Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 27
Cuidado com o que você coloca no estômago


Notas iniciais do capítulo

Hey belezuras, como vão?
Eu agradeço as reviews e toda a empolgação. Estou muito feliz mesmo! Obrigada (:
Para esse cap funcionar, tive que intercalar 3 POV's: Lucy, Lynn e Snape.
Espero não ter ficado confuso ou bagunçado.



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— Ok. Segura a vassoura com mais força Lucy. — pediu Jorge, montado na garupa de Lucy, rezando por sua vida.

Lucy olhou para a junta de seus dedos. Estavam brancas. Se ela segurasse com mais força, quebraria a vassoura em duas. Ou machucaria a mão, o que ela tinha admitir que fosse mais provável.

— Não dá! — ela ergueu os braços, exasperada e a vassoura vacilou no ar. Ela agarrou-a novamente, e sentiu Jorge respirar fundo na sua nuca. — Jorge, por Merlin! Não estamos nem a 5 metros do chão!

Fred riu lá embaixo, feito um louco. Lucy o fuzilou.

— Quieto você! — ela não resistiu e riu também. Não sabia onde Jorge estava com a cabeça quando insistira em ensiná-la a jogar Quadribol.

— É. — resmungou Jorge para o irmão. — Pelo que eu me lembre você não quis se voluntariar para ajudá-la.

— Eu não sou nem louco! — ele riu, sentado num cobertor no gramado coberto de neve. — E pelo que eu me lembro, a ideia foi sua.

Jorge ficou sem argumentos e voltou a atenção para Lucy.

— Agora, vai para frente. — ele pediu. Lucy deu um pequeno impulso e a vassoura deu um tronco para frente.

— Lucy, não precisa se esforçar é só...

— Não precisa se esforçar?! — Lucy revirou os olhos, indignada — Você que me disse para segurar com mais força!

— Disse! Para você não cair de cara no chão e me levar junto.

Lucy fungou e foi em direção ao chão, largando a vassoura e pulando antes dela aterrissar na neve, deixando Jorge para trás. Ele caiu no chão junto com a vassoura e começou a grunhir.

Ela olhou para Fred, ele ria sem parar.

— Lucy Walker Snape, você não vai sair ilesa dessa! — Jorge gritou atrás de suas costas. Ela abriu a boca, fingindo surpresa e logo depois algo acertou suas costas. Uma bola de neve.

Ela se virou para Jorge, ele estava com mais duas bolas de neve nas mãos. Jogou outra, ela desviou. E outra, que acertou seu estômago. Ela pressionou a mão contra a barriga, fazendo um teatrinho. Esperou Jorge se aproximar preocupado para empurrá-lo na neve. Ela escutou ele xingar, e a risada de Fred.

Ela se virou para o outro irmão.

— E você, fica ai só rindo? — ela formou uma bola de neve com os dedos já adormecidos. Fred levantou os braços.

— Nem vem, estou quieto aqui no meu canto. — disse ele. Lucy olhou para Jorge, que se levantara e estava ao seu lado e ele assentiu.

Eles correram e pularam em cima de Fred, que no ultimo segundo se tocou da intenção dos dois.

— Céus, como você é lerdo! — Lucy gritou. Jorge estava com uma expressão assassina e divertida. A mesma da noite anterior, quando eles demoliram seu cabelo.

— Você não queria rir, Fred? — Jorge enfiou a mão debaixo dos braços do irmão e começou a lhe fazer cócegas.

Na noite anterior, depois de alguns minutos olhando no espelho e passando os dedos pelo novo cabelo, Lucy se atirou em Jorge com raiva.

— EU LHE DISSE PARA CORTAR POUCO! — ela gritou, se pendurando no pescoço dele.

— O QUÊ? — ele a soltou e jogou-a para Fred, em quem ela também começara a bater. — NÃO DISSE NÃO!

— Seus loucos! — ela gritava — IREI ASSÁ-LOS, GUARDEM O QUE ESTOU DIZENDO!

Quando Fred a estabilizou, forçou-a a se sentar na cama, onde ela desabou e chorou um pouco. Eles sentaram na cama, cada um de um lado. Ela se endireitou com os novos cabelos emaranhados e os ajeitou.

— Desculpem, eu... — ela olhou para os dois. — Gostei mesmo.

