Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 21
Capítulo 21 - NADA DE CORAÇÃO E FLORES


Notas iniciais do capítulo

Posso ser covarde a ponto de conquistar todas as mulheres, ou ser homem o suficiente para admitir que só preciso de uma.
Gustavo Vinícius



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Num café, no Hotel Sole. Em Volterra.



Nerida olha em volta. O lugar está lotado de turistas estrangeiros, mas não é preciso procurar muito para avista-lo, lendo um jornal, de forma displicente, com uma xícara na mão. Aquele encontro marcado fora dos portões do palácio já era esperado por ela. Só não achou que seria tão brevemente. Não fazia dois dias que chegara a Volterra. Ele deve estar impaciente.

Se encaminhou lentamente até sua mesa, desviando dos turistas barulhentos, que já faziam todo um alvoroço naquela hora da manhã. Com muito custo, tinha deixado a cama acolhedora do quarto de Lucian, onde estava dormindo desde que chegou da missão da Rússia. Parou à frente da mesa, esperando um gesto educado. Mas Nahuel não desviou os olhos do jornal a sua frente. Ela revirou os olhos e se sentou, cruzando as pernas elegantemente. Ia puxar uma cigarrilha francesa.

– É proibido fumar aqui, Neri.

Ela olhou para Nahuel à sua frente, mas ele ainda não a encarava.

– Mas vou fumar, já que parece que as notícias deste jornal são bem interessantes. Afinal, para que me chamou aqui Nahuel?

– Me deve informações, Neri.

Finalmente, ele dobrava o jornal de forma aborrecida e a fitava.

– Sabe que as coisas saíram do controle. Não cheguei a ficar nem um dia na América. Tive que sair de lá às pressas, seguindo o rastro dos sombras.

Nerida faz um sinal para o garçom, que vem imediatamente.

– Bom dia, madame.

– Um capuccino.

– Perfeitamente, senhora. Senhora, por favor, vou ter que pedir que apague o cigarro.

Nerida faz uma careta feia ao garçom, apagando o cigarro no arranjo de flores, no centro da mesa.

– Eu disse a você. Sempre tão teimosa.

Nahuel fala calmamente, balançando de forma negativa, a cabeça.

– Cala a boca Nahu.

– Não me chame assim, mulher. Sabe que não gosto.

– Não é como... Huilen te chama. Como ela está, por falar nisso?

– Não a vejo faz tempo. Está no Brasil, cuidando da coisas por lá. Mas não é dela que quero falar, Neri. Quando vai voltar para a América?

Nerida se acomoda na cadeira, sentindo-se muito desconfortável de repente, com a pergunta de Nahuel. Sair do castelo agora não era o que estava nos seus planos.

– Não posso ir até que Aro me mande Nahu.

Ela o fita de forma provocativa. O garçom chega com seu capuccino, saindo em seguida. Ela beberica, saboreando a bebida fumegante, com uma das mãos, enquanto a outra descansa displicentemente sobre a mesa. Mas quase derruba o café pela roupa, quando Nahuel agarra a sua mão que está sobre a mesa, com muita força. Quase pode sentir os ossos estalando com a pressão.

– Aiii!!!

Disse, em sussurros abafados. Nahuel a encara ferozmente, sem soltar sua mão, ou abrandar o gesto bruto.

– Não brinque comigo, Nerida. Quero que vá a Forks colher informações. Não pense que está em algum tipo de lua de mel com aquele moleque fedorento, que acha que é alguma coisa, só por que Aro balançou o trono para ele. Vá a Forks o quanto antes e me traga informações!

Nerida solta sua mão de Nahuel, a massageando para recuperar, do aperto brutal.

– Por que eu faria isso, maninho? Já tenho o que quero. Lucian é meu. Não lhe devo nada!

– ACHA MESMO! ! Joham anda perguntando por nossa amada irmã. Como vai Nadina?

Nerida o olha de forma assustada.

– Deixe-a em paz, Nahuel... Não ouse...

– Ah! Por favor. Sem esse papinho de irmãzinha. Eu quero que faça o que eu mando! Ou Joham vai saber onde Nadina está, e terminará o que começou a fazer com ela.

