A noite se revelou mais cognitiva quanto dia. Deixou amente vagar livre enquanto o corpo tenta descansar.

Pegou a estrada cedo, deixando as tios apenas um bilhete explicando que visitaria uns recentes amigos para uma conversa. Não mentiu ao dizer que seria uma conversa. Seguiu até a mansão Salvatore, uma belo recinto cercado de um belo jardim e frondosas arvores. Não esperava menos.

Saltou do carro pronta para bater a porta, mas que foi aberta por um não surpreso Stefan. Ao seu lado uma Elena intrigada esperava.

-Olá! Acho que precisamos conversar Salvatore – Com um aceno indicou que ela entrasse e  foi o que fez. Dando de cara com uma imensa sala de estar, muito bem decorada por janelas góticas e moveis e objetos renascentistas.

Sentada de frente para o casal que a observa intrigados, não deixou de avalia-los. Bem e mal, certo e errado. Sorriu.

-Então o que precisamos conversar? –Educadamente Stefan tomou sua atenção.

-Preciso apenas de uma confirmação. Damon é seu irmão? –Ele pareceu relaxar, e Elena seu lado também.

-O que ele aprontou a você? –Perguntou Elena, menos solene e mais intima.

-Nada além de viver 164 anos rodeando as bordas da história de minha família. – Sorriu ao ver que o casal se retesou a sua frase. Stefan não pareceu tão surpreso quanto Elena.

-Quem é você? –Foi sucinta sua pergunta, mas também carregada de poder. Oque a fez rir por dentro.

-Sophia Izabel Grigori, mas você já sabe disso. Eu sei o que você é Stefan e também o que você é Elena.  Demônio e Anjo. –Falou despreocupadamente. –Não sou a Izabel que você conheceu a 164 anos atrás Stefan, sou apenas uma descendente em procura de respostas as quais você pode me dar.

-Mas como você pode ser igual a ela? Como sabe de nós? –Stefan levantara-se e caminhava passando a mão no cabelo, fitando-a ora ou outra preocupado.

-Não sei como posso ser igual... Eu preciso de respostas. Vai me dizer que não sentio todo esse poder anormal aqui em Fell’s Church? –Interrogou ela. Vendo as expressões do casal.

-Sim, mas como você sente? –Devolveu ela. Que balançou a cabeça tentando não se surpreender com as mudanças de cores de auras dos dois.

-Não interessa. Mas você precisa me ajudar Stefan... –Ele os fitou suplicante.

Queria a ajuda deles, pois sentia que ambos eram pessoas boas e confiáveis, também sentiu o medo deles, a desconfiança. Ela precisava que eles confiassem nela, para poder ajuda-la. Porque certamente ela não poderia enfrentar todo aquele mal sozinha, no seu intimo tinha essa certeza. Olhou para Elena que olhava dela para Stefan.

-Eu posso mostrar que sou confiável. –Ela fitou Stefan que balançou a afirmativamente a cabeça para ela. Aos poucos se aproximou-se de Elena sentada no sofá ficando de joelhos na frente da mesma. Elena estava intrigada e receosa. Tomou-as mãos dela as suas e deixou que as boas recordações as tomasse, passasse a ela por meio de uma fina ligação de energia.

Quando abriu os olhos viu uma Elena que deixava puras lágrimas cair, que num ímpeto a abraçou confortando-a. isso que Sophia não lhe mostrou a pior parte de sua história.

-Podemos confiar nela Stefan .-Confirmou Elena abraçando seu namorado. Nesta ligação de minutos Elena devolveu-a sua história. De como conheceu Stefan logo após a perda de seus pais, que tornou-se vampira e depois morreu para salvar os dois irmãos e que retornou com poderes, neste meio ela e seus amigos salvaram muitas e muitas vezes esta cidade, como guardiões.

-Vão me ajudar? –Perguntou Sophia alguns minutos depois que recuperou-se da troca de energia e assimilou a história de Elena.

-Sim, vamos ajuda-la. Mas primeiro devemos explicar ao resto do pessoal. –Stefan disse fitando-a. – E isso inclui Damon também.

Meia hora depois a sala dos Salvatore estava sendo ocupada por Matt, Caroline, Bonnie e Damon.

-Por que devemos confiar em você? –Perguntou Bonnie tentando se mostrar forte, o que fez Sophia sorrir, pois Bonnie é uma garota bastante forte em seu intimo, mas muito frágil e bondosa, uma verdadeira flor de primavera.

-Sim. Por que devemos confiar em alguém que chegou recentemente a esta cidade, no mesmo momento que sentia-se um terror pela cidade e novos incidentes aconteceram? –Apoiou Caroline. Todos menos Elena E Stefan estavam com receio dela.

Damon ficou encarando-a o tempo todo como se não confiasse em nenhum movimento dela, mantinha distancia sempre encoberto pelos outros.

-Confiem em mim, por favor. Ela é uma pessoa boa e vai nos ajudar a medida que nós ajudarmos ela. –Explicou Elena.

-Então é uma troca? –Perguntou Matt.

-Não, não é. Esse mal, tudo que esta acontecendo tem haver comigo, e com todas as famílias fundadoras eu sinto isso. –Disse Sophia calmamente. Seu olhar encontrou o de Damon do outro lado da sala que franzia a testa, Sophia não entendeu muito até sentir um poder rondando-a, investigando-a. O bloqueou no mesmo instante devolvendo uma carga bem maior de bondade que Damon poderia esperar, e riu quando ele engasgou com o Whisky que bebia.

-Vou fazer pior Damon se continuar a lançar seu poder sobre mim. –Avisou a ele seriamente. Os demais olhavam para os dois com curiosidade.

-Meredith esta chegando hoje Elena. Talvez ela e Alaric possam nos ajudar a tomar uma decisão.- Falou Caroline.

-Vou esperar a resposta de vocês, mas por favor considerem. Porque assim como eu sozinha não posso combater este mal, vocês desta vez também não podem. –Afirmou Sophia pegando a bolça e saindo da casa.

Olhou para o sol se pondo, havia conseguido aliados. Eles poderia ajuda-la e talvez as coisas se ajeitassem antes do tempo que prevera.

 Se dirigiu ao seu carro, mas Damon a impediu no meio do caminho.

–Aonde pensa que vai?–Disse Damon meio sarcástico.                                                                     

– Não te interessa. – Disse Sophia continuando a andar.                                                                                                         

–Quero saber o que você quer com este joguinho? Fala? – Disse Damon avaliando-a.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            –-Que joguinho? Você ainda não percebeu que eu preciso ajudar para mim ficar em paz, eu preciso de ajuda, também tenho consciência, coisa que pelo visto você não tem não é? Se liga Damon EU NÃO SOU DO MAL! Presta atenção Damon eu vou te falar uma vez e não pretendo repetir: vou proteger quem tiver de ser protegido, vou destruir quem tiver de ser destruído mesmo que seja VOCÊ. E não tente me machucar por quem vai sair machucado é você. Ouviu bem?- Disse Sophia seriamente, olhando no fundo dos olhos dele depois entrou no carro e se dirigiu para casa.

Mas mesmo dentro do carro se distanciando da mansão ouviu Damon em sua mente, em uma pequena explosão de poder.

Eu também vou te avisar menina tola, se atravessar meu caminho ou tentar machucar qualquer um dentro daquela casa, considere-se morta. Não me importo o quão parecida com a doce Izabel por quem um dia eu me apaixonei você é, vou extermina-la sanguinariamente. E isso é uma promessa, costumo cumpri-las com minha vida.