Eles riram depois. Quase a noite toda.

Fred estava quase morrendo de rir no chão, quando escutaram gritos vindo da Toca.

— VENHAM COMER CRIANÇAS! — Molly gritava, perto dali. Eles se levantaram do chão, mas Fred continuou lá.

— Espera. — ele suspirou — Preciso de um tempo para me recuperar.

Lucy deu um puxão no seu braço e ele se levantou, enrolando o cobertor. Eles correram para dentro, fugindo da neve.

POV. Lynn

Lynn acordara com um susto. Alguém batia na porta. Ela respirou fundo, não devia ser ele. Não era.

Depois daquela noite, Lynn começara a não se sentir bem. Contraíra febre, e estava de cama. Ainda bem, pensou ela. Pelo menos assim, podia fugir de Sr. Malfoy. A criatura, embora ainda embaraçada por fazer certas coisas, estava se acostumando ao corpo humano.

— Entre! — ela disse, e a porta se abriu. Era o Senhor Snape. Ela agarrou o edredom, começou a tremer, mas não estava com frio.

— Não quer sair um pouco desse quarto Lucy? — disse ele, ainda na porta. Lynn inclinou a cabeça e puxou o cobertor até o pescoço.

— Está frio, e eu... — ela gaguejou, depois tremeu. Snape a olhava, desconfiado — Estou com muita dor.

— Dor? — ele abriu mais a porta e entrou no quarto, Lynn se encolheu. Ela sabia que Snape sabia que algo estava errado. Ele franzia as sobrancelhas.

— É... Eu acho que o tempo não me fez bem. — Ok. Essa foi horrível.

Apesar de ter ficado muito bem nas primeiras horas, Lynn sentia a Poção Polissuco revirar no seu estômago. Ela teve de beber muito mais depois de vomitá-la inteira no banheiro. A jarra estava esvaziando. E o tempo passando. E Snape, definitivamente, desconfiado.

— Olha, er... Snape. — ela resmungou — Só quero descansar um pouco.

— Você quer que eu chame um médico? — ele perguntou, a ruga desfazendo do seu rosto. Lynn estranhou. Normalmente, até onde ela percebia, Snape não mostrava preocupação com Lucy. E agora, que estava o fazendo, a bruxa não era ela para perceber.

— Não é necessário. — ela disse — Tenho certeza que é só um resfriado.

Snape assentiu devagar, a mirando cuidadosamente. Droga, droga, droga.

— Quer que eu peça para sua elfo trazer algo quente para beber? — ele parou na porta, e perguntou, antes de fechá-la.

Um calafrio subiu pela espinha de Lynn.

— Não. — ela falou rápido, depois pigarreou — Quer dizer, não é preciso. Quero ficar sozinha.

Ele assentiu e fechou a porta devagar, ainda a encarando. Quando a porta bateu, Lynn soltou o ar que estava prendendo nos pulmões. A poção não duraria muito, e Snape não era idiota. Lucy estava demorando. Até quando ela poderia enrolar?

POV. Snape

Snape desceu as escadas refletindo. Algo estava errado com Lucy, diferente. A garota era enxerida, abelhuda e adorava saracotear pela Mansão. Nunca ficara dois dias seguidos trancada no quarto, de cama. Além do mais, o que causara tanto mal á sua saúde? O clima certamente não. O subúrbio trouxa que ela morava com a mãe era muito mais desprotegido e frio, e a Mansão estava com um feitiço de aquecimento leve.

Ele tinha certeza que algo mudara. O olhar no rosto da bruxa não era o mesmo. Lucy tinha aquele traço de superioridade, e estava com o queixo levantado sempre. Iria tê-lo atacado com palavras arrogantes e sarcásticas se ele lhe fizesse aquelas mesmas perguntas num dia normal.

Quando ela entrara em Hogwarts, ele soube imediatamente que se tratava de sua filha. Não poderia confundir com mais ninguém. Era idêntica a Jane. Os mesmo cabelos longos e negros, os enérgicos olhos azuis que brilhavam com os sentimentos mais rancorosos. Era inevitável. Cada vez que olhava para a garota, era como uma faca penetrando sua carne.

Porém, ela não era tão parecida assim com Jane. Jane era doce, humilde e paciente. Lucy não era nenhum dos três. Uma garotinha cheia de orgulho. E, por Merlin, andava com Weasleys. Weasleys.