Nerida dá um suspiro de desalento. As palavras duras e frias de Nahuel, demostravam claramente que ele estava disposto a fazer valer suas vontades, a qualquer preço, como sempre fizera.

– Ela também é sua irmã, Nahuel... Você já nos traiu uma vez. Não pode fazer isso de novo!

Ela tentou persuadi-lo, mesmo com poucas esperanças que isso fosse adiantar algo.

– Eu não fiz nada. Vocês é que são idiotas! O que queria? Que eu as escondesse dele?

Nerida da um soco contido na mesa, mas se retrai, arrependida, chamar a atenção para eles não era uma boa ideia.

– Ele nos mutilou, Nahuel. Você não entende isso. Não somos mais nada. Ele nos tirou tudo, Nahuel. E você foi cumplice disso, seu maldito!

– Shiii... Por favor, sem melodrama. O que queria? Eu fiz um favor à humanidade. Você e Nadina seriam péssimas reprodutoras.

Nerida contrai os olhos de forma exasperada. Nahuel é um cretino maldito e não se importa com nada além dele e seu objetivo senil. As palavras dele eram chicotadas com espinhos que feriam, ainda mas as lembranças tenebrosas do passado de Nerida e de sua irmã. Mas ainda falou de forma baixa a ele.

– Nadina ainda tem uma chance.

Nahuel a olhou com desdém, e um sorriso seco nos lábios.

– Muito pequena. E assim que Joham botar as mãos nela de novo, isso vai de chance pequena, para zero chance. Então é isso. Faça o que mando, ou nosso papaizinho vai encontrar a nossa maninha. E teremos uma feliz reunião familiar. O que acha?

Nerida ergueu seu olhar a ele. O encarando da maneira mais dura que conseguiu. Demostrar fraqueza à ele, só o faria tripudiar mais em cima dela.

– Preciso que Aro me mande. Não posso simplesmente sair do castelo, Nahuel.

– Brevemente, ele mandará você sair. Ele tem que dar continuidade ao projeto, apesar da bagunça que você fez na Rússia, com aquele clã das sombras. Ele vai te mandar para o México. Mas antes, você vai até Forks. De lá mesmo, me mantenha informado. Quero que você revire aquela cidade. Busque até mesmo, naquela reserva maldita.

Nerida não pode evitar a surpresa, sua boca abriu involuntariamente. A obsessão dele estava passando dos limites.

– Enlouqueceu? Não posso entrar lá. Está cheio de lobos.

– Isso não é problema meu. É seu. E pelo que sei, você é chegada em pulguentos. Jogue seu charme barato neles.

Era inútil tentar argumentar com ele. Mas sua curiosidade gritava ao mesmo tempo. Resolveu arriscar uma pergunta, mesmo que a resposta talvez não viesse.

– O que vai fazer, se ela estiver viva?

– Não é da sua conta.

Ele disse, sem encara-la. O interesse de Nerida não era de preocupação. Na verdade, pouco se importava com Renesmme Cullen. Mas ela é a mãe de Lucian. Talvez, um dia, essa informação pudesse servir de mais alguma coisa, além de deixar seu irmão em estase. Começava a pensar em Lucian. O que ele faria, se por um capricho do destino, sua mãe estivesse viva? Se importaria ele, que Nahuel tinha planos romanticamente perturbadores para ela? Olhou de soslaio para Nahuel, que mexia seu café tranquilamente. Observando os turistas em volta.

– Joham também gostaria de pegar a última híbrida fértil. Seria o que ele precisa.

Ele demostrou preocupação quanto a isso, e respondeu de forma simples a ela.

– Ele não precisa tanto assim. Você e Nadina, já contribuíram bastante nessa parte.

Nerida fecha os olhos fortemente, absorvendo as palavras ferinas de Nahuel. Ele toma um gole do café que está à sua frente, se levantando e a fitando nos olhos mais uma vez.

– Aproveite enquanto pode, a cama do cachorro. Logo terá que deixa-lo. Mas não se preocupe. Ele não tem o costume de ficar sozinho por muito tempo. Nesse ponto, o garoto até que é bem rápido, aliás. Mas de resto, é um idiota. Ainda acredita que Volterra é algum lugar mágico, onde os reis governam com justiça, e seu povo se curva feliz, em agradecimento. É patético! É esse homem, minha irmã, que você está tão triste em deixar?

