5 Sentidos escrita por luud-chan


Capítulo 2
♥ Capítulo 02: Tato


Notas iniciais do capítulo

Olá! Viu, eu nem demorei! hahahaha

Antes de tudo, gostaria de agradecer a minha querida amiga Bela por ter comentado (fimdomundo), a Esthellar por ter deixado um lindo review e ainda ter favoritado, muito obrigada! A Little J , a Andy Mayer, MitsuChii e a Sthephany! Sério mesmo, muito obrigada de coração pelos comentários e por terem favoritado. Eu fiquei feliz com a recepção desse meu projeto.

Bem, essa é a minha primeira ElfEver, e sinceramente? Adorei escrevê-la, foi muito bom. Espero que gostem, assim como eu gostei. Porque gostei muito do resultado final. ^^

Boa leitura e até as notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/310101/chapter/2

5 Sentidos

Capítulo 02: Tato

Elfman e Evergreen

Elfman não sabia como admitir isso para ele mesmo, mas definitivamente não sabia como lidar com mulheres. Tão complicadas. Como isso era possível?

— Não saber lidar com mulheres não é coisa de homem! — murmurou sozinho no meio de um suspiro, sentado embaixo de uma das árvores do parque de Magnólia, observando o sol no horizonte que já começava a se pôr.

Ele estava um pouco irritado com a situação em que estava. Elfman nunca teve uma namorada, então ele não era tão experiente no assunto, não tinha “tato” com as mulheres e, por isso, não tinha a mínima ideia de como lidar com as reações estranhas de nenhuma delas.

Mal dava conta de lidar com os acessos de Mirajane, imagina com a extravagância de Evergreen!

Suspirou mais uma vez sem saber o que fazer.

Evergreen teve um ataque super agressivo só porque ele tinha se esquecido do primeiro ano de namoro deles! E como homem, ele não conseguia entender porquê. Isso era realmente importante? Uma simples data? O importante não era que eles estavam juntos, independente de tudo e todos? Não conseguia entender! Para ele o importante é que ela estava ao seu lado e pronto. Se soubesse que a data era tão importante pra ela, ao menos teria comprado um calendário para marcar os dias e não esquecer como tinha acontecido.

— Resolver problemas é coisa de homem! — gritou aos quatro ventos.

Finalmente se levantou, depois de tantas horas sentado ali tentando achar uma solução para seu problema com Evergreen — precisava fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

O mago usuário de take over começou a andar na direção do dormitório da Fairy Hills para poder conversar com ela. Estava chateado com ele mesmo por tê-la magoado. Odiava magoá-la, pois magoar mulheres não era coisa de homem. Amava-a e odiava ter que vê-la chorando por sua causa, mesmo que demonstrasse ser forte, descobriu com o tempo, que a “rainha das fadas” poderia ser muito sensível em relação a certas coisas.

Quando se deu conta, já estava de frente para o dormitório feminino.

De repente, o nervosismo se apoderou de Elfman. Desculpar-se seria o suficiente? Por algum motivo achava que não. Respirou fundo e tocou a campainha aguardando que alguma das magas abrisse a porta, não era tão louco a ponto de invadir o dormitório feminino, ainda queria viver muito. Esperou um minuto e a porta foi aberta, revelando ser Elza.

— Ah, Elfman. Que surpresa. O que te traz aqui? — cumprimentou-o de forma gentil, surpreendendo o mago que colocou a mão atrás da cabeça sem jeito. Elza pareceu entender. — Ah, Evergreen?

— Sim. Ela está? — perguntou voltando a ficar nervoso.

— Não. Nem dormiu aqui. Achei que estava com você. — Um silêncio incômodo instalou-se entre eles, e foi a própria Elza que o quebrou: — Algum problema?

— Não, não. Obrigado Elza. Até mais.

— Até, boa sorte! — despediu-se e entrou no dormitório novamente.

E o mago seguiu seu caminho, preocupado com Evergreen e pensando onde ela estaria.

E&E

— Estúpido, estúpido! — Evergreen murmurou pela centésima vez, abraçada ao travesseiro.

Que insensível. Como ele pôde ter esquecido?

Era o pensamento que invadia a mente de Evergreen a cada minuto. Estava muito brava com Elfman por ter esquecido uma data tão importante como essa. Achava um absurdo isso ter acontecido. Nunca o perdoaria.

Nunca.

Porém, ao mesmo tempo em que estava muito brava por ele ter esquecido do primeiro ano de namoro deles, queria que Elfman estivesse ali com ela. Abraçando-a de forma protetora e possessiva, que a beijasse de forma apaixonada e selvagem, que a tocasse daquela forma que a fazia enlouquecer. Amava-o demais e amava seus carinhos, seus toques. Ele era um homem de tato.

Estava sentindo tanta falta dele, mas seu ressentimento era muito maior. Queria que estivesse ali com ela, mas ao mesmo tempo queria espancá-lo e depois transformá-lo em pedra.

— Grrr... — rosnou enfiando a cara no travesseiro. — Que raiva!

Segundos depois, ouviu batidas na porta e levantou a cabeça para tentar ouvir algo.

— Ever, você não comeu nada o dia todo, não vai sair daí? — era Bickslow e ele realmente parecia preocupado.

Ela deixou um sorriso escapar.

— Não estou com fome — resmungou de volta, tentando não descontar o mau humor no amigo.

— Sabe, eu sei que está chateada, mas você precisa comer alguma coisa — disse.