Ele tinha duas opções: A primeira era deixar tudo como estava. A garota era apenas uma pedra no seu sapato. A segunda era remodelá-la, para ela se tornar uma vantagem. Parar de se misturar com gentalhas e prole do tipo. Que coisa. Ele ainda tinha tempo para pensar. A primeira opção era deliciosamente atrativa, mas era o caminho mais fácil. Antes de tudo, teria que descobrir o que havia de errado na garota.

Snape entrou na Biblioteca, onde Narcisa se encontrava. A bruxa dissera que falaria com Lucy. Esclareceria coisas que ele não podia. Ou não conseguia.

— Licença, Narcisa. — ele entrou e a encontrou na mesa, lendo um livro. Ela levantou ou olhos e assentiu.

— Falei com ela, Severo. — ela balançou a cabeça — Parece perturbada.

Ele anuiu. A garota estava passando por uma grande mudança de rotina. Não que ele se preocupasse tanto assim.

— Aliás, onde ela está? — Narcisa retirou os óculos de leitura — Não a vejo faz um tempinho.

— Está na cama, com um pouco de febre e dores. — disse ele e Narcisa de sobressaltou, levantando da cadeira.

— Vamos chamar um médico, Severo! — disse ela, exaltada.

— Ela não quer. — falou ele, revirando os olhos — Teimosa como uma mula.

Narcisa o olhou como se ele fosse um extraterrestre. Snape ergueu as sobrancelhas.

— Severo! — ela soltou uma risadinha nervosa — Ela é sua filha! Precisa de um médico...

Snape ficou parado sem saber o que pensar. Ela precisa de um médico, e?

Severo! — Narcisa estalou os dedos — Me desculpe, mas precisamos tomar providências. Avise Lucy que vou mandar uma coruja para algum médico.

— Sim. — ele ronronou, enquanto Narcisa saia apressada para escrever a carta.

POV. Lucy

— Vai querer continuar a aula, Lucy? — perguntou Jorge, enquanto eles subiam as escadas da Toca depois de se empanturrarem. Lucy balançou a cabeça.

— Pode ficar tranquilo, eu desisto. — disse ela enquanto os três entravam no quarto. Jorge suspirou.

Lucy nem queria tanto mesmo. Para quê iria aprender Quadribol? Para jogar no time da Sonserina em Hogwarts? Com certeza não. Esse era o tipo de atenção que ela não queria. Estava a recebendo por conta dos últimos fatos, mas não queria piorar as coisas. Não mesmo.

— Vamos continuar aquele projeto então, Fred. — sugeriu Jorge, enquanto os dois se reuniam em volta da mesa e Lucy deitava na cama, olhando para o teto.

— Que projeto? — ela perguntou distraída, procurando o cabelo para enrolar nos dedos. Ah.

Fred foi até ela com um pergaminho, enquanto Jorge se concentrava na mesa cantando alguma musica desconhecida baixinho.

— Isso. — ele entregou o papel para Lucy. Ela se endireitou ao lado dele e observou o projeto.

Ela um tipo de planta. Era incrível. Uma estrutura desconcertante e divertida como a própria Toca, mas ao mesmo tempo profissional.

— Que ótimo. — ela admirou, era realmente muito interessante mas... — O quê é isso?

Jorge suspirou de onde estava.

— Um grande sonho. — disse Fred, enrolando o pergaminho e o jogando na mesa. — Infelizmente, nós não temos nem a metade do dinheiro, nem a metade das chances e lugar e um monte de coisa importante.

— Hm. Que pena. — lamentou Lucy — Um dia conseguimos.

Ele anuiu, olhando para o tapete.

— Mas por enquanto, estamos trabalhando num novo sucesso... — os olhos de Fred brilharam.

— Creme de canário! — Jorge exclamou, animado. Lucy olhou, confusa.

— E o quê seria isso?! — ela riu, e Fred se levantou pegando algo da mesa.

Ele estendeu para ela um potinho com algo cremoso e amarelo dentro. Ela fez uma careta.

— Temos um protótipo, quer experimentar? — ela pegou o potinho e cheirou.

— Só se você me falar o que acontece quando alguém come isso. — disse ela, enfiando o dedo no creme.