O seu tom jocoso, divertia somente a ele mesmo. Nerida fechou a cara, engolindo sua fúria e a gana de assassina-lo ali mesmo, naquele café.

– Ele é muito melhor que você, Nahuel. Você não é digno de limpar suas botas.

Nahuel faz um bico, fingindo estar magoado pelo que ela tinha dito, mas logo de desfaz. Ele se inclina sobre a mesa e sussurra palavras ao ouvido de Nerida.

– Traga a minha informação! Ou além de dar a Joham o paradeiro de Nadina, darei um jeito de me livrar do seu mascote sexual. E ninguém vai saber que fui eu. Nem mesmo Aro. Tenho meios para isso, acredite!... Não esqueça de pagar a conta!

Nahuel sai, deixando uma petrificada Nerida, ainda sentada à mesa.

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( No castelo )

Nerida tira os sapatos na porta do quarto, procurando fazer o mínimo de barulho. Está escuro lá dentro, com as cortinas cerradas, impedindo que o sol da manhã entre. Continua andando na ponta dos pés e se despe, ficando apenas de lingerie. Desliza silenciosamente pelos lençóis. A respiração pesada de Lucian denuncia seu sono pesado, ainda. Mas assim que ela coloca a cabeça no travesseiro, ele abre os olhos, a assustando.

– Onde estava, Nerida?

Ela põe a mão singelamente na boca, para abafar o gritinho de susto que já ia sair.

– Que susto, Lucian. Pensei que estava dormindo, amor.

– Eu percebi. Mas não me respondeu onde estava?

Nerida não sabia se ele tinha acordado há muito tempo, e não teve como calcular o que poderia dizer à ele. A verdade editada seria o melhor a fazer.

– Saí. Fui tomar café com Nahuel.

Disse simplesmente. Lucian se estica na cama, acendendo a luminária ao seu lado. Senta, se encostando na cabeceira, a encarando com o semblante enrugado.

– Café com Nahuel?

Nerida coloca a sua máscara de mulher inocente e despreocupada, e também senta na cama.

– Sim. Se esqueceu que ele é meu irmão? Não tivemos a chance de conversar, desde que cheguei. Ele estava com muitas saudades minhas. Reclamou que só fico enfiada neste quarto com você!

Lucian a encara, com cara de incrédulo. Nerida sabe que será difícil engana-lo com isso. Decide usar sua arma mais eficaz. Desliza, saindo dos lençóis e senta-se no colo de Lucian, que a recebe gentilmente, a abraçando pela cintura.

– Não sabia desse amor todo seu pelo seu irmão, Nerida.

Nerida suspira, e dá beijinhos espalhados no rosto de Lucian, que ainda a olha com desconfiança para ela.

– Ele me ama. Temos muito carinho um pelo outro. Só não demostramos publicamente. Por isso, fomos tomar café fora daqui.

– E por que esse amor tão tímido entre irmãos?

– Coisas de Nahu. Ele diz que não fica bem, ele com general, demostrar fraquezas. Sou seu ponto fraco. Ele é um irmão muito amável.

Lucian dá uma estrondosa gargalhada, sem nenhum humor.

– É uma mentirosa, Nerida. Cínica, até o último fio lindo e negro de cabelo!

Nerida faz biquinho, contrariada, dando pequenos tapinhas em seu peito, que só o faz rir.

– Não estou mentindo, Lucian.

– Seu irmão é um verme, Nerida. Ele não gosta de ninguém.

– De mim ele gosta, ora!

– Tá bom! Chega! Eu não vou brigar com você! Não ligo. Seja o que for que foi falar com ele, é problema seu e dele. Mas não gosto que mintam para mim, Nerida!

– Nã...

Lucian tapou sua boca com a mão, levantando a sobrancelha.

– Não quero saber. Chega de mentiras, ou terei que castiga-la.

– Castigar-me?

– Sim.

– Como?

Lucian a vira bruscamente, colocando seu corpo sobre o dela. O que a faz soltar um grito, pelo gesto inesperado.

– Voltará para seu quarto.