Evergreen escutava atentamente a voz do amigo que saia abafada pela porta. Havia se refugiado no apartamento em que seu time compartilhava, porque sabia que se fosse para Fairy Hills, seria o primeiro lugar que ele a procuraria, e não estava nem um pouco a fim de olhar para cara dele. Apesar de saber que isso era mentira, foi o que ficou repetindo para si mesma até se convencer.

— Tudo bem, você ganhou. Estou indo! — Levantou-se da cama de solteiro, que ficava no quarto de hóspedes em que estava enfurnada há muito tempo.

Quando a maga abriu a porta, Bickslow fez muito esforço para não mostrar uma expressão aterrorizada.

— Sabe, você está horrível. Acho que você precisa mais do que uma simples refeição — comentou com a expressão serena.

— Tudo bem. E... Obrigada — agradeceu com sinceridade.

— Não precisa — ele murmurou, nem um pouco surpreso por aquela atitude, conhecia Evergreen muito bem para saber que nem sempre ela era aquela maga arrogante que se sentia superior a todos.

Evergreen soltou um suspiro e foi na direção do banheiro. Tirou seu habitual vestido verde e esperou a banheira encher, jogou alguns sais e entrou. Ficou refletindo sobre tudo. Fechou os olhos e sentiu-se sonolenta, quando estava quase cochilando, um estrondo a assustou.

— Onde ela está? — era a voz de Elfman. Só de escutá-lo sentiu todo seu corpo estremecer.

Depois disso, um longo silêncio.

Será que ela deveria ter trancado a porta?

De repente, Elfman abriu a porta do banheiro de uma vez e Evergreen gritou assustada. Os dois se olharam por um instante e em seguida Elfman voltou a fechar a porta. Okay, ele não pensou muito antes de fazer isso, tudo que ele queria era vê-la e conversar com ela sobre o assunto, e ainda precisava fazê-lo.

Quando descobriu — por meio de uma indireta de Laxus — que Evergreen estava “refugiada” no apartamento do time, a primeira coisa que fez foi correr para o local. Necessitava desculpar-se com ela. Abriu a porta do banheiro novamente e entrou no recinto com as bochechas vermelhas, fitando a face incrédula da moça que continua o encarando com a expressão estupefata.

— Bem...

— Eu disse que não queria mais olhar para sua cara! — resmungou, afundando-se ainda mais na banheira na tentativa de esconder o corpo esbelto na espuma. Virou o rosto para o lado contrário ao dele.

— Tudo bem.

Silêncio, de novo. Ela desconfiou que ele tivesse ido embora facilmente pelo silêncio, atreveu-se a bisbilhotar e soltou um grito surpreso.

Elfman estava ainda mais perto que antes e no lugar do seu rosto, estava a cabeça de um lagarto. A maga ficou surpresa de início, mas logo sentiu uma incrível vontade de rir, e teve que se esforçar para segurar a risada.

— Você mesma disse que não queria ver mais minha cara, então aqui está — o mago disse com um sorriso tímido e sentiu-se mais confiante quando viu que Evergreen estava claramente tentando não rir.

Não aguentando mais, ela explodiu em gargalhadas e só parou minutos depois. Talvez fosse por isso que o amava tanto.

— Sabe, você é muito idiota, Elfman! — disse enquanto secava uma lágrima do canto dos olhos. — E muito estranho também. Que tipo de pessoa invade o banheiro dos outros e transforma a própria cabeça em um lagarto?

— Bem, acho que sou o tipo de pessoa que faz isso — murmurou, ficando de cócoras ainda de frente para ela.

— Você já pode voltar a ficar com seu rosto normal, estou começando a ficar com medo.

— Pronto — disse assim que voltou ao normal. Outro silêncio instalou-se entre eles enquanto se encaravam sem saber o que dizer. — Me desculpe.

— Tudo bem — quando Evergreen disse isso, Elfman quase caiu pra trás de tão surpreso.

— Hum? Tão fácil? Tem certeza? Quer que eu fale de novo? Você ouviu o que eu disse?

Ever revirou os olhos.

— Sim, tenho certeza, não precisa falar de novo, eu ouvi o que você disse. Acho que eu que deveria me desculpar, não deveria ter dado um piti por algo tão bobo quanto uma data, o importante é que estamos juntos, certo?

Elfman ainda ficou calado, totalmente surpreso com aquela reação. Esperava qualquer reação da parte dela, menos aquela. Por esse motivo que não conseguia lidar com mulheres. Tão confusas.

— Você não vai me beijar? — ela perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Na banheira? — rebateu com um sorriso.

Ela se levantou revelando o corpo nu e se jogou em cima dele ainda molhada, fazendo com que os dois caíssem no chão. Ele riu antes de beijá-la com paixão, garantindo que Evergreen nunca mais saísse de seus braços. A relação deles era assim mesmo, entre tapas e beijos, mas os dois tinham certeza que precisavam um do outro, dos toques, dos beijos, dos abraços, do carinho.

O relacionamento dos dois tinha o lado sentimental, mas era algo que tinha mais a ver com o tato. A maga deixou um gemido escapar quando Elfman a segurou com mais força em seus braços. Um segundo depois, ouviram o grito de Bickslow do outro lado:

— Ei! Espero que não estejam fazendo nada estranho no meu banheiro!

Os dois riram. É, talvez eles pudessem aprimorar a arte do tato em outra ocasião.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

hehehe, espero que tenham gostado. Eu realmente gostei muito de escrever sobre eles, infelizmente não há muitas fics dois dois ;/

Obrigada por terem lido, ficarei feliz se comentarem. ♥

Beijão e até o próximo!