Eles se entreolharam, divertidos. Coisa boa não era. Mas Lucy estava decidida que iria se arriscar mais aquele ano. Iria sim. Ela enfiou o dedo na boca, e sentiu um gosto doce por alguns instantes antes de sentir uma coceira.

Penas cresciam nos seus braços e ela se tornava cada vez menor, ela tentou gritar com eles mas só um ruído de pássaro saiu de sua boca. Ela foi até o espelho e quase teve um ataque. Ela tinha virado UM CANÁRIO! Ela se virou para os gêmeos, que se dobravam de rir e tentou gritar com eles, mas só depois de um minuto as penas caíram e ela voltou ao normal.

— EU VOU ASSAR VOCÊS! — ela gritou, furiosa e se jogou em Fred, puxando seu cabelo.

— Calma! Calma! — ele tentava se afastar dela, mas ela estava fora de controle. Eles riam sem parar, e ela se segurou para não rir também.

— Agora sabemos que funciona Fred! — Jorge anunciou, animado. Lucy os fitou, boquiaberta.

— Exatamente, precisávamos mesmo de uma cobaia, Jorge! — eles riram mais ainda.

Lucy soltou os cabelos de Fred e jogou uma almofada em Jorge.

— Ainda asso vocês, na boa. — ela tirou uma pena do cabelo preto e tudo ficou em silêncio. Depois, eles começaram a rir, desenfreadamente.

Desde que estivera convivendo com os Gêmeos, Lucy ria como nunca. Sua barriga chegava a doer e ao seu próprio ponto de vista, era quase impossível uma pessoa traumatizada como ela rir daquela maneira.

— Creme de canário? — ela ria sem parar, era algo totalmente cômico. E, ela tinha que confessar, estranhamente brilhante e embarassante. — O quê vocês esperam fazer com isso?!

— Vender, é claro.

POV. Lynn

Ela ficou na cama enrolando pelo resto da tarde. Elfos vinham a entregar comida, e ela se distraiu lendo um livro. Elfos domésticos não tinham pertences, e antes da chegada de Srta. Lucy, ela mal chegara perto de um livro em toda a sua vida. Com a ajuda da bruxa, aprendera a ler melhor e agora os usava como distração para o tempo passar mais rápido.

Ela sabia que Lucy demoraria, mas a poção não estava seguindo o curso esperado. Ela se movia na sua barriga e Lynn podia jurar que era a bendita da Poção que lhe fizera tão mal. Ela fechou o livro quando bateram na porta. Snape, Narcisa e outro bruxo que ela não conhecia entraram.

Ela puxou a coberta até o pescoço e tentou forçar uma cara de doente o máximo que podia. Não conhecia aquele bruxo, mas até a presença de Snape e Narcisa era perigosa. Eles poderiam descobrir, e ela seria arruinada para sempre. Ela olhou de soslaio para a jarra com o resto da poção e calculou em quanto tempo conseguia ir até lá e beber o ultimo gole.

— Olá Senhorita Snape. — saudou o bruxo. Ele era baixo, gordinho e tinha olhos claros. Lynn tentou sorrir, mas uma careta foi o máximo que conseguira. — Eu sou o médico da família Malfoy, e vim cuidar da sua saúde.

Lynn arregalou os olhos. Não, não, não... Um gelo subiu até sua garganta e ela se encolheu na cama e percebeu o olhar suspeito de Snape. Ela tentou se recompor e endireitou as costas. Quais eram as chances dele descobrir algo? Mínimas, não eram?

— Encantada, Doutor. — disse ela, e engoliu em seco com a careta que Snape disse. Narcisa se sentou na beira da cama.

— É um doce de menina, Doutor. Mas parece estar com febre. — disse a bruxa, e apalpou a perna de Lynn por cima do cobertor. O doutor se aproximou e colocou uma pequena mala na mesinha ao lado da cama.

— Febre, hm? — ele abriu a mala, onde Lynn percebeu que frascos e instrumentos estranhos estavam pendurados. Ele se aproximou com a varinha e checou os sinais vitais dela.

Ele se virou para Snape.

— Algo estranho anda acontecendo nos últimos dias? — perguntou.

— Como assim, doutor? — Lynn entrou na defensiva. Estranho? Estranho era ele.