Dizendo isso, acaricia o corpo dela, com o seu. Nerida geme pelo contato quente e direto em seu corpo. Lucian está completamente nu, encostando em seu corpo só de lingerie. Sentiu a umidade abrasadora, que escorre por sua intimidade. Seu corpo já gritando em desejo por ele.

– Não faria isso, meu príncipe.

Lucian a solta, deixando-a na cama, frustrada e furiosa.

– Continue com suas mentiras, e ficará muito surpresa, com o que eu posso fazer NERIDA!

O tom foi de brincadeira, mas Nerida sentiu a verdade inclusa naquelas palavras. Lucian está fora da cama, se encaminhando para o banheiro. Nerida praticamente voa em sua direção, o abraçando por trás, com os braços em volta da sua cintura.

– Perdoe-me, Lucian. Eu... Eu fui tomar café com meu irmão. É verdade. Mas... Eu...

Lucian se vira, a soltando lentamente de seu corpo, para encara-la de frente. Os olhos de Nerida estão marejados, com lágrimas, que brigavam para escorrer. Mas Lucian não ia se deixar enganar por elas, apesar de ser algo ainda estranho a ele, ver o choro de alguém. Já que os vampiros não choram. E o seu contato com humanos em prantos, tinham sido poucas as vezes. Com as meninas no beco com Felix e a mulher do ferro velho, que apanhava do namorado. Seu olhar era duro e frio para Nerida. Agora se aborreceria muito, se ela viesse tentar engana-lo com lágrimas.

– Diga logo, Nerida.

Disse, de forma cortante. Sua voz era quase glacial.

Nerida seca, com as costas das mãos, as teimosas lágrimas.

– Terei outra missão em breve.

Lucian ainda a encara com dureza, e ela se descontrola totalmente, em uma torrente de lágrimas.

– Por que duvida de mim? ... Se duvida, pergunte a Aro. Ele confirmará.

Nerida fala em meio a soluços nervosos. E continua.

– NÃO ENTENDE! NÃO QUERO DEIXA-LO, LUCIAN. EU AMO VOCÊ, MEU QUERIDO. NÃO QUERO PARTIR!

Lucian resmunga alguns palavrões em italiano, e a puxa em um abraço consolador. Ela se abandona em seu peito forte, deixando as lágrimas serem secas, quase que instantaneamente, pelo calor do corpo de Lucian.

– Quer que eu fale com Aro? Podemos adiar sua ida.

Nerida arregala os olhos, ainda escondida nos braços de Lucian. Se afasta um pouco para olhar para ele da forma mais calma possível.

– Não, meu querido. Não! Diga apenas que vai me esperar, Lucian. Não vai se deitar com essas vadias que tem aqui! ME PROMETA!

Nerida falava. O tom de desespero que saia junto com suas palavras, a fazia tremer levemente em um pequeno acesso de descontrole. Segurava o rosto de Lucian com as mãos, de forma quase obsessiva. Lucian tirou as mãos dela de seu rosto. Seu olhar a ela ainda é duro e frio. E sua foz potente saiu se nenhuma emoção.

– Não vou prometer nada disso a você, Nerida.

Nerida se afasta dele alguns passos. Corre as mãos em seus próprios cabelos. Em claro gesto de nervosismo.

– O que está dizendo? Que vai dormir com outras, enquanto estou em uma missão?

Lucian é implacavelmente duro com sua resposta.

– Faça o mesmo, se a faz se sentir melhor. Não tenho problemas com isso, Nerida. Não vou cobrar algo a você, que eu não pretendo cumprir.

Nerida precisou se amparar em uma mesa perto da janela. Não esperava por isso. Desde que chegara a Volterra, sua relação com Lucian tinha sido ardente. Eles nem mesmo tinham saído do quarto, envolvidos em uma insaciável torrente de prazer e sexo. Ele tinha levado ela a sentir coisas que jamais sentira com nenhum outro amante. Ela julgava que ele também tivesse sentido o mesmo por ela. A mesma intensidade de sentimentos e necessidade, que ela sentia dele.

– Pensei que gostasse de mim, Lucian. Você é meu. Meu querido. Meu amor.

