora, a dor é angustiante e seu corpo tenta se manter na forma lupina. Ela olha para Cruz caída, sangrando, ainda pelos ferimentos das mãos e braços, e isso dá uma força para que Leah continue a sua luta. Ela levanta e parte para cima de Nerida. Mordidas violentas rasgam a carne da vampira. Dessa vez, ela não solta e parte da perna de Nerida é arrancada e jogada longe. Nerida tenta mais uma vez se esconder ou fugir da loba. Debilitada e sangrando muito, seu corpo não é tão forte como o dos vampiros. Demora a se reconstituir de novo... Tudo parecia escurecer à sua frente, mas ela não podia desabar ali. A loba ia mata-la... Leah olha a vampira mutilada e ensanguentada agora. Leah está ferida também. Seu corpo estava perdendo o calor, e isso ia acabar mal se ficasse ali. Tinha que tirar Cruz do beco. Ela vê os olhos da vampira se fechando e vai de novo de encontro a ela, terminando de arrancar sua perna por completo. Nerida solta outro grito. Depois disso, a dor é insuportável demais...

Leah percebe a inconsciência da vampira. A cheira de novo e aguça seus sentidos. Ela ainda estava viva. Teria muita satisfação em terminar aquilo, mas precisava ajudar Cruz. Leah se concentra para voltar à forma humana. Mas antes disso, ela percebe que a vampira não tinha mentido. Havia outros ali com ela. Leah já podia sentir o fedor que se aproximava... Mas junto com o cheiro do vampiro, vinha o outro cheiro. O mesmo da praça. O mesmo cheiro sensual de almíscar selvagem. “Droga!”

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– Vamos nos separar!

Jane falou. Mais eu não ia me separar dela porra nenhuma. Aquele grito, seguido do uivo de um lobo tinha ficado na minha mente. E meu corpo lutava ferozmente para não ceder à transformação.

– Vamos juntos, já disse, Jane!

Rosnei para ela e comecei a minha corrida. Pulei para o alto dos prédios e casas. Ali do alto, seria mais fácil correr, apesar das ruas estarem praticamente desertas. As pessoas ainda estavam na praça no festival. Escalei os prédios. Jane vinha em meu encalço. Estávamos a toda velocidade, no alto das casas e prédios. Meu coração hora se oprimia, hora queimava, como se estivesse sendo consumido em fogo. Uma urgência absoluta vinha dominando meus sentidos. Não tive mais como conter a transformação. Logo eram patas no lugar de minhas mãos e pés. As roupas viraram farrapos pelos ares. Minha forma lupina e tão rápida quanto o vampiro em mim. Logo eu já estava a frente de Jane, com uma certa vantagem. Rastros de sangue estavam pelo caminho. Havia um humano ferido... Cheiro de canela e terra, de novo invadiram minhas narinas. Jane avançou na minha frente, quando eu comecei oscilar sobre a direção que deveria ir. O cheiro se dividia ali. O rastro se tornavam dois. Um sangue e canela, outro maresia e sangue. Eu soube que Nerida estava ferida nessa hora. Mas a minha urgência de seguir outro caminho era forte e brutal. Meu corpo queria se dividir em dois, e cada um seguir uma direção. Nessa hora, parado ali, vendo Jane à minha frente sumir, eu tinha que tomar uma decisão...

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Jane chegou no beco. Uma luta tinha acontecido ali, era óbvio. Carros amassados e com seus alarmes tocando. Logo aquele lugar estaria cheio de gente. Jane se aproximou do corpo caído de Nerida. Ela ainda respirava fracamente. Sua perna estava caída em outro canto. Havia vestígios de lobo por todo o lado. O fedor era inconfundível. Nerida abre os olhos, enxergando muito mal o rosto marmorento de Jane, e seu olhar de morte para ela. Estende o braço, em um pedido baixo.

– Me ajude...

Jane se aproxima silenciosamente e calma, como a sombra da própria morte que vem pegar a alma moribunda.

– Por que deveria?

Nerida se contrai. Seu corpo está cada vez mais frio. Seu sangue há muito tinha se esvaído. Podia sentir o gosto da morte vindo em sua boca, ecoando como um hálito frio e úmido.

– Lucian...

Nerida ainda balbucia, quase sem força. Jane se abaixa ao lado dela a encarando de forma fria e psicótica.

– Ele é meu imunda...

Jane fala, enquanto deixa que seu dom penetre no corpo já sofrido e mutilado da híbrida. No instante que faz isso, ela esgana com uma de suas mãos, a garganta de Nerida, partindo seu pescoço e puxando até arranca-lo fora, como se fosse uma boneca velha. A sujeira do sangue deixa o lugar com cheiro de morte...


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Notas finais do capítulo

MENINAS E MENINOS , TENHO UMA FIC NOVA EM ANDAMENTO,UMA JAKE E NESSIE ORIGINAL, SE PUDEREM DAR UMA OLHADA E EXPRESSAR , SUA VALIOSA OPINIÃO , ESSA HUMILDE AUTORA VOS AGRADECE (FERIDAS DA ALMA ) .
BJS



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