Snape se aproximou da cama e olhou para Lynn e depois para o Doutor. Ela estreitou os olhos.

— Sei que Lucy é bastante orgulhosa em admitir que precisa de ajuda, ou até de que está doente. — disse ele, sem rodeios, olhando diretamente para o médico. — Alguns elfos encontraram resquícios de vômito nos banheiros. Isso não é normal.

Lynn sentiu o estômago embrulhar novamente. Segurou o vômito na garganta e agarrou as cobertas.

— Definitivamente, não é normal. — o Doutor infeliz repetiu, pegando um frasco. — Querida, pode cuspir aqui um pouquinho?

Aquilo era sério? Para quê diabos ele queria cuspe? O cérebro de Lynn deu uma volta dolorosa dentro de sua cabeça. Lucy não restringira sobre cuspir e isso não violaria nenhuma regra imposta pela bruxa no disfarce. E além disso, se ela se recusasse eram capaz de aprofundar a situação.

Ela pegou o frasco, mordeu a língua com força e deixou a saliva cair no vidrinho. Ela limpou a boca e observou o médico analisar o conteúdo. Os conhecimentos de medicina bruxa de Lynn eram mínimos, e aquilo era muito estranho.

Ele pegou um frasco com conta-gotas e pingou algumas gotas no vidro. A saliva ficou instantaneamente roxa. Lynn tremeu na base.

— Interessante. — o Doutor sussurrou, olhando para o vidrinho. Lynn olhou para Snape, seu rosto estava paralisado. Era uma máscara de surpresa e frieza ao mesmo tempo. Como ele conseguia?

Narcisa estava confusa. Tanto quanto a própria elfo. O quê havia de errado na sua saliva?

— Senhor Snape, — o médico se dirigiu a Snape, lentamente. — Essa não é sua filha.

POV. Lucy

Já estava anoitecendo quando Lucy desceu para jantar. Começava a ficar mais frio, e o sol conseguia dar apenas algumas escapadas por dentre as nuvens. A mesa estava cheia de deliciosas comidas, e todos os Weasleys se reuniram como sempre. As conversas fluíam, Gina agora conversava mais com ela e Molly sentara dessa vez na mesa para comer. Lucy tinha impressão que a bruxa não parava. Na mesma manhã, quando Lucy e os Gêmeos desceram para o café, a bruxa quase teve um acesso.

— POR MERLIN! — ela derrubou um dos pratos que segurava — O QUÊ VOCÊS DOIS FIZERAM COM O CABELO DA GAROTA?

Ela estava completamente louca, e Fred e Jorge tiveram que fugir de suas palmadas até Lucy a acalmar e convencê-la que ela mesma quisera cortar o cabelo. Molly era sobretudo enérgica, mas entendera.

— Acho que vou mandar uma coruja para Lynn. — comentou Lucy, enchendo a boca de comida. Fred acenou.

— Ótima ideia, Snapezinha. — ele falou, com a boca cheia de comida. Gina fez uma careta.

— Por Merlin Fred! Você está ficando igualzinho Rony! — disse a bruxa, limpando a boca com um guardanapo de papel. — Um digníssimo porco.

— Ei! — Rony exclamou, parecendo chateado. Mas depois de uns segundos, voltara seu ritual com as coxas de frango.

— Agora estou ofendido. — disse Fred e todos riram.

Por um lado, Lucy se sentia um tanto culpada. Estava se sentindo milionésimas vezes melhor ali, na mesa dos Weasleys, comendo sem parar não precisando se preocupar se estava se comportando, do que na mansão de Snape. Com todos aqueles elfos tirando os pratos sem parar. Ela levou o copo com suco até a boca e riu, quase cuspindo todo o suco quando Jorge brincou com uma asa do frango.

Uma batida forte na porta interrompeu a faladeira da família. Arthur se levantou, parecendo confuso e foi até a porta. Lucy terminou de cuspir o resto do suco quando um Snape furiosíssimo cruzou a entrada da Toca.


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Notas finais do capítulo

Estou lendo Silêncio, Hush Hush, alguém para conversar comigo? HAHAHA
Espero que tenham aproveitado o tempo da Lucy na Toca, por que a partir desse momento, ele acaba. (Super nada drama, mas ok. Eu tentei)

Beijos ♥

Clara