– Não lhe disse isso, Nerida. Gosto de ficar com você, mais que com qualquer outra que estive. Mas não sou seu. Posso lhe dar uma preferência. Mas não a exclusividade. Lamento.

Nerida deixa os braços caírem sobre o corpo, em uma postura derrotista.

– O que ouve com você? Eu pensei que fosse diferente, Lucian.

Lucian tenta falar de maneira calma, para que ela entenda o que para ele era muito claro.

– Estou sendo muito franco com você, Nerida. Gosto do seu cheiro. Seu beijo é o melhor. O mais saboroso. Seu corpo e um tesão. Me excita. Me diverte. Mas não vamos ser um casal, vivendo uma love story. Não sei o que pensou. Mas isso não vai acontecer comigo. Já vi o que mulheres fazem com homens que comentem a estupides de se deixarem apaixonar por elas. Não serei um fantoche na sua mão, ou de nenhuma outra qualquer. Quer uma boa trepada? Pois bem, aqui estou eu. Mas não me peça coração e flores e a vida eterna ao meu lado. Isso não vai ter de mim. Nem você e nenhuma outra mulher. Deveria ter dito antes, mas achei, que também estava se divertindo. Sinto muito! Pode ir agora. Entenderei perfeitamente.

Lucian se vira, e vai para o banheiro tomar um a longa ducha. Mas Nerida o segue, ainda com seu braços caídos e postura desolada.

Lucian a olha com pesar, mas firme em suas resoluções de vida. Desde a verdade de sua mãe tinha sido contada. Ele disse a si mesmo, que sentimento de família, amor e qualquer outro, ia ser banido de sua vida, como uma sujeira indesejável, que tinha que sair a todo custo. Amar uma mulher então... Preferia a própria morte, pois tinha Alec como o exemplo do que o amor pode fazer a um homem. E quanto mentirosa e perigosa pode ser uma mulher, quando descobrem as fraquezas de um homem por elas.

– Não vai amar nenhuma mulher? Como pode afirmar isso, Lucian?

Lucian jogava o rosto em baixo da água fria, que caia do chuveiro. Nerida ainda esperava uma resposta, encostada na porta do banheiro o observando atentamente agora.

– Não vou! Não vou, e pronto. Se algo do tipo acontecer, me afasto. Vou para as montanhas do Himalaia. Vou viver com monges tibetanos, ou viro nômade, não sei. Mas vou fugir disso por toda a minha eternidade, se preciso.

Nerida vai até ele, entrando no chuveiro com ele, se deixando molhar ainda de lingerie.

– Fique comigo, então.

Seu olhar e suplicante e triste, mas cheio de esperança. Lucian a olha, sem saber o que responder à isso. E ela continua.

– Não me ama, já disse. Então, está seguro comigo. ¨ Se não me ama . Eu te amo, e amarei sempre o suficiente para nós dois ¨.

Lucian tenta buscar dentro dos olhos de Nerida o que ela tentava com isso, o que ela pretendia com isso, ele tinha sido claro, mas claro, impossível.

– Isso não é muito justo, Nerida.

A expressão de súplica de Nerida era indisfarçável.

– Não quero ficar sem você, Lucian. Quer ter amantes? Tenha. Mas eu serei a amante oficial. A que você permite que durma com você todas as noites que estiver aqui em Volterra. Dispense todas as outras quando eu voltar. Eu serei sempre segura para você, Lucian. Não pode amar outra, estando ligado à mim.

– É um acordo estranho, Nerida. Não vejo muitas vantagens para você, querida.

Ele tentava persuadi-la de suas decisões ilusórias.

– Você é minha vantagem. Você é tudo que eu quero.

– Está barganhando, Nerida. Acha que vai fazer com que eu me apaixone por você?

– Acha que poderia?

– Não.

– Então, o que tem a perder?

Nerida disse, se abraçando à Lucian. Ele a abraçou de volta beijando seu ombro de forma delicada e gentil.

– Quando vai partir?

– Já quer me ver longe, meu príncipe?

Ele sorriu sem achar graça dos medos de Nerida.

– Sabe que não.

– Ainda não sei. Duas semanas, eu acho.

Lucian acaricia seu rosto, dando um beijo envolvente em Nerida, enquanto suas mãos já habilidosas, escorregam pelas suas costas, para abrir seu sutiã. Nerida sorri entre seu beijo, ajudando ele a se livrar da peça, jogando-a molhada, para fora do chuveiro.

Lucian continua a beija-la, descendo mais suas mãos, para tirar sua calcinha. Nerida geme em expectativa. Ele a vira de costas para o vidro do chuveiro. Ela se inclina para ele, e ele termina de tirar sua calcinha. A toca entre as cochas, apertando sua bunda, com suas mãos quentes e poderosas. Elas habilidosamente, a acariciam uma pela frente e outra por trás, em um encontro quente sobre seu sexo, já molhado da hibrida.

– Gosto disso, Nerida. Gosto de sentir como tá sempre pronta pra mim.

Lucian fala no pescoço de Nerida, respirando em suas costas. A sentindo estremecer com seu toque.

Nerida geme, se contorcendo ao toque de Lucian. Morde os lábios com o frenesi que percorre todo seu corpo, quando ele a toca assim. Era devastadoramente dependente daquele homem e de seus braços. A possibilidade de perde-lo, tinha queimado seu peito, mais que qualquer outra dor que já sentira em toda sua vida imortal. Ela queria seu coração. Seu corpo. Sua alma. Mas ele não estava disposto a dar-lhe. Mas ela não desistia facilmente de suas batalhas. Ela acreditava que Lucian poderia vir a ama-la, como ela já o ama ardentemente.

Lucian a vira, fazendo ela entrelaçar as pernas por seu corpo, a colocando mais alto que ele. A penetra de forma dolorosamente lenta e quente. Ele sorri de forma a provoca-la.

Ela geme, se apertando mais a ele, de forma exigente. Suas mãos puxam seus cabelos. Lucian começa a penetra-la. A afastou do vidro do banheiro, a encostando mais em seu corpo. Nessa posição, ele entra mais profundamente nela, que a faz gemer mais alto. Ele tapa sua boca com beijos ferozes e cheios de desejo e promessas de luxúrias...


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(JAKE E NESSIE )


– Não... Volte, por favor!

Os gritos desesperados de Nessie despertam Jacob. Ele se debruça ao seu lado, tentando despertada de seu sono turbulento.

– Nessie! Nessie... Acorde, meu amor. É um pesadelo. Por favor, acorde!

Nessie o encara cegamente. Seus olhos perdidos em um desespero devastador para Jacob.

– JAKE! Me abrace. Por favor, me abrace.

Ele a abraça puxando-a para seu corpo, colocando-a sentada em seu colo, a ninando, como se ela fosse de novo uma criança em seus braços.

– Calma, amor! Foi só um pesadelo. Já acabou! Já acabou. Quer me contar?

– Eu já tive esse pesadelo antes. É segunda vez, Jake. É Jason... Tenho certeza que é ele.

A voz de Nessie sai entre soluços e lágrimas que ela não se importa de deixarem cair por seu rosto.

– O que é, amor? Me fale.

Jacob pede de forma doce a ninando ainda em seu colo.

– Eu não sei. Eu não entendo. Ele me pede para não deixar alguém ir embora, mas eu não sei quem é. Ele me pede, me abraça, me beija e vai embora. Só que agora, ele já é um homem. Um homem feito. Ele é um homem. O nosso menino, Jake... Ele cresceu, mas eu não consigo ver seu rosto.

Nessie é a encarnação do desespero. Sua voz sai balbuciada e atrapalhada pelas lágrimas, que ainda caem sem cessar

– Calma, amor! Calma.

– Eu não sei o que ele quer, Jake. Eu só sei que eu não posso deixar ir embora!...

Jake suspira, respirando o cheiro do cabelo de Nessie. Começa a cantar a canção Quileute para acalma-la. Nessie ainda treme levemente em seu colo, mas se deixa envolver pela música que Jake quase sussurra a ela. Ela se concentra nisso. Na música e nas batidas poderosas do coração de seu marido, e se perde de novo no sono...

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Notas finais do capítulo

Gente dois endereços de face para quem e gosta de fic da saga, tó sempre por lá postando gracinhas, passa lá gente !!bjs
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